Cp27 Pottere Dominatore e a no



Cp27 Pottere Dominatore e a noite perdida

“Medo de assumir-se um bruxo das trevas? Você não me engana Potter... escute bem, os guardiões irão mata-lo antes que vire a casaca.”

Abriu os olhos assustado... levantou e olhou pela janela no meio da madrugada encarando o gramado.

-Filho da puta...- repetiu.- Todos eles.- suspirou apoiando-se na janela escutando os colegas roncando.

Aquelas malditas palavras ficavam martelando a cabeça exatamente como as chacotas do sonserino o irritavam quando era criança.

-Não perdeu o estilo Malfoy... não mesmo,- pensou catando o roupão e descendo para a sala comunal, largando-se numa poltrona, precisava pensar.

"Não temos nenhuma informação pertinente, além de que alguns grupos trouxas de caçadores de vampiro se reuniram recentemente, estão dispostos a colaborar... mas não tem defesa alguma contra bruxos... dissera um Quim preocupado."

Trouxas podem enfrentar vampiros, foi o que lhe confidenciara Lupin com um olhar vidrado, os vampiros são muito mais fortes do que as lendas trouxas contam, e sabem usar magia também, mas há familias com tradição nesse tipo de caçada... relembrou enrolando a corrente de Hangorn nos dedos.

"Não podemos nos dar ao luxo de perder posições agora, o ministério está a nosso favor, mas isso nos torna de certo modo vulneráveis... outros países querem intervir... os alemães por exemplo...lamentou Percy, agora braço direito do pai no ministério."

Nunca imaginara que a Ordem seria mais um conselho político de guerra... agora entendia o que estavam fazendo no ano anterior, já que ficara ocupado demais tendo piedade de si mesmo...

"Não há como rastrear os novos recrutas de Voldmort... confidenciara Mundongo... eles não saem mais alardeando isso como antes, parece existir um pacto de silêncio agora, mas temos alguns que frequentemente nos dão informações... ele sorriu lhe dando um aceno discreto..."

-Tenho que me lembrar de falar com Mundongo...- disse olhando a pedra esverdeada balançar entre os seus indicadores.- ele parecia ter algo pra me contar...

"Nós conseguimos estabelecer contato com alguns grupos isolados de gigantes... Grope conseguiu em especial a colaboração de dois Grunges, mas os boatos de que grupos de domadores de Dragões foram vistos é bastante concreta. Finalizou Hagrid com uma seriedade que nunca tinha visto nos olhos dele... uma gravidade preocupada que nunca tinha visto... e nunca desejara ter visto."

-Pelo menos esses três retornaram a salvo...- levantou da poltrona e foi ver pela janela a cabana de Hagrid, luzes apagadas, mas saía uma fumaça da chaminé.

Enfiou a testa na janela, admirando a paisagem... duas coisas em especial, e ditas para ele em particular lhe martelando a cabeça.

"Não Harry, estão seguras...onde você guardaria? Não há motivo para remexer nisso, estão seguras e isto deve-lhe ser suficiente por hora..."

-Não é Dumbledore... eu quero vê-las... sentir que é isso e descansar em paz com eles...- pensou nas cinzas dos pais, que Dumbledore se negara a mostrar-lhe.- Quero sentir que estão mortos afinal, que inferno.

"Vou mandar cópias para você Harry... não se preocupe, só que tem que ser em segredo, hum? Ou Dumbledore me tranforma em Dragão pela eternidade... Morgan lhe sorrira... só prometa que não dará mais ouvidos aquele doido do Albeforth... pelamor dos deuses! Ele não regula bem...Você sabe muito bem o que sua mãe fazia..."

E quando ela lhe mandaria as malditas cópias dos manuscritos afinal? Isso incluía o pronto resgate do Pottere antes que Dumbledore acabasse por proibí-lo de ler... tinha a impressão que fora ordem dele a recusa de Pince de emprestar-lhe o livro daquela vez, roubaria-o se necessário... Não deixaria de ouvir Alberforth... ele era uma criatura a se ter uma nova conversa, quanto mais cedo melhor...

Precisava falar com Luna também... sentia que já deixara passar muito tempo... talvez Rony também... era hora de mover as engrenagens antes que tudo desabasse de uma vez na sua cabeça.

-Acordado a essa hora?- ela disse se aproximando.

-E você? Porque está acordada?- disse estendendo o braço que ela mesma colocou na cintura e a puxou.

Hermione encostou a cabeça no seu ombro, ambos olhando a paisagem suspirou...

-Eu estava pensando, então tive a impressão que você também estava fora da cama.

Harry sorriu, isso que era sincronia.

-Você está preocupado.- ela passou a mão nas suas costas.

-Um pouco.- respondeu apoiando a cabeça na cabeça dela.

-Um pouco seu, é a mesma coisa que muito não?-ela disse o abraçando.

-Sabe no que eu estou pensando?- disse sorrindo.

-No que?

Ergueu-a no colo e a jogou no sofá.

-Que não adianta nada ficar preocupado agora... e já que estamos acordados...

-Harry!Estamos no meio da sala comunal!

O que não a impediu de abraça-lo com mais força...

-E daí? Não é mais... interessante?

-Você não presta Harry...- ela disse tirando os óculos dele.

-Foi você que me estragou... não reclama.

Isso lhe lembrava uma certa noite bêbada... e algumas noites meio tumultuadas... de todas elas saíras evidentemente marcado... não que ela já não tivesse grudado novamente em seu pescoço, escutou um protesto abafado e ela ergueu o rosto muito vermelha.

-Harry!- ela segurou os braços dele.

-O que foi?- perguntou surpreso.

-Hã... acho que é hora de irmos dormir...- ela tentou se levantar.

-Peraí... o que foi que eu fiz?

-Passamos do limite só isso.

Retirou as mãos de dentro da camisa do pijama dela.

-Mas não precisa sair assim, como se eu tivesse mordido você... desculpe... já parei.

-É que realmente é hora da gente ir dormir... entende?

Soltou um suspiro angustiado, ela sorriu.

-Você me ama?

-Mione! Isso já é crueldade!

Ela lhe deu um beijo.

-Pra você dormir pensando em mim...

E saiu com um grande sorriso no rosto.

“Dormir? Como eu vou dormir assim? Pensou definitivamente aborrecido... desse jeito eu não vou conseguir dormir...nunca!”

-Quem será que passou a noite em claro recentemente?-Rony provocou.

-Vai te catar Rony!- disse irritado.

Não pregara o olho, culpa de quem? Da MIONE! Era humano sabia? Pensou a vendo entrar livre, leve e solta, recentemente com mania de demorar muito para o café... a palavra limite se aplicava em outro nível nesse caso... havia claramente um limite a ser quebrado ali... se pelo menos não houvesse uma urgência cósmica ou uma Molly da vida para atrapalhar certos momentos... seria um cara mais feliz...

Mas a roda viva de acontecimentos não o deixou ter pensamentos leves como aquele por muito tempo, embora tempo juntos não faltassem, a qualidade desse tempo é que não dava chances para nada, com o ano se encaminhando para meio e suas atribuições aumentando...

-Então pensou no que vai fazer?- Hermione sorriu devorando as lombadas dos livros da seção restrita.

Sofrimento nem fora prometer a Pince que Hermione só olharia os livros... nem tocaria neles... suplício era estar num corredor deserto com ela, sabendo que ninguém veria nada e não ter coragem de sequer dar um beijo.

“A Molly conseguiu... me deixou medroso...”

Levou um beliscão e quase derrubou o livro que ia pegar.

-Mione!-rosnou.

-Harry! Você está pensando no que?

-Quer saber?- disse com um sorriso maldoso.

Ela corou, mas disfarçou com um de seus muxoxos exasperados.

-Eu estou terminando meu trabalho, você nem começou o seu.

-E o que você decidiu como penalidades?- perguntou desviando do assunto.

-Eu... eu ainda não cheguei nessa parte...- ela gaguejou.- Não seria melhor todos respeitarem os direitos dos elfos sem precisarem ser punidos?

Desta vez riu.

-Mione... seu pai já levou uma multa de trânsito?

-Er... já... uma vez só...

-Viu, funciona.

Ela balançou a cabeça, murmurou um “homens” e voltou ao assunto.

-Seu trabalho... decidiu?

Onde estava afinal... era como se pudesse sentir, até Hangorn sentia, o Pottere não estava mais ali, MALDIÇÃO!!!

-Acho que sim...

-E qual o assunto?

Olhou travessamente ela falar estendendo a mão para um livro que retirou da prateleira antes que ela tocasse e então deu para ela.

-Só para garantir... Que tal Formas mágicas e não mágicas para sobreviver a ataques de bruxos das trevas? Posso ficar rico se virar livro...

Ela fez uma careta.

-Você já é rico.

-Foi uma brincadeira.- respondeu pensativo “Realmente... como suspeitei, Pottere não está mais aqui...”

-Estou falando sério... Amor... Amor!- ela o puxou.- Harry o que você tem? É ele?

A preocupação dela o despertou.

-Não... de onde você tirou essa idéia?

-Você anda avoado desde que voltamos do Largo... desde que Sirius voltou...

-Não é nada... você sabe disso. Vai levar algum deles?

-Não Harry... não vou.- ela disse preocupada.

-Está doente Mione? É a seção restrita! Não acredito que você não queira emprestar um livro...

-Sinceramente.- ela encostou a cabeça no seu peito.- Não estou conseguindo me concentrar...

-Se for minha culpa dá pra dar um jeito.

Levou uns socos sem vontade nos ombros...

-Sua culpa.

“Posso morrer feliz...” a abraçando ao mesmo tempo lembrando que a qualquer segundo Pince podia aparecer gritando como a Molly "Harry Tiago Potter, comporte-se!!!"

Desceram o gramado em direção a cabana de Hagrid, sentindo o vento gelado e a garoa persistente que ia e vinha, esperando o que o professor “oficial” de trato iria trazer de novidade...”

-Então pensou no que eu disse?- Malfoy soprou ao passar por ele.

-Quer debater o fato?- respondeu sério.

O antigo grupo há muito se dividira, pensara que a guerra interna na Sonserina iria ocupar aquela doninha irritante, mas pelo contrário, o sonserino se fortalecera, Serin andava fazendo um bom trabalho ali, bom demais para seu gosto...

-Olá a todos...- sorriu Hagrid.- Se aproximem! Não quero acreditar que tenho que repetir isso justamente pra vocês do sétimo ano!

Exatamente por isso é que todos se aproximaram cautelosamente.

-Bem, eu tenho uma enorme honra de trazer a vocês um espécime que não encontramos muito por aqui... é mais comum na Espanha.

Hermione soltou um gemido e Rony sussurrou.

-Contrabando...

A turma continuou olhando o piquete, então antes que todos se impacientassem Hagrid tirou um maço de cenouras e estendeu.

-Seriam coelhos gigantes?- Malfoy cotucou Zabini, seu aliado mais recente.

Harry apenas se concentrou, não o bicho era maior, podia senti-lo.

Então como um camaleão, como se um feitiço de desilusão se desfizesse a criatura apareceu, era lindo... maravilhoso de se ver.

-Um cavalo de sol!-Mione pôs a mão na boca.- Ah! É tãão lindo!

Tinha o tamanho dos cavalos que no quarto ano trouxeram a carruagem de Beuxbatons... um pouco maior, mas com o corpo de um dourado iridescente e luminoso, tanto a crina como a cauda tremulicavam como se estivessem em chamas, os olhos eram perolados como de um unicórnio, mas ele não tinha um único chifre, e sim três.

-Dez pontos para a Grifinória.-Sorriu Hagrid para Hermione.

-Cavalos de Sol foram criados pelos magos, uma cruza entre os cavalos de fogo Bretões e os Unicórnios espanhóis que são maiores e mais fortes que os nossos, essa espécie é extremamente adaptada aos mais diversos climas... é melhor anotarem isso.- Sorriu Hagrid.- Cai no NIEM.

Mil mochilas foram abertas, e pela primeira vez pode apreciar uma aula de Hagrid acima de todas as expectativas, melhor até que uma aula de Remo, foi um show, talvez porque os cavalos de sol podiam expelir chamas com a boca, Hagrid fosse mais entusiasmado com eles do que com os unicórnios, sem tirar que eles podiam lançar os chifres como dardos em casos de emergência e eles voltavam a crescer em menos de uma semana.

Explicado o fascínio de Hagrid pelo bichinho.

-Pelo menos não tem presas envenenadas...- disse Rony.

-Para um animal contrabandeado.- disse Hermione.

-Mione.- abraçou-a mais forte.- Minha vida, admita, foi uma aula maravilhosa...

-É foi sim... foi ótima, mas...

Calou-a com um beijo.

Desceu como um gato, literalmente até a sala comunal, usou flú e saiu na sala da AD. Sua sala em Hogwarts, era estranho pensar assim... olhando os papéis de relatórios que abarrotavam a escrivaninha, onde a saudosa foto dos dois Tricampeões ainda se cotucavam, eternamente alegres em se provocar.

-Hangorn.- Chamou a ave ao segurar o pingente, sentado na cadeira por trás da escrivaninha.

A fênix apareceu e se colocou na poltrona. agitou as chamas, iluminando o aposento que até então estava ocultado na penumbra...

-Tem certeza?- a ave perguntou.

-Toda... há coisas estranhas acontecendo, você consegue sentir?- suspirou fechando os olhos.

-Consigo...- repetiu a ave.

-Então, estão com Dumbledore ou não?- abriu os olhos, ao lembrar do motivo de tudo.

-Sim e não.

-Como assim?- se levantou.

-As cinzas estão com ele... mas o Pottere não...

-Como assim?- olhou a ave.

-O livro não está com Alvo Dumbledore.

-Com quem está? Pode sentir?

-Está no castelo...

Bateu a ponta do pé na beira da poltrona.

-No castelo... isso é vago.

A ave tremulicou, não precisou de esforço para entender.

-Com quem?

-Está com Lovegood.

-Luna...- disse baixo...- Como ela conseguiu esse livro?

-Não sei Harry... ainda quer que eu faça?

-Quero... vá buscar as cinzas... – encarou a ave...

-Dumbledore irá saber que é você.

-Eu quero que saiba... eu quero que ele explique...

-Há algo acontecendo no castelo, Harry.- disse a ave.

Fechou os olhos e não sentiu nada, não que seus poderes como projetista pudessem ajudar sem saber em que se concentrar...

Então o mundo saiu de foco.

Em algum lugar perdido... Muito mais longe do que parecia, via o vulto andando calmamente em um prédio que parecia antigo, um pátio, as paredes eram de Pedra.

-Milord.- O vulto se aproximou e baixou o capuz, os longos cabelos prateados refulgiram sob o luar, os olhos eram vermelho sangue.- Nosso senhor espera por vossa companhia.

-Até que enfim.- Voldmort sibilou erguendo-se.- Não costumo ser paciente assim em minhas visitas.

Seguem por um caminho tortuoso, pelo que pode perceber não se pode aparatar e desaparatar ali também, sentia a cabeça latejar e não era o contato com Voldmort era a aura do lugar.

“Harry... isso é ruim... isso é mau!”

“cale-se! Ele vai te ouvir...”

Voldmort aparentemente não o percebera, estava muito excitado com algo... se sentia melhor e mais forte ao se aproximar da enorme porta...

Que se abriu...

O lugar era horrendo e lindo, nunca imaginara algo assim e já vira algo parecido, não era negro, mas o lugar todo era feito de mármore e espelhos... apesar do grupo que se inclinou para Voldmort nada refletia neles... quando Voldmort entrou o homem no trono a sua frente se levantou... ao lado dele duas criaturas que Harry pode reconhecer... duas criaturas imensas com o corpo de um imenso felino negro, com asas de morcego mas cobertas de longos pêlos negros, três caudas de serpente, as enormes patas com garras e a cabeça que lembrava um leão e as fileiras cerradas de presas afiadas, os imensos olhos verdes eram reconhecíveis, a imensa juba, o chifre único, a língua viperina.

-Lord Voldmort! Perdoe-nos a demora.- O homem se inclinou.

Voldmort parou em silêncio.

-Seus seguidores me falharam Kwaiyin... o que pode me dizer disso.

O estranho vampiro deu um sorriso próximo do enojado.

-Eles não falharam Milord... apenas precisam de mais tempo...

-Eu preciso das armas mágicas...- Voldmort se aproximou do vampiro, que manteve o olhar.- Vocês precisam delas para abrir o túmulo negro... nosso acordo.

-O Senhor ainda nos deve um dos mestres.

-A seu tempo...- sibilou Voldmort assentando-se no trono do vampiro e o olhando, ambas as criaturas se ergueram ao mesmo tempo, mas um gesto impaciente do vampiro e retornaram a imobilidade.- Kwaiyin... deseja mesmo ter sua mestra livre?

-Todos nós esperamos por esse dia Milord...

-Então me tragam...

Voldmort silenciou.

“Potter... MALDITO!!!”

O contra ataque o deixou desacordado no chão da sala da AD.

Um calor agradável se espalhou por sua cabeça dolorida... abriu os olhos, Dumbledore o olhava preocupado.

-Hangorn me avisou Harry...

-Ele está mesmo procurando coisas... são armas... armas que abrem o túmulo dela...

E tudo fazia sentido...

-Lilith era uma vampira... não era?- perguntou a Hangorn.

-É o que as lendas contam Harry...- Dumbledore sentou-se na pequena poltrona.

-Isso não é lenda... é real... Voldmort quer ajudar os vampiros a acordarem essa Lilith...

-Já sabíamos disso Harry...- disso Dumbledore calmamente.

-JÁ! ÓTIMO! POR QUE EU NÃO ESTAVA SABENDO?

-Sua ligação com Lilith.

Calou-se.

-Fiquei muito preocupado quando percebi essa estranha ligação sua com a mestra dos vampiros, ou com o fato dela escolher se comunicar com você.

-Coisa que não faz a meses...

-Não Harry, Voldmort o atacou e rompeu uma ligação profunda entre vocês dois naquela noite...

-A lua negra?

-Sim...

-Não compreendo.

-Eu também não Harry, se Lilith está “desperta” porque não voltou a guiar os diversos clãs de vampiros? Se está desperta e fala sobre Voldmort porque não fala com os seus? Porque ela o escolheu?

Sentiu um arrepio.

-Não sei.

Hangorn piou, Dumbledore concordou com a cabeça.

-Não... não... Ela entrou em contato comigo antes deu acordar Hangorn...

Dumbledore também concordou... ficaram em silêncio...

-Eu não lhe dei as cinzas de seus pais Harry, para você não cair em tentação...

-Como?- ficou surpreso com a mudança de assunto.

-Você não pode trazer os mortos de volta...

-Eu não quero traze-los de volta... só quero... ver...

Dumbledore se levantou... o olhou calmamente e disse muito cansado.

-Haverá uma hora que você vai ter dúvidas quanto a isso, eu acho... eu confio em seu julgamento, mas não quero que tenha que fazer essa escolha...

-O que faremos agora?-perguntou olhando o chão.

-Quero que espere um pouco... acho que em breve, não poderemos mais contar com o tempo e um lugar seguro... acho que em breve teremos que ir atrás dessas armas...

Olhou Dumbledore, que concordou com a cabeça.

-Sim, Harry, acho que teremos que busca-las também, garantir que essas “chaves” estejam nas nossas mãos.

Algo dentro de si apenas concordou... finalmente.

O lugar estava o próprio pandemônio, o quinto ano na AD estava em pleno vapor, se concentrar em ajudar todo aquele pessoal a fazer os feitiços corretamente era um modo de esquecer tudo aquilo que sabia, então para espanto geral, alguém entrou na sala.

-POTTER!!!

Virou-se, ah... visão exótica...

Draco, Luna e Rony estavam a porta, deu um aceno e eles em acordo fecharam-na. Virou-se e encarou a turma, metade dela bem surpresa.

-Dispensados.

Enquanto a turma ia saindo, os três entraram, para seu alívio Rony e Draco se olhavam desconfiadamente, pelo menos a realidade não se esvaíra totalmente.

-Então?- perguntou.

Luna sorriu.

-Vamos com você.

-Como?

-Vamos com você... está surdo?- Draco completou irritado.

-Eu ouvi muito bem... mas vão aonde? Eu não vou a lugar algum...

-Griffin falou com Dumbledore Harry.- disse Rony sentando-se num dos degraus... concordo com eles... vamos com você.

-Alguém pode me explicar? Pelo que sei eu não vou a lugar algum!

Draco deu uma risada cínica que lhe deu vontade de torcer aquele pescoço...

-Você vai atrás das armas mágicas que Voldmort procura.- disse Luna, fazendo Draco parar de sorrir.

-Eu nunca pensei em ir atrás... Dumbledore pediu um tempo...

Rony soltou um bufo.

-Tá... ele pediu para esperar... e vamos?

Onde está o Rony que eu conheci? Olhou o amigo.

-Qual o interesse dos guardiões nisso?- perguntou.

Luna lhe estendeu o Pottere.

-Uma vez... dois grandes bruxos prenderam um espírito maligno , pelo que pensavam ser toda a eternidade... mas se enganaram...- ela empurrou o livro em suas mãos.- Os guardiões não querem que esse espírito se liberte.

-Vocês sabem que livro é esse?

-Pottere Dominatore.- Draco falou cruzando os braços.-Não sei porque ela.- apontou Luna.- Insiste que você pode ler... está todo em Latim...

-Você tentou?

-Claro que tentei.- ele o olhou.

-Pois saiba que agora eu posso ler...- disse cinicamente, apreciando o desgosto de Augustus Snape.- Porque Luna?

-Dumbledore pensou em destruí-lo.- ela disse baixo.- Magia das trevas também estão no livro... então Iran roubou-o para mim.

-E Albeforth?

Ela sorriu e afastou uma mecha do cabelo loiro.

-Ele disse que não está mais nas mãos dele, ele já fez o que tinha que fazer...

-Claro.

-Podemos fazer logo o que viemos fazer?- Rony disse aborrecido.- Desculpe Harry mas precisamos de outra coisa sua... na verdade eles precisam, nós não chegamos a um acordo.

-Como?

-Ah! Deixem eles explicarem!- disse Draco afastando a manga e tocando o bracelete.

Serin, Iran e Griffin apareceram, com um trejeito de mão Harry fechou a porta.

-Estão loucos de aparecerem assim? Se alguém mais os vir...

-Precisamos de sua ajuda... nós e nossos mestres, apesar de alguns não concordarem.- Iran olhou longamente Draco e Serin.

-Ajuda com o quê?- lembrou-se que da última vez saíra correndo para salvar aquela doninha ingrata.

-Ubaf... não tem mestre.- disse Griffin tristemente.

-Por sua culpa.- complementou Serin.

-Espere aí... como minha culpa?

-Não é isso.- disse a voz de Iran se sobrepondo a dos outros dois.- Ubaf havia arranjado um mestre, uma mestra, antes de todos nós, alguém com um poder especial em sua casa.

“Ah, não...” pensou apertando a varinha.

-Ah...- não teve coragem de falar.

-Ubaf procurou um substituto, mas a morte dela...

-A morte de Ana.- disse baixo.

Aquilo doía... Poxa... lembrar ainda dói...

-Ela morreu deixando Ubaf sem mestre, de todos os bruxos nesse castelo apenas dois podem ser mestres dignos...

-Não é Ubaf que tem que escolher?

-Não...- disse a voz atrás deles.

Ubaf assentou-se a frente de Harry.

-Minha mestra o amava... e queria que eu ficasse com você... mas não podemos ficar juntos.

-Claro que não...- disse se lembrando das palavras de Draco.

-Você possui Hangorn...

“Que está extremamente calado agora...”

“Não me meto nos assuntos deles...”

“Obrigado pelo apoio.”

-E o que querem que eu faça?

-Escolha o sucessor de Ana... é o justo.-disse Griffin.

-O mais certo já que não entramos em acordo.- disse Iran.

-É... faça isso.- disse Serin.

-Eu não posso escolher entre eles.-disse Ubaf.

-Os dois podem negar-se a serem seu mestre Ubaf... porque não pede a eles?

-Por favor Mago... ajude-nos.

-Anda logo Potter, é só decidir, quem é melhor... O Longbotton ou sua namorada sangue-ruim...- disse Draco irritado.

-Neville ou Hermione?- perguntou assombrado, então antes que Rony reclamasse encarou Draco.- Cuidado com a lingua Veela.

Draco empalideceu e virou o rosto irritado.

-É... ambos se sincronizam bem com Ubaf...

-Tem certeza disso Ubaf?

-Sim mago... escolha.

-Não posso escolher assim.

-Porque não deixamos o Harry pensar e dar a resposta depois?-disse Luna.

-Porque vocês não decidem?-perguntou nervoso.

-Era um desejo de minha mestra... não posso negar... pelo menos você deve escolher.

-Concordo, pense uns dois dias...- disse Serin.

-Como?- Draco olhou seu guardião.

-Eu concordo.- disse Griffin.

-Certo. Até dois dias... aqui, nos reuniremos para saber o que será feito. Mago, precisamos estar fortalecidos para deixar Hogwarts, na viagem... precisamos estar prontos.-concordou Iran.

-Entendeu Potter?- Draco disse se virando.-dois dias então.

E saiu da sala com Serin.

Os guardiões voltaram a sua formas invisíveis e pequenas e saíram da sala, deixando os três para trás.

-Acho que devemos ir... Desculpa Harry.- disse Rony ainda aborrecido.

Claro, a morte de Ana, abatia Rony também...

Ficou sentado absorto em memórias e dúvidas no meio da sala de duelos...

Dúvida que o atormentou a noite toda, e para quem não queria se meter, Hangorn adorou dar palpite...

“Neville... ele é responsável... mas acho que não está pronto para isso.”

“Ou você tem medo? Mais uma vez ele seria sua sombra...”

“Não... confio em Neville... mas ele já passou por bons sustos...”

“Hermione.”

“Não! Seriam riscos demais! Não quero ela metida nisso!”

“Ubaf a protegeria...”

Ainda estava ali, naquela dúvida sem conciliar no sono, entendia que Ana desejara aquilo, mas nunca o contara nada... se bem que não tiveram muito tempo juntos... não, ficaram juntos menos de três meses... ainda sentia a perda...

“Sente saudades... ainda a ama?”

“Sinto... mas é irrelevante agora... isso não pode...”

“Isso dói?”

“Porque eu me lembro...”

Tentou pensar por todo aquele dia... Neville ou Hermione... ambos grandes bruxos, ambos importantes, não queria colocar Hermione naquilo, mas Ubaf poderia protege-la...

E havia aquele sorriso que ela lhe dava o dia todo... o que está havendo?

-Nada.- Ela sorriu.

-Porque eu sinto que você está aprontado alguma?- disse segurando a mão dela no jantar.

Ela desviou o olhar para a mesa dos professores, então muito marotamente sorriu.

-Desce na sala comunal lá pela meia-noite e meia?

-Como?

-Meia-noite e meia.- ela o beijou no rosto e saiu da mesa.

“Oh... caramba... o que ela está aprontando agora?”

Se enfiar na aula da Ad pensando nisso foi uma tortura... ajudar os anõezinhos como diria Rony, foi particularmente tedioso. Quando os dispensou ainda era cedo, não sabia o que fazer...

“Será que decidiram sem você?"

"Por tudo que é mais sagrado... não! E o que você tem com isso Hangorn?"

-Então tudo pronto?- disse Rony ao ver o mais atrazado dos moleques sair correndo arrastando uma hiper-mochila... duas vezes maior que ele...

-Pronto.- disse e então olhou para o amigo... quanto tempo não conversavam seriamente?.- Rony...

-Eu sei o que vai perguntar...- Rony disse olhando de Harry para o bracelete de Griffin.-Harry... por tudo que é mais sagrado... não escolha a Hermione!

-Porquê?

-Ubaf protegeria Hermione... mas...- disse olhando desfocadamente para o corredor.- É algo difícil...

-Difícil? Rony eu não entendo...

-Não é bonito Harry... nós sentimos tudo entende? Acho que você já se sentiu assim... mas é permanente. Acho que de nós três apenas Luna está se sentindo bem... Malfo...Snape tenta não demonstrar, mas está meio apavorado...-Rony deu um sorriso torto.- Sabe... não podemos mentir uns aos outros...

-Rony eles... eles não fazem mal fazem?

-Não é uma questão de fazer mal...

-Não... sei que não.

-Isso é tudo que posso dizer Harry... mas se resta alguma dúvida, pensa no quanto Mione é mais responsável que Neville.- Rony colocou a mão em seu ombro.

-Eu vou pensar.- apertou o braço do amigo.- Vou.

Estavam andando juntos quando Rony parou, no meio do corredor que dava ao retrato.

-Harry...

-Hum?

-Eu realmente sinto muito... pela Ana.

-Sei que sente.

Entraram em silêncio, antes de subir , lembrou do que Hermione lhe pedira e segurou Rony.

-Eu não quero que continue pensando nela... aquela nossa briga foi um acidente enorme e tudo que aconteceu depois não foi culpa de ninguém... eu nunca o culpei Rony.

-Eu é que ainda não me perdoei Harry.

-Não faça isso com você.

-Neville disse que você era como um irmão pra ele...- sorriu Rony.- Ele não tinha esse direito... você é meu irmão cara! Eu não tenho irmãos suficientes sabe?

Riu.

-Você não é meu irmão Rony... irmão não se escolhe... é meu amigo... meu melhor amigo... sempre.

-Se formos naquela viagem...- ele disse se virando para subir.- Eu não vou esquecer disso... meu amigo. Falando nisso, Vocês dois vão fazer algo essa noite não?

-Ei... você tá sabendo mais que eu?

-Sou seu amigo Harry... mas prometi guardar segredo!

E sumiu na escada.

-Tratante.- disse se jogando na poltrona.

Adormecendo profundamente em segundos.

-Ei... dorminhoco.

Sentiu o arrepio da voz dela na sua orelha.

-Mione, o que você tá...-se virou para ela.

-Vira gato.- ela mandou muito autoritariamente, vestida com uma longa capa negra e carregando uma enorme cesta de piquenique.

-Como?- se levantou.

-Vira gato.- ela sorriu.- E entra na cesta!

-Como é que é?

-Harry!

-Tá bom! Tá bom! Mas o que você tá aprontando?

-Surpresa...- ela sorriu.

"Eu me meto em cada enrascada... O que tem nesses olhos que conseguem me convencer assim?"

Um gato preto foi enfiado a contragosto na cesta... ainda escutou.

-Harry, por favor, aconteça o que acontecer... não faz nada até que eu te mande sair... por favor!!!

Miou em consentimento e sentiu o ar frio e o som de uma janela sendo aberta.

Então sentiu o frio na barriga de cair muito rápido.

"MiONEEE!!!"- para qualquer pessoa normal o som era de um gato sendo esguelado...

Um tranco e teve toda a certeza que estava voando...

"Está tudo certo... fica quieto Harry!!!"- isso foi um pio longo.

"Mione você está carregando a cesta?"- um miado irritante.

"Estou... e você pesa sabia?"- Um pio mais curto.

"Ah... eu não pedi pra ser carregado..."- bufou.

"Você podia ficar calado... já que não tem asas"- ela piou.

"Eu pensei na possibilidade de algo romantico... agora não duvido que seja algo sobre estudos... pensou consigo mesmo ajeitando-se na cesta."

"Eu me meto em cada uma..."

Demorou um tempo que pareceu muito, preso naquela cesta meio apertado... já ficando doído, então um baque surdo o depositou no chão.

-Pode sair.- Hermione disse.

Não esperou ela abrir a cesta, pulou de dentro, zonzo e voltou a forma normal com a mão na nuca esticando o pescoço, reconhecendo a casa dos gritos...

-Acho que tirei algo do lugar...

-Ah... eu espero que não...

A mudança doce no tom de voz o fez se virar e olhá-la.

"fala alguma coisa decente Harry... e fecha essa boca..."

-Uau...

Bom, não tinha exatamente o controle de sua capacidade mental admirando a arrumação do lugar e principalmente, dela...

"Onde ela arranjou essa camisola... vermelha... decote... eu devo estar parecendo um imbecil... de boca aberta... estou todo amassado... nem troquei de roupa..."

-Gostou?

-Amei...

E quando chegou a dois passos de abraça-la escutou o uivo e som de arranhado que os fez congelarem...

-Eu conheço esse...

E realmente... correndo do andar de cima, carregando um enorme lençol no focinho.

-Ah! A cama!- Hermione gemeu...

-Que se dane a cama! Voa Mione Voa!

O lobisomem estava pulando os degraus da escada...

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