O PLANO DE LORD VOLDEMORT



- Severo!- disse uma voz fria em um aposento parcialmente vazio, ocupado apenas por umas cadeiras e quadros que retratavam pessoas no momento de suas mortes, e iluminado somente por tochas que intensificavam o tom sombrio do lugar.- Você também, Bella!- concluiu a voz objetivamente.

- Milorde!- disse o homem de cabelos oleosos.

- O que você quiser, milorde!- disse a mulher.

- Preciso que vocês dividam os outros em quatro grupos e os mande fazer guarda em quatro lugares específicos...o mais rápido possível- disse Voldemort em tom urgente.

- Mas com que objetivo, milorde?- perguntou Severo.

- Vocês não precisam saber, faça somente o que eu mandar!- ordenou Voldemort irritado com a curiosidade demonstrada por seu servo.

- Desculpa, Milorde...- disse rapidamente Snape se curvando.

- Que lugares seriam esses, senhor?- perguntou Bellatrix.

- No devido momento vocês saberão...façam o que eu pedi, separem os grupos e os deixem de prontidão!- disse Voldemort.

- Sim, Milorde!- disse Snape se curvando novamente.

- Agora vocês podem ir...menos você Snape!- disse o Lorde.

Bellatrix olhou novamente para os dois e voltou a se virar e saiu do aposento.

- Draco!- disse Voldemort com seus olhos vermelhos fulminando Snape.

- Eu não sei onde ele está, Milorde!- respondeu Severo temeroso.

- Snape...não tente esconder nada de mim! Você fugiu com o garoto de Hogwarts...não pode ter perdido ele!- disse Voldemort calmamente, embora suas feições demonstravam que ele estava furioso.

-Milorde...eu já lhe disse...o Hipogrifo me atacou e perdi a visão sobre Draco...apenas quando aquela galinha sumiu que eu pude ver o que estava acontecendo ao redor...e Draco não estava mais lá...não sei onde ele está, mas eu o acharei...eu lhe prometo, Milorde!- respondeu Snape em uma referência.
- Espero que sim, Snape...Draco sabe demais, aquela Ordem não pode encontrá-lo antes...o garoto também deve ser castigado...falhou com sua missão!- disse Voldemort, desviando o olhar de Snape e mirando para um dos quadros, que retratava um velho de cabelos e barbas brancas e oclinhos de meia-lua.

- A sua Ordem está perto de ser derrotada...não há mais esperança!- disse Voldemort mirando ainda para o quadro.

- Tom...essa Guerra apenas começou e eu não tenho dúvidas de que você sairá derrotado!- disse o quadro.

- Até depois de morto você continua o mesmo, não é Alvo! Eu não vejo nenhum talento naquelas pessoas...não para me vencer!- disse Voldemort esboçando um sorriso.

- Harry Potter!- disse Dumbledore.

Voldemort soltou uma gargalhada, olhou de novo para Snape e disse...

- Pode ir...e traga-me Draco!- disse Voldemort.

Snape se virou e saiu do aposento, mas ainda pode ouvir Dumbledore falando.

-Você o subestima...no entanto, nunca foi capaz de derrotá-lo...você não percebe, Tom? Ele irá te derrotar...é uma questão de tempo- disse Dumbledore calmamente, com seu sorriso professoral.

- O moleque sempre teve sorte...não negue isso, Dumbledore!- disse Voldemort começando a perder a calma diante do olhar quase angelical de Alvo.

- Sorte? Isso não existe, Tom...o que existe é o bom combate e aqueles que fazem de tudo para alcançar os seus objetivos e, ultimamente, receio dizer, que Harry está concentrado em te derrotar e não duvide, Tom...ele conseguirá!- finalizou Dumbledore.

- CALE A BOCA!- disse Voldemort lançando uma cadeira no quadro.- Eu derrotarei Harry Potter!

O quadro de Dumbledore deu apenas um leve sorrisinho e voltou a dormir em sua moldura.

* * *

Longe dali, andando entre árvores cada vez mais juntas, Draco se encontrava perdido, o garoto se sentia cansado, sujo e com fome. Fazia um pouco mais de duas semanas que Draco havia se embrenhado na floresta na tentativa de fugir de Snape e dos outros comensais, o garoto se sentiu enojado quando percebeu o que era realmente matar alguém. Draco tinha certeza que não mataria Dumbledore, já tinha voltado atrás, afinal o bruxo lhe prometera proteger ele e sua família de Voldemort, porém Snape chegou e matou o velho, selando o destino de Draco, que só teve uma alternativa: fugir, já que o Lorde das Trevas não o perdoaria por não ter cumprido a sua missão.

O garoto nos últimos dias havia se alimentado apenas de carne de pássaros que ele matava quando avistava algum, não sabia onde estava e também não fazia nenhuma diferença, não poderia voltar para sua casa...colocaria sua mãe em perigo, a única alternativa era continuar escondido na floresta, pelo menos assim ficava longe de Voldemort e de seus Comensais.

Draco tinha esperança de que ainda estivesse próximo a Hogwarts, afinal lá era um lugar para onde fugir caso a situação voltasse a ficar perigosa.

* * *

Vinte minutos depois de terem embarcado no noitibus , o trio se despedia de Leko e saltavam em frente da casa de Rony.

- Harry!- disse a tão conhecida voz da Sra. Weasley, quando o garoto entrou nas cozinha da Toca, seguido de Rony e Hermione. A doce senhora lhe deu um abraço e, logo após, já começou a fazer um lanche para engordar Harry, já que ela o estava achando muito magro.

Enquanto a Sra. Weasley cozinhava, os três saíram da cozinha para deixar o malão de Harry no quarto de Rony. Quando subiam a escada, Harry sentiu o conhecido aroma de flores, o cheiro que ligava a Gina e, então o seu coração disparou, a ruivinha estava parada no alto da escada exuberante com um sorriso radiante e mirava o garoto como se não o visse há vários anos.

Rony e Hermione passaram por ela rapidamente, deixando propositalmente Harry a sós com a garota.

- Harry!- disse Gina abraçando o garoto.

- Oi, Gina!- disse Harry um pouco temeroso, iria enfrentar o que ele temia, não queria dizer não a Gina novamente, ele não suportaria.

Gina quando soltou o garoto ficou com seu rosto próximo ao de Harry e lhe disse:

- Senti muito a sua falta, Harry!- disse a ruivinha, olhando nos olhos verde do garoto.

- Gina, nós já conversamos...não podemos ainda...- ia dizendo Harry, furioso consigo mesmo por rejeitar a investida de Gina.

A garota ficou em silêncio por algum tempo e se distanciou de Harry.

- Eu sei, Harry...só quero ter certeza de que você ainda gosta de mim, de que quando tudo isso terminar você vai voltar para mim!- disse a garota com uma certa impaciência.

- Porque essa dúvida? Eu deixei muito claro para você que o único motivo para estarmos nos separando era o Voldemort!- disse Harry nervoso, ele não acreditava que Gina tivesse duvidado do que ele sentia por ela.

- E você sabe que eu acho que isso não é motivo!- disse Gina também, começando a altear a voz.

- Como não é motivo Gina? Voldemort iria atrás de você...e se ele te matasse, o que eu iria fazer? Eu me culparia e depois, Gina, eu já tenho muito com o que me preocupar...não quero mais uma!- disse Harry.

- Então, eu sou um peso? Chega Harry...não quero mais falar com você!- berrou Gina e saiu correndo chorando pelo corredor em direção ao seu quarto.

Harry ainda ficou um tempo olhando a porta do quarto de Gina, ficou tentado em ir até lá e fazer uma reconciliação, porém por mais que isso doesse nele, sabia que essa situação era melhor, mais fácil para ele dar continuação a sua jornada.

O garoto, então saiu do transe em que tinha entrado e foi em direção ao quarto de Rony, mas antes que abrisse a porta, ela se abriu sozinha e Hermione saiu lá de dentro tão nervosa que nem falou com Harry. O garoto entrou e viu Rony sentado em sua cama com sua cabeça em suas mãos.

- O que aconteceu?- perguntou Harry, mas na realidade ele nem precisava que Rony lhe falasse, ele sabia claramente o que havia acontecido.

- Hermione recebeu uma carta do Krum, aquele babaca nojento!- disse Rony levantando a cabeça e olhando para o amigo.

- E o que você falou?- perguntou Harry, se lembrando terrivelmente da cena que presenciara no último ano em Hogwarts, quando os dois ficaram meses sem se falar.

- Falei que ele não era o cara certo para ela, mas não é mesmo, né Harry?- disse Rony cansado se deitando na cama e fixando o olhar no teto do quarto.

- Rony, desculpe pelo o que eu vou falar agora, mas você tem que se abrir com ela...não adianta dar indiretas...você tem que falar com ela!- disse Harry seguro de si, mas preocupado com a reação de Rony.

- O que você está dizendo, Harry? Eu não estou dando indiretas!- disse Rony confuso, agora se levantando novamente.

- Rony você gosta da Mione! Não fuja do assunto....fale com ela!- disse Harry claramente.

- Claro que n...tá bom, Harry...há quanto tempo você sabe?- perguntou Rony um pouco envergonhado.

- Rony não há quem não saiba, está muito claro...você deve ir atrás dela!- disse Harry pela milésima vez.

- Você acha mesmo, Harry? Eu tenho medo que ela não queira...ah, Harry eu não sei o que eu vou fazer se ela negar!- disse Rony se abrindo.

- Ela não vai negar...ela gosta de você!-disse Harry rindo.

- Como você sabe? Ela te disse alguma coisa?- perguntou Rony se animando.

- Não...mas nem precisava, você não viu como ela ficou quando você estava namorando a Lilá? Ela estava uma pilha...você se lembra dos passarinhos?- perguntou Harry sorrindo para Rony dando umas palmadinhas nas costas do amigo.

- Nossa, Harry...verdade, como eu não percebi antes? Mas eu não sei se vou ter coragem de falar com ela...nós somos amigos há quase sete anos e seria estranho querer namorá-la só agora.- disse Rony.

- Não jogue fora essa chance, cara...fale com ela. Veja só eu e a Gina...quanto tempo perdemos porque eu nunca percebi que ela era pessoa certa para mim, agora Voldemort está de volta e eu não posso ficar com ela. Vai lá cara fala com a Mione..eu tenho certeza que vocês vão se entender!- disse Harry sério.

- Você tem razão cara...eu vou tomar coragem e falar com ela!- disse Rony- Mas e você e a Gina...ouvi vocês berrando, não foi muito melhor que eu, né? Um dia vocês vão ter todo o tempo do mundo...eu não tenho dúvida.- disse Rony sorrindo.

- Eu espero isso também...mas vamos descer logo para o almoço...sua mãe já deve estar se esgoelando lá embaixo.

Harry seguiu Rony até o corredor e se dirigiu para as escadas, o garoto refletiu as palavras de Rony... “Um dia vocês vão ter todo o tempo do mundo”...tomara que o amigo tivesse razão, porque Harry não saberia como reagiria se tudo não acabasse assim.

* * *

- Potter...Potter...então é da ruivinha que você gosta...em breve faremos uma visita aos Weasleys!- disse uma voz fria.

- Sim, Milorde...terei todo o prazer em lhe ajudar!- disse uma voz feminina.

- Com certeza, Bella...quando chegar a hora!- disse Voldemort.


































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