Segredo revelado
Todos se agitaram ainda mais do que já se encontravam quando Draco apareceu correndo nos corredores do St Mungus. Não seria anormal, mas o fato de que ele carregava Gina nos braços, desacordada e com alguns ferimentos na cabeça que sangravam chamava a atenção dos muitos bruxos que ali estavam. Draco, entretanto, não olhava para os lados. Mantinha um olhar que entregava todo o seu choque e corria para o balcão principal.
- UM QUARTO! – berrou, empurrando os que já esperavam na fila. – URGENTE!
A balconista bruxa se assustou.
- Meu senhor, eu...
- AGORA! VAMOS! NÃO VÊ? ELA ESTÁ FERIDA!
- Acalme-se...
Os outros bruxos que já se encontravam na fila começaram a reclamar. Só então Draco percebeu suas presenças.
- Calem a boca! – disse irritado. – Ela está ferida, seus idiotas! E eu, Draco Malfoy, exijo um quarto AGORA!
Apressadamente, a mulher deu um leve toque de varinha e uma maca foi conjurada. Um medi-bruxo apareceu e conduziu a maca até um quarto. Alguns minutos depois, Gina estava deitada em uma cama branca e Draco estava a seu lado, muito agitado.
- Você precisa sair... – disse o medi-bruxo, cauteloso.
- Não vou sair!
- Faça o favor. Precisamos tratar dela.
Uma outra bruxa de aparência antiga e ar experiente entrou apressadamente na sala com uma bandeja que continha vários pequenos frascos de poções. Olhou para Gina com interesse.
- Não é a filha de Arthur Weasley? – perguntou.
Draco não respondeu. Olhava para Gina como se pudesse acordá-la com o olhar aflito.
- Não sei. – respondeu o medi-bruxo, analisando a garota e franzindo o cenho. – Está muito ferida. Preciso tratá-la. Rapaz, dê-me licença, ou terei que tomar outras medidas não muito agradáveis...
Teimoso e carrancudo como uma criança, Draco levantou-se olhando para Gina. Lançou um olhar ao medi-bruxo que denunciava insegurança e ao mesmo tempo preocupação.
- Vamos. – disse a bruxa enfermeira, puxando Draco pelo braço até o corredor. Lá fora, ele encostou-se na parede e pareceu perdido nos pensamentos.
- Precisamos avisar os Weasley. – disse a bruxa, despertando-o. – O quê exatamente aconteceu com a garota?
- Um... ataque. – balbuciou Draco, sem muitas palavras.
- Entendo que agora não consiga nos dar muitas informações por causa do choque. Mas mais tarde será necessário. Se me dá licença, avisarei os parentes da Srta Weasley. Eu os conheço, então...
A bruxa disse mais algumas coisas que Draco não ouviu e foi-se. E ele ficou ali, imaginando que em pouco tempo todos descobririam que ele e Gina estavam juntos... Que viajaram juntos, que namoravam escondidos... Uma opção seria fugir dali o mais rápido possível, e depois talvez explicar para Gina que não havia conseguido ficar para enfrentar todos os seus familiares e responder as centenas de perguntas que eles lhe fariam.
Mas suas pernas estavam bambas e não obedeceriam a qualquer ordem. Sua cabeça também não cogitava essa idéia de abandonar Gina – não quando ela havia se atirado em um feitiço para salvá-lo. A idéia de deixá-la ali e carregar a angústia de não ter notícias o preocupava mais do que todas as expressões que os Weasley pudessem adquirir perante a novidade.
E não demorou muito. Dez minutos depois, Arthur, Molly, Rony, Hermione e até Harry chegavam agitados ao St Mungus. Draco, que se encontrava agora sentado na sala de espera, correu rapidamente o olhar por todos eles que pareciam mais que abalados.
Harry, ao localizar Malfoy, correu em sua direção.
- O quê aconteceu?! – perguntou em tom ameaçador. – O quê você fez?!
- Um comensal atacou Gina, seu idiota! – berrou Draco. – Eu não fiz nada!
- Peraí... O quê está acontecendo?! O quê você sabe sobre isso, Malfoy, e o que faz aqui?! – perguntou o Sr Weasley que assistia à cena sem entender nada, assim como os demais.
- Ele sabe TUDO! – disse Harry, que também estava fora de si. – Ele estava com Gina, eles estavam viajando juntos...
- Eles estavam O QUÊ? – berrou Rony, perplexo. Todos os olhares se voltaram agora para Harry.
- Malfoy, é bom você explicar com detalhes o que aconteceu com Gina, senão vou ser obrigado a acreditar que você teve cul...
- NÃO TIVE CULPA NENHUMA! FOI UM COMENSAL QUE NOS ATACOU! ESTÁVAMOS DESPREVENIDOS!
- Harry... – começou Hermione.
- Alguém pode explicar o que está acontecendo aqui?! – pediu a Sra Weasley.
- O quê esse idiota fazia com a minha irmã?!
- Harry, explique-nos algo concreto!
- Eu não...
- CALEM A BOCA! – gritou Draco. – Todos vocês! Eu e Gina estávamos namorando escondidos de todos vocês já fazia algum tempo! E não, ela não foi embora da Copa de Verão por causa do Potter. Ela foi viajar comigo! Estávamos em Verona quando um comensal veio e nos atacou... Quanto a isso, alguns aurores que apareceram por lá podem confirmar para vocês. Agora dá para vocês fazerem silêncio?! Minha cabeça já está explodindo e ouvir a voz de vocês não ajuda em absolutamente NADA!
Harry perdeu a fala; a Sra Weasley se desequilibrou e quase caiu; Rony tinha uma expressão indecifrável como se quisesse acordar de um pesadelo terrível e macabro; o Sr Weasley pareceu ter engasgado. Só Hermione pareceu captar todas as palavras e por maior que tivesse sido o choque de ouvi-las, conseguiu dizer algo.
- Harry... Harry você sabia? – murmurou.
- É claro que sabia, Sangue-Ruim! – disse Draco, impaciente. – Não está claro?
- CALE A BOCA! – gritou Rony, descontrolado. – ISSO É IMPOSSÍVEL! NÃO É POSSÍVEL QUE GINA ESTEJA NAMORANDO VOCÊ! NÃO VOCÊ...!
- Você não vai desrespeitar a Hermione aqui, rapaz insolente! Nem que tudo o que você disse seja verdade... – disse o Sr Weasley.
- É verdade sim, queiram vocês ou não! E digo mais, não estamos dispostos a nos separar!
Draco, que estava odiando tudo aquilo, deu graças a Merlim quando a enfermeira se aproximou.
- Com licença... Ah, olá Arthur. Oi Molly. Quanto tempo... desde que Fred quebrou o tornozelo pela última vez... Mas é uma pena revê-los só quando coisas ruins acontecem. Bem... Gina acordou, está muito fraca.
- Vou vê-la! – apressou-se em dizer a Sra Weasley.
- Acalme-se. Ela não para de chamar ‘Draco’. Então seria bom se ele fosse até ela primeiro.
Draco não esperou nem para ver os olhares indignados dos Weasley e de Harry, correu para o quarto de Gina onde a encontrou levemente acordada, os olhos dela estavam entreabertos e pareciam ter uma espécie de névoa.
- Dei uma poção para ela se recuperar um pouco. Os ferimentos são um pouco delicados, então será preciso que ela fique aqui por algum tempo. Talvez alguns dias sejam suficientes. – disse o medi-bruxo.
Draco abaixou-se ao lado de Gina.
- Draco... – ela sussurrou com dificuldade ao vê-lo.
- Você... é MALUCA! – disse Draco, segurando a mão de Gina e apertando-a. - Poderia ter sido a maldição da morte... Você é a pessoa mais imbecil desse mundo, Virginia!
- Draco... – balbuciou calmamente. – Eu não me importaria em morrer... desde que fosse por você... – murmurou abrindo um leve sorriso triste.
A reação de Draco foi abraçá-la, como se ela fosse um objeto muito precioso e ele tivesse medo em perder. Ainda estava em choque, e aquelas palavras estranhamente lhe davam uma sensação de vazio maior ainda.
- Seus pais estão aqui.
- Meus pais?! – perguntou em tom surpreso, embora fosse uma coisa óbvia. Nunca vira família mais preocupada que a sua.
- Sim. Potter, Granger e seu irmão também.
- Eles já...?
- Sim. Descobriram tudo.
- Oh não... – lamentou-se Gina. – Por quê isso tinha que acontecer... Estávamos tão bem...
- Estávamos?! Nós vamos continuar namorando! Não vai ser isso que vai acabar com nosso namoro!
- É claro. Mas eu tenho um batalhão de gente pra enfrentar.
- Não vai ser fácil. – disse Draco desanimado. - Minha experiência não foi nada boa...
E naquele momento entravam no quarto os pais de Gina, Rony, Hermione e Harry. A Sra Weasley correu até Gina e a abraçou. Draco levantou-se e ficou a observar encostado na parede do quarto. Arthur segurou a mão de Gina anteriormente segurada por Malfoy. Hermione fez uma expressão de alivio ao ver Gina sorrir levemente para os demais. Harry também parecia menos preocupado. Rony, no entanto, foi o último a entrar. Encarava Draco com uma expressão mortal nos olhos e no fundo ainda acreditava em uma possível falibilidade daquilo ser verdade.
- Gina, querida!
- Oi mãe, oi pai... Harry, Ron, Hermione...
- Tudo bem, Gina?
- Agora está.Graças a ele. – disse fazendo um gesto com a cabeça para Draco.
Rony rangeu os dentes e se aproximou de Gina.
- Diz que é mentira, Gina! – disse quase aos berros. – Diz que você não está namorando esse... esse...
- Não é mentira, Rony. Eu e Draco...
- DRACO MALFOY! Filho de Lucio Malfoy! Que jogou aquele maldito diário no seu caldeirão! Um comensal legítimo, Gina! Cansou de nos ofender em Hogwarts! Esse infeliz metido nas Artes das Trevas...
- Disso quem sabe sou EU, Weasley... – respondeu prontamente Malfoy.
- CALADO, VOCÊ! – gritou Rony tirando a varinha do bolso.
- Aqui não! – disse a medi-bruxa chegando no quarto. – Se quiserem fazer um duelo, não será aqui! Por favor senhores, comportem-se como homens de verdade!
- Rony, por favor. – pediu a Sra Weasley.
Rony parecia reprimir uma fúria indomável. Apertou a varinha com tanta força que Gina teve medo que Rony pudesse fazer alguma loucura.
- Nos enganou direitinho, Gina... Primeiro fingiu interesse em Eddy... depois esse súbito interesse de volta em Harry... Quando na verdade... – disse Rony descontrolado.
- Você não sabe...
- E você – disse, virando-se para Harry. – Sabia de tudo, não é? Obrigada por não me contar, Harry!
Rony andou em passos fundos e saiu da sala batendo a porta o mais forte que pôde.
Imediatamente a Sra Weasley berrou:
- Ronald! – e foi em direção à porta. – Já venho, querida. Só não quero que ele faça nenhuma besteira.
Seguiram-se alguns segundos de silêncio e constrangimento, onde alguns se entreolharam e outros apenas miraram o chão. Gina sabia que aquilo era apenas o começo. Aparentemente ninguém havia gostado da notícia e não tardariam a criticar.
A garota levantou os olhos e analisou a expressão de todos. Pareciam estar analisando tudo mentalmente, para ter certeza de que era verdade e não acordariam descobrindo que haviam sonhado.
Harry olhou para Gina e levou as mãos ao queixo em uma expressão de desconforto.
- Cho... ela ficou no hotel? – disse Gina de repente, tentando apaziguar a situação, embora soubesse que fosse impossível.
- Sim. – respondeu Harry, quase inaudível.
Gina hesitou por um momento. Abaixou a cabeça e mordeu o lábio inferior no momento em que um arrependimento se apossava de si.
- Olha, Harry me desculpe por te colocar nessa situação... Desculpe-me... De verdade. Eu vou falar com Rony, não queria que nada ficasse assim. Não tinha idéia...
- Tudo bem. – disse Harry indo até perto da cama de Gina, seguido por Draco que tomou seu lugar com uma sobrancelha levemente erguida exibindo desprezo por Harry.
Gina suspirou tristemente. Aquelas demonstrações de desafeto de Draco só piorariam as coisas, se é que era possível.
- Precisamos conversar sobre isso, Gina. – disse o Sr Weasley, fazendo todas as cabeças se virarem para ele.
Gina confirmou com a cabeça. Draco contraiu os lábios e coçou a nuca para demonstrar todo o seu desinteresse na conversa. Mas ele sabia que não havia como fugir. Embora fosse difícil encarar tudo de frente, tudo aquilo estava planejado desde o começo. Desde o começo... Seu desconforto, repentinamente, se multiplicou.
Olhou para Gina. O plano estava dando certo, até mais rápido do que o previsto. Mas agora doía lembrar disso, doía de verdade, e Draco não gostava de sentir essa dor. Tentava desesperadamente dizer para si mesmo que era momentânea, mas sabia que agora que Gina havia se jogado na frente de um feitiço para protegê-lo, seria muito mais difícil. As palavras de Gina ecoavam na mente de Draco desde a hora em que elas haviam saído de sua boca. “Eu não me importaria em morrer. Desde que fosse por você”.
- Primeiramente me diga. Quando começou tudo isso?
Gina olhou para o pai, que não tinha uma expressão fácil de se decifrar. Talvez descomodidade. Espiou Hermione que estava pensativa, mas parecia absorver quaisquer palavras ditas ali.
- Alguns dias depois de eu começar a trabalhar... – respondeu.
- Se eu te conheço bem, você nunca teria algo com Malfoy, Gina. O quê deu em você para... – mas o Sr Weasley foi interrompido pela porta, que foi aberta com uma força brutal e dois vultos entraram na sala rapidamente.
- Gina, mamãe nos disse que você está namorando o Malfoy... – disse Jorge entrando no quarto.
- Ela quer nos vingar por todas as brincadeiras que já fizemos. Não é possível que... – começou Fred. Mas - Gina fechou os olhos e suspirou profundamente – Draco virou-se e deu de cara com os gêmeos.
- Fred e Jorge, por favor! – disse a Sra Weasley que agora entrava no quarto e parecia cansada. – Todos do hospital olharam quando vocês vieram correndo para cá, isso não é bom para...
- Jorge, me belisque. – disse Fred encarando Malfoy como se este fosse um espectro.
- Estamos sonhando, Fred. Vamos aproveitar para matá-lo, assim pelo menos realizamos nosso desejo no sonho.
- Pelo amor de Deus! – disse Gina em tom de lamento. – Não é sonho, não é piada. Eu estou namorando Draco Malfoy.
Os gêmeos perderam toda a expressão cômica. Tinham agora um espanto estampado no rosto, juntamente com uma visível confusão.
- Escutem – disse Gina com voz cansada. – Eu sei que ninguém aqui é a favor desse namoro. Eu entendo perfeitamente o por quê. Eu realmente não sei o que me fez gostar dele, eu não quis isso, acreditem. Mas escutem... A gente simplesmente não manda... no coração...
- Nós sabemos que não, Gina! – disse Hermione, do outro lado da sala – Mas ele...
- Eu o quê, Granger? – perguntou Draco friamente.
- Você não é digno de fazer parte da nossa família! – disse Fred.
- Não passa de uma doninha covarde com o rabo entre as pernas. – completou Jorge.
- Olha, já chega! – disse Gina, quando Draco já estava pronto a levantar-se e responder. – Assim não dá. Eu realmente queria que aqui houvesse uma conversa pacífica, porque eu tenho um bom motivo para estar com o Draco, que é o amor que eu sinto por ele. Se vocês, minha família, forem contra eu vou ficar realmente muito triste, porque eu também amo todos vocês e vocês sabem disso. Vocês podem até me trancar em casa, me prenderem em Azkaban, mas não vai adiantar nada, porque eu vou continuar apaixonada por ele. – Gina tomou fôlego, olhou para Draco, contraiu os lábios. - Já pararam pra pensar no quanto essa briga é ridícula e inútil? Se estivéssemos em Hogwarts, tudo bem. Éramos adolescentes, talvez nossos hormônios pedissem confusões. Mas já passou do ponto, não acham? Se vocês não se gostam, paciência. Não estou pedindo pra ninguém fingir nada aqui, muito menos começar algum afeto, porque eu sei que na altura dos acontecimentos é impossível. Mas... que seja por mim, então. Eu odeio ver duas pessoas que eu amo brigando.
Olhou para Draco tentando inutilmente fazê-lo dizer algo. O mesmo aconteceu com os gêmeos. Draco a olhava com alguma tristeza nos olhos e os gêmeos estavam indignados. Mas não pareciam querer criticá-la, depois de tudo que ela havia dito.
- Querida, nós confiamos em você. – disse o Sr Weasley, depois de algum tempo de silêncio. – Só não confiamos nele.
- Acredite, papai. Eu custei a confiar.
- E se...
- Mas hoje eu tenho certeza. Pode até não ter se passado tanto tempo assim, mas eu... consigo sentir que ele também gosta de mim.
Draco levantou a cabeça para Gina, e ela interpretou aquele gesto como um incômodo.
Mas para Draco, era mais que isso. Ou Gina estava cegamente enganada, ou ele realmente estava gostando dela... amando-a... era isso, então?
A decepção na cara de Arthur era visível, por mais que ele tentasse disfarçá-la. Gina conseguia ver no fundo de seus olhos que a maior vontade dele era vê-la o mais longe possível de gente como Draco Malfoy.
Para completar a situação, Fred e Jorge lançaram um olhar mortal a Draco e, completamente indignados, saíram do quarto, como se realmente não acreditassem que Gina pudesse ser capaz de um ato tão absurdo, que era amar Malfoy.
Tristeza. Foi isso que Gina sentiu quando a porta se fechou e ela olhou para sua mãe, cabisbaixa. Diabos! Por quê ninguém a compreendia? Ela não podia repreendê-los, afinal. Malfoy merecia tudo aquilo, talvez até mais. Mas o que ela sentia agora por Draco era tão grande que cobria qualquer passado, por mais obscuro que fosse. E era uma pena que nenhum familiar dela conseguisse enxergar isso. Ela sabia que ainda teria que enfrentar muitas reprovações e, se conhecesse bem seus irmãos, estes lhe evitariam por um bom tempo, principalmente Rony. Talvez até os olhares de seus pais ganhariam um tom mais triste a cada vez que eles olhassem para ela.
Olhou para Draco. O rapaz fitava sua própria mão, parecido perdido em devaneios. Quem sabe ela um dia conseguiria consertar todas as desavenças com seus familiares e, finalmente, fazê-los aceitar Draco Malfoy na família? Ela sabia que querer que eles se dessem bem era pedir demais. Mas apenas uma convivência pacífica, meu Deus! Isso era o suficiente. Porque, de certa forma, ela já não conseguia mais se imaginar sem ele. Gina estava perdida. De amor.
Muito distante dali, vultos estavam concentrados dentro de um casebre abandonado. A aparência sombria do local aparentemente combinava com as figuras encapuzadas que ali estavam reunidas. As vozes eram frias, porém triunfantes.
- Muito rápido... de fato, muito mais rápido do que o esperado. Como conseguiu essa proeza, Amico?
- Poção Polissuco. Depois daquela confusão com o garotinho morto por veneno de basilisco... foi só me passar por algum fiscal ou especialista. – respondeu o outro prontamente. – Mas e o resto dos ingredientes, Lucius?
- O nosso único e real problema... é a parte de Draco. – disse pensativamente. – Mas deveríamos agir logo... Precisamos agir logo. Assim, concederemos mais rapidamente todo esse prazer de servir ao Lorde das Trevas a eles – Lucius acenou com a cabeça para o resto dos presentes. – Já que fomos os únicos capazes de continuarmos fora de Azkaban ou escapar da morte... – completou com tom de desprezo.
- Se me permite, Lucius – ecoou uma voz grave pela sala em ruínas – Pensei sobre a parte de seu filho nessa missão e cheguei a uma conclusão: podemos sim adiantar o plano.
Lucius virou-se para o homem à sua esquerda, com uma expressão levemente curiosa.
- Podemos, é? – ergueu uma sobrancelha. - Como, Ritchy?
O Sr Ritchy era um homem de aparência assustadora. Seus olhos fundos e negros, juntamente com os cabelos espessos contrastavam com a pele branca amarelada. Parecia poder enfurecer-se a qualquer momento. No entanto, exibia alguma espécie de inteligência maníaca de alguém totalmente desprovido de sanidade.
- Preste muita atenção. Se formos tentar, não poderá haver erros. E se der certo... O mundo bruxo reverá o Lorde das Trevas em muito pouco tempo.
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N/A: *Corre dos tomates*
Ahhh, gente desculpa pelo atraso record :S
Eu tenho um motivo... ensino médio. Sim, eu sou uma pessoa estudiosa :P
Mas em todo caso... A fic está nos 'finalmentes' se é que assim podemos dizer. Acreditem, está tudo aqui bolado. Só falta passar pro papel (no caso, Word).
Só peço que têem um pouquinho mais de paciência, ok?
Beijos! Comentem :)
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