Cp31 Declaração de guerra.



(n/a)Aqui a fala de Dumbledore foi alterada, porque todos sabemos que alunos moreram na escola de Hogwarts pela mão dos próprios colegas... na época eu esqueci os fatos básicos ao escrever o parágrafo.

Cp31 Declaração de guerra.

-E essa é sua escolha Harry?

-Pelo menos a minha é... e acho que a deles também...

Se olharam firmemente por algum tempo.

-Creio que esse ataque terá suas repercussões... acho melhor vocês retornarem a suas salas comunais... Os professores já estavam providenciando isso.

E pelo tom de voz aquilo era ponto final na discussão.

-Vamos...- disse se abaixando e ajudando Draco a se levantar.

-Estou bem... estou BEM!- disse o loiro afastando os braços que lhe foram estendidos.

E saíram em silêncio...

O silêncio imperou por toda Hogwarts no resto da madrugada.

Acordou com a movimentação... Dormira mal por causa do corpo doído... e sem curar aquele corte... felizmente Mione não tinha a competência para soltar um Rictus decente... se bem que a conhecendo... tivera muita sorte dela resistir... sua cabeça ainda latejava, botou a cara pra fora.

Dino estava sentado do mesmo modo que estava quando Harry tinha se jogado na cama... Neville se movia e Rony... bem a cama dele estava vazia e pelos passos era ele tinha ido pra fora do quarto.

-Não consigo acreditar...- Dino disse baixo o olhando.- Eu sou só burro ou perdi algo?

-Só burro.- sorriu se levantando "ugh... esse corte ainda dói!"- Como todos nós... nem eu quis acreditar...

-Ele era meu melhor amigo cara... sabe? Isso é... é como se eu nunca tivesse conhecido ele de verdade...

Pousou a mão no ombro dele... na verdade, quando se importara em conhecê-los melhor?

-Acho que algumas pessoas... não se conhece nunca.

-Tem razão... como aquele garoto que morreu... o Juca...

-Sloper? Foi ele? O que substituiu os...

-É.

-Ele parecia ser legal...

-Era.

Ficaram em silêncio... procurou algo pra vestir e alguns minutos depois Rony voltou e Dino e Neville saíram...

-A sala comunal tá um inferno... não desça.

-Porquê?- pôs a calça limpa.

-Não vai ter aula e estamos todos proibidos de sair... tem um bilhete preso no verso da Mulher Gorda...

-E...- vestiu a camisa com um pouco de dificuldade.

-Vamos todos descer juntos pro café.

-Agora que não tem mais perigo?- disse pondo os sapatos.

-Acho que algo está acontecendo...- Rony sentou-se.- Harry... fizemos a coisa certa ontem?

-Tem um ditado trouxa que diz que se você precisa perguntar... Não.

-Mas...

-Eu não vou guardar peso na conciência pelos oito Rony... e sim pelos cinco que morreram...

-Sabe... eu vi o Draco... daquele jeito... e pensei... e se fosse a Gina? Ela tinha a mesma idade sabia?

-Não.

"Eu nunca me preocupei em conhecer ninguém... não é?"

-Quem ia imaginar...

-Quando eu cheguei Rony... eles iam matar a Mione... eu perdi a cabeça sabia? Se não fosse ela... acho que haveriam três corpos naquele corredor... mas...

-Eu nunca ia pensar neles...

Neville e Dino entraram, da porta aberta puderam escutar a voz sonora de Hermione chamando todos a sala comunal.

Realmente, toda a Grifinória estava ali, acenou para Marco que lhe deu um aceno em retorno e abraçou Hermione que olhava MacGonagall na entrada.

-Estão todos aí?- ela perguntou com um ar muito abatido, toda vestida de preto.

-Estão sim professora.- Hermione disse séria.

Com um aceno o silêncio imperou.

-Desceremos até o salão onde teremos um informe feito pelo diretor...- ela olhou todos com carinho.- Antes eu gostaria de pedir que todos façam o caminho em silêncio em homenagem aos cinco colegas que perderam nessa noite... um deles de nossa casa. Vamos.

E fizeram uma organizada fila do primeiro ao último ano...em silêncio.

Nunca a entrada de toda a escola no salão foi tão desencantada... o céu de inverno perecia refletir bem a sensação de pesar que envolvia o castelo, todas as bandeiras da escola atrás das mesas e a de Hogwarts tinham uma faixa em preto as cruzando...

-Não sabia que os bruxos ficavam de luto...- disse baixo.

-Luto oficial é de três dias...- disse Hermione baixo.

A última casa a entrar foi a Sonserina com Snape a frente... Algumas garotas choravam e Draco parecia um zumbi, tamanhas as olheiras que tinha...

O silêncio pairou e Dumbledore se levantou, parecendo tremendamente velho e abatido... ele sentia, pensou se sentindo um pouco culpado por ter sido grosseiro, ele sentia sim...

-Nessa noite que passou tivemos um dos episódios mais negros de toda Hogwarts... Nunca... eu repito, Nunca, um aluno havia perdido a vida dentro da escola de forma tão maldosa e inconsequënte pela intenção de outro aluno. Na noite passada, o que pensamos que nunca ocorreria ocorreu, perdemos cinco jovens que como vocês...- ele os olhou demoradamente.- tinham uma vida maravilhosa pela frente... sonhos, e futuros promissores... o pior, no entanto, é pensar que oito outros jovens como vocês...- Dumbledore baixou a cabeça.- Foram responsáveis por tal ato desumano. Oito jovens que como os cinco que partiram, deixam pra trás sonhos e futuros promissores por uma promessa tola de poder... Sim... oito colegas, estudantes de Hogwarts, que já haviam promovido um incidente... desta vez em nome de uma ideologia perversa, cometeram um ato execrável... ou seja, monstruoso.

O silêncio era total.

-Hoje e nos próximos dois dias, haverá luto em Hogwarts... não haverá aula... aconselho-os a ficarem com seus colegas, e principalmente, conversar com eles... especialmente com aqueles que sofrem mais com as perdas sofridas... porque agora devo dar-lhes outras duas notícias tristes...

Cabeças se ergueram...

-Nessa noite não foi só Hogwarts que sofreu com a intolerância... mais duas vilas foram atacadas e famílias inteiras se perderam... mais tarde, para nosso pesar, alguns de vocês receberão notícias que não desejaria dar para ninguém... mas infelizmente terei que dar...

Hermione apertou sua mão por baixo da mesa, trocaram um olhar aflito.

-No domingo, findado o período de Luto, Hogwarts será fechada...

Houve um burburinho nervoso e Dumbledore os olhou triste.

-Cartas foram enviadas a suas famílias... Hogwarts pela primeira vez em séculos fechará suas portas em período não permanentemente, para alívio de todos nós retornaremos as aulas após as férias de Natal... com todo o castelo revisto e mais seguro, para que nenhuma criatura ou indivíduo volte a entrar no castelo do modo como ocorreu duas vezes esse ano... Agora, recebam e respondam as cartas de suas famílias e apreciem a refeição... o castelo e jardins estão sob a constante supervisão dos professores, mas evitem sair sem companhia, pois podem haver Mortalhas e Umbrais ainda soltos. Acima de tudo... espero que hoje todos reflitam sobre as escolhas que aqueles oito jovens fizeram... e as conseqüências que ocorreram dessa escolha, e que todos pensem... tanto agressores quanto vítimas eram jovens... como vocês.

Sem mais nenhuma palavra ele sentou e o silêncio permaneceu mais um pouco até a comida aparecer.

E comeram pouco entre cochichos baixos e lamentos... na verdade havia mais cochichos e lamentos do que gente comendo... e as corujas finalmente puderam entrar... havia comido muito pouco e estava recostado em Mione que bebia um suco de abóbora olhando Parvati e a irmã que tinham se sentado juntas... Parvati ainda estava em choque, estavam falando disso quando percebeu.

Duas enormes corujas escuras entraram carregando uma caixa, planaram pela mesa e derrubaram uma caixa em frente a franziu a testa.

-Morgan?- se levantou...- Não...

Marco puxou a caixa e só agora Dumbledore que conversava com Minerva olhava o que ocorria, Snape já estava de pé... O garoto abriu a caixa...

E foi um tumulto... duas colegas desmaiaram, alguns empuraram as cadeiras e um colega se enfiou embaixo da cadeira, Marco ficou branco como cera e soltou um berro em desespero com as mãos na cabeça, quando Harry chegou atrás dele olhou para a caixa aberta...

Foi um choque, puxou o menino que tremia virado pra si e o apertou, para que não visse, apesar de ser tarde.

Todo o salão se levantara, mas a movimentação dos professores os fizera ficar parados nos seus lugares.

-Tire-o daqui!- Snape grunhiu.

Com um tranco pegou o garoto que ainda gritava no colo e ia sair quando outras duas corujas se desviaram dos feitiços e deixaram cair uma segunda caixa um pouco maior bem a sua frente.

Com o impacto com o chão a caixa arrebentou... vazou sangue dela fazendo todo o salão soltar um murmúrio consternado. Pelo vão... pode ver o conteúdo.

-Por tudo que é sagrado, Potter! Saia daqui!- disse Snape o empurrando.-Vá até a enfermaria cuidar do garoto.

Desgrudou o olhar da caixa e passou-o pelo salão paralisado... correu.

Correu o mais que pode com o menino que berrava no colo.

Berraria também se tivesse forças... berraria de ódio.

Pomfrey que terminava agora de arrumar a bagunça em sua ala, estremeceu ao ver a porta se escancarar violentamente.

-Potter o...

Mas o menino berrava ainda e ela indicou a cama.

-Faça ele se acalmar...- pediu Harry.

-O que houve?

-Só faça!- disse a olhando.

Um feitiço e Marco parecia um morto, quieto, e mole.

-O que houve com ele? Ele está em choque.

-Ele recebeu a cabeça dos pais numa caixa.- disse entre os dentes.

Ela o olhou como se não acreditasse.

-Não me faça repetir isso.- segurou a mão de Marco.- Faça ele dormir... faça qualquer coisa!

-Vou lhe dar um calmante, Harry.- ela o olhou.

-Eu não! Cuida dele!

Com um ar resignado ela saiu e foi ao armário, Harry olhou a face de Marco que balbuciava algo com lágrimas escorrendo pelo rosto...

"Isso não podia ter acontecido... não assim..." pensou enxugando as lágrimas do menino.

-Me ajude a erguê-lo.- Disse Pomfrey com duas taças de poção.

Ajudou e ela devagar fez Marco beber e limpou o que escorrera pelo queixo, deitaram-no e cobriram-no.

-Agora beba isso.- ela lhe passou a outra taça.

-Não... não preciso.

-Ande Potter... é só um calmante.

-Eu não preciso de calmante nenhum!

-Bebe Harry.- disse Hermione que entrava.

-Eu não preciso disso, que inferno!

-Amor.- ela lhe abraçou, esticando a mão e pegando a taça.- Bebe... Anda.

Contrariado bebeu num gole só, meio engasgado e enfiou a taça na mão de Pomfrey, sentando ao lado da cama com Hermione.

-Ele vai ficar bem não vai?- perguntou para Hermione.

-Vai Harry... vai... Eram os Evans na caixa não eram?

-Eram.

Pode rever muito bem... as duas cabeças dentro da caixa ensangüentada... horrível... ele mesmo sentira um frio mórbido quando vira... imaginava o que Marco sentira... as faces com olhos esbulhados em surpresa e bocas abertas... os tinha visto vivos a poucos meses atrás... discutido com eles... estavam vivos...

-Harry?

A olhou.

-Na sua... era os...

-Os Dursleys... eram sim...- olhou para o chão.

Abriu a boca e tornou a fechar... a olhou de novo, olhou Marco.

Engraçado como as últimas palavras da tia lhe passavam pela cabeça...

“Se você não gostasse de mim seria tão mais fácil não gostar de você... e ver você ir embora...”

“Você vai morrer cedo igual a sua mãe... eu vi isso ano passado quando você estava saindo... você vai morrer igual a seu pai...eu não quero ver isso.”

Não viu... eu devia ter dito algo... devia ter feito algo porque gostava afinal não é?

-Que droga...- gemeu.

Aquela tarde passou de um jeito estranho por causa do calmante, que dizer... tudo parecia passar por ele meio rápido demais... na verdade eram coisas demais pra pensar... com a cabeça deitada no colo de Hermione... Neville e Gina, foram e vieram... assim como Rony e Luna... Hermione o deixou para ir almoçar, mas ele se recusou a sair, queria estar ali quando Marco acordasse.

E estava enjoado demais para comer... ficou ali jogado, até Dumbledore entrar um pouco depois de Hermione sair e sentar-se ao seu lado.

-Ele irá ficar bem... deixar de comer não vai fazer diferença Harry.

-Pomfrey me deu um "calmante" que sinceramente me deixou pior do que eu estava... não vou conseguir comer...

Dumbledore o olhou tristemente.

-Os Evans estavam numa das vilas atacadas... e os Dursleys haviam fugido da nossa proteção a quase um mês...

-Porque me contar isso só agora? Que diferença faz? Eu não quis saber antes...

-Só achei que você ia querer saber agora... e não contei antes... porque ia ser uma preocupação a mais pra você.

-Eu não me preocupo... quer dizer...- sentia-se atordoado.- me preocupo com Marco... o que vai acontecer agora.

-Sem um responsável da família... bom temos que agir ou ele vai para um orfanato... mas é claro que vamos dar um jeito.

-Ele não vai pra orfanato nenhum... eu disse que ia cuidar dele...

-Não se preocupe Harry...

-Eu disse para os pais dele que ia cuidar dele... sou parente e bruxo adulto... ele fica comigo.

-Você não está raciocinando Harry... não é necessário...

-Eu disse que ia cuidar dele...

Seja lá o que Pomfrey lhe dera... Dumbledore achou por bem não discutir... apenas ficou mais um pouco em silêncio.

Harry tinha dormido quando saiu.

-O que você me deu afinal?- disse reclamando para Pomfrey quando ela ao vir ver Marco o acordou.

-Um calmante forte o suficiente para fazê-lo dormir também.- ela disse o olhando.

-Eu lá tenho cara de quem precisa tirar uma soneca quando algo acontece?!- disse irritado "até parece que bebe Pomfrey!"

-Vá andar um pouco que esse mal estar passa, depois coma algo... o garoto não vai acordar até amanhã, lhe garanto... é sério Potter! Ou vou dar outra dose pra você acordar só amanhã também!

-Certo, certo, vou procurar os outros.

-Eles estiveram aqui e disseram que estariam pelo jardim... talvez ainda estejam lá, esperando o jantar. E coma por favor... andou perdendo peso de novo.

Grunhiu algo e saiu andando...

-Pro jardim então... tá certo...

Era estranho ver Hogwarts praticamente vazia... havia um e outro eco de gente conversando, saiu sentindo o vento frio no rosto as nuvens pesadas, mas o frio fez bem, parecia mais coerente... e por isso mais consciente do que acontecera... com a mão na nuca esticando o pescoço... dormira todo torto...Caramba!

-Resolveu dar as caras Potter? Seus amigos estavam te esperando.

Olhou o outro encolhido no banco cheio de neve olhando o lago.

-Em sete anos de convivência você já devia ter aprendido o nome deles...- disse de pé olhando a neve que caia leve.

Draco deu de ombros.

-Como está o garoto Potter?

O olhou...

-Não sei... não acordou.- foi sua vez de dar de ombros.

-Imagino o que ele está passando...

Não ia discordar em voz alta... Draco tinha uma família, torta, mas tinha... e mesmo ele não atinava o que podia se passar na cabeça de Marco... não lembrava dos pais e não sentia mais tanta falta, e os Dursleys apesar de ter doído também... não era nada tão horrível... nada como imaginava ter sido para o garoto.

-E você Draco... está melhor?- disse afastando a neve de uma flor perdida que havia brotado fora de hora...

-Se está me perguntando se eu esqueci, não.

-Não dá pra esquecer... nunca.- disse puxando de leve a flor.

-Ah... tinha esquecido...- Draco olhou o céu.

-De quê?

-Ana Abbott.

Olhou a flor fraca de pétalas cristalizadas...

-Isso fica assim... doendo?- O loiro perguntou.

-Por enquanto... depois...

-Depois, passa?

-Não... não Draco, você não vai esquecer se gostava dela de verdade... só vai deixar de doer muito... daí... faz parte de você.

O outro apenas suspirou.

-Patrícia era meu repouso.

-Parecia uma boa pessoa.

-Você não a conhecia.

-Não.

-Mas parecia... obrigado.

-Pelo quê?-se virou para olha-lo.

-Por me lembrar que ela não ia gostar que eu me vingasse.

-Ah... amigo é pra essas coisas.- disse chutando uma pedrinha no chão.

-Amigos?

-Acho que isso nos torna amigos... sim.- diz Harry de pé olhando as nuvens.

Draco riu.

-Potter... você é um bicho esquisito.

-Levando em consideração o seu nível de dialética vou considerar isso um elogio.

O loiro o olhou, Harry riu.

-Argh! Não quero imaginar se você e a Granger se reproduzirem!

-Que delicadeza a sua Snape! Deve ser de família!

O silêncio retornou e Harry olhou a flor em sua mão... murchara depressa...morrera.

-Não imaginava que o Finnigan pudesse ser um deles... ele é mestiço.- disse Draco enfiando o pé num montinho de neve.

Harry o olhou... um olhar surpreso e vago...

“-Eu sou meio a meio. Papai é trouxa. Mamãe não contou a ele que era bruxa até depois de se casarem...”

-O que foi Potter? Não sabia?

“-Você se acha muito poderoso não? Eu não tenho medo de você!”

-POTTER!! Tá tendo um treco?

“Sabe o nome do auror que matou meu pai Potter? Era um cara meio covarde...”

-Ficou surdo?

“Eu sou meio a meio. Papai é trouxa.”

“Sabe o nome do auror que matou meu pai Potter?”

“Papai é trouxa.”

-INFERNO!- gritou pro lago, apertando a flor na mão com raiva.

Draco se pôs de pé.

-Surtou mesmo...

-Pegamos a pessoa errada!- disse correndo para o castelo.- A PESSOA ERRADA!

--

Ahá! Eu não esqueci do Cannon! Eu o suberverti aos meus malignos propósitos! Muhuahuahuahua! (cof cof)

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