Capítulo XIII
N/A: Não acho q vcs irão se desesperaaaaar no final desse cap... mas, ainda vai acontecer muita coisa ruim... como eu disse, não é um conto de fadas...
Agradecimentos aos comntários, valeu de coração p/ todo mundo q faz aqueles comentzinhos maravilhosos ;)
Chega d conversa... vamos ao cap...
Capítulo XIII – Londres
“E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
(Fernando Pessoa)”
Hermione retornou ao Profeta Diário na segunda, a neve já tinha começado a cair. Havia recebido a bolada de dinheiro prometida, mas agora não tinha mais lua-de-mel no Havaí, o que a deixou de alguma forma incomodada. Os dias estavam se arrastando e a tristeza foi vencendo. “Harry vai demorar. Só Merlin sabe o que a Jen está aprontando por lá e só pra completar Jimmy se deu mal”.
Dizer que Jimmy se deu mal era eufemismo. Tinha um pouco de comédia na história de um cara que é friamente enganado e roubado pela amante, que também é amante de seu funcionário, e que no final das contas, vai procurar compreensão conversando com sua ex-noiva, a traída, que no final dos finais é absurdamente compreensiva. “Onde eu tava com a cabeça? Sinceramente, acho que deveria mesmo ter tocado fogo.”
- MIIIIIII!
- Oi, Meg.
- Vamos sair hoje às cinco?
- Pra você me dar bolo? Eu sei que você está furiosa comigo?! E eu conheço seus planos, me deixar plantada a tarde inteira pode ser bem interessante a seus olhos.
- Claro que eu não vou te deixar Mi! É que tem aquela loja que eu amo e minha filha disse que PRECISA daquela bolsa da vitrine, concluindo, eu tenho uma filha de onze anos a um passo do consumo exagerado, mas não a culpo, não tem nada mais interessante pra se fazer num sábado à tarde.
- Tá bom, to precisando mesmo sair, passei a semana mais longa da minha vida...
- Querida, até mês que vem, seus dias serão anos, vai por mim, ou você pode fazer o óbvio...
- Meg e seus óbvios!
- Seria preciso soletrar? Por que você não desliga esse telefone e... peraí, NÃO DESLIGA O TELEFONE, eu desligo. Pois é, quando EU desligar o telefone, você aparata e vai fazer uma pequena visita para um bruxo do mês ali. Qual é, desaprendeu foi? Se você agora vai visitar o tal do Robert por que não visita o Harry também?
- É Rony, Meg, e não Robert... – corrigiu Mione - Sei lá, ele vai achar que eu tô dando mole e eu tenho vergonha sabe, eu nem sei que tipo de relacionamento a gente desenvolveu, o que somos afinal?
Bip bip bip
******************
Meia hora depois estavam tomando chocolate-quente. Conversavam enquanto a filha de Meg não desgrudava os olhos das vitrines.
- Enamorados, quase namorados, prestes a noivar. – falou Meg rapidamente.
- O quê?
- É o que vocês são, você que pediu...
- É que de repente eu não sei lidar com isso – continuou – Com as mulheres, as... como é mesmo que a Jen fala... atiradinhas. Se a gente namorar, vai ser difícil, e se ele for infiel?
- Isso é uma possibilidade, homens fazem parte de uma escala querida. – Meg tirou um pequeno papel da bolsa - leia e nunca mais esqueça...
Escala Masculina (por Meg Johansson)
Homem inteligente = feio.
Homem bonito = inteligência limitada.
Homem bonito e inteligente = sem charme.
Homem bonito, inteligente e charmoso = chato.
Homem bonito, inteligente, charmoso, legal = sem dinheiro.
Homem bonito, inteligente, charmoso, legal e rico = gay.
Homem bonito, inteligente, charmoso, legal, rico e heterossexual = casado.
Homem bonito, inteligente, charmoso, legal, rico, heterossexual e solteiro = infiel.
Homem bonito, inteligente, charmoso, legal, rico, heterossexual, solteiro e fiel = Aí é pedir demais...
Hermione controlou o riso. Meg explanou a dúvida.
- Se o Harry é o penúltimo ou o último tipo... eu não sei...
Entreolharam-se tensas. E caíram na risada.
- Então, foi visitar o Robert?
- Rony. Sim, o pequeno Arthur está cada vez mais... ruivo. – falou rindo de si mesma.
Conversar com Meg sempre é o fim de metade de suas preocupações. Esta encarava algum ponto da avenida enquanto Hermione olhava atentamente para o chocolate, lembrou-se de certa terça-feira...
- Mi – chamou Meg, acordando-a de seus devaneios – seu chocolate esfriou a milênios e eu nunca vi pessoa pra comer mais devagar.
Hermione apressou-se.
- Alguém já disse que você parece um bebê tomando chocolate? - insistiu Meg.
Ela mordeu o lábio inferior. Fez que sim com a cabeça.
- Harry disse, mas era sorvete – sussurrou baixinho.
- Acho melhor ir ao banheiro antes que isso domine todo o seu rosto.
- Você nem exagera, né?
- Vai logo.
“Que insistência!”. Hermione foi ao banheiro cinco minutos depois estava de volta.
Nem sinal de Meg. Havia apenas um bilhete.
Já paguei a conta, me encontra na London Eye.
(N/A: London Eye é a maior roda gigante do mundo e fica à margem do Tamisa ;)
“Não é longe daqui. Só pode ser mais uma brincadeira sem graça da Meg”.
O sol já começava a se pôr quando ela chegou. Meg também não estava lá. Pôs-se a observar a margem do Tâmisa com certa tristeza. Podia ver o ar que expirava. Estava realmente muito frio.
- Pensei em tantas coisas pra dizer nesse momento...
Hermione ouviu uma voz atrás de si, muito próxima ao seu ouvido. Fechou os olhos com força, só podia estar sonhando... Estava ouvindo a voz de Harry.
- Então que tal afirmar que essa melancolia não combina em nada com você?
Abriu os olhos e virou-se rapidamente. Não estava sonhando, Harry estava na sua frente.
- Ou talvez pergunte: por que não foi me visitar?
Hermione estava paralisada, nunca ficou tão feliz ao ver uma pessoa. Ele sorriu.
- O tempo está frio, mas a sua recepção podia ser um pouco mais calorosa, sabia? Passei a semana tentando vir aqui. - Harry ergueu as sobrancelhas. – Tá bom já to indo embora...
- N-não...
Hermione pulou em seus braços. “Controle-se!”
- Talvez daqui a cinco minutos. – Harry retribuiu o abraço.
Ela desatou a falar.
- Como estão as coisas? Como você tá? E o Dobby? Gostou da entrevista que saiu essa edição? Tava com tanta saudade...
- Calma aí. Sim, to ótimo. O Dobby também. Quanto ao Semanário, recebi um exemplar, não saiu do jeito que eu queria. – fingiu decepção.
- Por quê?
- Você omitiu coisas demais, podia ter ficado mais real - sussurrou baixinho no ouvido de Hermione, parecia que sabia o quanto ela adorava.
- Eu seria linchada por suas fãs.
- Elas vão se acostumar...
- Como assim?
- Vem cá...
Harry pegou a mão de Hermione e puxou-a para uma das cabines de London Eye . Ele ficou em profundo silêncio por certo tempo. Encarou-a, Hermione achou ter visto seus olhos mais verdes que o normal, ou talvez brilhantes demais. Sentiu alguma coisa sendo colocada de modo rápido em seu pulso. Era uma pulseira com pequenos pingentes.
(N/A: essa cena (não exatamente assim, claro) eu vi num filme e gostei d+... sei lá...).
- Eu queria que você nunca esquecesse...
Hermione começou a observar os pingentes. Um era em forma de uma taça alongada. Outro eram duas pessoas dançando. O outro parecia um saco de pipocas. Uma rosa, um pequeno ‘H’ e um coração.
- Nosso primeiro jantar. – Harry começou a explicar. – E o primeiro tango. – sorriu piscando o olho – A pipoca que a gente nunca pediu. As rosas que eu te mandei. Nosso primeiro beijo e... – parou no último pingente – um coração...
Hermione não entendeu.
- Como assim?
Harry estava impaciente. Soltou uma risada e sua mão segurou de leve o rosto de Hermione.
- O meu... E eu agora estou dando pra você – puxou a mão dela de leve para seu peito. Hermione pode sentir as batidas, equilibradas como a respiração dele.
Hermione estava prestes a gritar, chorar, ou qualquer outra reação, mas se conteve.
- Vem comigo. – falou – Volta comigo. Não vou passar um mês longe de você, seria pedir demais.
Aquela Hermione que não comprava nem um bolo sem pensar duas vezes não teve a mínima dúvida de que iria com ele. Apenas sorriu, ele entendeu.
- Amanhã, haja o que houver, vou estar lá.
Aproximaram-se lentamente e beijaram-se. Ela encheu-se de felicidade ao sentir aquela mesma sensação, aquele carinho.
- Ei, vocês aí, terminou viu? – falou um homenzinho gorducho que os empurrou pra fora da cabine. Hermione saiu na frente.
Quando se virou Harry havia sumido.
*********************
- MEGGGG!!!! Te mato!!!! Te odeioooooo!!!! Te amooooooooo!!!!!!
- Hã?
- Eu sei que tem seu dedo no que aconteceu, mas foi perfeito.
- Do que está falando?
- Vou viajar amanhã, vou falar com o Sr. Douglas, faz anos que não tiro férias. – Hermione estava esganiçada.
- Finalmente alguém criou bom senso. Quando você volta?
- Nem sei se vou demorar, é só enquanto ele não se muda, pode ser até em duas semanas, só não agüento ficar mais longe dele.
- Você é louca Mi...
- Hahahaha, que felicidade ouvir isso de você.
- Não demora a voltar, ok? Manda lembranças a Jen... – riu Meg.
- Tem uma coisa me incomodando...
- O que é?
- Ele ainda não me pediu em namoro nem nada do tipo...
Meg suspirou.
- Seu inconformismo é eterno.
- Como assim?
bip bip bip
- VALEU!
******************
Quando viu uma mala pronta no dia seguinte, teve a breve noção da loucura que estava cometendo. Estava abandonando sua casa por mais umas semanas pra fazer companhia a Harry, sentiu-se apreensiva, mas um sentimento novo falou mais alto... o ciúme. Ainda precisava ir ao Profeta, então decidiu aparatar a tarde.
******************
Jen tocou de leve a campainha. Dobby atendeu.
- Harry está?
Dobby olhou-a enigmático.
- Sim, senhorita, no escritório. Quer que eu o chame?
- Não é necessário. Preciso falar com você – “Como é mesmo o nome desse feioso?! A sim!” – Dobby. – falou Jen, entrando.
- Sim, Srta. Jen.
Jen iniciou uma conversa amigável com o elfo.
- A que horas leva chá para Harry?
- Daqui a pouco, por quê? – indagou desconfiado.
- Deixa pra lá...
(N/A: aí tem coisa... :p)
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Dobby levou o chá a Harry e o serviu.
- Já pode ir Dobby.
- Senhor, Jen está aqui e quer vê-lo.
Harry revirou os olhos.
- Mande-a entrar.
Ele sabia que tinha de resolver essa situação o mais depressa possível. Jen precisava ouvir as verdades e Harry estava pronto até demais pra dizê-las. Verteu o chá e esperou-a entrar.
- Harry... – Jen sorriu estranhamente, mas não tão estranho quanto Harry estava começando a se sentir. Jen estava mais bonita que o normal. Subitamente sentiu-se incapaz de dizer o que era pra ser dito...
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Hermione aparatou na rua de Harry, o rapaz já lhe havia dito que não era possível aparatar em seus terrenos. Andou vagarosamente até o portão guardado por um homem, digo, armário, ou seria melhor dizer um homem maior que seu guarda-roupa. Ele sorriu e ajudou Hermione a carregar a mala. Ela tocou a campainha, Dobby foi atender.
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- Harry, eu queria pedir desculpas pelo outro dia – falava Jen em seu melhor tom.
Harry pensou que talvez Jen tivesse agido por impulso.
- Eu te perdôo.
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Hermione estava radiante em ver Dobby. Este estava pelo menos dez vezes pior.
- Srta. Granger, é-é t-tão maravilhoso a senhora aqui – o elfo parecia prestes a chorar, mas Hermione cortou o barato.
- Onde está Harry...
- No escritório – o elfo piscou o olho – acho que resolvendo uns assuntos com a senhorita Jen – o elfo agora sussurrava. – eu vi a cara do senhor Harry Potter, talvez ele faça a senhorita Jen não voltar nunca mais por aqui...
- Acho melhor eu esperar aqui... – “Ela sai chorando ou surtando ou sei lá o que, e eu sorrio triunfante, ela se mata e...”. Hermione estava rindo sozinha.
Cinco minutos e o silêncio ainda permanecia. Mione estranhou, a uma hora dessas a rua inteira já deveria estar ouvindo Jen. Seguiu o corredor e aproximou-se do escritório. Percebeu a porta entreaberta.
Seu grito foi sufocado por sua mente que tentava entender por que largou sua casa e virou toda a sua vida pelo avesso se Harry estava tranqüilamente no escritório se agarrando de modo apaixonado com Jen...
N/A: lálálá... Próximo cap. em breve... E quem disse que eu gosto de finais felizes? O q a Mi vai fazer? Obrigada a todos que entraram na comunidade... Comentem!!!!!!!!!
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