Cp32 Questão de família.



Cp32 Questão de família.

Minerva McGonagall estava surpresa... isso era mais do que improvável, como era impossível.

-Não Minerva!-Disse Morgan irritadamente.- Isso não é impossível... aconteceu e sinceramente, acho que isso é um indício do que estávamos esperando!

-Certo...- ela falou calmamente.- Vamos pensar Morgan...

A porta se abriu e ela desviou o olhar com censura para o rapaz a porta.

-Potter... não importa...

Mas ao ver a mulher na lareira ele simplesmente ignorou os protestos dela, mas certo do que iria falar, fechando a porta praticamente na cara do sonserino que vinha atrás e a que abriu e entrou furioso.

-Muito obrigado por esperar Pot...

calou-se ao escutar o tom de voz do outro.

-Quieto! Que inferno!- e se virar para a professora que os olhava surpresa.-Preciso saber sobre Simas Finnigan.

Ambas se olharam sem esconder a surpresa, antes que falassem, ele continuou.

-Sobre o pai dele...

As duas enrugaram a testa.

-Os pais dele foram informados... chegaram ao ministério.

-Os pais...- Harry repetiu sério.- O pai dele Morgan... trouxa?

-Harry...- ela sorriu chegando mais perto da lareira.- Se não te conhecesse diria que está craque em adivinhação... mas eles já receberam a notícia... infelizmente sabe...

Harry tinha acabado de colocar as duas mãos na mesa de Minerva e olhar pra baixo.

-Se meu raciocínio está certo... e pela cara de vocês... houve algo com ele?

-Ah... bem... ele fugiu.- Morgan disse meio surpresa.

Draco sentou-se.

-Vocês levaram aqueles idiotas para o ministério e me dizem que aquele incompetente do Finnigan fugiu... porque vou ser sincero ele não era...

-Cala a boca Draco!-Harry se pôs direito com raiva.- Vocês não vêem? Que Me...

-Potter... poderia nos dizer como você sabia de algo que acabou de acontecer...

-Eu não sabia... deduzi... não era Simas... – se virou para Morgan.- Eles estão no ministério?

-Aguardando julgamento... Harry?!

-Sai da frente Morgan!- disse indo pra lareira.

-Ei!- Gritou Draco.

-Potter! Potter!- Minerva se levantou.

-Eu volto.- disse passando pelas chamas.

-Ei... vocês vão deixar ele fazer isso?- Draco olhou para Minerva que estava lívida.

O fogo se apagara... provavelmente por causa de Harry.

-Não posso deixar você entrar aqui Harry!-ela protestou o vendo em sua sala.

Harry olhou o lugar e reconheceu o tipo de construção.

-Perfeito...- a olhou.- Onde eles estão?

-Harry, eles estão presos, sabe o que é isso?

-Não Morgan.- disse indo para a porta.- Vai me contar?

-Você acabou de invadir o ministério pela segunda vez na vida. Puta vida!

A olhou seriamente.

-O Simas que prendi me falou um monte de besteira... sobre o pai... mas o pai do Simas é trouxa... certo?

-Onde quer chegar?

-Morgan você trabalhou com meu pai... ele matou alguém em serviço?

-Não. Não fazia o estilo dele. Onde quer chegar? O choque recente te deixou...

Chutou a mesa.

-Pensa Morgan! Por favor!

-Calma ô sacão!- colocou a mão na cabeça.- ... ele nunca mataria ninguém... ah se bem que teve aquele acidente com o velho Donnavam, Randalf Donnavam... um obliviador do ministério que tinha virado a casaca.

“Mamãe me contou... disseram que foi um acidente”

-Isso!- disse parando.- Morgan... tenho a impressão que não foi Simas que eu peguei lá em Hogwarts.

-Ah... não... Peraí Donnavam está morto... certo? Ele levou um feitiço redutor na cabeça sabe? Não foi bonito pelo que eu soube.

-Mas ele tinha um filho... não tinha?

-Arthur? Harry... Arthur... Por todas as cobras banguelas da Sonserina Harry!- ela pegou um papel em sua escrivaninha... (seria sua mesmo?)- Poxa... Arthur Donnavam é procurado!

-Preciso falar com Lilá Brown.- disse a olhando passar o dedo sobre a lista de nomes.

-Não é assim... eles estão... sabe como é, impedidos de receber...

-Não me faça aparatar e desaparatar em meio ministério Morgan!

-Que m Harry!- ela o olhou, suspirou cansada e sorriu.- Não vou te convencer né... meu doidinho!- ela sorriu pegou algo da pilha de papéis da escrivaninha e abriu a porta.-Vamos... antes que o Moody volte e venha me torrar o saco!

Estavam andando rápido pelos corredores, todos tão apressados por ali que nem o olhavam, o que era uma novidade.

-Os ataques as vilas e a Hogwarts movimentaram tudo por aqui.- disse ela descendo as escadas.

Desciam as escadas porque queriam evitar a aglomeração dos elevadores.

-Foi feio mesmo pelo que eu soube.

-Feio? Eu já vi coisa feia Harry... tipo minha cara de manhã... mas aquilo era a filial do inferno!

Ela parou e o olhou da escada, apontou-o.

-Se não fosse as vestes de Hogwarts... eu estaria vendo o passado...

-Pareço tanto com ele assim?- sorriu.

-Não... Parece com sua mãe... sério como ela... é por aqui.-fez um sinal com a cabeça.

Não conhecia aquela parte do ministério, Morgan sorriu e mostrou um papel ao bruxo na porta, era um cara que de longe parecia extremamente rabugento.

-Era você que devia estar presa aí com eles Graveheart.

-Certo, Antonius... certo... mas não estou e sou sua superiora por enquanto, então faça um favor vai dar uma volta!

Ele saiu resmungando, Harry o ficou olhando.

-Não vai com minha cara... o irmão dele era auror e morreu numa batida, infelizmente era uma que eu comandei.- o puxou pela veste.- Temos pouco tempo porque ele vai correndo chamar o Quim, que vai falar com o Dumbledore e ele vai puxar minhas orelhas e tirar pontos da minha casa...

-Dumbledore está aqui?

-Ah está... coitado... nunca o vi tão ... aqui estão e como eu deveria informa-lo Harry, não se pode aparatar e desaparatar em certas partes ministério!

-Eu usaria o Hangorn.- sorriu.

-Chato.- ela fez uma careta.

Parou no corredorzinho e abriu uma das portas... era uma sala onde Lilá estava deitada no sofá... além do sofá havia uma mesinha com uma jarra e copos.

-Essas salas são usadas para reuniões, depoimentos e outras coisas do gênero... Lilá Brown... visitinha.

-Sinceramente Professora... enfie esse visitante no seu...

-Você não vai querer terminar essa frase Lilá.- disse gravemente.

-É e aproveite para esquecer que um dia lhe dei aula.

Ela os olhou e disse debochadamente.

-A Granger sabe que está com ela Potter?

-Você fala demais.- disse se sentado na mesa em frente dela.

Morgan apenas moveu os lábios "dor de cotovelo..."

-Morgan... poderia...

-Ah, não... na....... já... estou arriscan...

Olhada torta...

-Tá bem... tá bem... vou ao banheiro! Não a mate... por favor.

E saiu batendo a porta.

-É aqui que você me ameaça Potter? Ou pula no meu pescoço e termina de ferrar minha vida?- disse ela sentada no sofá.

-Não fui eu que ferrei sua vida... Agora podemos conversar civilizadamente...

-Não ganho nada falando com você...

-Como você sabe?

"Isso é um blefe?"

"Isso é hora de acordar Hangorn?"

-Potter... por favor... Não seja retardado... você nem devia estar aqui...

-Interessante não é? Mas estou.

"Me assustou!"

"Você está me atrapalhando."

-O Lorde irá nos tirar daqui... melhor ainda se você estiver no caminho.- ela sorriu.

Olhou em volta... num ato de autocontrole pra não esfregar a cara da antiga "colega" nas paredes.

-Vocês são descartáveis para ele... não tenha ilusões tolas. Agora me diga.. o que vocês fizeram com Simas?!

Ela o olhou firmemente apesar de estremecer com a pergunta.

-Ora o que quer dizer com isso? Foi você que o acertou... você deve saber o que aconteceu com ele depois... eu não sei de nada.

-Não estou falando de Arthur Donavann que fugiu os deixando aqui.- disse a olhando firmemente também.- E sim do Simas... aquele com que convivemos por mais de seis anos!

-Como você...- ela balbuciou.- Ah! Eu não sei de nada!- desviou os olhos.

-Sabe. E vai me contar Lilá...

-Ou o quê?- ela riu.

-Tiro a informação de você à força e não duvide disso.- disse se levantando.

Ela se encolheu o olhando pálida.

Morgan estava recostada na porta... não fora a banheiro nenhum... imagina o rolo se aparece alguém e encontra Harry Potter (que devia estar em Hogwarts) trancado naquela sala junto com uma das alunas de Hogwarts acusadas de ter-se bandeado pro lado errado... bom dessa vez iria presa com certeza... sua ficha não era das melhores... mas que queria ver o rapaz agir queria... "ele é um dos nossos Lílian... ele vai por a coisa pra andar..." bebeu outro gole de sua garrafinha... "ele tem a sua determinação misturada ao dinamismo do pai..." fechou os olhos... "você tem orgulho dele não tem?"

-Eu grito... faço um escândalo Potter! Juro!

-E desde quando eu me importo com escândalo?- disse friamente.- Sinceramente Lilá achei que teria melhores argumentos.

-Ele me mata! Me matam! matam minha família! Traídores Morrem!- ela disse com a voz aguda.

Olhou para o chão... "matam minha família...", tinha pena da criatura encolhida em sua frente...

Mas lembrou de muita gente morta... Ana, Evans Dursley's... "e a minha família?"

-Sinto muito.- disse a olhando.

E com a mão firme segurou a testa dela.

-Legilimens!

...

Vestiu a capa e saiu da torre em silêncio, no meio do corredor para a saída dos vestiários encontrou Sline...

-Atrasada.- disse a Corvinal.- Grifinórios não sabem o que é pontualidade.

-Não me enche Sline... tive problemas... a Granger parece que não dorme nunca!

-Não se preocupe, logo nos livramos dela...

-Onde é o encontro agora?- disse saindo sorrateiramente do castelo, ambas encostadas ás paredes ficando á sombra.

-Perto da velha estufa abandonada.

-Detesto entrar na floresta...

-Não seja tola... acha que nosso misterioso amigo vai entrar no castelo?

-Entraria se nosso misterioso colega parasse de se preocupar.

-Prudência não é mesmo com os Grifinórios ah?

-Ora cale a boca.

...

...

Os dois vultos esperavam na floresta... a diferença de tamanho não era muito grande, o menor disse muito baixo e Harry teve a impressão de conhecer a voz.

-Imaginei mesmo que as duas se atrasariam.- disse o rapaz, porque era a voz de um rapaz, envolto na capa com o capuz cobrindo-lhe o rosto.

-Não seja irritante.- responde Sline abaixando seu capuz.- Qual o problema agora.

-Temos ordens a cumprir.- disse o outro encapuzado.- Temos que provocar outro incidente...

-Olha... isso é coisa para aquele bando de Sonserinos imbecis...- disse Lilá empurrando o capuz com raiva.- Quando nos darão uma coisa decente pra fazer?

-Mas o incidente será feito pelos Sonserinos senhorita Brown.- disse o homem deixando o capuz cair.

Tinha um rosto anguloso mas bem feito com longos cabelos castanhos caídos sobre a testa, os olhos eram de um azul descorado... ele sorria.

-Nossa parte será outra... mas para isso preciso entrar em Hogwarts... para isso preciso entrar na Grifinória.

Ambas sorriram, o menor disse gravemente.

-Precisamos pegar alguém de quem Potter não desconfie... um colega seu Brown... vocês ajudarão nosso colega... - acenou o homem.- que tem uma missão dada apelo próprio Lorde.

...

...

Simas sorriu:

-Estou achando que você está com segundas intenções nesse encontro Lilá!

-E se eu estiver... você podia esquecer aquela moleca da Gina pra variar sabia?

-Eu não tenho nada com ela, Lilá Brown! Não comece com essas fofocas... pra onde estamos indo?

-Ah...- ela o abraçou e disse na orelha dele.- Surpresa.

...

Um flash do corpo de Simas caindo molemente num chão de pedra...

envolto em cordas... porta grande de madeira... umidade... risos.

O rosto do homem mudando rápido.

...

-Se pelo menos Malfoy tivesse ficado na liderança... Mas aquele traidor tem os dias contados.- disse Simas."Não era Simas... o olhar era mais duro."

...

-Perfeito não?- disse ele se virando para as duas.

-Sim mas fale devagar... Simas é mais bobo.E faça mais gestos também.- disse Lilá o olhando.

...

-Ele tem pouco tempo, nem vale a pena tirar daí...

...

...

-Perfeito... boa menina...- disse o homem rindo.- Agora mande ele acertar o próprio braço.

Ela acenou com a cabeça e apontou a varinha para o homem trêmulo com uma faca na mão... ele já tinha cortes profundos em outras partes do corpo...

...

Se olharam na sala comunal.

-Qual a missão?

Ele sorriu.

...

-Senhorita Brown, não conheci muitos bruxos tão bons em Imperio... Parabéns.- disse Mulciber.

...

-Qual a missão?

Ele sorriu.

...

-Nossa missão? Não... minha missão é...

...

-Qual a missão?

-Minha missão é...

...

-Sinto muito... Obliv...

...

-Qual a droga da missão dele!- abriu os olhos.

Lilá tinha os olhos vidrados, parecia apavorada... as últimas lembranças eram confusas... porque obviamente havia sido um feitiço de memória perfeito.

Deixou cair o braço e ela pendeu para frente...

-Onde deixaram Simas?

-Masmorras...

-ONDE?!

-Masmorras... o feitiço o sufocará...- ela repetia como um gravador.- Ele tem pouco tempo, nem vale a pena tirar daí...

-Como?

-Ele tem pouco tempo...

Ela piscou os olhos.

-O quê você fez?!- ela passou a mão na testa.- O quê você fez?!

Levantou-se e virou as costas para ela.

-Eles usaram vocês...- passou a mão na veste com nojo.- bem feito.

Foi até a porta e sentiu-a se levantar.

-Como ousa seu... seu mostro! Mexeu com minha cabeça!

Se virou e num segundo tinha o pescoço fino dela em sua mão...

-Você é tão nojenta quanto Pansy... como pode me chamar de mostro?- não conseguia controlar o nojo que sentia daquela criatura.- Você torturou um ser humano... só pra aprender uma maldição imperdoável... e me chama de mostro? Se eu quebrasse seu pescoço aqui mesmo estaria fazendo um favor pra humanidade!

Ela engasgou sob a pressão que fazia.

"Não faça isso."

"Porque não? Ela merece..."

"Você não merece."

Ela caiu no chão tossindo.

-Tem razão... espero que eles venham atrás de você...- disse a olhando.- Espero mesmo.

E saiu.

-Espero que eu não tenha que ir socorrê-la.- disse Morgan encostada na parede.

-Não se preocupe.- disse distante.- Preciso voltar a Hogwarts.

-Tá... vamos.

Ela abriu a porta do corredor e o bruxo rabujento caiu da cadeira.

-Você ainda está aí Graveheart?

-Não... tô no departamento de ligação com os centauros!

-devia mesmo... devia.- disse ele arrumando a cadeira.

Passaram ao corredor.

-E não durma em serviço! Já deixaram fugir um!

Ele grunhiu e começaram a andar.

-Acho melhor eu ir direto a Hogwarts... Simas está lá preso de alguma forma... se não morto.

Começaram a subir as escadas...

-Então ela lhe contou...- o olhou e fez uma careta.- Gárgulas vorazes Harry! Que você fez desta vez?

-Não queira saber.

-Não, não quero... porque se me perguntarem...

-Ai...- disse vendo quem entrava do outro lado do corredor afobadamente.

-Puta que pariu! Me ferrei!- gemeu Morgan ao ver Dumbledore, Quim e Moody virem direto pra eles assim que os viram.

-Aí estão vocês!- Moddy o olhou de cima abaixo com ambos os olhos.

-Que idéia foi essa Morgan?- Quim disse entre os dentes.

-Nada disso é importante.- disse sério.- Dumbledore... Simas Finnigan é inocente, está em Hogwarts preso em algum lugar!Correndo risco de vida!

-Repita Potter.- disse Moody.

-Ele foi enfeitiçado... e trancado em algum lugar das Masmorras.- disse os olhando.

-E quem você prendeu com os outros?- perguntou Quim.

-Arthur Donnavan!- disseram ele e Morgan ao mesmo tempo.

-Porque tenho a impressão de estar vendo um reprise de algo ruim?- disse Moody se virando para Dumbledore.

-Porque como concluímos há alguns minutos... Hogwarts não estava tão bem protegida quanto pensávamos.

Harry bateu o pé nervosamente.

-Simas pode estar morrendo agora! Podemos ir?!

-Quim... Morgan... vão a Hogwarts e procurem pelo rapaz... Harry temos um problema mais urgente e vamos precisar de você...-Disse Dumbledore numa voz forte.

-Estamos indo.- disse Morgan.

Segurou-a.

-Ache Mione e peça a ela e Rony usarem o mapa. Vai ser mais rápido.

-Certo!- ela lhe sorriu.- Anda Shacklebolt!

E desaparataram.

-Qual o problema?- perguntou os olhando.

-Vamos... precisamos ir.- disse Moody.

Começaram a andar.

-Você me disse que queria... se responsabilizar por Marco Evans.- disse Dumbledore.

-Claro que disse!

-Ótimo Potter, porque muito de repente apareceram alguns parentes dele... antes que tenhamos que entregá-lo a bruxos estrangeiros.. Moddy olhou Dumbledore.- Muito suspeitos eu diria... achamos que podemos simplificar tudo.

-Como assim bruxos estrangeiros?

-Uma lista de nomes de vítimas foi divulgada pelo Profeta essa manhã... como os nomes dos Evans foi parar lá nós somente desconfiamos.

-Eles querem Marco... bom isso era de se imaginar desde o começo do ano... agora pra quê?-perguntou os seguindo.

-Só podemos imaginar isso também...

-E o que vamos fazer?

-Você vai adotá-lo.

-Como?

-Se estiver disposto Harry.- Dumbledore o olhou.

-Claro que estou.Não foi isso que quis dizer...

"Está? Sabe o que é isso?"

"Cala a boca Hangorn!"

-Ah... sim é que levantamos alguns documentos seus.- disse Moody.- de modo que você além de parente se torna o candidato quase ideal ao posto... mas o parentesco é o melhor argumento.

-Temos que evitar disputas que levem a interferência de outros países Harry... por mais banais que possam parecer.

-Imagino que sim...

-Estamos com Jeanine responsável pelo caso... ela é boa... amiga nossa.- disse Moody.- o problema é que a representante dos bruxos estrangeiros está aí e quer ver o processo, então você vai ter que passar pela entrevista.

Seu estomago se revirou.

-Não se preocupe...- sorriu Dumbledore marotamente, e como fazia tempo que ele não sorria assim.- Temos uma representante sua com os papéis e ela vai ajudá-lo com tudo.

Pararam em frente a uma porta onde havia uma placa.

Departamento de assuntos familiares. (casamentos, associações, testamentos, separações, maldições de família, fantasmas regularizados...)

Moody o empurrou:

-O importante é parecer calmo.

Entraram no corredor onde meia dúzia de portas altas chamavam atenção pela cor esverdeada.

Dumbledore lhe pousou a mão no ombro.

-Obrigado Harry.

-Por...

-Ande Garoto...- empurrou-o Moody o fez tirar a veste.- porta 4.

Porta n°4- Jeanine Pompey.

Bateu nela olhando os dois bruxos mais velhos e sentindo um estranho frio no estômago.

"Pior que meu julgamento não pode ser... a menos que eu faça m... daí..."

Entrou.

Era uma sala pequena, agradável pelas cores quentes e sóbrias, na parede oposta havia uma pintura de uma mulher com cabelos ao vento carregando uma balança e uma espada... a imagem da justiça, mas ela lhe sorriu "espero que seja um bom sinal..." abaixo dela havia uma jovem bruxa que usava os cabelos presos de modo muito parecido a da professora McGonagall, mas tinha um ar descontraído, ao lado dela um bruxinho miúdo tinha meia dúzia de pergaminhos a sua frente.

-Sr Potter.- sorriu a bruxa lhe acenando com a cabeça.- que bom que pode comparecer tão prontamente, é uma honra tê-lo aqui.

Acenou com a cabeça.

-Pode sentar-se.- ela lhe acenou a mesinha da direita, onde uma bruxa jovem de longos cabelos castanhos escorridos e óculos parecidos com os seus lhe sorriu.

Sentou-se e ela colocando uma pilha de documentos a frente disse baixinho:

-E aí Harry...

Entendera o sorriso de Dumbledore... a voz e o jeito de falar eram facilmente reconhecí ainda mais baixo:

-Oi Thonks.

-Pode me chamar de Elaine hoje.- ela sufocou um risinho.

-Bom podemos continuar.- disse Jeanine.- o interessado está Potter, seu pedido de adoção apresentado por sua representante foi recebido por nosso departamento, embora esteja rigorosamente completo, temos, a pedido de outra parte interessada que fazer a entrevista de praxe a fim de verificar se os dados estão corretos para podermos encerrar essa questão.- Ela olhou o bruxo dos pergaminhos que acenou para que continuasse.

-Senhor é Harry Tiago Potter, que fez o pedido de adoção de Marco Evans, correto?

-Sim.

-Segundo nos consta, seu pedido foi aceito segundo as informações dadas por sua representante, a outra parte gostaria de se pronunciar?

Do outro lado e embora tivesse a percebido só agora a olhava, havia uma bruxa loura de olhos muito claros.

-Sim, gostaria de pedir a comprovação dos seguintes tópicos, O atual endereço do interessado, suas rendas e ocupação e os reais motivos do pedido.

Thonks lhe apontava partes sublinhadas dos documentos, não sabia pra onde olhar primeiro, ela acabou borrando um dos papéis com tinta e soltou um chiozinho irritado, escutou a bruxa falar:

-Senhor Potter, poderia confirmar... Seu endereço atual é Alfeneiros N°4, Little Whinging... Surrey?

-Sim.

-É o proprietário?- perguntou a loura.

Thonks fez um gesto afirmativo.

-Sim.

-Consta que há mais uma propriedade em seu nome.

-Uma herança de família.- disse Thonks.

-Uma fazenda.- confirmou.

Thonks o olhou e sorriu.

-Certo certo... agora quanto sua ocupação...

-Quero demonstrar nossa preocupação com o fato do interessado ainda estar estudando e sem emprego fixo...- disse a bruxa pálida.

-Você confirma que ainda está estudando na escola de magia e bruxaria Hogwarts?

-Sim, terminado o sétimo ano.

-Quanto a sua carreira profissional...

-Potter tem uma sociedade com uma loja comercial fidedigna, além de outros rendimentos claramente explicados nos documentos.- disse Elaine (Thonks).

Ela lhe apontou um grande documento onde Gemialidades Weasley's aparecia em negrito, teve que se segurar... pra não rir.

-O interessado em questão é jovem, solteiro e sem situação familiar definida.- disse a bruxa loura.- ele não tem condições de criar uma criança de doze anos!

-Senhorita Walensis por favor... não se exalte.

-Meus representados são um casal de bruxos maduros, bem situados, que apesar de residir fora do país podem dar segurança ao menino.

-Quem mais tem interesse na guarda de Marco?- perguntou olhando a bruxa loura.- Eles ao menos o conhecem? Eu o conheço... passamos muito tempo juntos em Hogwarts... ele morava com os pais no mesmo bairro que eu... fora do país? então além de perder os pais querem que ele perca tudo que conhece? não vou permitir isso.- disse a olhando.

Ela estreitou os olhos.

-Por favor... vamos nos manter calmos.- disse Jeanine sorrindo.

-Senhor Potter tem ficha criminal no ministério segundo consta.- disse a bruxa loura.

-Todas as acusações foram retiradas e recentemente o próprio ministério pediu retratação sobre o caso.

Thonks se empolgara... pensou a olhando.

-Ele passou mais de três dias internado na ala psiquiátrica do StMungus.

-Não foi na ala psiquiátrica!- protestou.

-O minstério tem ciência de que Potter é Ofidioglota?

Olhou para Thonks... isso é apelação.

-Acreditamos que isso não é relevante.- disse Elaine (Thonks...)

-Não tenho outras perguntas sobre a documentação, creio que está mais do que óbvio que Potter não tem condições de criar uma criança.- ela sentou-se.

Jeanine os olhou e sorriu... ela e o bruxo miúdinho se aproximaram, releram partes do documento, falaram algumas coisas muito baixo e ela concordou com a cabeça, então se levantou:

-Infelizmente senhorita Walensis, levando em consideração que Potter é adulto, possuindo residência e renda próprias, condição financeira para criar Marco Evans, bem como proximidade com o mesmo e grau de parentesco maior que seus representados não há outra decisão cabível que conceder a ele a guarda de Marco ão essa final e sem recurso.

Thonks lhe deu tapinha no ombro e sorriu.

Depois de assinar alguma papelada finalmente pode sair com “Elaine” que no meio do corredor começou rir até não parar mais, e ele junto.

“O minstério tem ciência de que Potter é Ofidioglota?”

-Essa sonsa não conheceu a Skeeter conheceu?- riu.

-Não ria Harry.- Mas ela mesma ria.- Se fosse outro tempo ou outra representante você nunca ia conseguir!

-Tá achando que eu não sirvo?- disse a olhando.

-Estou pensando em como a Hermione vai reagir sabendo que já tem um enteado.- ela riu mais.

-Thonks! Você anda bebendo com a Morgan?

-Ás vezes... falando nela.

Morgan avançou com passos rápidos.

-Me diz uma coisa Harry... comprou o enxoval?

-Vão se catar vocês duas!

-Simas está vivo.- disse Morgan.

-Você devia trabalhar no StMungus Morgan.

-Porquê?

-Você é especialista em tratamento de choque.

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