Decisões
DISCLAIMER: Reconheceu é da J.K.Rowling. Não reconheceu... é meu!
AVISO: É uma história slash, se não gosta, não leia, mas é antes de mais nada um romance, daqueles melosos... toda construída sob o ponto de vista de algum personagem. O uso dos termos originais ou da tradução para o português variou conforme a forma que soaram na minha cabeça ...
Pra minha amiga, fã da história da "batatixa"... Ela sabe do que se trata!!!!
Capítulo 2 - Decisões
POV Remus
__ Sim... eu sei!
Nossa... como foram difíceis estas palavras. Quando Hermione me falou que precisava de alguém que o amasse quase saí correndo... Por sorte a explicação foi longa dando-me tempo para reunir as forças que eu precisava. Olhava-a com admiração e profundo respeito e, mesmo sabendo que ela esperava uma resposta, não a dei. Senti, contudo, que ela entendeu exatamente o que se passava comigo.
__ Você já falou com o Harry?
__ Não... Precisava ter certeza que o senhor... er... você teria o quarto elemento antes de encher o coração do meu amigo de esperança...
Pelo murmurio dela senti o medo que ia em sua alma. Por algum motivo, que eu desconhecia e ela não, Harry não podia cair agora.
__ Logo será o enterro de Dumbledore. Após a cerimônia venha com o Harry, a Gina e o Rony pra cá. Combinaremos tudo. Se achar que tem condições de explicar algo pra eles tudo bem, senão, deixe pra depois. Agorra é melhor descansar. Foi um dia bem difícil e precisará estar bem.
Ela sorriu e eu a abracei forte. Queria dizer pra ela naquele gesto o quanto eu estava grato, a importância do que ela estava fazendo. Acho que ela entendeu pois seus olhos estavam marejados quando a soltei.
__ Vamos ficar um pouco por aqui... Consegue ir sozinha para a Grifinória?
Ela confirrmou e com um aceno despediu-se. Assim que a porta se fechou, deixei-me cair na poltrona. Olhei pra Tonks e vi seu cabelo mudar lentamente do roxo berrante para um castanho pálido... parecia absorver alguma coisa.
__ Tonks, eu...
__ Eu sei! Você o ama, né?
Não consegui falar. A garota estava me saindo muito perspicaz aquela noite. Acho que ela era mais madura do que eu imaginava. Sorri, um arremedo de sorriso encabulado, mas sorri.
__ Nunca admiti isso em voz alta. - murmurei - Nem pra mim mesmo...
__ Por que nunca me falou? Por que só fugia de mim? Eu teria entendido, Remus...
Notei que ela estava magoada, mas não pelo fato de não amá-la, mas por não ter me aberto com ela. Segurei suas mãos entre as minhas e fiz com que olhasse em meus olhos. Falei com calma, mas minha voz saiu doída.
__ Entenda Tonks... Se eu me relacionasse com você ou com alguém, eu precisaria dar algo de mim. E a única coisa que eu poderia te oferecer seria meu coração... Mas nem isso eu tenho mais... Há muito meu coração não me pertence! Eu não poderia te dar todo o carinho, todo o prazer que você merece... Meu coração não estaria nesta relação... Ele estava morto!
Por mais incrível que pareça, sua reação foi de me abraçar. Fiquei grato por isso. Estava precisando. Depois de um longo silêncio ela falou ainda chorosa.
__ Se aquele idiota o Sírius não der valor ao tesouro que tem, eu mesma jogo ele novamente no véu!
Sorri bobo.
__ Ele nunca soube, Tonks!
__ Por que?
Dei de ombros. Não tive como falar pra ela que eu não honrava a Grifinória. Que eu era um covarde, que fugi com medo do que sentia.
Ficamos horas naquele sofá e ela ficou acariciando meus cabelos enquanto eu chorava. Enquanto eu exorcisava vinte anos de um amor reprimido transformado em dor, solidão e sofrimento.
Quando fomos pra a cerimônia do enterro de Dumbledore, tive-a durante todo o tempo ao meu lado. Me amparando. As pessoas sorriam, achando que haviamos nos acertado, o que, de certa forma, realmente aconteceu. Havia agora um pacto mudo de cooperação, de carinho, de sinceridade. Ela entendia que o amor que eu podia lhe ofertar era o mesmo que ela e Hermione ofereciam ao Sírius. Estávamos em paz e queríamos que Dumbledorre sentisse isso. O amor, que ele tanto pregava, unira duas almas e uniria ainda outras em prol de alguém. Era uma pena que Hermione não tivesse tido tempo para contar-lhe sua descoberta. Ele teria ficado orgulhoso.
Percebi que não conseguiríamos nos reunir, por isso chamei a Hermione e marquei de buscá-la em três dias. Tomei decisões tão rápidas como nunca tinha feito. Quando dei por mim, estava na Plataforma 9 3/4 esperando pelo Harry.
Assim que avistei seus tios, avisei que o garoto iria comigo e eles deixaram claro seu alívio. Isso doeu. Era um absurdo o filho de Lily sendo tratado assim. Contive-me, há muito custo, para não azará-los. Meus instintos estavam bastante abalados.
POV Harry
Levei um susto quando saí do trem e dei de cara com o Remus. Meu coração se aqueceu. Será que ele me apoiaria? Hermione havia me dito que ele precisava falar comigo, mas não havia censura em sua voz. Somente anciedade.
Caminhei em sua direção e espantei-me com o abraço que recebi. Era algo extremamente paternal e percebi o quanto eu o ligava aos meus pais e ao Sírius. Aquele maldito bolo quente formou-se novamente na minha garganta, mas eu o abracei forte pra sufocar esta dor. Já havia chorado demais...
__ Você precisa pegar alguma coisa em Surrey? - perguntou-me aparentemente calmo.
__ Não, mas meus tios...
__ Já avisei-os que estará comigo.
Assenti, sem entender ou mesmo preocupar-me com o tal feitiço de proteção.
__ Ótimo! - falou quase sorridente - Vamos para Grimald Place!
Devo ter feito uma careta, pois eu não queria ir pra lá, mesmo sabendo que era uma ótima opção. Mas ainda doia muito sentir o Sírius por lá! Só consegui balbuciar um por quê meio estrangulado.
__ Precisamos conversar, assuntos sérios e lá será o melhor lugar. Tonks já foi, para preparar tudo... Vamos?
Concordei. Precisava da ajuda do Remus pra minha missão. Então, melhor começar já!
POV Tonks
Após a cerimônia eu e Remus entramos num rápido acordo. Nunca o vi tão decidido e eu assumi pra mim a tarefa de ajudá-lo. Meu pai sempre disse que, quando amamos de verdade queremos a felicidade do outro. Sempre achei este papo abnegado demais. Mas agora eu vejo que não. É real. Eu o amo e vou ajudá-lo a ser feliz, mesmo que seja longe de mim.
Outra coisa que meu pai fala muito é de uma tal "Lei de Ação e Reação". Não se trata de uma lei escrita, bruxa ou trouxa, mas de uma lei cósmica. Aquilo que fazemos retorna com a mesma intensidade. Se quero ser feliz, se quero ser ammada, tenho que viver cercada de amor e felicidade.
Procurei Kingsley. Ele é meu amigo, meu parceirão mesmo, e pedi que me encontrasse na sede da Ordem. Ele não questionou e no horário marcado, lá estava ele.
Ficamos os dois surpresos da casa ainda estar sob Fidelus, mas ele lembrou-se que Dumbledore poderia ter feito o feitiço de forma que durasse algum tempo no caso de sua morte. Mas que o ideal seria refazê-lo logo. Concordei. Só precisaríamos falar com o Harry pois ele era o novo dono da casa e a escolha do Fiel deveria ser dele.
Tratei lohgo de explicar que precisaria da ajuda dele e porque. É claro que ele ficou impressionado, mas concordou em ajudar. Combinamos vários detalhes e antes do Remus chegar com o Harry ele já havia partido. Iria encontrar-se com Minerva e Olho Tonto pra tratar de assuntos da Orrdem. Era quase certo que marcariam uma reunião. Mas naquele momento eu só queria pensar na missão que teríamos em poucos dias.
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Mais um... só porque tava pronto...
Beijocas
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