Capítulo III: O novo estudante
Torre da Grifinória. Dormitório masculino.
Harry acordara de repente. Estava muito feliz. Não era pra menos, hoje iria para Hogsmeade, pois Sirius mandara a autorização a Dumbledore. Agora não tinha mais riscos quando saia pela aldeia. Estava ansioso para ir ao Três Vassouras para ver se era verdade o boato da junção da cerveja amanteigada com uísque de fogo. Mais que isso, estava feliz por sair do castelo e descontrair um pouco. Ele se despiu, trocou de roupa, preparou os galeões que não esperava encontrar na volta. Então desceu antes de todos para tomar o café da manhã. Para a sua surpresa, Hermione já estava lá, muito excitada com um livro que ia comprar no vilarejo, A perspectiva da magia moderna com a magia antiga, ao qual ela esperava encontrar mais feitiços para se preparar para os N.O.Ms do ano seguinte. Não sabia como ela tinha disposição para estudar para essas provas tão cedo. Demorou quase quinze minutos e Rony apareceu faminto. Queria comer bastante para economizar dinheiro para comprar coisas em Hogsmeade. Harry comeu seu mingau e logo, os três estavam na fila vista por Filch para ver se tinham autorização para ir ao vilarejo. Não demorou muito, eles estavam atravessando os jardins e indo em direção a aldeia.
- Harry, o que você vai comprar lá? - perguntou Rony contando os galeões
- Isso eu vou ver na hora. Acho que alguma coisa da Zonko's e alguns doces da Dedosdemel.
- E você Mione? - perguntou Rony agora contando os sicles e nuques.
- Já disse, vou comprar aquele livro sobre magia. E se der dinheiro, alguns doces.
- Primeiro eu quero ver se aquela mistura de cerveja amanteigada e uísque de fogo existe. - Exclamou Rony excitado - Se não vou direto na Zonko's e ver se acho alguma coisa no Empório das Corujas pra corujas excitadas. O Píchi vai precisar eu acho.
Em meio de uma gostosa gargalhada, eles foram entrando em Hogsmeade. Estavam passando pela Casa dos Gritos, quando um garoto pálido esbarrou em Harry.Ele tinha uma elegante capa verde com a bandeira da Irlanda e uma varinha na frente. Os dois quase caíram na hora.
- Desculpe - disse o garoto
- Não, me desculpe, eu devia olhar o caminho
- Tudo bem - disse o garoto, e se afastou elegantemente
Hermione o viu sair, olhou bem, como se o avaliasse. Olhou paras as roupas dele.
- Harry, você não notou nada nesse garoto?
- Nada de estranho, só que ele deve ser irlandês.
- Mas você viu o uniforme dele - disse Rony - Deve ser de alguma escola irlandesa. O que será que ele tá fazendo a caminho de Hogwarts?
- Sei lá.
Nesse momento um grupo de alunos da Sonserina esbarrou neles e eles esqueceram, na hora, o garoto irlandês e se concentraram em xingar o máximo possível Draco e seus amigos.
Nessa hora, quando eles estavam passando, um vendedor ambulante passa por eles com umas espécies de estojos coloridos.
- Gostariam de um concentrador de magia para varinhas? - perguntou excitado o vendedor - Está em promoção. Dois galeões e dez sicles. Temos vários modelos.
- Pra que eles servem? - perguntou Hermione interessada
- Ora, eles são como estojos pra varinhas. Mas eles as mantêm limpas, as protegem e não deixam que percam magia. Concentra melhor a magia. Temos para todos os tipos de ingredientes. Cordas de veia de dragão, pêlos de unicórnio, cabelos de veela, garras de vampiro, penas de fênix...
- Eu quero uma - disse Harry, sua varinha precisava ser limpa mesmo - a minha é de pena de fênix. Eu queria um estojo com o símbolo da Grifinória. Esse aí - disse Harry apontando pra um lindo modelo vermelho e dourado, com a estampa da Grifinória na frente e uma fechadura banhada a ouro.
- Pegue sua varinha para vermos o tamanho ideal.
- Sim - Harry pôs a mão no bolso para pegar a varinha. Vasculhou todo o bolso interno e externo, procurou em todos os lugares de sua roupa, mas não encontrou a varinha.
- O que foi Harry? - perguntou Hermione - Não diga que perdeu a varinha como na copa!
Harry admitiu que sim. O vendedor foi embora carrancudo, gritando com outros alunos para ver se queriam os seus concentradores de magia para varinha. Os três foram em várias lojas comprando coisas e procurando a varinha ao mesmo tempo. Foram e voltaram ao castelo duas vezes, mas não acharam a varinha. Então decidiram procurar a professora McGonagall no Três Vassouras.
- Professora. - disse Harry - perdi minha varinha.
- O quê? - perguntou McGonagall - Como isso?
Eles explicaram tudo o que aconteceu desde que haviam saído do castelo e como Harry procurara a varinha em todos os lugares.
- Bem Potter, não posso fazer nada agora. Vou deixar cartazes no vilarejo - ela deu um toque com sua varinha e nas paredes de todas as lojas apareceram cartazes sobre a varinha perdida - E posso lhe providenciar para hoje à noite uma varinha improvisada. Temos uma de pena de fênix esquecida na escola. Que sorte que é do mesmo material, ficará melhor de trabalhar com ela.
- Hum, obrigado professora - disse Harry meio sem graça - Espero que a encontre.
- Eu também. - disse severamente, olhando-o - Agora aproveite essa visita. Hoje a noite uma coruja lhe entregará sua varinha provisória.
Então, junto com Rony e Hermione, foi pra a Dedosdemel para comprar alguns doces e verificar novamente sua varinha. Poderia tê-la perdido no meio das varinhas de alcaçuz, pensou esperançoso.
Jardins de Hogwarts, Cabana de Hagrid.
Hagrid chegara de Hogsmeade pronto para preparar sua próxima aula. Os esplosivins estavam crescendo em uma velocidade tremenda. Então, ele viu um garoto pálido, com veste de alguma escola irlandesa na frente de sua casa, sentado. Hagrid se aproximou.
- Com licença garoto, pode ser muita presunção minha, mas você está me esperando?
- Sim, se o senhor for Rúbeo Hagrid, guardião das chaves das terras de Hogwarts. - Artemis estava impressionado com o tamanho do homem. É claro, ele sabia tudo sobre os guardiões das chaves e tudo sobre Hogwarts. Ele "pediu" detalhes a Eberto. Holly ao seu lado estava escudada e escutava apreensiva - Gostaria de falar com o diretor Alvo Dumbledore. Poderia me levar até ele?
- Mas é claro - disse Hagrid empolgado - Qual é o assunto meu caro...?
- Ah, desculpe minha grosseria. Fowl, Artemis Fowl. Venho de uma escola preparatória de magos na Irlanda, mas tenho um pedido de transferência.
- Transferência é? Isso é incrível, faz mais de dois séculos que não aparece um aluno transferido. Só um instante.
Nisso, ele vai para a floresta ao seu lado e pede que espere ali. Holly sussurra no ouvido de Artemis.
- Certo Fowl. Você enganou o gigante. Ele deve buscar transporte. Lembre-se, você deve ter cuidado com a descrição que der para eu não ser pega também. E se já fizer mágicas pareça convincente.
- Sim capitã - zombou Artemis - Mas eu não vou parecer convincente olhando para uma fada escudada.
Ela ia abrir a boca para reclamar no ouvido dele quando Hagrid apareceu em uma carruagem puchada por animais invisíveis.
- Pode subir - disse Hagrid - O caminho pode ser um pouco cansativo em um dia de calor.
Ele subiu e sentiu Holly atrás dele, subindo na carruagem. Hagrid deu um grito e a carruagem começou a andar.
- Transferido do Instituto Preparatório de Magos da Irlanda é? - perguntou Hagrid.
- É - disse Artemis fingindo naturalidade - Meus pais acham melhor eu estudar em uma escola como Hogwarts. Estou com uma carta deles e o pedido de transferência aqui para entregar ao diretor.
- Sim, Alvo Dumbledore - exclamou alegremente Hagrid - É o melhor bruxo de todos os tempos. Quase se tornou ministro da magia, mas não quis. É o maior bruxo do mundo e é muito inteligente. Você vai adorá-lo.
- Tenho certeza que sim.
Passara-se alguns minutos. Eles chegam na frente da porta de Hogwarts quando Hagrid vê, atravessando as paredes, a Dama Cinzenta, a fantasma da Corvinal. Artemis nunca tinha visto tal coisa e foi preciso fazer um pouquinho de força para não demonstrar susto ou medo. Ver uma pessoa morta na sua frente não é uma coisa que se vê todos os dias. Hagrid fica alegre ao vê-la e vai falando:
- Dama Cinzenta, como vai? Poderia levar o jovem Artemis até a sala do professor Dumbledore?
- Claro Hagrid. Venha querido.
- Adeus Artemis. Você vai entrar no terceiro ano. Se optar por ter aulas de Trato com as Criaturas Mágicas, serei seu professor. Falando nisso, vou preparar a aula. Até mais!
- Vamos meu querido? - Diz a Dama Cinzenta.
- Claro. - Artemis vai seguindo a mulher semitransparente sem falar nada. Mesmo para ele que já havia visto fadas e outras criaturas mágicas, ver um ser morto andando em sua frente era um pouco estranho, mas não o suficiente para fazê-lo perder o controle de suas emoções.
- Meu querido, - Começa a falar o fantasma - você está vindo de onde?
- Da Irlanda.
- Ah sim, Irlanda, a ilha esmeralda! Sim, um belo país.
- Senhora.
- Sim?
- Você poderia me dizer seu nome? É que não me sinto bem em chamá-la de Dama Cinzenta.
- Meu nome... Infelizmente meu nome ficou em meu túmulo, agora sou só a Dama Cinzenta, mas se você não se sente confortável, pode me chamar de Senhorita e não de Senhora, sim?
- Claro.
Eles continuam a caminhar pelos vários corredores do castelo, descendo e subindo escadas e só em uma das várias escadarias de Hogwarts que Fowl percebe que os quadros nas paredes se movimentam, um pouco estranho sim, mas não assustador. Esse fato foi um dos que mais atiçou a curiosidade dele até aquele momento. Depois ele começou a pensar o que faria uma pessoa virar um fantasma, seria, assunto pendente?
- Senhorita, eu gostaria de lhe fazer uma pergunta, mas não quero ofendê-la.
- Você quer saber como eu morri, certo?
- Sim...
- Bem, eu e meu marido já demos aula aqui, há muito tempo... - Ela pára por um instante e se senta no corrimão da escada. Artemis um pouco cansado senta em um dos degraus. - Meu marido adorava tentar criar novas mágicas e poções, e na época de minha morte ele trabalhava com necromancia. Eu tinha pedido para ele não mexer com esse tipo de magia, era muito imprevisível e instável, bem... Em uma noite de dezembro, quando a escola estava com poucos alunos ele, ele... - Ela para novamente e Artemis pôde jurar que uma lágrima correu no rosto da Dama. - Bem, ele me sufocou até a morte quando eu estava sem varinha, para tentar me trazer de novo à vida. Como é possível ver, ele não conseguiu, frustrado, ele suicidou-se na mesma noite e não virou um fantasma...
- Desculpe-me ter feito você lembrar disso.
- Não se preocupe querido, você não tinha como saber. E você é jovem e curioso, não tem culpa disso. Bem, vamos andando.
Eles andaram por mais algum tempo, até chegarem na frente de uma gárgula de pedra.
- Torrão de Barata! - gritou a Dama Cinzenta para a gárgula que ganhou vida e saltou para o lado, deixando à mostra uma escadaria de pedra em forma de caracol. - Pronto querido, suba a escada e estará no escritório do professor Dumbledore.
- Obrigado - disse Artemis sorrindo - até mais!
- Até mais, boa sorte querido. Espero que venha para a Corvinal.
Assim que ela se afastou sentiu um ponta-pé no joelho, e Holly disse:
- Que bom que fez amigos Fowl, agora anda logo e vamos ver se Dumbledore vai acreditar nesse seu papo furado. E vamos ver do que as falsificações de Potrus são capazes.
- Calma capitã - disse Artemis irritado pelo novo machucado - Não estamos com pressa. Se não for convincente, seremos capturados.
- Você será capturado, garoto da lama - disse ela com desdém - Você.
Assim, os dois subiram pela escadaria e abriram a porta. Um senhor de longas barbas e longos cabelos brancos estava acariciando uma ave com penas vermelhas que Artemis presumiu que fosse uma fênix.
- Sim? - disse Dumbledore, encarando-o. A fênix voltara ao poleiro ao mesmo tempo e também encarou alguém. Mas parecia que estava olhando para Holly. - Deseja alguma coisa meu rapaz?
No dia seguinte, no Salão Principal.
Harry, Rony e Hermione haviam acabado de descer para tomar o café. Estavam muito entusiasmados com as aulas desse dia, pois receberiam muitas provas hoje e já estavam apreensivos. Harry estava muito triste por ter perdido sua varinha, mas já estava com uma provisória até encontrá-la. Estava pela primeira vez ansioso para a aula de poções. Queria ver a cara de Snape quando fosse obrigado a divulgar a todos os nomes a nota máxima. Então, Harry viu Hagrid se aproximar, com um rosto muito contente.
- Olá Harry - disse ele - Você está bem? Soube que você perdeu sua varinha em Hogsmeade ontem.
- É - disse Harry carrancudo - mas a professora Minerva me emprestou essa varinha aqui - disse mostrando a varinha nova - e espalhou cartazes.
- Bem Harry, a varinha é o instrumento mais importante de qualquer bruxo. Tome mais cuidado com a sua varinha quando achá-la. Não se preocupe - disse vendo o rosto triste do garoto - A varinha de um bruxo só funciona totalmente bem quando está com o dono. Será inútil para outros. Logo vão encontrar e devolver a sua varinha.
- Tomara Hagrid - disse Harry esperançoso - A professora Minerva disse isso também.
- Ei vocês três - acrescentou olhando também para Rony e Hermione - Já conhecem o novo aluno?
- Novo aluno? - disseram os três em coro uníssono.
- É aquele garoto ali - disse Hagrid apontando para a porta do salão principal - Bem, vocês vão conhecê-lo. Até mais.
Quando Hagrid se retirou em direção a mesa dos professores, eles viram bem o garoto. Ele era muito pálido, com cara de ser muito inteligente e de poucos amigos. Ainda não usava vestes de Hogwarts, mas tinha uma mochila com o material da escola.
- Ele é estranho não acham? - disse Gina, que chegara de repente enquanto eles encaravam o garoto - Sabem do que mais? Ele está na Corvinal, dizem que o Chapéu Seletor não sabia se o colocava na Sonserina ou na Corvinal. Parece que no final ele foi para a Corvinal.
Não se deu outra. Logo que ele entrara no salão todas as cabeças se voltaram para ele. Ele se dirigiu à mesa da Corvinal, e parou para cumprimentar a Dama Cinzenta, a fantasma da Corvinal. Sentou-se perto de Cho, que se virou junto com uma amiga para falar com ele, causando uma ponta visível de ciúmes em Harry, que logo virou para o lado. Então, todo o salão voltara ao normal e parara de olhar o garoto, voltando ao som de sempre.
- Sonserina é? Não parece ser muito diferente dos garotos da Sonserina.
- Harry - disse Hermione pensativa - Não é o garoto que estava com as vestes da escola da Irlanda que esbarrou em você ontem?
- Acho que sim - disse Harry se lembrando - É, foi ele.
- Isso é incrível - disse Rony - sabiam que não aceitam alunos transferidos a uns duzentos anos?
- Sério? - perguntou Hermione - Como você sabe?
- Eu fiquei ouvindo Hagrid falando com a professora Sprout quando passou por nós. Vocês tavam olhando pra ele nessa hora.
- Ah - disse Harry e Hermione juntos.
Logo depois, eles foram para fora do castelo, já que ainda faltavam alguns minutos para as aulas. Estavam surpresos quanto ao número de alunos que fizera o mesmo. Eles se sentam sob a sombra de uma árvore perto das margens do lago e observam os tentáculos da lula gigante se mexerem. De repente, eles olham pro lado e vêem Cho, uma amiga e o garoto novo com elas. Pareciam estarem mostrando o lugar. Harry agora nem mesmo fez esforço para conter o ciúme. Cho o viu, e corando, se aproximou com a amiga e o garoto novo, que já ganhara o ódio de Harry.
- Eu queria apresentar pra vocês meu amigo, Artemis, ele foi transferido lá da Irlanda.
- Oi. - Diz Artemis olhado para todos, mas principalmente para Gina, todos respondem, mas novamente Harry fica calado. Rony não gosta do jeito que ele olha para Gina. Hermione percebe o ciúme de Harry e começa a puxar um assunto para mais ninguém notar. Harry lembrou-se de agradecer a ela mais tarde.
- Bem Artemis, eu me chamo Hermione, esse é o Rony, essa é a Gina e esse é o Harry. Artemis, de qual escola da Irlanda você veio?
- Da preparatória, não é muito conhecida, mas é uma boa escola.
- E o time de quadribol, tem? Eu não lembro de nenhum time dessa escola. - Pergunta Rony para Artemis enquanto vasculhava seu cérebro para lembrar se conhecia o time da escola do irlandês.
- Deve ser bem legal a Irlanda - disse Gina, olhando diretamente nos olhos de Artemis, flertando-º
- Não, lá não tem um time oficial. Só um pequeno treino. - diz Artemis retribuindo o flerte.
- Pena, a Irlanda tem os melhores jogadores. Foi por isso que ganhou a copa esse ano. Só faltava mesmo o Krum... - diz Rony. Nesse momento Harry se afasta com Cho e mais uma vez dá uma indireta para saírem. Por acaso ela também dera uma indireta que estaria ocupada dessa vez.
Mais tarde, no dormitório masculino da Corvinal.
Artemis estava muito satisfeito. Conseguira entrar para Hogwarts sem o diretor perceber que era tudo falso. Claro, o diretor mostrou sua dúvida fazendo perguntas, mas Artemis estava bem preparado, e mesmo que aquele bruxo fosse verificar, até lá o seu plano já teria dado certo. O dormitório estava vazio naquele momento, exceto obviamente por Holly Short que tentava desesperadamente entrar em contato com Potrus, o que falhava. Ela sentia muita raiva de estar ali. Aquele terrível garoto da lama! Artemis estava agora muito confiante.
- Capitã, agora que estamos sozinhos deixe-me parabenizá-la por mesmerizar aquele chapéu falante. Ele poderia pôr tudo a perder. É claro que eu sabia disso - disse ele com desdém - Mas mesmo assim.
- Aquele chapéu ficou com dúvida entre colocá-lo aqui ou na Sonserina. Na ronda de espionagem descobri que a Sonserina é o local dos piores garotos, e foi onde os bruxos das trevas passaram.
- Sim, mas estou aqui, a casa de bruxos inteligentes.
- Realmente eu não esperava outra coisa - disse ela carrancuda e zangada - Então, quando vamos sair daqui?
- Muita calma capitã. Conheci hoje a escola e alunos importantes como aquele tal de Potter. Amanhã vamos fazer um reconhecimento e você vai me tornar um bruxo fantástico por enquanto. Que bom que trouxe sementes para o Ritual.
- Vejo que Potrus as envasou. Muito inteligente.
Artemis estava muito feliz. Roubara com muita facilidade a varinha de Potter. Ele tinha dom, se não fosse rico poderia ser batedor de carteiras em alguma cidade grande como Londres ou Nova York. Ele encomendara o material necessário e já estava lendo os livros para ter uma base no estudo daqueles bruxos. Agora estava estudando transfiguração e poções. Pelo que ouviu dizer, eram matérias difíceis. Estava mais preocupado em achar objetos importantes. Já tinha uma idéia de onde era o depósito de ingredientes pessoais do professor e dos alunos, e já fora rapidamente à biblioteca. Reparou na seção proibida e a bibliotecária disse que era um local de livros muito complexos que envolviam alta magia, restringida a alunos sem permissão de um professor. Já decidira que roubaria aqueles livros e, é claro, os outros também. Achara objetos importantes na sala do diretor e também esperava que Holly encontrasse nos dormitórios dos alunos. Perfeito. Agora seria uma questão de tempo para localizar os objetos mais importantes, e fazer um mapa de Hogwarts, um mapa caseiro, mais assim seria mais fácil sua localização.
Holly estava compenetrada em achar um jeito de se comunicar com Potrus. Ele era muito inteligente, poderia ajudar nessa missão. Quanto mais cedo tivessem os pergaminhos, melhor seria para Holly chutar a bunda desse atrevido garoto da lama. É claro, ele devia querer ouro, mas não demonstrava.
- Garoto da lama - disse ela - Me diga a verdade. O que é que você quer aqui?
- Bem - Artemis mudou. Estava mais parecido com uma criança. Ele suspirou triste - Segundo os dados de Potrus, meu pai morreu dentro de um navio, o Estrela Fowl. Saiba que o meu pai não fazia planos como eu. Meu pai fazia empreendimentos não legais, claro, mais jamais machucaria uma pessoa ou faria algo muito sério como já fiz com vocês. Todos dizem que ele morreu, mas eu digo que não, se meu plano der certo. Eu me recusava a ver a verdadeira história e acreditava que o meu pai estava vivo, mas depois de tanto tempo, devo admitir que está morto.
- E o que isso tem a ver com estarmos em uma escola bruxa?
- Bem, veja. Os bruxos resolvem tudo com magia, e poções. Feitiços, transfigurações. Eles não descobriram uma poção, nem magia e nem feitiço para trazer os mortos de volta à vida. Eu espero, que com os livros e ingredientes deles eu possa descobrir, nem que leve anos.
- E pra que são os objetos mágicos - perguntou Holly já um pouco comovida - vão ajudar nisso?
- Não - disse Artemis voltando ao seu tom normal - São desejos meus ter objetos assim poderosos. Podem vir a ser úteis mais tarde
- Eu sabia - disse Holly - uma vez ladrão da lama, sempre ladrão da lama.
- Não se alarde capitã - riu Artemis - logo você e seu pergaminho estarão seguros na central da LEP no Porto.
Holly estava muito frustrada. A menos de vinte e quatro horas estava prendendo calmamente uma dupla idiota de goblins e esperava alguma recompensa pelo feito, já que não se feriu nem feriu ninguém e não perdeu equipamento. Agora, ela estava escudada em uma escola de bruxaria para homens da lama mágicos que nada fizeram a ela, e ela estava planejando um jeito de roubá-los. Ela se espantou de como a vida pôde mudar totalmente de rumo em apenas alguns minutos. Mas não havia tempo para isso. Em dois dias, talvez menos, a equipe especial comandada por Raiz estaria esperando em um ponto da floresta que havia por perto. Ela tentara mais uma vez mesmerizar Artemis. Foi então que notou diferença nos olhos dele. Claro! Antes usava óculos espelhados, agora lentes quase espelhadas para não ser mesmerizado. E para não ser acertado, ele usava alguma coisa na roupa que impedia a magia e grandes cargas elétricas de pegá-lo. Bem, ele venceu, admitiu. Terminaria esse serviço, pegaria os pergaminhos e sairia logo desse lugar. O sol saía da janela. Não se preocupara com isso antes. Usava um novo protetor solar de Potrus, muito eficaz, que apenas lhe dera uma leve dor de barriga. E no castelo havia pouca luz do sol, o que ajudava muito, já que apenas sairia às vezes do castelo. Em menos de dois dias sairia dali. Se eles permanecessem lá por muito tempo obviamente uma hora seriam descobertos.
- Vou fazer a varredura - disse ela a Artemis - e vasculhar os objetos.
- Muito bom capitã. Se precisar de mim, estarei aqui.
Precisar de Artemis Fowl. Estava aí uma coisa que jamais iria acontecer.
(N/A) Que que vocês tão achando? Espero que gostem. Eu acho o Artemis facinante por ter conseguido essa proezas e vocês? gente, por favor, comentem a minha fic! Valeu...
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!