Fairy Tale
“You know when you were a little kid and you believed in fairy tales? That fantasy of what your life would be – white dress, prince charming who’d carry you away to a castle on a hill. You’d lie in your bed at night and close your eyes and you had complete and utter faith. Santa clause, the tooth fairy, prince charming –they were so close you could taste them. But eventually you grow up and one day you open your eyes and the fairy tale disappears. Most people turn to the things and people they can trust. But the thing is, it’s hard to let go of that fairy tale entirely because almost everyone has that smallest bit of hope and faith that one day they would open their eyes and it would all come true.”
Harry apanhou a toalha que havia acabado de jogar na cama. Secando o cabelo rapidamente caminhou até a sala, em direção à porta. Havia acabado de sair do banho. Em tempo suficiente para ouvir a campanhia tocar. Era mais de meia noite, e ele próprio havia acabado de chegar do Ministério... Não fazia idéia de quem seria batendo na sua porta àquela hora.
Com o pensamento completamente alheio à ação, Harry pôs a mão no trinco e abriu a porta sem pensar. Hermione estava bem na sua frente.
Uma fina chuva caía do lado de fora, e os cabelos e casaco dela estavam completamente cobertos por pequenas gotas de água. Denunciando que provavelmente ela chegara até ali a pé, depois de uma longa, longa caminhada. Harry piscou antes de dizer, meio que surpreso:
- Oi... – definitivamente não estava esperando aquilo, pelo menos não num nível consciente. Ela não respondeu.
Harry deu alguns passos para trás afastando-se para que ela pudesse entrar, e ela o fez. Seus olhos se encontraram por um momento, enquanto ela o fitava. Eles se conheciam tão bem e há tanto tempo, e ainda sim... Agora, ele não fazia idéia do que se passava na mente da amiga... Havia um ar resoluto na sua expressão, e ao mesmo tempo, Harry não sabia dizer se estava confundindo aquele olhar com mágoa, ou mesmo raiva.
Hermione observou Harry por um momento. Ainda em pé, segurando sua bolsa ela respirou fundo. Depois de tanto tempo de amizade, o mínimo que ele a devia era esclarecer tudo... E ela até chegara a pensar, que ele não merecia aquilo... Mas novamente, pela amizade, ali estava ela:
- Me diga o que houve em Nova York. – pediu ela. Harry manteve-se calado por um momento, tomado pela súbita exigência, apesar de não haver nenhum traço de dureza na voz dela. Foi a vez de ele respirar fundo. E caminhando até o sofá, ele sentou-se apesar dela manter-se de pé fitando-o:
- Nós nos conhecemos em Nova York. – disse.
- Ela é mesmo sua noiva? – perguntou em tom de quem confirmação. Harry respondeu prontamente:
- Era. Passado. – Hermione manteve-se calada, esperando pelo resto. Ele continuou. – Dois anos depois eu a pedi em casamento... Nós nos mudamos. Decidimos que seria melhor esperar até o fim do programa pra marcar uma data, sabe? – ele parou, procurando por palavras. – E então... Uma noite... Eu, eu cheguei em casa. Era tarde... E eu me lembro de pensar: Por que as luzes estão acesas? E quando eu entrei, Havia um casaco marrom em cima da mesa. – Hermione pode notar um esgar vindo do amigo, algo que parecia levemente deslocado em sua expressão, como se ele fosse outra pessoa.
- Veja, a parte estranha, era que... O casaco não era meu, mas... Eu o reconhecia. E enquanto eu caminhava para o quarto, me preparava para o que eu iria ver... Como se eu já soubesse, que ao entrar... Eu iria encontrar minha noiva, na cama com outro cara. – houve um momento de silêncio. – Depois disso, eu... Eu fui embora. – ele calou-se novamente antes de acrescentar. – E então veio você.
- Eu... – repetiu Hermione analisando as palavras do amigo. – Então... O que eu fui pra você? A garota que você magoou pra superar ser magoado? – ele pareceu respirar pesadamente ao responder com um tom de completa honestidade:
- Você foi, você. – disse simplesmente. – Foi como se eu estivesse me afogando, e você me salvasse... E isso é tudo que eu sei...
Hermione observou Harry enquanto ele esperava por uma resposta sua, uma reação qualquer que demonstrasse o que ela sentia no momento. E então, Hermione fitou-o por um momento, dizendo com um tom de encerramento.
- Isso não é suficiente. – e voltando-se para a porta, foi embora.
Giny caminhou a passos largos pela calçado, com Malfoy em seu encalço.
- Muito obrigada! – retrucou com ironia afiada enquanto abria a porta de casa. – Eu me diverti demais! Eu gostei especialmente da parte na qual você me tratou feito lixo a noite toda! Essa foi divertida! – e prestes a entrar, ouviu a voz do rapaz às suas costas:
- Eu me diverti. – Giny piscou.
- Sério? – voltou-se incrédula.
- Sério... – respondeu ele aproximando-se alguns passos.
- Oh... Ok, então... – disse meio indecisa. Talvez... Talvez ela devesse convidá-lo a entrar... Pelo menos a noite não seria um desperdício total, certo? – Você não...
- Então eu te vejo amanhã, certo? – e dando as costas, caminhou alguns passos e desaparatou em seguida. Giny observou o local onde ele sumira:
- Sério? Sério!! – berrou indignada, e envergonhada, subindo as escadas num repente.
Abrindo a porta do quarto com violência, caminhou até a cama e jogou-se sem cerimônia alguma. Rony acordou num sobressalto:
- O que?! Hãn...??
- Sério?? - exclamou Giny completamente revoltada. Rony voltou-se para a irmã deitada ao seu lado ainda sonolento:
- Eu estava dormindo... – e voltando-se de barriga para cima, fechou os olhos novamente. Uma luz intensa, amarela machucou-lhe os olhos dolorosamente. Seguida de um barulho de passos fortes, e um outro corpo jogou-se na cama do outro lado:
- Sério!! – exclamou Hermione, tão irada quanto a outra.
- Essa cama é muito pequena... – murmurou Rony, mas nenhuma das duas parecia estar disposta a ouvi-lo.
- Eu me depilei!! Eu me depilei pra ele!! – desabafou Giny atônita.
- Ele é estúpido!! Estúpido!! Como pode ele ser tão estúpido? Se ele acha que eu vou cair nessa, ele está enganado!!
- Shsh... – pediu Rony dando uma leve tapinha nos ombros das duas.
Caminhando até a cabine, Rony ouviu duas vozes familiares pedindo para que ele os aguardasse. Mas não o fez. Sentindo um peso anormal nos ombros, e o cansaço da noite anterior e das últimas horas de trabalho, apertou o botão do sétimo andar ao ver Harry e Draco entrando no elevador num salto.
- Bom tarde... – murmurou Harry. Rony não respondeu.
- Boa tarde. – repetiu Draco.
Ambos completamente impassíveis à feição nada agradável dele. E então, após alguns segundos, Draco acrescentou:
- Por que o mau humor?
- Eu não estou de mau humor. – cortou Rony mal humorado.
- Ele é sempre assim? – questionou o rapaz voltando-se dessa vez para Harry:
- Não... – e também analisando Rony. – O que houve?
- Ele está mal humorado...
- Não estou! – mas Draco, não se dirigia a ele, mas sim a Harry que concordou:
- Está sim...
- Eu n...! – Rony voltou-se para os dois dando as costas à porta do elevador, sentindo o nervosismo tomar conta dele. – Vocês querem saber por que eu estou de mau humor?! Eu digo por quê!! – exclamou ele. - Eu moro com essas mulheres! E toda vez que um de vocês lenha com as coisas, sou EU quem não descanso!! Eu tive quarenta e oito horas de turno ontem, e não consegui uma hora descente de sono!!! – a porta do elevador se abriu, mas ele não pareceu ligar muito. – Você!! – berrou apontando para Draco que recuou um passo surpreso. – Ele se depilou pra você! Eu não sei o que isso significa, mas obviamente significa bastante!! E você!! – ele voltou-se para Harry que parecia bastante ofendido. – É melhor você se adiantar em limpar sua própria bagunça, porque ela está insuportável!
E dando meia volta, caminhou a passos largos pelo corredor em direção à recepção.
- Boa tarde... – Bailey ergueu os olhos e observou uma Luna sorridente parada a sua frente, atrás dela, um grupo nada bem afeiçoado esperando.
- Olha só pra vocês... Tão de bem com a vida! – ironizou com um sorriso. – Vamos, nós não temos muito tempo...
O grupo seguiu a mulher em silêncio. Luna voltou-se para os amigos atrás dela:
- Gente... Porque o mau humor? – questionou sorridente. – Está um dia lindo lá fora...
- Eu achei que estivesse chovendo. – comentou Hermione.
- Está. - confirmou Giny.
- Vamos sorrir e aproveitar o nosso tempo com bons pensamentos... – continuou Luna incansável.
- Ela está de bom humor... Porque você está de bom humor? – perguntou Rony, como se a amiga o houvesse ofendido pessoalmente.
- Eu assisti um caso de triplo homicídio hoje... Depois eu fiz sexo. – acrescentou com um sorriso. – Então... Eu estou de bom humor!
- Uau! Nossa, isso é ótimo! Muito bom! – comentou Giny com azedume. – Você ouviu isso? Ela acabou de transar... – curvando-se sobre o irmão que se mantinha entre ela e Malfoy. – No horário de almoço!! Quinze minutos!! Viu?? Quinze!! – e apontando o relógio no seu pulso, esfregou-o na cara dele, que recuou demonstrando indiferença.
- Eu estou sentindo uma animosidade na sua voz...
- Sério? – Harry observou a ruiva enquanto ela voltava os olhos para o lado oposto à conversa. E voltando-se de esguelha para Hermione murmurou:
- Você não vai falar comigo?
- Não.
- Você não vai dizer nada...
- Não.
- Eu me abri pra você ontem. Você não compreendeu o que eu disse? – interrogou Harry extremamente desapontado com comportamento dela.
- Compreendi.
- E?
- Eu já disse... Não é suficiente. – rebateu Hermione sem voltar-se para ele.
- Isso não é justo. – resmungou ele, e para seu azar, Hermione ouviu, parando no corredor, e impedindo a passagem do grupo, ela voltou-se contra ele:
- Você quer falar sobre o que não é justo? Eu te digo o que não é justo: você, esperar meses para me dizer, que tinha uma esposa...
- Noiva.
- Que seja!! E eu tendo que descobrir, com ela chegando aqui e me jogando isso na cara!! Isso não é justo! E quando você fez isso, você abriu um rombo, bem grande! Tudo que você diz, vaza, vai embora!! Não existe suficiente!! – e dando as costas ao grupo continuou andando.
- Ela podia ter escolhido uma metáfora melhor que essa... – comentou Luna observando a amiga se afastar.
- Você está atrasado. – comentou Hermione ao ver o amigo se aproximar com um pacote marrom nas mãos.
- Mas...! Eu trouxe sanduíche de frango. – rebateu Rony entregando o pacote nas mãos dela que pegou sem pensar duas vezes. Ela deu um pequeno sorriso:
- Você é meu herói. – e abrindo o pacote, Hermione voltou-se para a sacada novamente.
- Você tem certeza que não quer descer? Todo mundo foi para o bar... – Hermione fitou o amigo por um momento antes que respondesse com um aceno no ar:
- Nah... – desdenhou. - Tenho sim. – claro que ela tinha...
A idéia de ir para o mesmo local que todos os outros não lhe parecia nada, nada tentadora... A noite já ia longa e aquela era a única brecha na qual conseguira encaixar um lanche... Não podia deixar de se sentir agradecida pela consideração do amigo em acompanhá-la até ali, mas suspeitava que não houvesse muito que ele pudesse fazer para mudar seu humor que atingira um tom negro já alguns dias atrás...
- Você está bonita hoje. – comentou Rony com um ar despretensioso. Hermione apoiou-se na sacada, e ainda observando os prédios ao longe respondeu:
- Eu estou usando meu gloss novo. – disse a guisa de explicação. Ele sorriu. E então continuou num tom monótono. – Porque a noiva do meu ex-namorado é tipo... “Uau!” E eu sou tipo... Eu.
- Você pode ser “Uau!”...
- Certo.
- Você tem o gloss novo... – Hermione sorriu, apesar de este acabar se transformando num esgar:
- Eu a trato como vilã, quando na realidade ela é que é a vítima aqui... Quão patético é isso? – Presumindo que aquela fosse uma pergunta retórica, Rony se absteve de qualquer comentário, deixou que ela continuasse. – Eu sou a ex-amante suja e vagabunda Rony! – confirmou com um tom de quem assimilava completamente a situação.
- Você não é... É só qu... – Rony parou. De algum modo, a situação parecia extremamente clara para ele, talvez por estar de fora... E por mais que soubesse estar certo, não tinha certeza se seria melhor expor aquilo para a amiga...
- O que? – instigou a mulher agora o fitando. – Rony respirou fundo antes que respondesse:
- Eu atendi a família de uma criança ontem... Ela pulou da janela do quarto, porque acreditava que um anjo que tinha visto a iria salvar... – Hermione continuou observando-o.
- E...?
- Ela fraturou um dos braços e está no St. Mungus agora... – respondeu Rony simplesmente. – Estava escuro. Acabou que o anjo era um dementador...
- Você não é muito bom com metáforas Rony.
- Eu acho que você tem um gosto terrível para homens. – ela ergueu as sobrancelhas surpresa, e ele prosseguiu. – Eu acho que você tende a ir em busca de pessoas que vão acabar te magoando, por que... Porque de algum modo, você acha que não merece mais que isso. – ele parou por um momento, talvez a estivesse ofendendo, mas, apesar de tomada pelas palavras ela prestava atenção no que ele dizia:
- E a única razão por você ter se envolvido com Harry, é porque com ou sem noiva... No fundo você já sabia que não iria dar certo... – houve um momento de silêncio, até que ela disse com um ar sério.
- Você era melhor com metáforas. – apesar de não demonstrar irritação alguma. Rony sorriu levemente.
- Tudo que eu estou dizendo é que... Você fica esperando por algum anjo, que venha te salvar cada vez que você pula... Quando na realidade você tem que salvar a si mesma...
- Você quer dizer que os anjos não virão...?
- Não... Os anjos não vão vir...
- Não fale comigo. – ele sorriu. Giny sentiu o sangue ferver ainda mais enquanto caminhava em direção à recepção. – Não ria. Eu não estou brincando Malfoy!
- Você está mesmo tão irritada assim só porque eu não te beijei?
- Cala a boca! – ordenou Giny parando e apontando o dedo na cara de Draco, que recuou alguns passos. – Eu não acredito nisso! – exclamou exasperada. – Eu tive uma noite de folga em três meses, e desperdicei com você! Pra quê? Pra nada! Nada!
- Ouça...
- Não! Ouça você: isso aqui, acabou! Chega, já era, esquece! Esquece!
- Você a levou pra sair e não fez o trabalho completo? Sério...? – Draco voltou-se para Harry que havia parado de preencher um relatório e observava a cena. Draco voltou-se irritado:
- Talvez eu devesse pedi-la em casamento então...
- Ta, entendi. – cortou ofendido. Harry observou enquanto a porta do elevador se abria e Draco entrava. E então, Hermione saiu seguida de perto por Allison.
Harry ergueu-se num salto e caminhou em direção à mulher que parou no hall observando enquanto Hermione se afastava com pressa. E então, voltando-se para o elevador novamente, soltou um leve grunhido ao perceber que o mesmo já se fora:
- Você estava falando com Hermione? – Allison virou-se:
- Harry. Oi pra você também.
- O que você disse a ela?
- Existem dois lados para toda história Harry...
- Não fale com ela.
- Eu só disse a verdade.
- Que verdade?
- As pessoas fazem coisas desesperadas para ter atenção... – comentou Allison apertando o botão do elevador novamente.
- Foi isso que você disse? – desdenhou Harry. – Isso não funcionou comigo, não vai funcionar com ela também... Acredite.
- Ah sim... Claro. – e então, respirando fundo, ela acrescentou. – Se você quer que eu vá então diga, que eu vou.
- Eu quero que você vá. – Allison observou Harry por um momento. Foi realmente para aquilo que ela veio de Nova York?
- Sabe, houve um momento que você me considerou uma amiga...
- Houve um momento em que eu te considerei a mulher da minha vida. – corrigiu ele. – Obviamente eu estava errado. – disparou em seguida.
- Harry... Você não considera que mesmo sendo Satã... Ou cria do Diabo... Eu ainda possa ser a mulher da sua vida? Pense nisso...
Allison entrou no elevador e a porta se fechou. E mesmo que quisesse Harry não podia mais revidar.
- Hum, hum. – Miranda moveu-se com um aceno, como se afastasse um mosquito de seu pescoço. Ele cercou o balcão e parou novamente, obviamente em busca de atenção.
- O que? – questionou ao observar o homem apoiado no balcão à sua frente.
- Você tem um minuto? – perguntou Robert com um ar intrigado. Miranda respirou fundo:
- Se eu disser que não...?
- Quem é McSonho? – Miranda parou de escrever e ergueu os olhos, observando enquanto Harry e Allison discutiam junto ao elevador:
- Eu.
- O que?
- Eu sou McSonho... Eu ando por aí, com o cabelo assanhado e aproveitando as dificuldades de namorar mulheres bonitas. – Robert observou a mulher, séria, que o fitou de volta por um momento. – Eu pareço ter tempo para isso?!
E com um movimento brusco, apanhou a varinha do balcão, e fechou o arquivo que tinha nas mãos caminhando em direção à sua sala. Robert observou a mulher ir embora, e então se voltou para o local que ela observava. Potter estava lá. Adiantando os passos alcançou a mulher, indignado:
- O qu...? Ele? Sério?
- Alguns de nós realmente temos que trabalhar Arnolds... – cortou com impaciência.
- Mas... Ele é um estagiário! Sério? – insistiu seguindo a colega pelo corredor. – Ele nem é tão alto... O que houve com a cadeia alimentar?
- Oi Miranda! – cumprimentou Webber assim que passou pelos dois. – Robert.
- Richard. – rebateu a mulher a guisa de cumprimento.
- Espere... Ele te chama pelo seu primeiro nome e eu não?
- Eu gosto dele.
- E você não gosta de mim?
- Não. – e entrando na sala fechou a porta atrás de si. Robert virou-se em tempo de ver um borrão de cabelos longos e loiros passarem por ele.
Luna parou ao sentir uma mão segurar-lhe o braço:
- Hei! O qu...? Ah... – acrescentou ao reconhecer o homem.
- Eu estava te procurando...
- Bom você me achou! – respondeu despretensiosa. E fazendo menção em continuar andando, ela parou ao ser impedida novamente:
- Espere. Te algo que eu quero perguntar...
- Ok...
- Eu chequei os seus turnos hoje. Você vai sair mais cedo, e... Eu também, então... – Luna observou-o por um momento:
- Nenhuma dessas foram perguntas. – Robert piscou.
- Vamos sair hoje...
- Oh! Tipo, um encontro?
- Isso.
- Ah... Er, bom... – hesitou ela. - Eu, hãn... Ok.
- Certo. Eu tenho mais alguns casos ainda, mas...
- É eu também... Mas agente se vê mais tarde. – disse ela afastando-se com pressa.
- Eu... Ok.
- Ai meu Merlim! – exclamou Luna em frente ao espelho, três horas depois.
- Calma... – tentou Giny.
- Isso é um erro...
- Eu acho que você está bem... – opinou Hermione sentando-se no banco e observando a amiga vestir-se no vestiário. Ela parecia nervosa...
- Eu achei que você não curtia encontros... – comentou Rony.
- Eu não curto!
- Então porque você está fazendo isso de novo?
- Porque ela gosta dele. – cutucou Giny. Luna soltou-lhe um ar zangado.
- Eu estou bem. Eu sou boa, boa! Eu fico bem de uniforme, de pijamas... De qualquer coisa. – concluiu ela olhando-se no espelho, pronta. – Isso é ridículo, ele já me viu nua um monte de vezes...
- Imagens... Péssimas imagens na minha mente... – murmurou Rony.
- Vocês vão pro Joe’s? – perguntou Giny.
- Claro, eu preciso beber alguma coisa... – respondeu Hermione com um ar sombrio.
- Eu chamo Harry? – Hermione ergueu os olhos e fitou o amigo, incrédula.
- Você está chateado comigo ou algo do tipo?
- Foi mal...
- Vamos. – chamou Giny.
- Já? – questionou Luna.
- Álcool, Luna. – advertiu Hermione com ar de necessitada.
- Vamos... – concordou Rony. Hermione apanhou a bolsa e seguiu os dois em direção ao bar.
Joe fitou o trio sentado no bar enquanto servia uma dose de vodka para Giny:
- Vocês não parecem bem...
- Eu tive um péssimo dia, já que você perguntou... – justificou-se ela. O olhar do barman recaiu-se sobre Hermione que virou a sua dose e pediu outra:
- Oh, eu tenho uma vida péssima.
- E você?
- Ah, eu estou bem. – respondeu Rony.
- Onde estão os outros três? – Giny soltou um muxoxo, e Hermione revirou os olhos. Joe fitou Rony em busca de uma explicação, ele acenou negativamente... Talvez fosse melhor não tocar no assunto... Mas Joe pareceu inclinado a perguntar, quando as portas do bar abriram-se desviando sua atenção.
Draco correu os olhos pelo bar identificando rapidamente os cabelos longos e vermelhos da mulher. Sem hesitação alguma, ele caminhou até o bar e num movimento rápido, aproximou-se dela, que fez menção em virar-se, entretanto, ele foi mais rápido.
Giny chegou a ver um borrão ao sentir uma mão forte segurar-lhe o pescoço. E então, os lábios dele grudaram-se nos seus. Forte, intensamente, de um modo que ela não sentia a muito, muito tempo... Fechando os olhos, sentiu sua respiração falhar e sua mente tontear por alguns segundos, então uma noção mínima e distante do que estava ocorrendo lhe ocorresse... Uma segunda mão segurou-a pela cintura a aproximando mais um pouco, até que, alguns momentos depois, os dois separaram-se.
Giny abriu os olhos e fitou Draco, incrédula. Ele ao contrário, sorria, e após fita-la por alguns segundos, foi embora. Ela manteve-se parada pelo que pareceu lhe ser um bom tempo, até que voltasse a si e situasse seu corpo e mente mais uma vez.
Ambos, Hermione com um meio sorriso e Rony, absolutamente indignado fitavam-na em silêncio. Um corar violento subiu até suas faces quando ela murmurou com um sorriso:
- Sério...
”At the end of the day, faith is a funny thing. It turns up when you don’t really expect it. It’s like one day you realize that the fairy tale is slightly different than your dream. The castle, well it may not be a castle. And it’s not so important that it’s happily ever after – just that it’s happy right now. See, once in a while, once in a blue moon, people will surprise you. And once in a while, people may even take your breath away.”
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