Cp22 Levando jeito.



Cp22 Levando jeito.

O baque no chão o fez despertar do choque, a coisa mais horrível estava a sua frente, horrível, terrível lembrou-se de Aberforth, porque o que estava a sua frente era parte de si, refletida pela criatura, o baque aconteceu quando a criatura se deixou cair nas quatro patas, o corpo de um imenso felino negro, cujas asas, quatro asas, se abriram, asas diferentes, como as de um morcego, mas cobertas de longos pêlos negros, Harry estava chocado demais em imaginar que parte dele era assim, convocou a ave de volta ao amuleto, observando as três caudas de serpente, as enormes patas com garras e a cabeça que lembrava um leão e as fileiras cerradas de presas afiadas, os imensos olhos verdes eram reconhecíveis, a imensa juba, o chifre único, a língua viperina.

-Pelos demônios Potter! Que coisa é essa?!- gemeu o sonserino se levantando.- Faz alguma coisa! Que bicho feio!

-Para de gritar sua veela histérica!- disse irritado.- atacar um Dopelganger se transformando é perda de tempo, espera ele terminar.

-VEELA HISTÉRICA é sua vó!- disse o sonserino o encarando.- Pelo menos meu lado ruim não tem chifre!

Outro urro, Harry usou seu escudo para evitar a patada.

-O meu lado ruim não parece uma galinha.- disse maldosamente.- E fica pra trás você está ferido!

-Eu não pareço uma galinha! Eu não sou assim!- disse o outro.

-Negue o quanto quiser Malfoy, mas você tem sangue de veela e pronto, agora pára de histeria!-gritou irritado.

-Ora seu... cuidado imbecil!

A criatura acabara de devorar seu escudo... devorar?

-Mas... ah! Seja lá o que for... não vou com sua cara!

-Repete Potter, isso não é você?-disse Draco maldosamente.

Poderia ter azarado o sonserino... mas não, tinha uma dívida com ele, ele não tinha salvo seu couro mandando Serin intervir quando Voldmort atacara? Teria muito para falar com ele, depois de esganar Snape é claro.

-Isso não sou eu! É um Dopelganger morto! Ekstintare!

A explosão de uma onda sonora empurrou a criatura contra a parede, fazendo-a perder os sentidos.

-Haha, você negando o sangue?

-E você?- se virou irritado.- Que sempre negou que é um MESTIÇO!

O outro virou o rosto.

-Você não sabe, não entende.

Os dois suspiraram, intolerantes, Harry se aproximou da criatura desacordada.

-Você está ferido?- perguntou ainda olhando o Dopelganger inconciente se destransformar.

-Não se preocupe Potter.- disse o rapaz catando Serin do chão, aninhando-o nos braços.

-Sente-se.-disse ainda olhando o Dopelganger assumir um tom de massa bege e disforme.

-O QUÊ?

-Mandei sentar! -se aproximou com certeza com uma cara feia.- Vou dar um jeito nesse braço, você tá enchendo o chão de sangue!

-Por quê? Tem um probleminha com sangue? Oh! O Potter não pode ver sangue!!!

-Cala-boca Malfoy!- disse puxando o braço do sonserino.- Olha isso, deve doer pra caramba.

-AI! Dói sim se você apertar seu sádico!

-Então sossega!

-Você não pode me curar Potter, seria pior, tente entender.

-Porquê?

-Você não consegue entender as coisas mais simples? Dumbledore não disse pra você não se meter?-disse se afastando.

-E desde quando eu o ouço?-disse olhando o pequeno animal segurado por Malfoy.- E desde quando você é o mestre de Serin?

-Ele me procurou no fim do ano passado.-disse parando na esquina do corredor. E chega, tenho que ir, danem-se os duzentos pontos.

Tinha que dar os parabéns, um ferimento daquele e muita gente estaria gritando de dor, ao mesmo tempo pode perceber que o sonserino estava evitando sua presença.

-Você sabe fingir muito bem.

-Anos de prática.- disse o sonserino se virando.

Um grito que parecia um pio agudo veio do corredor, uma bola de fogo atingiu o loiro no peito o jogando contra a parede, na confusão Harry ainda escutou o outro pronunciar um "mãe?" antes de desmaiar, do corredor surgiu uma criatura alada, asas, pés de ave, um bico na face e cabelos loiros esvoaçantes, Draco não percebera que era outro, e não deveria ter outro.

-Impedimenta!

A falsa veela estacou.

-Estupefaça! Depois diz que não parece uma galinha.- disse olhando a criatura caindo para trás.- sem querer ofender sua mãe, Draco.- disse se abaixando e olhando o loiro.- acorde! Enervate!

O outro gemeu, mas manteve os olhos cerrados.

-Dane-se o acordo com Dumbledore, carregar os três vai ser demais e não ou dar um passo sem levar essas coisas para esfregar na cara do Snape, entendeu Malfoy? Então larga de ser fresco e abre esses olhos!

Nada, apagado, nocauteado.

-Hangorn!- disse se sentando e com as mãos no amuleto, a ave que saiu era fraca, mas não tão fraca quanto já tinha visto antes.

"Desculpe-me... aquilo devorou minha chama."

-O que era aquilo?- perguntou apontando para a coisa desmaiada no chão.

"Não sei, nunca vi..."

Harry suspirou desanimado. olhou o rapaz desacordado e suspirou.

-Será que dá para curar ele?

-Creio que sim.

Duas magias de tranfiguração e os Dopelgangers estavam encerrados numa caixa mágica na forma de dois ratinhos, ”um viva para minha habilidade em transfiguração...” retirou o frasco de Athelas que sempre carregava, mas esquecia de usar... e puxou o braço do outro pousando a mão sobre o ferimento.

O choque foi violento, as imagens invadiram sua mente numa rápida sucessão de gritos, mais rápido do que vira na mente de Snape nas aulas de oclumência, e a intenção não era entrar, mas havia uma pressão muito grande na mente do sonserino, muita angústia, solidão, tristeza e medo como uma represa rachada, aquilo fluiu, de uma choque para não esquecer, os medos de alguém que não podia falar na própria casa. As acusações de um pai frio e o medo velado de uma mãe incapaz de protegê-lo, presa numa forma que odiava. Dava para entender a raiva que o sonserino sentia do mundo. Draco havia sido levado duas vezes até Voldmort, nas duas teve medo, apesar de preparado para matar se fosse necessário, mas não.. nas duas saíra aliviado por ser dispensado, até começar a ficar preocupado, havia espionado demais para a Ordem, estava espionando, substituira Snape.

-Você não devia ter feito isso.- disse o outro com a mão na cabeça.

Caíra sentado incapaz de falar, apenas observando a palidez mortal que se espalhava no outro, como se fosse possível que o rapaz pudesse ficar mais branco.

-Você não vai mais voltar, não é? Você não pode mais voltar para casa.

-Não... não posso.- ele disse sério.- Eu não posso sair de Hogwarts.

-O que Voldmort quer de você?

O outro reprimiu um arrepio.

-Não quero saber.- ele disse e olhou pra cima.- Não faz diferença, e você vai calar essa bocona e parar de se meter!-disse se levantando irritado.

-Você não percebeu, mas ele leu sua mente.- disse.

-Cala boca Potter!Cala essa boca! Para de se meter!- o outro gritou nervoso.

-Você se sente acuado, perseguido, usado, enganado, eu disse ano passado, Bem vindo ao clube!- disse se levantando. - Quero saber o que mais Dumbledore tem mandado você esconder de mim! Quero saber porque mandaram você se enfiar no meio daqueles comensais e porque você aceitou essa missão suicida!

O outro parou meio chocado, nervoso, pela segunda vez pode observar que havia um ser humano em baixo de várias camadas de dissimulação.

-Dumbledore tem razão, você tem a péssima mania de se meter em tudo, sabe Potter, você tem que se acostumar com a guerra... quem diria que justamente você é que não ia aceitar as regras desse jogo.-disse tentando se manter frio.

-Pra mim a vida das pessoas não é um jogo, não sei o que Snape e Dumbledore falaram para você, mas não concordo.

-Dumbledore só me pediu um favor, e ele sabe o que está fazendo, o professor Snape estava infiltrado há anos, saberia se houvesse problemas.

-Ele está te pedindo para dormir com o inimigo não? Continuar sonsamente atrás daqueles Comensais! Draco, isso loucura! Lá fora é suicídio, o que estava procurando?

-Essa loucura pode salvar muita gente, seu retardado! Eles não suspeitam de nada! Não tem cérebro suficiente, além do mais agora estou seguro dentro do castelo!

-Eu já pensei assim.-disse se lembrando do que acontecera naquela noite.- Mas não vou me meter, prometi que não o faria...

-Eu preciso fazer... entende? Eu preciso fazer isso...

-Você precisa tanto assim se punir?

-Não é questão de punição Potter, É vingança.

Balançou a cabeça, apenas disse enfiando a caixa com os dopelganger nos braços do sonserino.

-Apenas me prometa, vai me chamar se der algo errado.

-Tá louco?-disse, mas agarrou a caixa com avidez.

-Prometa!- rosnou.- Não sou dado a pressentimentos, mas não gosto do que pode vir a acontecer , prometa!

-Pode me dizer como vou lhe chamar se Voldmort aparecer na minha frente tentando me matar?

Tremera, a voz dele tremera, mas conseguira pronunciar o nome, o que a maioria tinha medo.

-Você vai dar um jeito. Agora ande. Perdemos tempo, e você não pode ser visto comigo.

-Você é um panaca, Potter.- disse catando o pequeno animal desmaiado que era Serin e tranformando-o num bracelete.- Mas é um panaca... legal. O que continua sendo em tese um panaca.

Suspirou irritado balançando a cabeça, o outro o irritava... mas estava em dívida.

-Malfoy.

-Quê?- o outro parou e olhou para trás.

-Obrigado, por aquela noite, por mandar Serin.

-De nada... mas você continua um também.

-Pelo quê?

-Pelos quatrocentos pontos que vou ganhar!- ele disse erguendo a caixa e saindo rindo.

-SEU... ARGH!- engasgou quando o outro começou a rir.

Perdeu ainda o maior tempo procurando seu pergaminho, estuporando alguns diabretes e Umbrais chatos, como coçavam aqueles ferrões!

"Ainda irritado?"

"Você viu o que aconteceu... viu o que eu vi, não pode estar certo. É muito arriscado."

"Mas ele está disposto a se arriscar..."

"Esquece, não quero falar disso."

Lembrara de Sirius, ele também estivera disposto a se arriscar.

Seu pergaminho estava escondido numa beira de nicho onde haviam tocos de velas, quando se aproximou, ele começou a brilhar, quase pensou duas vezes antes de pegar, com um verdadeiro pânico de que pudesse ser uma chave de portal.

-Eu tenho que controlar esse medo imbecil de coisas que brilham...

E para voltar? Mais um tempão perdido para achar o corredor.

-Achei que teríamos que ir atrás de você Potter, a maioria já voltou.- disse Snape.

-Me perdi, tenho um péssimo senso de direção.- disse sem emoção e indo para o meio dos amigos sentados no chão num canto, ignorando a cara do professor.

Rony apertava um lenço contra a testa, havia sangue, ignorou, foi direto a Hermione.

-Está bem minha vida?-disse a olhando.

-Estava preocupada, você demorou.- ela disse avaliando os arranhões nele.

-Sabia que aquele panaca do Malfoy voltou com dois Dopelgangers?!- rosnou Neville que coçava uns arranhões feito por Umbrais.

-Ah, sério? Que droga.- disse se sentindo a criatura mais falsa da terra.

"Porque não separei aquelas drogas?"

"Porque tem um coração de manteiga."

Fechou os olhos e coçou a testa irritado.

"Não começa."

Já estava na hora do almoço quando foram liberados, total? Dois feridos, um bom grupo de zeros com direito a detenção, incluindo Pansy, alguns que cumpriram bem e Malfoy levando Quatrocentos pontos para a Sonserina.

-Alguém pode pelo amor de Deus.- disse uma Terceiranista.- Me dizer porque estamos mais de trezentos pontos atrás da Sonserina?

Alguns talheres pararam ao lado dos pratos.

Se olharam e ficaram quietos, que fizessem todos os comentários, ele nunca ia dizer que DERA os malditos pontos de bandeja, o que tinha na cabeça? m? Certas coisas nunca mudam, o outro agarrara tão avidamente a caixa que nem tinha se tocado... EU SOU UMA ANTA!

Não rendera um pio de agoureiro na aula, Hermione bem que tinha pulado em seu pescoço, do jeito ruim, tentando esgana-lo, por perder pontos dormindo na aula... "estamos atrás da Sonserina Harry!", estava chateado, muitas perguntas e poucas respostas, tinha acabado de se esparramar do sofá olhando de lado para a namorada pensando em como fazer ela parar de bufar pelos pontos perdidos, e nem contara dos quatrocentos... quando sentiu.

PLAFT!!!

-Nossa...- gemeu empurrando a palha da vassoura.- Tive uma experiência transcendental agora...

Hermione levantou e olhou a cara de sonso de Rony.

-Harry, amor...doeu?

-Não... mas agora eu sei o que sentem as baratas quando morrem por vassouradas assassinas!- disse puxando a varinha.- Quer experimentar Rony?

O capitão do time saiu sendo varrido pela própria vassoura.

-Harry! O treino! Dorminhoco babaca! Desazara minha vassoura!

Se levantou rindo com o resto da sala e deixou um beijo na testa de Hermione:

-Não quer ver o treino?

Ela catou o fichário que tinha caído no chão e o olhou.

-Não.

-Porquê minha vida?

Ela suspirou.

-Não quero ver você abrir mão do posto de apanhador.- e sorriu.- E você vai fazer isso. Vou estar aqui depois.

Apenas deu mais um beijo nela, nem tinha decidido ainda... como ela podia saber, parou e voltou, deixou o pingente no pescoço dela.

-Cuida dele pra mim, não quero ele me incomodando, e não quero correr riscos.

Ela olhou com desagrado a conta de cristal na ponta da correntinha de prata e suspirou.

-Até depois amor.

O campo de Quadribol, seu santuário, lugar onde só ele e o pomo e mais ninguém podiam entrar... que besteira, estava agitado como no primeiro dia, não tinha a menor vontade de explicitar o que queria, tinha lido os conselhos de Morgan, Remo e de Cho, mas não tinha ajudado em nada, caminhou com sua Firebolt no ombro só então percebeu que Marco estava andando um pouco atrás com uma cara apavorada.

-E aí Marco? Pronto?

O garoto deu um pulo e Harry ergueu as sobrancelhas, não pretendia usar um tom de voz tão grave, além do mais não era culpa do moleque, era da anta do Rony que queria revolucionar o time.

Pararam no meio do campo.

-É isso aí pessoal! – Rony disse alto.

O ruivo tinha jeito, parecia o Wood encarnado, ou seria um espírito que baixava em todos os capitães? Nunca saberia, apenas ficou olhando os cerca de vinte alunos que prestavam atenção.

-Hoje temos que definir essa lista de jogadores, vamos fazer testes rápidos, Harry!

-Hã?

-Vamos começar testando apanhadores... certo?

Ergueu o polegar.

-Gina, Marco, Lucas... pra cima.

-Andem!- disse empurrando os dois novatos com a vassoura.

-São quatro apanhadores, três pomos.- disse Rony, lá vai o primeiro!

Moleza, subiu rápido com sua Firebolt deixando Gina e Lucas para trás, obviamente a garota não tinha o menor interesse em manter o posto, então sentiu á sua esquerda, Marco. Sorriu, o garoto respondeu, deram duas voltas completas a alta velocidade antes de descer vertiginosamente atrás do pomo, o garoto não negava o parentesco, meio nervoso se virou mais devagar o que garantiu que Harry catasse o pomo sem problemas.

-Droga.- disse Marcos baixinho.

-Segundo pomo!- Rony soltou.

Azar, porque o pomo praticamente foi na mão do garoto, Harry estava subindo quando o pomo deu uma guinada e quase acertou o garoto, não pode deixar de dar um xingo básico.

-Mas que m de Pomo FDP!

Desceram, o garoto estava eufórico, mas não conseguia olhar Harry na cara, Rony também.

-Pronto?

-Manda logo...

Subiram bem atrás, mais alto, mais rápido, o garoto com uma expressão determinada, fizeram a curva a direita quase juntos, deu uma volta sobre o garoto para despista-lo, teve a surpresa de ver o gesto repetido, sem a mesma perícia, mas repetido, desceu, subiu, mergulhou, não podia negar, um pouco de prática e o menino ia chegar no seu nível, alguns anos de prática e o desgraçado podia muito bem passa-lo.

Mergulharam o pomo a meio metro do chão, desceram, mais rápido, mais veloz, e Marco desistiu ao se aproximarem do chão, Harry se enfiou pra baixo, pulando da vassoura em cima do pomo para evitar colidir com o solo.

-É isso!- Rony agitou o braço no ar.-Harry!

Se levantou e viu o outro descer com a maior cara de enterro tentando sorrir...

Não faça isso...- dizia o anjinho do lado direito.

Tenta...tenta... tenta...- dizia o outro do outro lado.

-Oh Rony!- disse antes que se arrependesse.- Vem cá um segundo!

O ruivo veio, com uma cara preocupada, provavelmente esperando para ser esculachado.

-Olha Harry, eu sei o que você vai dizer... tinha toda a razão...

-Cala boca Rony!-disse puxando o outro.- Você não disse que ele era tão bom assim! Rony seu cretino! Olha lá... o que você andou prometendo?

-Eu não prometi nada... nem vem... só que você podia se interessar... ah, não me olha com essa cara! As vassouradas tão doendo ainda!

-Panaca...-disse olhando o time.- Tem vaga de batedor?

-Nunca Harry! O garoto é muito pequeno! Tem que ter tamanho para rebater!

-Quem disse que é pra ele?

Rony o olhou, balançou a cabeça.

-Não... não... nem pense!

-É sua única opção Rony, não vou me meter a artilheiro, e acho que o Marco me supera com o devido treino extra que vou dar...

-E você vai rebater? Nunca te vi rebatendo!

-Nem eu... só sei que não vou ser artilheiro nem morto!

Rony voltou ao meio do campo, olhou o grupo.

-Andem!!! testes para artilheiro!!!

O time entrou na sala comunal, Rony trazia um pergaminho que afixou no mural de recados e sentou olhando Harry torto.

-Panaca. Nunca rebati na vida!- disse cruzando os braços.

Hermione apurou os ouvidos, mas não precisou perguntar nada, alguns alunos vieram correndo.

-Weasley! Weasley! Cê tá maluco! Como Pode tirar o Potter do posto de apanhador?!!!

Ameaça de rebelião, Rony teve que se esconder atrás da poltrona de Harry.

-Foi o Harry que teve a idéia!!! Ele que pediu pra ser batedor!!!

-Ei!- berrou- Não foi de todo minha idéia!- se virou e olhou o amigo atrás da poltrona.

-Ah, Harry!- gemeu Hermione.

-Fala sério...- sentou Parvati no sofá olhando o Rony.- O time é mesmo aquele no pergaminho?

Rony bufou, Hermione olhou a garota que disse:

-Não pode ser sério! Marcos como apanhador!- ela olhou para Harry e balançou a cabeça.- O Harry como batedor? A Gina como artilheira com o Simas e o Dino vá lá, mas o Neville como batedor também? Vão massacrar a gente!

-O Neville?- Hermione o olhou.

-Vocês não viram, não estavam lá...- disse Rony exasperado.- Melhores batedores só o Fred e o Jorge e tenho dúvidas...

-Ah, amor.- Hermione segurou a mão dele.- Vocês se bateram com as vassouras? Porque não está fazendo o menor sentido! Não tem a menor lógica!

Pare de segurar minha mão... pensou e a puxou para seu colo, ela deu um gritinho e corou.

-Não, e não precisa ter tanta lógica assim... é só um jogo.

Rony praticamente deu um ataque, "como assim só um jogo! Como você pode dizer que é só um jogo?!" e outras besteiras que ele nem ouviu entretido em aproveitar a disponibilidade da namorada antes que ela escapasse para o dormitório, Rony continuava xingando-o dizendo que estava louco, que não devia ter aceito, ou que devia corta-lo pra fora do time, já que não estava interessado, o que vagamente o lembrou que tinha que por a AD pra funcionar.

Foi o que fez para desespero de Hermione, que viu uma pilha de lições se acumular, durante a semana colocou os horários para as reuniões da Ad em todas as casas, obteve um retorno grande, conseguiu ajuda de Gina e Luna, já que o pessoal do último ano estava sempre ocupado, com projetos ou com as lições "É ano de NIEM!!!" berrara Hermione no seu ouvido quando deixou para trás a revisão de poções para dar a primeira aula para o primeiro e segundo ano.O melhor de tudo era ver que até o terceiro ano as quatro casas conviviam bem, e havia um número expressivo de Sonserinos na AD, já a partir do quarto ano não, ainda havia uma rivalidade incômoda.

-O primeiro a atacar novamente um colega vai ser expulso da AD! Entendeu!- disse na cara de um Corvinal quintanista que azarara um Sonserino pelas costas na saída.- Se a turma não entendeu o propósito da AD.- disse olhando o grupinho que se formara em volta da briga.- Não vejo motivos para continuar, e para quem se esqueceu a AD é Associação de Defesa! Defesa! Não ataque! muito menos pelas costas!

Nem tinha percebido que falara tão raivosamente, até perceber que o garoto da Corvinal quase desmaiava, branco e encolhido na sua frente.

-Dispensados! Dispensados significa direto para as salas comunais! Andando!

Em cinco segundos o corredor ficou vazio.

Outra coisa recente é que vinha perdendo a paciência mais rápido que antes, sem saber o motivo aparente, não tinha paciência para estudar, nem treinar e as aulas da AD o estavam irritando também, Hermione que estava sempre pronta para aplacar seu mau humor, não que ela não tivesse sua pequena cota de culpa, tão ciumenta que diversas vezes ficara sem falar com ele por causa das meninas mais empolgadinhas da AD, nem ele conseguia lidar direito com sua recente mudança, o fato é que de repente tinha muita garota interessada em confirmar se realmente a fama dele era verdadeira... uma verdadeira dor de cabeça..."culpa da Cho e do Rony... e do tabefe da Hermione.", isso que ele começou a se sentir muito irritado com o controle dela sobre sua correspondência depois de saber que Cho lhe escrevera tanto que passou a escondê-la, e Cho continuou escrevendo, notícias de fora, vindas de outra fonte sempre eram bem vindas... desde o recente "encontro" com Malfoy estava bem desconfiado da Ordem.

Outra coisa que o estava irritando era a recente onda de alegria com a festa TROUXA, das garotas da Corvinal amigas de Luna, não conseguia imaginar melhor ocasião para uma desgraça, uma festa das bruxas trouxa? Tinham que ser amigas da Luna para ter uma idéia dessas, mas meia Hogwarts estava animada, ele tentara, veladamente evitar a festa, falara com a Profa Minerva, até mandara uma carta a Dumbledore explicitando que achava uma péssima idéia, mas foi ignorado.

-Não vejo como pode haver problemas.- desconversara a Profa Minerva da última vez.- Sossegue Potter, estaremos mais atentos, além do mais é uma festa tradicional, ninguém iria fazer nada.

-Eu devo repetir que o tema da festa é TROUXA?- disse irritado.

Ela lhe deu um dos seus famosos olhares que encerram a conversa.

-Devo lembrá-lo que está atrasado para a próxima aula?

Saiu da sala ainda preocupado.

Outro que lhe estava dando nos nervos era Rony, de repente entrava em atrito com ele por causa de cada treino, o amigo parecia sentir prazer de mudar os horários dos treinos umas três vezes, o que o obrigava a mudar o horário das aulas da AD umas cinco, pois haviam alunos treinando nas outras casas também.

Chegou arrastando os pés literalmente morto de cansaço, tivera um dia exaustivo, além de contornar uma discussão com Hermione por causa do projeto da Parvati, não é que ela tivera um ataque de ciúmes? Até ele explicar que ele e Rony, que ela nem tinha notado que estava sentado com eles no sofá, estavam sendo "cobaias" do projeto da garota... ela já estava ameaçando devolver o anel, depois foi agüentar um monte de "me desculpe... me perdoa..." com um monte de "não foi nada, você está estressada com a monitoria, eu te amo e coisas do gênero”, ainda teve que aturar uma briga no meio da aula da AD e correr para o treino, seus braços estavam dormentes, mas nunca imaginou o quanto era divertido descontar a raiva nos coitados dos balaços... Rony o mandara para um lugar nada amigável quando quase o derrubou.

-Amor, você está atrasado com suas lições...- ela disse enroscada na poltrona, bichento aos pés e pergaminhos a volta.

-Eu sei.- disse preguiçosamente ainda jogado no sofá.-Mas estou morrendo de preguiça...

-Você vai levar detenções semana que vem se não der um jeito...- ela disse riscando algumas coisas no pergaminho.-Vou até a biblioteca.- ela jogou tudo na mochila.

Biblioteca...biblioteca...

-Péra!

Ela o olhou assustada.

-Espera um pouco, vou com você... ai, estou com livros atrasados...

-Então esquece.- ela disse rindo.- Nem quero ver a cara da Madame Pince quando você entrar...

-POTTER!!!!-Berrou a bibliotecária.

Como toda a biblioteca parou, ela se tocou que tinha gritado e o olhou com uma cara assassina, mão ameaçadoramente na varinha.

-Mandei dois avisos sobre os livros.

-Eu sei.- disse baixo enquanto ela pegava os livros de Hermione.

-Você tem um multa de dois galeões.- ela disse.

-Quanto?- Hermione perguntou abobada.

-Dois... galeões, alguns livros são da sessão reservada, mesmo com autorização Potter você não pode ficar com eles tanto tempo.

Ele foi retirando a pilha de livros, tentando não retirar um tomo em particular.

-Eu queria renovar...

-Nem pense, você não pode retirar nenhum livro daqui por no mínimo dois meses.

-Mas... madame Pince! São os Niem´s!- disse com a maior carinha de menor abandonado.

Ela o olhou balançou a cabeça.

-São as regras... você atrasou mais de uma semana, e não só um, vários livros!

Hermione deu um sorrisinho e entrou na biblioteca.

-Eu preciso de alguns deles, a maioria deles é tão fascinante, eu não pude terminar...- “Eu sou muito falso!”

Pagou a multa, “ô multinha salgada!”, jogou fora muita conversa e um pouco de charme e conseguiu sair dali com dois livros, esperou Hermione no corredor.

-Viu no que dá atrasar os livros? Agora vai ter que fazer os trabalhos na biblioteca, e aquela pesquisa sobre o acordo de não produção ilegal de Saripardos pela Europa? Vai fazer como?- ela disse na maior censura.

-Vou fazer colado em você com esse livro aqui, que emprestei.- disse mostrando o livro a abraçando.

-Você não estava proibido de emprestar?

-Não, não depois de conversar com madame Pince...

-Conversar né? Quero ver você conversando com a Maya amanhã sobre certa quantidade de Beladona.

Sentiu um desagradável frio na barriga.

-Nossa Mione, você tem tido uma imensa capacidade de me deixar infeliz ultimamente.

-Aow.- ela disse e apertou as bochechas dele.- verdade mesmo?

-hum... nem de todo verdade... vai, melhor parar minha vida, ou a gente não estuda nada hoje...- “Maya, eu juro que ainda te azaro...”

“Não! Eu juro que te mato Maya!!! MATO!!!” pensou apertando o frasco com sua poção.

-Então Potter, pronto?- ela perguntou com um sorriso maldoso.

Tinha feito direito, direitinho mesmo, tinha certeza que sua tese estava correta, mas ela encontrara o jeito de acabar com ele, criatura venenosa, preferia mil vezes dar um beijo no seboso do Snape “Ô anjo que ele era...” Do que ficar ali encarando a cara de corvo dela.

A aula tinha começado bem, ela pegou algumas poções de alunos, testou-as, acudiu os azarados, distribuiu comentários e críticas bem no estilo simpático que possuía, então chegou na frente dele e disse alegremente, até ali Harry estava confiante.

-Tenho uma poção aqui Potter.- ela disse agitando o potinho.- Você terminou essa sua...coisa. Vamos fazer o seguinte, vou ministrar minha poção em uma pessoa, aí veremos o resultado.

-Certo.- levantou-se ainda confiante segurando o frasco onde colocara a poção.

Maya sorriu, e ele sentiu que tinha cometido um erro.

-Senhorita Granger, beba isso.- ela praticamente enfiou o pote no peito dela.

Poderia ser pior? Até ali ele ainda estava confiante, apesar de começar ficar nervoso, sorriu encorajando a namorada, que sorriu de volta, mas bebeu trêmula.

-Bom, agora é só esperar o efeito dessa rejuvenecedora.

E foram essas palavras que detonaram nele um verdadeiro estado de pânico que piorou quando Hermione foi diminuindo, tomando feição de criança, até que sumiu por trás da bancada e Harry e Rony se apressaram em dar um jeito dela não passar a vergonha de cair do banco pelada por estar aparentemente com um ou dois aninhos de idade.

-Ih, Harry... isso não é bom não é?- soprou Rony enfiando o resto do uniforme de Hermione na mochila, pois ela foi enrolada na veste.

Segurou-a no colo, parecia tão pequena e frágil que ficou com medo de machucar, se virou e viu Maya ainda sorrindo.

-Então Potter, pronto?- ela perguntou com um sorriso maldoso.

Voltou a olhar o bebezinho no seu colo... ela parecia muito entretida com o brasão na veste para olhar qualquer coisa, não previra isso, não pensara que iria destransformar uma coisa pequena.

-Não.- disse mais pra si mesmo que para a professora.

-Como Potter? Sua poção não está pronta?

-Não!- disse a olhando.- Obviamente que minha poção está pronta!

-Então por favor!- ela sorriu e apontou Hermione que agora descobrira que quem a segurava tinha uma enorme trança.

-Você sabe muito bem que não posso dar essa poção para alguém tão pequeno.- sibilou.

-Eu sei muito bem que sua poção não presta Potter! Então vai fazer o teste ou não?

-Maya sua...

-Olhe a boca.-ela disse baixo.

-Eu não vou fazer o teste!

-Perfeito Potter! É um zero e uma detenção, da próxima vez, se atenha a receita! Agora sente!

-Mas temos que levar Hermione para enfermaria.-disse Rony os olhando, assim como toda a sala.

-O efeito dessa poção passará até a noite, vocês tem mais dois tempos de aula, Potter, venha aqui.

Deixou Hermione no colo de Rony, e ela começou a chorar quando ele a fez largar a trança, e se aproximou da mesa, ainda fazendo cara feia para qualquer um que se atrevesse a rir ou comentar, a sala ficou num silêncio horrível, só interrompido pelo estralar do fogo de um ou outro caldeirão.

-Sim... professora?

-Leve isso depois para a professora Minerva.- ela passou o bilhete de detenção- Eu avisei, não dê uma de esperto comigo.

Se aproximou e falou bem baixo.

-Isso foi baixo Maya... baixo e nojento.

Ela suspirou e pegou o papel da mão dele, rabiscando-o.

-São duas detenções, agora cale a boca até o fim da aula, e dê um jeito dela calar a boca também.- fez um gesto indicando o bebê que ainda chorava.

Prometeu a si mesmo que não teria piedade em azará-la se tivesse a oportunidade, sentou pegando o bebê do colo de Rony que também não estava com a melhor das caras, felizmente foi segura-la e ela parou de chorar, até sorriu, era tão bonitinha, os olhos mel enormes, chegou a dormir no seu colo enquanto copiavam as receitas a serem estudadas para o próxima aula.

-Arranjando filhos por aí?- perguntou Madame Pomfrey quando entrou.

-Não. É a Hermione.- disse pondo ela na cama.

-Azaração?- Pomfrey perguntou desconfiada.

-Não, poção de rejuvenescimento. Aula de poções.

-A professora Maya não deu o antídoto?- ela o olhou.

-Disse que passaria até a noite.

Pomfrey pegou-a no colo maternalmente.

-Bonitinha, não é? Menina bonitinha... vou te arranjar umas fraldas...

-Ela não vai ficar assim vai?- perguntou preocupado.

-Claro que não...- ela sorriu indo com Hermione no colo até um armário.- faz quanto tempo que ela rejuvenesceu?

-Umas três horas.- falou massageando o braço, andar com ela no colo não era tarefa fácil, e ela chorava sempre que ele se afastava.

-Ela cresceu nesse tempo?- Pomfrey veio com algumas fraldas.

-Não.

-Não? Tem certeza?

-Claro que tenho.- disse aborrecido.

-Isso é um mau sinal, deve ter sido uma poção e tanto, é melhor não fazer nada e esperar o efeito passar é mais seguro, deve demorar umas doze horas.

-Isso vai ser lá pelas seis da manhã!- disse contando nos dedos.

-É, vem cá, se ela não cresceu em duas horas, vai ficar assim e depois vai destransformar, se até as seis ela não mudar volte aqui.

-Mas... ela não pode...

-Tenho dois alunos com cachumba de dragão aqui!- ela apontou as duas camas, uma tinha um moleque que os olhava com estranheza.- Isso é perigoso para bebês, é melhor ela ficar com vocês na sala atenção, para evitar constrangimentos, aqui estão as fraldas, devem ser suficientes, troque regularmente.

-Eu?

-Não... a mãe dela... é só fazer assim.- ela meneou a varinha.- Trocar!

E o bebê riu quando ficou de fraldas novas, e limpas.

-Tente.

Pegou a varinha amaldiçoando Maya até o último fio de cabelo e nariz de bico.

-Trocar!

-Você leva jeito, pronto.- disse ela verificando a nova fralda.- Aposto que na próxima fica um pouco mais firme...- disse e enrolou a garota na veste.- Arranje algo mais quente para enrola-la, dê leite e um doce, ela não vai ficar assim pra sempre mesmo.- sorriu.- Menina fofinha.- disse e passou-a para ele.

-Tá bem então... volto a seis se ela não melhorar.-disse tentando ajeita-la no colo já saindo.

-Isso, e Potter...

-Hã?- disse se virando.

-Já pode ser pai.

Ainda estava vermelho quando saiu e deu de cara com Gina e Neville que acompanhavam Luna e Rony.

-Ué? O que houve?- perguntou Rony.

-AIII!!! QUE FOFA!!!- disse Gina raptando-a dos braços de Harry.

-Cuidado!!! Não é uma boneca!- disse revoltado.

Mas Gina foi completamente ignorada, Hermione agarrou um dos brincos rabanete de Luna e foi um sufoco faze-la soltar, só soltou quando Harry a pegou no colo, para total desespero de todos quando ela invocou que a trança dele era uma chupeta.

-Ai! Que nojo! Faz ela tirar isso da boca!

-Se não perceberam eu estou com as duas mãos ocupadas!- pois estava carregando ela, as duas mochilas e a sacola com fraldas.

-Acho que é fome.- disse Neville.- Bebês metem tudo na boca quando estão com fome.

-Falando nisso eu estou morrendo de fome! Vamos jantar?

-Rony! Eu não vou com ela assim para o salão!

-Ué? Porque não?- ele perguntou.

-Rony!- disse Gina.- Deixa de ser retardado, ela vai morrer de vergonha!

-Você podiam ir lá na cozinha pegar um pouco de leite, o Dobby ia amar improvisar uma mamadeira pra ela.- disse olhando-a adormecer de novo.

-Fala sério... ela dormiu de novo?- riu Rony.- Ou é preguiçosa ou você tem um colinho muito bom!

-Vai se danar Rony!- chutou-o.- Vai já pra cozinha!

-AIII QUE COISA FOFA!!!

“as garotas Só conhecem essa expressão?” pensou enquanto Lilá agarrava Hermione que começou a chorar desesperadamente como se tivesse odiado deixar o colo dele.

-Lilá você deve estar pegando com força!- disse pulando em cima.- Ela não é brinquedo!

-Besteira! Bebês choram mesmo!- disse passando-a a Parvati que se apressou em devolve-la para Harry.

Mas não pode evitar que cada menina da Grifinória dissesse “que fofa!!!” e tentasse pegá-la um pouquinho, para seu desespero Gina a pegou e vieram aquelas que mostravam as mais diferentes coisas á guisa de brinquedo, e quando ela enfiou um grampo na boca ele quase teve um treco e prometeu estuporar a próxima que se aproximasse.

-Imagino você tendo filhos.- disse Gina.

-Eu não vou ter filhos! Nem filhas! Nem nada! Dá muito trabalho!- disse ainda segurando a mamadeira.

Mais tarde e depois de rosnar para todas as tentativas das garotas de leva-la para o dormitório feminino, não confiava nelas, tinha a história do grampo... levaram ela para o dormitório masculino, mesmo sabendo que ia ser xingado até o fim por ela.

-Tem certeza?- disse Rony vendo ele subir a escada devagar porque não via os degraus.

-Tem noção do quanto eu estou cansado?- rosnou.- além do mais ela não vai passar a noite na sala comunal, e eu não vou abusar de um bebê!

-Sei mas se você dormir e esmagar ela?

-Eu não vou dormir! Quer dizer você vai revezar comigo!

-Eu?

-É sim!

Houve uma ameaça de protesto por parte dos outros três rapazes, que não queriam arriscar um ataque dela quando voltasse ao normal, nem pretendiam ser acordados caso ela chorasse, bastou uma olhada feia para eles calarem a boca, até curtiram quando Rony enfiou uma enorme camiseta do Chudley Cannons nela depois de trocar a quinta fralda.

-Isso tá ridículo!- exclamou.

-É melhor do que ela dormir enrolada nessa veste!

-É... tá certo.-disse inseguro torcendo o nariz para o laranja intenso da malha, pelo menos é algodão, quente e macio, pensou tentando ajeitar para que não escorregasse tudo.

Eram duas e meia da manhã quando desistiu, ela não dormia, olhou meio deseperado que Rony estava até babando.

-Agora você não dorme! Eu te amo muito Mione, mas dorme pelo amor de Deus!

Mas ela tinha invocado com todas as cortinas da cama, que estavam abertas para o lado do amigo que dormira caído de lado, meio sentado, o pior é que estava cabeceando de sono, mas ela descobrira que gostava das cortinas.

-Mione, minha vida, você conhece essas cortinas, você sabe como são... dorme!

Deviam ter passado de três quando ela finalmente dormiu.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.