O dia a dia
Capitulo 2
Era noite e em um grande galpão no beco diagonal, acontecia um grande show de rock bruxo. O lugar estava lotado: tinha pessoas de todo os jeitos e todas as idades, mas todas estavam se divertindo.
A decoração do local era sem duvida caprichada: varias velas se encontravam flutuando, esqueletos estavam dependurados nas paredes e muitos fantasmas foram contratados para animar as pessoas.
No palco, se encontrava a banda: “As esquisitonas”.
O baterista era baixinho e gorducho e estava vestindo uma roupa toda preta. Em sua calça, estava preso um rabo de um rato (não tinha sido ele que tinha prendido, o vocalista e o guitarrista da banda prenderam o rabo com um misterioso feitiço, e o rabo não quisera sair do lugar) e em sua camisa preta, estava escrita a palavra: “Rabicho” que coincidentemente, era seu apelido na banda.
O baxista da banda estava vestindo uma calça e colete de coro. Tinha olhos um pouco amarelados e seus cabelos castanhos estavam arrumados de uma forma na qual parecia ter duas “orelinhas peludas”. Quando sorria podia mostrar seus dentes no qual os caninos eram pontudos e grandes. Sim, este era o Aluado.
O guitarrista moreno de olho azul estava sem camisa com uma calça de coro mais colada do que a calça que Aluado vestia. Em seu belo corpo, podia-se notar varias tatuagens e seu cabelo que com um feitiço ficara bastante volumoso, continha uma cartola. Tinha o apelido de Almofadinhas e fazia um tremendo sucesso com as mulheres. Almofadinhas, após fazer seus solos de guitarras, dava um grito de animação que parecia mais um latido.
E por ultimo Pontas estava usando apenas como saia, a bandeira do país que nascera. Seu cabelo estava mais espetado do que nunca e assim como Almofadinhas, possuía varias tatuagens em todo o corpo.
O show estava rolando. As pessoas riam das doideras que cada integrante da banda fazia. Ateh que uma fã, bastante bonita, com cabelos loiros e lábios carnudos subiu ao palco loucamente querendo agarrar Pontas e tirar a bandeira dele, - a única peca de roupa que estava vestindo.-
- Tiago...
Pontas ouviu alguem o chamando de perto. Olhou para os lados e percebeu que uma loira chegava em sua direção.
- Tiago...
De novo. A mesma voz suave e doce o chamara de novo. Percebeu que não era a loira que o chamara. “Será ágüem do alem?” pensou, enquanto corria adoidamente pelo palco fugindo dela.
- Tiago!
Agora a voz do “alem” estava mais forte e mais clara. Quem estava o chamando já estava irritado. A loira conseguiu o alcançar e comecou a beijá-lo, ardentemente. O publico estava delirando. Tiago não quis fugir mais dela. Apenas continuou com o beijo. Ela o jogou no chão. Ele sorriu.
- TIAGO!
A cabeleira loira da mulher do sonho foi substituído por uma cabeleira ruiva. Lilian Evans estava praticamente em cima do marido, Tiago, tentando acorda-lo de qualquer maneira.
- LILIAN? – perguntou gritando enquanto em um gesto rápido se sentava em sua cama.- O que você esta fazendo? Tentando me matar?
A esposa pareceu um pouco desconcertada. Apenas fechou a cara, saiu de cima do marido, e se sentou na mesma poltrona que Tiago usara para se sentar com o filho.
- Eu tentei te acordar. Mas já que você não acordava e estava me agarrando, eu decidi começar a gritar e te sacudi. E pelo menos deu certo. – disse Lilian.-
- Belo plano, Sra. Potter. Agora me deixa voltar a dormir...
- Nananinanão. Já são duas da tarde. Voltei agora do trabalho. To morrendo de fome. Agente vai almoçar.
- Por que então VOCE não vai almoçar com o Harry e eu fico aqui?
- Dês de quando você me da ordem?
Tiago, derrotado. Levantou-se. A ruiva deu um largo sorriso e o abraçou por traz.
- Feliz? – perguntou forçando uma voz de irritação.-
- Muito. – Respondeu Lilian.-
Tiago virou-se e murmurou no ouvido de sua mulher “Eu te amo” e deu um selinho nela. Os dois sorriram e foram para cozinha, onde encontraram Sirius Black brincando com Harry.
- Não sabia que tínhamos visitas hoje. – Disse Tiago, indo ao encontro do amigo e lhe dando um abraço.-
- Potter, você nunca vai me considerar como parte de sua família não? – Respondeu o moreno de olho azul, que Tiago, minutos antes, sonhara que era o guitarrista de sua banda.-
- Não. – Murmurou, no qual Lilian gargalhou e Sirius reprimiu uma careta.-
- Obrigado. Eu sei que você me ama. Só não admite. – Disse Black, dando uma piscadela ao amigo.-
- E como você têm tanta certeza desse fato Almofadinhas? – perguntou Pontas.-
- Por que por exemplo, você demorou quinhentos mil anos para admitir que gostava da Lily, e demorou ainda mais para admitir que a amava.
- Por acaso você esta se comparando com minha linda e perfeita mulher?
- Tirando o fato que eu não sou uma mulher... – respondeu Sirius com um sorriso maroto.-
Tiago apenas deu de ombros e foi de encontro à mesa, onde se encontrava, uma apetitosa lasanha. Lilian, que acabara de preparar uma jarra de suco, foi ao encontro de Tiago. E Sirius, que se encontrava com Harry no colo, seguiu os dois.
Foi um almoço agradável. Os três amigos estavam se lembrando de historias passadas.
- Sabe o que eu estava contando ao Harry hoje de manha para ele dormir de novo Almofadinhas? – Perguntou Tiago.-
Sirius apenas balançou a cabeça. Sinalizando que não.
- Céu de baunilha. – falou de Tiago enquanto colocava na boca um grande pedaço de lasanha.-
Sirius apenas arregalou os olhos e sorriu.
- Você vai contar a Harry justo o seu primeiro fracasso? – perguntou Almofadinhas.-
- Sim. – Disse Tiago seriamente, - tem vez que ganhamos e tem vez que perdemos, preciso ensinar isso a Harry.
Lilian que estava calada ouvindo a conversa se manifestou:
- É a primeira vez dês quando casei com você que concordo com alguma coisa que você disse.
- Cara Lily. Você sempre concordou comigo, mas seu orgulho fala mais alto. – Ao acabar de disser isso Tiago piscou para a esposa.-
- Assim como seu ego fala mais alto? – retrucou a ruiva.-
Sirius se levantou da mesa bruscamente e pegou Harry no colo.
- Sabe Harry, eles vão continuar a discutir durante horas. Já comi demais. Irei contar a historia para você. – Falou para o pequeno Potter, que apenas sorriu.-
Já eram por volta de uma e meia da tarde, e fui acordado por um Remo totalmente cansado. Sentei-me em minha cama e passei a mão em meus cabelos.
- Sirius. Já são uma e meia. Hora de se preparar por jogo... – Disse Lupin dando um enorme bocejo.-
Eu que não estava conseguindo pensar direito, pois ainda estava dopado de sono, apenas sorri para Aluado e me direcionei ao banheiro. Lavei meu rosto e escovei meus dentes. Olhei-me no espelho. “Nossa Almofadinhas, você consegue ficar bonito ate com sono!” pensei. Sorri marotamente. Passei a mão no meu pescoço. A Amanda da Lufa-Lufa tinha sem duvida uma mordida forte. Murmurei um feitiço no qual as marcas no meu corpo, se curaram. Voltei para o quarto onde Aluado estava tentando acordar Pontas.
- Ele parece estar desmaiado! – gritou sacudindo-o.-
- Calma Aluado... Daqui a pouco agente apela... – disse indo em direção ao meu malão e pegando o uniforme de quadribol.- Deixa ele... ele ta cansando...
Só quando terminei de me arrumar percebi que Rabicho não se encontrava no dormitório.
- Remo? – perguntei.-
Aluado, que estava lendo um grosso livro de Historia da Magia, se despertou
da tediante historia, para me encarar.
- Sim? – perguntou.-
- Cadê o Rabicho?
- Você não vai acreditar onde ele esta.
- Aonde? – perguntei curioso.-
- Treinando sua forma animaga na torre da Sonserina... – disse Remo serio.-
- E você, o Santo Remo Aluado Lupin não o impediu? – perguntei incrédulo.-
- Tentei... Mas ele é mais esperto... Se transformou em rato e antes que eu pudesse fazer ou falar alguma coisa ele se foi...
- Lógico que ele é esperto... Ele é um maroto... – disse e dei aquele meu famoso sorriso. – Vamos acordar Pontas?
- Ta pode acordar... Mas me poupe os gri... – Aluado parou de falar bruscamente, pois agora Pontas estava de cabeça para baixo no teto (agarrando o cobertor), gritando e esperneando, e me xingando de todos os nomes que ele se lembrara no momento.
- SIRIUS. SE CACHORRO IDIOTA FILHO DA MAE! ME TIRA DAQUI!
- Lógico que não. Você esta tão bonitinho ai em cima. Ainda mais que se eu tirar você daí, ce vai cair de ponta cabeça no chão, e vai aumentar o chifre que você tem... – disse rindo.-
- Não sei como vocês conseguem ser tão amigos. Puts... Sirius larga o Tiago, olha a cara dele, ta mais vermelha que um... – Remo comecou a gargalhar, pois agora em cima de da minha cabeça nascera um belo chifre de unicórnio.-
- QUE DIABOS VOCE FEZ NA MINHA CABECA POTTER? – Gritou Sirius desesperado colocando a mão em seu novo “chifre”.-
- Quem é o chifrudo agora ein? – Tiago comecou a rir. O chifre em minha cabeça estava cor de rosa.-
- VOCE! – Berrei.-
- Gente... – Quem disse isso foi o Remo.-
- Prefiro ser chifrudo a babar e lamber...-Retrucou Tiago.-
- Gente... – Falou Remo de novo.-
- Pelo menos eu sou bonito já você é um boiola...
- Gente...
- Você tem raiva Sirius! Ainda cospe bola de pelo! Cala a boca!
- GENTE! – berrou Aluado.- QUEREM FAZER O FAVOR DE CALAR A BOCA!
- NÃO! – indagamos eu e Tiago juntos.-
- Ai, ninguem merece... Daí me forcas Merlin... – Remo rapidamente girou a varinha e conjurou um feitiço, no qual ficamos sem voz. Fez Tiago (que agora já estava roxo devido ao excesso de sangue que estava em sua cabeça) despencar do teto e meu “chifre cor de rosa sumir”.-
- Você bem que gostou do chifre Sirius eu sei... – Disse marotamente Tiago.-
- Ah Tiago! Cala a boca! A única pessoa que já teve chifre aqui é você! – Retrucou Sirius.-
- Cala a boca os dois! – De repente os dois marotos que estavam sentados em um confortável sofá se viraram para encarar a dona da voz feminina que acabara de se manifestar.- Não quero que meu filho veja os dois brigando. – Completou.-
- A Lily! Vai com calma. Você sabe que o Pontas aqui me ama! – Disse Sirius.-
- Engraçadinho... Vamos continuar coma historia? – perguntou Tiago.- Agora eu que irei narrar Harry...
Vesti meu uniforme de quadribol rapidamente. Descemos as escadas do dormitório masculino. Ainda continha, um bom numero de pessoas, dormindo na sala comunal. De repente três grifinorias do quinto ano vieram ao meu encontro.
Só consegui ouvi que uma delas, me chamou de “Armozinho”, por que logo depois, elas começaram a falar ao mesmo tempo.
Percebi que elas estavam competindo por mim, pois eu tinha ficado com as três na festa, (Sirius sussurrou isso no meu ouvido), e por sorte, Remo estava do meu lado, deu o fora nelas por mim:
- Que barulheira é essa? – perguntou ele fitando as três grifinorias.-
- Somos nos algum problema? – disse uma das amigas. Remo fechou a cara, e a menina sussurrou um “extressadinho” para as amigas no qual riram. Mas para o azar da garota, Aluado, tinha ouvido perfeitamente o que disse.-
- Sim, existe problema. Por que eu sou um monitor e vocês me faltaram com o respeito. Um dia de detenção – as garotas estremeceram e fecharam a cara – para cada uma. E quer saber de uma coisa? Deixa meu amigo Potter em paz. Vocês não percebem que ele não quer nada com vocês não?
As garotas simplesmente começaram a gargalhar. Elas deviam ter achado que era uma brincadeira, Sirius apenas me puxou pela camisa e me empurrou para a o quadro da mulher gorda, no qual, fui seguido por Pedro e Remo. Sirius, antes de girar os calcanhares para nos acompanhar falou:
- O Remo é a voz da razão. – Ao acabar de disser isso, Sirius pode observar que as garotas ficaram vermelhas, “provavelmente de raiva” pensou. E quase que imediatamente se virou e saiu da sala comunal, acompanhado nos, “Os Marotos”.
- Já foram quantos foras em Chifrudo? – disse Sirius dando um soco em mim.-
- Se contar com o que eu irei te dar agora, serão sete. – Respondi dando tambem, um soco em Sirius.-
- An? Contando comigo? Eu não fiquei com você! – Falou Sirius, e completou em pensamento: “E nem quero!”.-
- É por que, toda vez que eu olho para você, eu penso que eu estou olhando para uma mulher... – disse sem emoção, no qual Remo e Pedro começaram a gargalhar.-
POFH!
Sirius acabara de dar um soco em minha Santíssima Pessoa.
- Não vamos exagerar neh Pontas? Santíssima Pessoa? É demais para mim! – Exclamou Sirius.-
- Ah! Cala a boca cachorro pulguento! Deixa eu continuar! – Retrucou Tiago, dando um belo sorriso a Lilian que segurava Harry.-
- Continue então Santíssima Pessoa! – Falou ela, no qual Tiago fechou e cara e Sirius e Harru começaram a rir.
- Por que você fez isso cara? – perguntei me levantando do chão com a ajuda de Pedro.-
- Por que eu cansei de você zuar o meu cabelo! – Respondeu Sirius com o tom de voz um pouco elevado. Todas as pessoas que estavam no corredor pararam para observar a cena.-
- Sirius, só por que ontem, ele ficou te chamando o dia inteiro de crente, não quer dizer que você é uma... – falou seriamente Remo. – Mas pensando bem... – Aluado caiu no riso ao olhar para a cabeleira de Almofadinhas.-
- Mas como Sirius pode ser crente se não tem cabelo no pé? – essa vez, foi à vez de Pedro se manifestar.-
O efeito dessa frase foi grande. Os quatros marotos começaram a gargalhar tanto que se sentaram no chão de tanto rir. Eu ate me esquecera da dor nas costas.
- Só por que Pedro se esqueceu do “ateh” na frase dele, agente ri dessa maneira. Somos lesados de mais! Vamos para a cozinha. Eu to com fome! – Concluiu Sirius, após se recuperar do riso. E nos quatro então, seguimos para a cozinha.-
Um som de uma campainha foi ouvido. Lilian rapidamente entregou o filho a Tiago e se encaminhou ate a porta. Destrancou-a e abriu-a. Um homem com cabelos e olhos castanhos, entrou na casa e abraçou a ruiva.
- Remo! – Exclamaram Tiago e Sirius ao mesmo tempo.-
O homem foi ao encontro dos dois marotos e os comprimentou. Logo, deu um beijo na testa de Harry. E se juntou aos amigos no sofá.
- Cansado? – perguntou Lilian se sentando no sofá tambem.-
- Nossa Lily, você não faz nem idéia. O trabalho está pesado de mais! – Falou monotamente o homem, mas logo sorriu sinceramente.- Fico feliz de estar aqui.
Todos instantaneamente, sorriram para Remo.
- Tiago! – Exclamou Sirius.- Assim você vai fazer um furo no chão!
Faltavam alguns minutos para o jogo. O time de quadribol da grifinoria se encontrava no vestiário. Todos estavam nervosos, mas Tiago, na opinião de Sirius, estava exagerando com o seu nervosismo.
Fazia minutos, que andava em círculos, murmurando alguma coisa para si mesmo. Como apanhador sempre sentiu uma responsabilidade e comprometimento imenso com o quadribol, mas desta vez, não sabia o que estava ocorrendo com si. Estava tão apavorado e tão amedrontado que se sentia inferior. Teve raiva deste pensamento. Pois afinal, estava sentindo-se inferior em relação a sonserina.
O tempo que amanhecera com sol, fora substituído por ventos e frio. O céu estava totalmente preto sinalizando que uma forte tempestade iria chegar.
- Vamos. – Sinalizou o rebatedor chamado John.-
Todos a seguiram pegando suas vassouras e vestindo as ultimas pecas de suas roupas. De repente Tiago sente uma mão quente pousar sobre seus ombros. Ergue o olhar e sorri.
- O Sirius me falou que você esta preocupado. Não se preocupe. Tudo vai dar certo. – Disse Nicole.- Mas não quero disser que será fácil.
- Obrigado Cole.- Falou Tiago num sorriso e logo depois, a abraçou. Eles se separaram, e Nicole fez um gesto com a cabeça, sinalizando que a seguisse. Entraram no campo aos gritos das torcidas da grifinoria, corvinal e lufa-lufa.
Nicole era uma grande amiga de Tiago. Eles se conheceram quando entraram em Hogwarts, mas se afastaram, quando Nicole, saiu do colégio, na metade do terceiro ano, por causa de problemas familiares, mas felizmente, regressara de novo, no quinto ano.
A grifinoria estava em segundo lugar atrás da sonserina no placar de pontos do quadribol. Se a sonserina ganhasse esse jogo, por mais de 150 pontos, não precisaria jogar mais nenhum jogo, pois já ganharia a taca. Mas, se grifinoria vencesse por mais de 150 pontos da sonseria, faltaria apenas ganhar um jogo contra a lufa-lufa ou corvinal que ganharia a taca. “Sim, - pensou Tiago por enquanto voava, em direção à madame Hoof, onde se encontrava o capitão do time da sonserina (Tiago era o capitão do time da grifinoria) para um aperto de mão – Esse jogo será difícil.”
Ao acabar de pensar isso Tiago apertou a mão do capitão da sonserina o mais forte que pode. O outro fez o mesmo. Se pudesse estrangulá-lo ali, naquela hora, faria exatamente isso, da maneira mais dolorosa possível.
- QUE O JOGO, COMECE! – Gritou madame Hoof, lançando a goles para cima, que na mesma hora, todos os jogadores começaram a se movimentar. Seria um longo jogo.
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