Tropeços Leves




Vê-la chorando era terrível, mas o pior era não saber como consolá-la.
- Eu só mostrei essa cena para você porque acho que não suportaria seus olhares de desconfiança por muito tempo – disse Snape, sério.
Mas Hermione pareceu não ouvir; ainda chorava muito, lágrimas grossas e pesadas, que insistiam em cair. Ela até soluçava. Snape, ainda indeciso, cruzou o espaço entre eles e abraçou-a.
- Pare de chorar, Hermione – ele disse, abraçando-a com força.
Ela aceitou o abraço e encostou a cabeça no ombro dele. O sobretudo dele ia ficar molhado ali, mas ele não se importava.
- Sei que isso não muda nada, mas...
- Muda sim – retrucou a jovem, enxugando as lágrimas, mas ainda sem se soltar dele. – Me desculpe por ainda ter desconfiado de você, Sevie, é que... Bom, eu...
- Está bem; o que você está pensando pode ser guardado para você, se você quiser – interrompeu Snape. – Vamos, vamos voltar logo ao trabalho.
Hermione assentiu. Enxugou os vestígios de lágrimas e sentou-se à bancada, tentando buscar concentração. Mas não conseguia. As imagens vinham à sua mente.
- Ah, me desculpe, Severo, eu... não consigo pensar em poções agora...
- Tudo bem – ele disse. – Você está livre de mim hoje; pode ir fazer o que você quiser. Quem sabe andar pelo jardim? Faria bem respirar um pouco e pensar...
Hermione olhou-o.
- Mas você vai ficar sozinho? Aqui? Nessa masmorra fria?
- Ah, Hermione, vivi muito tempo sozinho nessa masmorra fria – retrucou Snape, sério. – Pode ir. Eu termino o que estamos fazendo. Só não se esqueça de que terá que vir jantar comigo amanhã.
Hermione assentiu e levantou-se. Em vez de ir para a porta, ela foi para ele. Ele estava sentado, mas ela não deixou que ele se levantasse; apenas se sentou no colo dele e beijou-o. Ele retribuiu e abraçou-a com força pela cintura.
Quando se desvencilharam, ele disse:
- Ah, que bom que você sabe se despedir. Agora faça o que eu disse.
Hermione se levantou e saiu do lugar. Snape ficou calado, olhando para a porta. Por que a amava tanto?
A jovem mal saíra e andava pelos corredores, quando encontrou Harry e Rony, quase no segundo andar.
- Aha! Voltaram! – ela exclamou, abrindo os braços para abraçá-los.
Mas nenhum deles foi ao seu encontro.
- Mione, destruímos todos os horcruxes... – murmurou Rony.
- Mas por que essa preocupação? – ela perguntou, aproximando-se.
- Porque Voldemort está livre e matou muitos no oeste da Inglaterra – disse Harry. – Porque nós fizemos uma investida no Ministério e os aurores mataram vários comensais... Mas Snape não estava lá! Porque Lúcio Malfoy escapou! Porque Bellatrix Lestrange escapou!
Hermione sorriu:
- É tudo questão de tempo, então, não? Meus amigos, vocês me parecem tão preocupados e conseguiram tanto! Lamento só não poder ajudar em nada!
- Se localizasse pelo menos o maldito do Snape já tava ótimo – murmurou Rony, entre dentes.
- É, acho que vou pesquisar onde ele pode estar... – concordou Hermione, muito falsamente, maldizendo-se por mentir aos amigos. – O Snape é meio imprevisível, mas dá pra arranjar um padrão.
- Você pode dar outra festa – murmurou Harry. – Faríamos uma armadilha e...
- NÃO! – esbravejou Hermione, quase ofendida. – Aurores e comensais batalhando em Hogwarts? Você só pode estar louco!
- Calma, Mione, foi só uma idéia! – exclamou Harry. – Eu não queria te ofender! A gente tem que se unir. Hoje à noite, quem sabe...
- Não – respondeu Hermione prontamente. – Vou dar um jeito de entrar no antigo quarto do Snape. Quem sabe eu consiga alguma coisa e...
- Vamos com você! – exclamou Rony.
Hermione olhou-o com uma quase piedade.
- Rony, Harry, vocês têm que descansar. Além disso, vocês me desconcentram! Acham que vai ser fácil entrar no quarto do Snape? Se ele tiver deixado alguma coisa importante, acham que vai ser fácil? Eu vou sozinha. E não quero que venham atrás de mim.
- Você tá estranha, Mione – disse Rony, olhando para a amiga.
Ih, merda, to com cara de culpada?, ela pensou.
- Que é isso, Ronald? – perguntou ela. – Até parece! Diferente em que?
- Não sei... – murmurou Rony. – Tá só... diferente.
- Ahn, você está vendo coisas... – disse Hermione com um sorriso divertido. – Está bem, que querem fazer agora?
- Você não está estudando pros seus NIEMs? – perguntou Rony.
- Não – disse Hermione. – Acho que vou acabar ficando louca se eu estudar umas 20 horas por dia... Que vocês vão fazer agora?
- Temos que ir falar com o professor Dumbledore sobre... uns negócios da Ordem – disse Harry.
Ela fechou a cara.
- Está bem; não precisam me dizer.
- Eu gostaria de dizer, mas não podemos – disse Harry.
- Ah, tudo bem, tudo bem – ela disse, transtornada. – Estou sendo injusta; não precisam me contar...
O Sevie conta depois. Ela disse que ia andar e foi. Andava pelo jardim e pensou se Snape não gostaria de fazer o mesmo. Tanto tempo preso... Mesmo como comensal ele não podia andar por aí; havia aurores fiéis em todo lugar, disfarçados de pessoas comuns, de bruxos comuns.
- Hermione!
A voz não era nem de Harry nem de Rony. Ela parou e olhou para trás. Mais essa! Era Eric Oxford, o sonserino.
Ele a alcançou.
- Por onde você tem andado? – ele perguntou. – Parece que está me evitando... Não te vi nos horários das refeições; nem mesmo nos corredores! Sei que é domingo, a gente não se encontraria normalmente...
Hermione olhou em volta. Nunca tinha ido para aqueles lados, mas já os tinha visto. Era para onde davam as janelas do escritório e do quarto de Snape. Se ele visse Eric tentar alguma coisa, mesmo que sem maldade, o jovem sonserino estaria morto.
- Te evitando? – ela perguntou. – Não... Não... Na verdade... Andei estudando mais que devia, eu tenho um refúgio secreto, pra ninguém me achar... Ando muito preocupada com os NIEMs...
- Seria um refúgio nas masmorras? Sempre antes de desaparecer, você é vista pela última vez lá...
Putz, como sou indiscreta! , ela pensou, culpando-se e imaginando se alguém descobriria alguma coisa.
- Você está tremendo, Hermione – disse Eric, aproximando-se. – Está com frio? O dia não está ruim... será que você não está doente?
Ela se afastou, forçando um sorriso.
- Devo... devo estar... Vou falar com madame Pomfrey.
- Eu te acompanho.
- Ahn... não, não precisa – disse Hermione esquivando-se.
- Hermione, tem certeza de que está tudo bem? Por que está me evitando? Já não chega aquele bolo que você me deu anteontem...
- Eu não tava bem, Oxford...
- Oxford? Você se esqueceu daquele beijo nas masmorras...?
- Ahn... não, não, claro que não...
O Sevie com certeza não esqueceu.
- Olha, eu... é que...
Eric aproximou-se.
- Eu gosto muito de você, Hermione. Sabe, um dos principais motivos de eu odiar o Snape é que ele sempre te humilhava nas aulas... e o Malfoy... Outro idiota. Essa história de sangue-puro não importa. Você é linda. Acho que gosto de você desde o quarto ano.
Caramba, cara, você tá querendo morrer? To sentindo o olhar do Sevie aqui...
- Olha, Eric, você é muito fofo, muito simpático, muito legal, é um amor, mas...
- Mas o que?
- Eu... eu gosto de outro, sabe – disse Hermione, sabendo que não mentia. – Eu estou apaixonada por outro e... e você, apesar de ser uma boa pessoa, nunca será para mim o que ele é, entende?
Eric fez uma cara de dúvida.
- Quem é ele, Hermione? Ele não deve te merecer, porque nunca te vejo acompanhada. Se ele não te dá o mesmo valor...
- Olha, Oxford, isso não importa, porque eu decido quem me merece e quem não. Você vai conseguir alguém mais legal que eu... e mais... bonita, com certeza, tem muitas por aí... Eu só... não posso trair alguém que eu amo tanto...
- Trair? Então você tem um amor secreto?
- Ahn... bom... tenho. De certa forma.
- E por que ele não quer assumir que está com você?
- Não... não é isso. É que... ele não pode... ainda.
- Isso parece conversa pra te enganar – disse Eric, cruzando os braços.
- Por que você acha que eu sou uma idiota romântica, Oxford? Eu sei muito bem ver a diferença entre uma grande mentira e a verdade. Agora, pare de me cobrar satisfações!
- Calma, me desculpe... Eu só... estou um pouco decepcionado.
- Cara, tanta gente em Hogwarts e você decide escolher justo a mim! Não dá pra entender! Não dá!
- Posso pelo menos me despedir dos meus sonhos de me casar com você?
Casar?!
- Não sei se é uma boa idéia.
Ele aproximou-se; queria beijá-la, mas ela se afastou e disse:
- Não. Definitivamente não.
- Parece que você está com medo de alguma coisa.
- Sou grifinória, Oxford, não sinto medo. Só não pretendo magoar quem eu amo, você me entende?
- Ah, então ele está por aqui...
Eric olhou em volta, como que procurando seu possível concorrente. Mas havia muita gente no pátio àquela hora; era impossível saber. Além do mais, para conforto de Hermione, a janela não era visível para quem estava do lado de fora.
Ela olhou em volta e disse:
- Olha, Oxford, eu tenho que ir.
Ela afastou-se, e sentiu que era seguida com o olhar. Quando chegou aos corredores, ouviu passos. Ela puxou a varinha rápido e virou-se em direção aos passos.
- Oxford! – ela disse, em tom de raiva. – Quem você pensa que é para me seguir?
- Eu queria saber aonde você ia se encontrar com o desgraçado.
Hermione olhou-o com repúdio.
- Acredite, Oxford, você não quer saber.
Ela fez um feitiço não-verbal e ele ficou parado, como congelado no tempo.
- Sinto muito, mas ele vale à pena. A sua vida também vale. E, acredite, você não teria mais uma vida se ele descobrisse que você anda me seguindo. Ele é sonserino.
A jovem apressou-se em voltar às masmorras. Não queria mais ficar por ali, à vista. Fez questão de voltar à sala para ficar com Snape. Se ela não estava bem com o que tinha visto, ele também não devia estar bem em ter relembrado aquilo.
Ela chegou ao local onde ele sempre a puxava para dentro, mas nada aconteceu. Ela olhou para a parede, em dúvida. Fechou os olhos e mentalizou um feitiço. Ela viu uma porta aparecer e entrou lá. Quando ela fechou a porta pelo lado de dentro, a imagem da porta se desfez. Snape não estava no laboratório.
Havia caldeirões limpos e poções guardadas recentemente. Ela nem se dera conta de que já era quase hora do jantar.
Ela subiu para o quarto e bateu à porta. Não tinha certeza de que podia entrar sem autorização. Mas não veio resposta. Ela entreabriu a porta e olhou para dentro. Ouviu um barulho de chuveiro. Então ela olhou em volta. Sentou-se na cama dele.
Quando Snape saiu do banho e viu-a ali, ele sorriu. Ela nunca o vira sorrir assim, só ao vê-la.
- Que bom que você voltou. Achei que fosse se esquecer de mim.
- E por que eu me esqueceria de você?
- Porque havia alguém mais jovem e mais confiável te cercando – respondeu ele. – Alguém que não matou seus pais e que nunca matou ninguém. Alguém que...
- Alguém que eu não amo, alguém que tem cara e jeito de criança, alguém que está acostumado a ter tudo o que quer.
- Você disse mesmo a verdade? Sobre... sobre... – ele hesitou. – Sobre amar outro?
Hermione sorriu.
- Claro que disse.
- Quem pode amar um assassino?
- Eu posso. Porque esse assassino não é tão cruel quanto gosta de parecer.
Ela não se levantou. Ficou olhando-o com um ar risonho. Ele não havia se trocado no banheiro; estava só de roupão. As vestes habituais dele estavam em cima da cama.
- O jantar ainda não foi servido – ele disse. – Deve faltar uma meia hora...
- Não sei não... Você anda ouvindo conversas atrás da porta... – ela disse. – Acho que vai ficar de castigo.
Snape fez uma cara que ela achou muito engraçada. Era meio um misto de decepção e algo que ela não sabia o que era. Ela riu; o Snape que ela conhecia não agiria assim.
Ele percebeu e andou até ela.
- Levante-se, Sabe-Tudo.
Hermione, com um meio-sorriso, levantou-se e olhou para ele, esperando.
- Acho que vou deixar você de detenção por desrespeitar um professor... E, quem sabe, tirar alguns pontos da Grifinória...
- Ah... – ela murmurou. – E o que eu tenho que fazer na detenção?
- Vou pensar em algo apropriado – ele disse.
E beijou-a, abraçou-a com força, aproximou-a bastante de si.
- Te amo – ele sussurrou no ouvido dela.
Era tão estranho imaginar Snape dizendo aquilo, que Hermione não tinha como responder. Ele a beijou outra vez. Ela era linda. Ela era inebriante. Ele desceu a boca pelo pescoço dela e pelo colo; Hermione abraçou-o e sussurrou:
- Eu te amo também – era a primeira vez que ela lhe dizia aquilo com todas as letras.
Snape pegou-a no colo e levou-a para a cama. Ela tirou sua camiseta e abriu sua jeans; Snape apenas mirou o movimento dela. Ele só vestia seu roupão mesmo. Ela estava sentada na cama e Snape estava ao lado dela; beijaram-se, enquanto ela ia se deitando e puxando-o consigo, para fazê-lo se deitar por cima dela.

O jantar estava sendo servido e o casal mais improvável de Hogwarts jantava. Snape contava a ela qualquer coisa sobre uma vez em que dava aula para um segundo ano da Lufa-Lufa e um garoto quase explodiu a sala, e ela apenas ria.
Bateram à porta. Snape suspirou e olhou em volta, a fim de ver se havia algum sinal de que alguém fizera amor ali, mas não havia nada. Hermione já arrumara tudo.
Então ele abriu a porta. Era Dumbledore, acompanhado de Harry e Rony, que estavam incrédulos. Num primeiro momento, Snape ficou sem reação, mas depois tratou de pôr sua máscara fria outra vez.
Ele abriu caminho para os três entrarem; Hermione olhou-os curiosa.
- Ah! Até você compactua com essa loucura, Mione! – exclamou Rony, pasmo.
- Por que exatamente trouxe esses dois para cá, Dumbledore? – perguntou Snape, voltando a se sentar à mesa.
- Achei que eles devessem saber – disse Dumbledore. – Afinal, temos pouco tempo para pôr nosso plano em prática.
- O Lorde das Trevas vai entrar na mente desses dois idiotas – ponderou Snape. – Ainda mais fácil na do Potter, já que eles são ligados.
- Severo, não fale assim dos meus amigos – sussurrou Hermione.
- Quando foi que o professor-Snape-narigudo-seboso virou Severo para você, Mione? – perguntou Rony, tendo um acesso visível de ciúmes.
- Pare de ser idiota, Ronald – disse Hermione, com um suspiro. – Estivemos trabalhando juntos ontem e hoje, e faz dois meses que ele tá passando informações pra Ordem. Vocês deviam ser menos céticos.
- Olha só quem tá falando de ceticismo! – esbravejou Rony.
- Acalme-se, sr. Weasley – disse Dumbledore, calmamente. – Já mostrei para vocês por quê...
- Aquilo não prova nada! – gritou Rony.
Harry apenas admirava a reação do amigo, que estava sendo pior do que a dele próprio.
- Eu vi lembranças dele na penseira, Ronald – disse Hermione calmamente. – Ele tá do nosso lado.
- Para um mestre em oclumência não deve ser difícil alterar lembranças – retrucou Rony.
Ela suspirou.
- Você está falando com a Sabe-Tudo da Grifinória, Ronald – retrucou Hermione, impaciente. – Você acha que eu não saberia quando uma lembrança foi adulterada?
- Você tá defendendo demais esse...
- Cala a boca, Ronald – disse Hermione, perdendo de vez a paciência. – Você tá é morrendo de ciúmes porque a sua importância de melhor amigo de Harry Potter foi diminuída quando soubemos que o espião da Ordem ainda está do nosso lado.
Um silêncio pesado de fez. Hermione nunca falara daquele jeito antes; ela não queria ter falado assim, não queria ter feito mal a seu amigo, mas perdera a paciência. O silêncio continuou, até que Dumbledore disse:
- Certo, isso não pode ficar assim. Se vocês vão se comportar como crianças, podemos fazer vocês se esquecerem que estiveram aqui e vocês podem voltar a fazer nada, porque é o que farão, agora que todos os horcruxes estão destruídos e só falta Voldemort morrer.
Snape fez uma careta.
- Não fale o nome dele. Para vocês é só um nome, mas não para um comensal – ele disse. – Para todos os efeitos, é isso que eu sou. Um comensal da morte.
- Para todos os efeitos? Você tentou matar o Dumbledore... – disse Harry, um pouco irritado.
Snape suspirou.
- Eles saberem é mesmo importante, diretor? – perguntou Snape.
Dumbledore fez que sim com a cabeça.
- Bom, vamos lá – disse Snape. – Se eu não matasse Dumbledore, eu morreria. Não, não é egoísmo nem medo da morte; faz algum tempo que tenho desejado morrer. O problema é que a Ordem não podia ficar sem as informações que eu trazia e...
- E podia ficar sem Dumbledore? – esbravejou Harry.
- Olha, Potter, a Ordem não ficaria sem Dumbledore. Os poderes dele eram dispensáveis; há mais gente na Ordem que podia destruir horcruxes, tanto é que você e seu amigo fizeram isso. Mas as idéias e a inteligência do diretor ficariam; ele seria um quadro na diretoria se morresse. Claro que é melhor que ele não tenha morrido, mas entre perder um espião e os poderes de Dumbledore, achei mais prudente perder os poderes de Dumbledore. Estava certo? Não sei, mas o fato é que temos um plano porque estou vivo.
- Você se dá importância demais – murmurou Rony.
- Nada mais justo – interveio Hermione. – Agora, se não se importam, estávamos jantando muito bem antes dos seus acessos de raiva por saberem que Severo recebeu mais um voto de confiança.
- Você tá expulsando a gente, Mione? – perguntou Harry.
- Claro que não; eu não posso fazer isso. O quarto não é meu – disse Hermione sacudindo os ombros.
Snape entendeu o recado nas entrelinhas e disse:
- Diretor, estou cansado para discutir com esses dois cabeças-ocas hoje. Quem sabe amanhã? Trabalhei duro o dia inteiro, acho que tenho o direito de descansar um pouco.
- Sim, sim – disse Dumbledore. – Desculpe interromper o seu jantar. Amanhã, depois do período de aulas, eles podem vir aqui e conversar com você.
Snape assentiu e Dumbledore disse:
- Vamos, vamos. Vocês dois, temos umas coisas para conversar.
Quando os três foram embora, Snape bateu a porta e trancou-a. Hermione teve um sobressalto para trás e ficou calada, observando-o. Sabia que era perigoso deixá-lo irritado.
- Esses dois me enojam – disse ele, muito irritado. – Uns merdas de uns grifinórios que não sabem nada sobre assunto nenhum julgam que podem exercer um julgamento melhor que o de Dumbledore!
- Calma, Sevie, eu...
- Calma? Você sabe o que é suportar dois pirralhos vindo me dar lição de moral, sendo que nenhum dos dois sabe nada? – ele socou a mesa e jogou longe alguns livros.
Hermione levantou-se correndo e encostou-se na parede, afastando-se dele tanto quanto podia. Ele viu que a estava assustando e parou. A respiração estava acelerada, mas ele a olhou e logo pediu desculpas.
- Eu... não devo descontar a minha raiva em quem está ao meu lado... Desculpe-me, Hermione, eu não queria assustá-la.
- Parece que você não me reconhece quando está assim – ela murmurou. – O Harry e o Rony são cegos. Eles não têm como enxergar você, assim, como eu enxergo. Venha cá. Deixe-me lembrar você que você pode ficar comigo. Que comigo você sempre terá para onde correr...
Snape meio que sorriu. Uma vez ouvira uma frase interessante. “Há duas maneiras de se destruir a vida de um homem. Primeira: ponha uma mulher na vida dele. Segunda: tire essa mesma mulher da vida dele.”
Ele aproximou-se dela; ela lhe sorria.
- Sevie... – ela suspirou e fechou os olhos.
Snape imprensou-a na parede e beijou-a carinhosamente. Suas mãos desceram pelo corpo dela e abriram a calça da jovem. Ela não permitiu; afastou a mão dele do fecho de sua calça e beijou-o.
- Que pressa! – exclamou ela, sussurrando no ouvido dele. Ela começou a beijar o pescoço dele, ouvindo-o gemer baixo e sussurrou: - Será que você acha que eu vou fugir?
- Tenho medo de acordar desse sonho – respondeu ele com a voz embargada.
- Sonho? – ela puxou-o para si, olhando-o nos olhos. – Pareço um sonho pra você?
Ela abriu a camisa dele rápido como não se podia prever e começou a beijar o tórax dele, mas ele parou-a e voltou a imprensá-la na parede.
- Hermione... Hermione... – começou ele, tentando falar, tentando controlar a respiração. – Não consigo... não consigo pensar... não quero perder você... nunca.
Hermione olhou-o, enquanto ele a olhava com desejo e com... amor.
- Você não vai me perder, Severo – ela sussurrou, e gemeu alto quando ele apertou o corpo contra o dela.
Os lábios finos dele desceram pelo colo dela e pelos seios. Parecia que ele não se cansava. Para um homem que se dizia tão velho, como era o caso dele, ele tinha energia até demais. Ela acariciava as costas dele descompromissadamente. Ambas as respirações aceleradas.
- Severo... ah... eu...
- Shh! – sussurrou ele com a voz completamente alterada. – Não fale...
Ele levantou um das pernas dela e aproximou-a ainda mais de si, ainda imprensando-a na parede. Ela prendeu as duas pernas na altura dos quadris dele, fazendo com que seus corpos de aproximassem mais, enquanto beijava o pescoço dele e ele a levava de volta para a cama.
Enquanto havia felicidade e paz dentro daquele quarto, do lado de fora muitas coisas aconteciam...




UH UH!!!!

MINHAS LEITORAS LINDASSSSSSSSSSSSS

GOSTARAM DO CAP???

ESPERO Q SIM, PQ VCS VÃO SOFRER NO PRÓXIMO!!!!

HAHAHUAHAUHAUA

ISSO É UM AVISO AMIGO DA MINHA PARTE!!!!!

BJOKASSSSSSSSSSSSSSSSSS

ANNINHA SNAPE

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