Encontro com o espião

Encontro com o espião



BARCELONA

Hermione chega a um quarto luxuoso em um hotel cinco estrelas. O dono é um trouxa cuja filha estuda em Beauxbatons. É um dos que colaboram com o ministério. Sua família sofreu um ataque há alguns anos.

A partir de agora preciso agir como trouxa. Pensa. Sabe que não terá dificuldades. Na casa de seus pais ela até se esquece que é uma bruxa.

Ela toma um banho demorado e prepara-se para encontrar o informante. Estranhamente sente vontade de se arrumar um pouco melhor. Ela coloca um vestido preto um pouco acima do joelho com um decote generoso sem ser vulgar. Meia calça também preta. Sapatos de salto alto. Prende os cabelos num coque e sai. Quem me ver saindo vai pensar que vou para um encontro amoroso.

A noite cai. Ela pede um táxi e dirige-se ao endereço.

Hermione chega a uma casa um pouco afastada da cidade. Ao tocar a campainha ouve uma voz pedindo pra que entre. Eu conheço essa voz... Pensa.

NÃO DEIXE A PORTA BATER! - Uma voz grita ao mesmo tempo em que a porta bate.

Você! – Hermione fala para o homem loiro que tenta desesperadamente abrir a porta.

Draco – Não acredito que você deixou a porta bater! (grita) E pensar que disseram que mandariam o melhor agente.
Hermione – E eu não acredito que você é nosso espião! (grita) Você continua o mesmo estúpido de nariz empinado. Será que suas mãos delicadas não conseguem abrir uma simples porta?
Draco – Senhora sabe tudo... Tente abrir!

Ela dirige-se a porta e tenta várias vezes pega sua varinha – Alorromora! (A porta não se mexe).

Hermione olha pra Draco sem entender.

Draco – Se lhe interessa saber estou aperfeiçoando um feitiço de aprisionamento. Os dementadores nunca foram confiáveis. Estou testando nessa casa. Enfeiticei as portas para que se abram apenas daqui a três dias.
Hermione (atônita) – Depois que você me passar as informações eu aparato pra fora...
Draco – Pra uma sabe tudo você é bem burrinha. Você acha que é possível aparatar com um feitiço de aprisionamento?
Hermione - Deve ter alguma forma...
Draco – Não tem. Embora eu também não goste da idéia vou ser obrigado a suportar sua horrível companhia nos próximos três dias.
Hermione (ainda sem acreditar) – Deve haver algum jeito. Não posso ficar três dias sob o mesmo teto que você!
Draco – Acredite. Se tivesse alguma forma eu seria o primeiro a dar o fora! Além de sangue ruim, também é imbecil!

Hermione está a um passo de esbofeteá-lo – Como eu podia adivinhar? Se você é tão esperto deveria ter pensado em uma forma de sair antes de fazer este feitiço idiota na casa! Se eu soubesse quem era o informante não teria vindo.

Draco segura seus braços e olha nos seus olhos – Isso tudo é medo de ficar sozinha comigo novamente? Diz ele com a voz rouca

Hermione olha para Draco assustada. Sabe perfeitamente no que ele está pensando. Mesmo sem querer não consegue deixar de lembrar

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Hogwarts cinco anos atrás. As cenas a seguir são lembranças de Hermione

A escola está em polvorosa devido ao baile de despedida dos formandos do sétimo ano. A festa promete.

Hermione se prepara para a grande noite. Dá o último retoque na maquiagem. Prende os cabelos, passa perfume. Rony a espera na entrada da Grifinória.

Ela se olha no espelho e gosta do que vê. O vestido tomara-que-caia azul turquesa valoriza suas recém adquiridas curvas. Mais um toque de rímel. Está pronta!

Rony olha pra ela e a cumprimenta com um selinho. – Você está linda! Todos vão babar de inveja.

Hermione sorri e eles vão para o baile.

O salão comunal está enfeitado com luzes de todas as cores. Vários casais dançam juntinhos uma musica romântica. Mas Hermione não está se divertindo. Rony ficou sabendo que Harry e Gina estão namorando e armou um escândalo.

Hermione – Você está sendo irracional. Sua irmã tem dezesseis anos!
Rony – Não quero que ela fique namorando por ai. Ela não é qualquer uma
Hermione (atônita) – O Harry é seu amigo! Eu namoro por ai... COM VOCÊ! Que dizer que eu sou qualquer uma?
Rony (percebendo a besteira que falou) – Não foi isso que eu quis dizer...
Hermione (furiosa) – Foi isso que você quis dizer e foi isso que você disse! Se a sua irmãzinha não pode namorar eu também não posso (levanta-se)
Rony (segurando Hermione pelo braço) – Espere, vamos conversar.
Hermione (soltando-se) – Não há nada o que conversar! Só me procure se algum dia você deixar de ser um machista hipócrita!

Sai do salão.

Hermione sai andando pelos corredores da escola. Está tão furiosa que não consegue nem chorar. Como posso namorar alguém tão idiota? Pensa.

Ela não quer ir para seu quarto. Sabe que a sala da Grifinória estará cheia de alunos que ainda não tem permissão para ir ao baile. Se for pra lá vão achar estranho.

Decide ir para a biblioteca. A professora McGonagall deu a ela passe livre para a biblioteca, nos horários que quiser. Como monitora-chefe ela passou a ter este direito.

Ela senta-se no escuro e fica pensando no que aconteceu. Ouve uma voz conhecida

Draco – Quer dizer que a sangue ruim brigou com o pobretão...
Hermione – Será que pelo menos uma vez na vida você pode me deixar em paz? (levanta-se)
Draco (segura Hermione pelos braços e a encosta na mesa) – Me dê um motivo
Hermione – Que tal você ir procurar uma de suas amiguinhas?
Draco (Olhando fixamente para o decote de Hermione) – Acho que não. Aqui está muito mais interessante
Hermione – Me solta! Eu te odeio!
Draco (olhando dentro dos olhos dela) – Odeia? (cola seu corpo ao dela) E por que você está arfando deste jeito?

Hermione tenta falar alguma coisa, não consegue.

Draco – Eu também te odeio... Sabe por que, sangue ruim? Eu te odeio por que você me faz sentir coisas que não gostaria.

Ele cola ainda mais seu corpo junto ao dela. Hermione pode sentir a excitação de Draco. Seu coração dispara ainda mais quando recebe o beijo.

O beijo e quente, violento. Ela tenta desvensilhar-se o que faz com que Draco aprofunde ainda mais. Ela solta um gemido rouco. Embora não queira admitir, está sentindo sensações que nunca sentiu antes.

As mãos ágeis de Draco apertam seus quadris enquanto sobem seu vestido. Sua boca percorre a nuca e o colo de Hermione. Ela não pensa. Suas mãos arranham as costas de Draco e ela geme alto quando sente os dedos dele acariciarem com vontade suas partes mais íntimas. Percebe que ele está desabotoando a calça...

Então ambos têm uma estranha sensação... Como se fosse um balde de água fria... Como se fosse não... É um balde de água fria!

Pirraça sai gritando – alunos se amassando na biblioteca! Detenção! Não... Expulsão!

É o que precisa para Hermione acordar. Ela dá uma bofetada em Draco e sai correndo com o coração aos pulos.

Ela passa pelos corredores apressada. Nem se dá conta do encontrão que dá em Neville. Chega à sala da Grifinória e sobe correndo para os seus aposentos de monitora diante de olhares assustados de outros alunos.

Ela atira-se na cama, as lágrimas descem em abundância. O que aconteceu comigo? Pensa. Sabe que, se pirraça não tivesse aparecido, eles teriam ido às últimas conseqüências, nada a impediria. O Rony sempre tentou e eu nunca deixei... E agora. Justo com uma pessoa que eu odeio!

Perdida nestes pensamentos ela adormece.

No outro dia Rony a procura, pede desculpas e eles fazem as pazes. Um mês depois começam a dormir juntos

As cenas que se passam a seguir são as mesmas de cinco anos atrás do ponto de vista de Draco.

Ele está no salão comunal observando o movimento. Acabou de dizer a Pansy, pela terceira vez, que não quer dançar. Vê Hermione entrar com Rony. Sente uma sensação estranha no estômago.

Ouve um aluno da Sonserina comentar – O sangue pode até ser ruim, mas o resto...

Risadas ecoam na mesa. Draco lança um olhar fulminante a Blaise.

Blaise – Qual é Mafloy? Vai dizer que nunca sonhou em pegar a sabe tudo? Se não pensou foi o único. Ela é perfeita... A gente até esquece que é sangue ruim.

Pansy senta-se ao seu lado e segura em seu braço

Pansy – Poxa Draco! Você não saiu daí, não quer dançar... Nem falou que eu estou bonita

Draco responde distraidamente sem olhar pra ela – Você fica muito bem de azul.

Pansy olha para Draco e para seu vestido amarelo e sai furiosa. Blaise solta uma gargalhada

Draco olha para ele e sai

Ele está andando pelo corredor quando vê Hermione passar apressada em direção à biblioteca. Sem pensar vai atrás dela.

Ela está sentada com a cabeça entre as mãos. Deve ter discutido com o pobretão. Pensa.

Draco não consegue deixar de provocá-la – Quer dizer que a sangue ruim brigou com o pobretão...

Ela olha pra ele furiosa – Ela fica mais bonita ainda! Pensa ele

Hermione se levanta a um passo de esbofeteá-lo. Draco a segura pelos braços e encosta seu corpo ao dela. Seu coração dispara, ele sente uma vontade indescritível de beijá-la. Devo estar ficando louco pensa. Eu beijando uma sangue ruim... Ela, com certeza, vai me esbofetear... Seus lábios estão cada vez mais perto... Bem, acho que vale o risco.

Então ele a beija como nunca havia beijado ninguém. Não há carinho, apenas desejo... Muito desejo. Ela tenta desvencilhar-se, mas acaba correspondendo. A sangue ruim está correspondendo meu beijo? Esse mundo está perdido.

Ele sente a excitação crescer na medida em que intensifica as carícias. Sabe que precisa tê-la, seu corpo precisa do dela. Ela também quer...

Então sente um balde de água fria e uma bofetada. Atônito vê Hermione sair correndo.

Ele faz um feitiço para secar-se e volta para o salão ainda sem entender o que aconteceu. Devo estar ficando louco...

Pansy está a sua procura. Eles passam a noite juntos, mas é em Hermione que ele pensa...

Três anos depois ele e Pansy se casam

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De volta aos dias atuais.

Hermione olha pra Draco desconcertada. Sabe que ambos estão pensando em certa noite em Hogwarts há cinco anos atrás.

Hermione – Bem... Você tem certeza que não há como sairmos daqui?
Draco (desanimado) – Não... O feitiço é poderoso. Não podemos aparatar ou abrir qualquer porta ou janela antes de três dias.
Hermione – Deve haver algum jeito (olha pra ele furiosa) Definitivamente eu não posso ficar aqui com você! (fica assustada ao ver que ele está se aproximando, tenta mudar de assunto) – Você está sozinho aqui? E a sua esposa?
Draco olha pra ela – Ela não é minha esposa (Hermione olha pra ele desconcertada) é apenas alguém com quem me casei
Hermione – Como você pode ser assim tão frio com a sua mulher?

Draco sacode os ombros – Casamento arranjado. Não houve espaço para sentimentos... E você e o pobretão?

Hermione – Não fale assim dele... Continuamos juntos.

Ele olha pra ela e não fala nada Hermione sente seu coração disparar e fala – Quer dizer que você é nosso espião. Justo você, que detesta trouxas.

Draco – E continuo detestando, mas isso não significa que eu queira que todos eles morram. Basta que fiquem em seu devido lugar...

Hermione respira fundo. Furiosa. Mas decide não continuar a discussão. – Já que vamos ter que nos aturar gostaria que me passasse o esquema do ataque.

Draco começa a passar as coordenadas do ataque que está sendo planejado para daqui a dois meses em uma boate na França. Os dois ficam analisando os papeis, traçando planos para impedir o ataque e não vêem a hora passar.
Draco – Já é tarde. Vou me recolher. Meu quarto é o primeiro da direita. Escolha qualquer outro.

Sai.

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Comentários (1)

  • Angel_Slytherin

    Eu acho estranho o modo como voce narra a história... no caso no presente. Mas eu to achando interessante. =)  É a primeira vez que eu leio uma fic escrita desse modo.  Eu só acho que o flash back poderia ter sido escrito no pretérito. Mas isso é minha humilde opinião.  beijosAngel_S

    2011-04-29
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