O Duelo a Meia Noite

Na sexta-feira seguinte Remo não compareceu a nenhuma aula, ele dera a desculpa que tinha caído da vassoura e que Madame Pomfrey só o tinha liberado no dia seguinte.
James, Sirius e Pedro tinham ido até o salgueiro lutador buscar a capa, o mapa e o espelho de dois sentidos que haviam deixado na casa dos gritos.
- Eu ainda não entendi. – Começou a dizer Rabicho para James, Sirius e Remo na aula de poções. – Quem estaria num beco sem saída, em Hogsmeade, de madrugada, numa quinta-feira?
- Mas num tem o que entender. Ninguém entendeu Rabicho.- Murmurou James fechando o livro.
- Bem, quem era, o que estava fazendo, e por quê, ninguém vai poder nos responder. Mais coisa boa não deve ter sido.
Conforme o tempo passara desde o inicio das aulas, os professores passavam cada vez mais deveres. Todas as tardes quando James entrava com os marotos na sala comunal Lily estava enterrada nos livros. Todos os professores estavam decididos a passar todo o conteúdo.
- Criar barreiras invisíveis é um feitiço bem avançado, exige muita concentração. Pensem no por que vocês precisariam dessa barreira e digam Barreronte. Ou melhor, só pensem, assim ajudamos o Prof. Hastrds com os feitiços mudos. – Disse o Prof. Flitwick descendo a pilha de livros em cima de sua mesa.
O Prof. Hastrds decidira se aprofundar mais no feitiço do patrono, ele arrumara um vampiro envelhecido e pedira para a Prof. Mcgonagal transformar sua forma física na de um dementador.
- Isso não é um dementador de verdade. É apenas um vampiro que a Prof. Mcgonagal teve a bondade de transformá-lo em na forma de um dementador. Hoje iremos ter uma aula diferente. Alunos por favor, façam um fila, dupla por dupla é claro. – Os alunos se agitaram ao mesmo tempo em que o professor se sentava em sua cadeira atrás da escrivaninha de frente para os alunos. Lily e James ficaram lado a lado esperando sua vez de enfrentarem o falso dementador. Lily cruzara os braços e fechara a cara bufando, enquanto James a olhava sorrindo e passava a mão esquerda nos cabelos freqüentemente os deixando mais e mais despenteados.
- Da para você parar com isso? – Perguntou a garota irritada olhando seriamente para James.
- Não - Respondeu James tornando a passar as mãos no cabelo.
Após ficarem alguns minutos na fila chegou em fim a sua vez. James olhou para Sirius e depois voltou a se concentrar no dementador.
James conjurou o seu patrono perfeitamente cuja a classe inteira novamente aplaudiu.
- Srta. Evans. – Disse o Prof. Hastrds fazendo sinal para que ela produzisse o seu patrono. Lily se aproximou do vampiro.
- Pense em uma lembrança muito feliz Lily, pense. – Lily ergueu a varinha, sua mão estava tremula e ela olhava para o resto dos alunos assustada. James sem querer corou, um pensamento inútil invadiu sua mente. Mias ele não resistiu, se aproximou da de Lily e segurou sua mão que segurava a varinha. A garota não brigou, mais James sentiu Lily apertar a varinha com muita força. – Concentre-se. – Sussurrou ele em seu ouvido.
- Expectro Patronum!- Exclamou ele no instante que um vulto prateado emergiu da sua varinha.
- Afastem-se, Afastem-se, excelente Srta. Evans , realmente muito bom. – Disse o professor ficando de pé afastando o vampiro.
Lily cambaleou mais não caiu. James a segurara.
- Eu consegui!- Disse ela euforicamente abraçando James. Lily o soltou ficando vermelha retomou a fala um pouco mais seria. – Quero dizer, eu consegui. – Lily apertou a mão de James e fora se sentar no fundo da sala com um grupinho de amigas que já haviam cumprido a tarefa, entre elas, Mafalda, Alice e a garota de cabelos muito armados da qual Remo falara.
James estava diferente, era como se o mundo tivesse mudado de cor, aquele abraço que Lily lhe dera, o patrono. Tudo de repente mudara por isso.
- Pontas, Pontas. – Chamou-o Sirius, eles estavam sentados num banco sob o sol frio do outono nos jardins do castelo. – Olha lá o Ranhoso. – Continuou ele apontando para o garoto de cabelos oleosos que passara sozinho por eles. Severo Snape.
- Mas ele está sozinho. – Falou James voltando a atenção para Sirius.
- E desde quando nos importamos com isso? – Sussurrou a amigo se levantando e tirando a varinha do bolso. James se levantara logo depois seguindo os passos de Sirius e cercando Snape. Remo e Pedro não se mexeram. Pedro os observava animados e Remo parecia nem notar a saída dos amigos.
- Veja só quem resolveu aparecer. – Coemsou a dizer Sirius.
- Não enche Black. – Retrucou Snape sem parar de andar.
- O coelhinho resolveu sair da toca. – Debochou James.
- Por quê você não vai correr atrás da sangue-ruim da Evans Potter?
- Como ousa chamá-la assim Ranhoso? – Por um instante um onda de raiva invadiu o intimo de James. Os alunos que estavam por perto começaram a se aglomerar ao redor deles, mais isso não fazia a menor diferença para James afinal Lily estava na aula de Runas Antigas. – Por que você não experimenta lavar esse seu cabelo seboso, e assuar esse seu nariz nojento, antes de falar de pessoas que são muito melhores que você?
Snape tirou a varinha do bolso.
- Melhores que eu! Como você Potter? – Indignou-se Snape.
- Talvez. Mas a principio eu me referia a Evans. – Continuou James.
- Aquela sangue-ruim da Evans. Não me admira que você seja como é Potter, andando com alguma espécie de animais e sangues-ruins.- Disse Snape imitando uma voz de nojo. Remo fechara o livro e passara a encará-lo.
- Nós já avisamos Ranhoso, mais uma palavra sobre a Evans e você se arrependera de ter nascido. – Continuou Sirius apontando a varinha para Snape agora.
- Não estou... – Começou a dizer Snape mais fora interrompido por um feitiço lançado por Sirius. A pequena multidão aplaudiu, Rabicho além de aplaudir gritava e dava viva a eles.- F-az Mi-mi-mi-nhas, per-per-na-nas voool-ta-ta-rem, a-o NOR-MA-MAL! – Bradou Snape gaguejando devido às pernas que não paravam de dançar.
- O que nós fazemos Pontas? – Perguntou Sirius cruzando os braços e observando Ranhoso.
- Traga-o ao normal Almofadinhas, esse horário Lily deve estar saído da aula.
Sirius ordenou um contra feitiço e as pernas de Snape voltaram ao normal.
- Segunda-feira, meia noite e eu lhe mostrarei quem é Ranhoso. – Terminou de dizer Snape saindo de perto dos marotos empurrando algumas garotas que estavam na aglomeração de pessoas.
- Ranhoso. - Chamou-o Sirius. Snape se virou provavelmente para ver o que ele queria.
- Cara de lesma. – Murmurou James. Snape parou, colocou a mão no estomago como se fosse vomitar e então vomitou, mais não qualquer coisa, vomitou uma lesma. Mais logo em seguida ele vomitou outra lesma, e outra. – Sabe, é feio atacar o adversário pelas costas. – Disse James estendendo a mão para as garotas que Snape tinha derrubado no chão. Entre elas Almaira se levantara rindo.
- Achei que estava fugindo de mim. – Disse a garota, enquanto Sirius pegara um papel que a outra garota lhe dera e entrara no castelo junto com os outros marotos.
- Imagina, fugindo de você... - Respondeu James com um sorriso falso.
- Hum. E como vai... – Mais antes que ela pudesse terminar de falar James a interrompera.
- Olha, o Sirius, o Remo e o Pedro estão me esperando na sala comunal, depois nós conversamos melhor OK? – Perguntou James quase no portão do castelo.
Já estava escurecendo, James entrou no salão principal e encontrou Remo, Pedro e Frank jantando.
- Cadê o Almofadinhas? – Perguntou ele se servindo.
- Pergunta para aquela garota do jardim. – Respondeu Remo
- Você vai? – Perguntou Rabicho ansioso.
- Onde?
- No duelo. – Sussurrou ele de novo.
- Nós vamos, só falta descobri aonde.
De fato Remo tinha razão, quando eles chegaram na sala comunal Sirius estava aos beijos com a garota que ele ajudara a levantar. James se sentou no chão de frente para a lareira apagada para fazer o resto de seus deveres com os outros Marotos, Mafalda e Lily estavam muito próximas deles, Mafalda não parava de lançar a Sirius olhares de grande desprezo.
Nos dias que se passaram os marotos não souberam falar de outra coisa a não ser o duelo que teriam com Ranhoso no sábado.
- Severo pediu para que eu lhe entregasse isso Potter. – Disse Avery que chegara para entregar o bilhete a James no café da manha no sábado, ele estava cercado por colegas da sonseria; entre eles Rosier, Wilkes e Rodolfo Lestrange. Mas nem Snape, nem Malfoy, nem Bellatrix estavam junto. – Nós também estaremos lá.
- E onde está o Ranhoso? – Perguntou Sirius quando Avery dera as costas. Avery os ignorou e continuou andando em direção a mesa da sonseria.
- Deve estar vomitando lesmas. – Respondeu James rindo abrindo o bilhete.

‘Potter, hoje a meia noite no saguão do quinto andar.’
- O duelo é no saguão do quinto andar. – Contou James fazendo um movimento com a varinha e queimando o papel.
- Finalmente, depois de sete anos ele tomou uma atitude.
Uma revoada de corujas invadiu o salão principal. Era hora do correio coruja. A coruja de James, Matiuda deixara uma carta na sua frente.
- È do meu Pai. – Afirmou James abrindo a carta.
‘Querido James.

Como anda a escola?
Avise-me quando começara temporada de quadribol.
Mas não é isto que quero lhe contar. Ando tendo muito trabalho no ministério com um certo bruxo das trevas. Esse tal bruxo é o mesmo que eu comentei com você no verão, mais ultimamente ele tem feito mais vitimas, o St. Mungos anda tão cheio quanto o ministério.
Pelo que sabemos seu nome é alguma coisa Ridlle e ele é ofideoglota, o que deixou o ministério muito intrigado pois ser um ofideoglota é muito raro.
Quero que tome cuidado James, apesar de saber que em Hogwarts com Dumbledore você está seguro não é bom se arriscar.
Sua mãe está lhe pedindo para não arrumar encrencar e lhe mandou um grande beijo.
Me mantenha informado.
Com saudades Seu Pai.
James terminou de ler a carta e logo em seguida contou aos amigos o que havia nela.
- O que é um ofideoglota? – Perguntou Pedro pensativo.
- É quem sabe falar com as cobras. – Sirius e James se entreolharam.
- Então, deve ter sido esse homem que eu vi falando com uma cobra em Hogsmeade. – Exclamou James triunfantemente.
- Mas esse tal de Ridlle, ele não pode ser tão ruim assim. Pode?
- Pelo que sabemos Rabicho. Pode.
Todo o sábado se passou muito devagar, fora como se alguém tivesse parado o relógio. Mas em fim a noite chegara, os marotos subiram para a sala comunal ansioso para o duelo que logo iria acontecer.
- Sabe, eu estive pensando; o que o Ranhoso quis dizer com vocês andarem com espécie de animais? – Perguntou Remo se esparramando numa poltrona na sala comunal.
- Não sei Aluado, mais estive pensando a mesma coisa que você. E Almofadinhas também, garanto. - Afirmou James, ele subiu a escada atrás de Sirius e abriu a porta que estava escrito: dormitório dos meninos do sétimo ano.
- Que foi? – Perguntou James se sentando.
- Estava só pensando. Mas bem, vou ser seu padrinho hoje está bem?
- Bom Almofadinhas, acho que não vai ser necessário. Malfoy, Lestrange e a Black não vão querer ficar esperando sentados. E pelo que eu te conheço, nem você.
- Eles não tem a menos chance. – Disse Sirius entrando no banheiro.
Quando o relógio dera onze e quarenta os marotos já estavam prontos, pegaram tudo o que precisavam.
- Você tem certeza que o Ranhoso vai? – Sussurrou Remo para que Frank não acordasse.
- Só tem um jeito de saber. – Murmurou Sirius pegando o mapa. – Eu juro solenemente não fazer nada de bom. Hãã... Vejamos... Filch está no primeiro andar e madame nor-r-r-ra no sexto.
- Veja o Ranhoso, Almofadinhas.
- Ele está no salão comunal da sonserina, Pontas. Mais espera ai. – Disse Sirius voltando a analisar o mapa. – Ele saiu. Está indo em direção a sala do Filch. – Continuou a dizer Sirius tranqüilo quando o pontinho no mapa que mostrava Snape indicava que ele estava subindo a escada. – Ele virou, agora está indo para o quinto andar.
- Então, vamos? – Perguntou James quase afirmando.
Os marotos vestiram a capa na sala comunal, era quase impossível que coubesse os quatro sob ela, mais eles faziam o esforço.
Quando eles estavam saindo pelo retrato da mulher gorda houve um barulho estrondoso vindo do quarto das meninas.
- Anda vamos logo. – Sussurrou James empurrando os outros garotos para saírem da sala comunal.
Os pensamentos de James estavam tão distantes que ele nem percebeu que já tinham chegado ao quinto andar. Eles viraram a direita e chegaram a um saguão que havia ali.
Snape estava virado de costas para a porta cercado por seus “amigos”, colegas da turma da sonserina.
Bellatrix estava sentada ao lado do Lestrange, Malfoy encostado na parede e Avery, Rosier e Wilkes conversavam nervosos.
- Vejo que trouxe toda a sua turma de amigos idiotas. – Disse Sirius com voz de desdém.
- E eu vejo que estão em minora Black. Isto não te preocupa? – Disse Ranhoso se virando. James deixou a capa da invisibilidade sob outra, junto com o mapa do maroto que aparentemente era só um pedaço de pergaminho.
- Pode ter certeza que não. – Respondeu James no lugar de Sirius. James e Sirius se estavam com a varinha em punho. Toda a turma da sonseria se levantou e também estavam com a varinha em punho. Embora os marotos fossem bem melhores estava claro que estavam em um numero bem menor.
- E como vai ser? – Perguntou Remo.
- Não vai ser um duelo de bruxo tradicional. Vai ser sem aquela baboseira de padrinho.
- Como eu esperava, sem classe. – Comentou James.
Um momento o saguão inteiro ficou em silencio, e no outro estavam duelando. Snape e Rosier atacaram James na mesma hora. James conseguiu se defender e passou a duelar com os dois no ato. Na verdade não estava fácil, mais estava muito menos difícil do que James esperava. Como James esperava Sirius e Remo também duelavam com duas pessoas. Sirius duelava com Malfoy e Lestrange, e Remo duelava com Avery e Bellatrix. Pedro parecia duelar com um gigante, embora estivesse duelando com Wilks, que se resumia num anão.
Os marotos (com exeção a Rabicho) duelavam muito bem. O duelo do lado deles era feito com movimentos impecáveis, os feitiços eram lançados com grande cautela.
Mas a situação não era boa, não estava fácil duelar com dois bruxos ao mesmo tempo.
- Oras Potter... Qual o problema? Você não parece tão bom quanto diz ser. – Zombou Snape lançado um feitiço em James.
- Você – Tinha – Dito – Eu – E – Você! – Exclamou James desviando de outro feitiço de Rosier e lançando um em Snape.
Mas então a porta do saguão se abriu, e uma linda garota entrou seguida por outra.
- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – Berrou Lily. Mafalda que antes estava com os olhos pequenos e inchados de sono, pareceu despertar imediatamente ao ver o que acontecia. – Eu vou ter...
- Expelliarmus. – Gritou James desarmando Bellatrix. Segundos antes ela estava com a varinha apontada para Lily, obviamente pronta para lhe lançar um feitiço. Mafalda tirara a varinha do bolso e começara a duelar com Rosier, deixando Lily sem apoio no meio do saguão. Sem ter opção a ruiva também tirou a varinhad as vestes e começara a duelar com Bellatrix que recuperara a varinha.
- Veio ajudar seu namoradinho Potter? Lily Evans.
- É claro que não! Não corro atrás dos homens como você. Bella Black. – Talvez Lily não tivesse resposta., pensou James animado. Bellatrix Black era uma menina muito bonita e cobiçada pelos garotos da turma em que andava.
Aos poucos os marotos foram tomando frente no duelo. Sirius estava duelando com mais rapidez contra Malfoy e Lestrange, Remo tinha praticamente encurralado Avery, Mafalda parecia diverti-se com Rosier, Rabicho quase se escondia em baixo da mesa, e Lily duelava com muita raiva contra Bellatrix.
Em questão de minutos James quase locauteara Snape.
- Ainda acha que não sou tão bom quanto digo Ranhoso? – Perguntou ele quando finalmente desarmara Snape.
- Como se atreve Potter? – Perguntou Snape com ferocidade tentando mudar de assunto.
- Como me...
Mais antes que James terminasse a frase a porta do saguão se abriu. Não era outro aluno intrometido, muito menos o vento. Era o zelador do castelo: Argo Filch.
Houve um grande tumulto, todos pararam de duelar. Sirius, Remo, Pedro e Mafalda sumiram no mesmo instante.
- Vão vocês! – Gritou James imaginando que eles deveriam estar sob a capa da invisibilidade. E não deu outra, uma coisa invisível bateu em Filch na saída do saguão.
James saíra correndo, quando quase fugira do saguão ele se deparou com Lily, perdida no meio de todos, sem saber para onde ir.
- Não adianta correr! Hoje vocês não fogem de mim. – Berrou Filch pegando Avery pelas costas.
- Vem. – Murmurou James para Lily puxando-a pela mão. Ele pegou o mapa e o seu espelho que estava jogado no chão e eles saíram do saguão.
- Eu sabia! – Exclamou Lily desesperada. – Estamos ferrados. Filch vai nos pegar. Seremos expulsos.
- Sh... Continua correndo. – Disse James subindo a escada de pressa e chegando ao sétimo andar.
- O que estamos fazendo aqui? A sala comunal é do outro lado.
- Calma Evans. – James parou de andar, ficou de costas para uma tapeçaria de Barnabas e fitou uma parede vazia. – Preciso de um lugar para me esconder.
- Eu sei Potter. – Disse Lily estressada quando uma porta apareceu na parede vazia.
- Entra ai. – James e Lily entraram numa sala esquisita, havia varias coisas jogadas, lixos, livros velhos, e outras coisas inutilizáveis.
- Que lugar é esse? – Perguntou a garota pegando um livro desencapado do chão e se encostando na parede.
- Chama-se sala precisa. – Explicou James. – Pouca gente a conhece, ela se transforma no lugar que a pessoa precisa.
- Nunca soube da existência desse lugar. – Disse Lily voltando a se concentrar no livro que tinha nas mãos. – A Arte das Trevas e seus Feitiços Malignos. Ao Príncipe Mestiço. – Leu ela na contra capa do livro. – Alem de tudo metido com artes das trevas Potter? – Continuou a dizer ela surpresa.
- Você sabe que não. – Respondeu ele. – Como eu disse, poucas pessoas conhecem essa sala, mais eu não sou o único. Essa sala é tão antiga quanto Hogwarts, esse livro pode estar ai há séculos, pode ter sido esquecido ai, como o resto dessas outras coisas que estão aqui. – Disse James pegando o livro da mão da garota e o colocando de volta de onde ela tinha o tirado.
- Mas você acha que Filch nos viu?
- Não sei. Talvez, amanha nós saberemos.
- E você fala nessa naturalidade Potter? – Tornou a perguntar a garota o encarando. Instantaneamente a mão de James subiu aos cabelos e ele tornou a despenteá-los. – Nós podemos ser expulsos.
- Não seremos. – Disse ele enquanto a garota virara a cara respirando fundo. - Acredite Lily, esses seis anos que eu passei nessa escola não foram em vão. Já passei por muitas coisas piores que essa e ainda estou aqui.
- Coisas piores que essa? Como o que?
- Não queira nem saber. – Disse o garoto pegando seu pergaminho, deu um toque com a varinha e murmurou: “Eu juro solenemente não fazer nada de bom.” E então um mapa apareceu.
- E o que é isso? – Perguntou Lily surpresa.
- Um mapa. – Respondeu James serio.
- Verdade? Achei que era um bicho papão. – Falou a ruiva com uma ironia grosseira. – Mapa da onde eu quis dizer.
- De Hogwarts. É o mapa do maroto. Mostra todos os lugares do castelo, todas as passagens secretas, onde qualquer pessoa desse castelo está. A qualquer hora, a qualquer momento. – Disse James mostrando o mapa a Lily. – Você gosta muito da sala comunal. Passa quase todo tempo lá, o que particularmente eu acho um desperdiciu, as vezes faz dias lindos e você está lá com as amigas. Ou então vocês estão nos jardins. Mas este ano Hagrid deve estar chateado com você, ano passado você ia visita-lo com mais freqüência. – James deu um sorriso maroto despenteando os cabelos e Lily bateu de leve no ombro dele.
- E onde você arranjou isso?
- Nós fizemos.
- VOCÊS O QUE? – Tornou a perguntar a garota berrando.
- Nós fizemos. – Disse James engrossando a voz e lendo o que havia no mapa. – “Os Senhores Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas apresentão: O Mapa do Maroto”. – James voltou sua voz ao normal e então disse: - Nós conhecemos mais coisas desse castelo do que você pensa.
- Não. Vocês são mais irresponsáveis, isso sim.
- Você acha?
Os dois ficaram em silencio, eles estavam muito próximos, ele a olhava nos olhos, nenhum dos dois ousou desviar o olhar. James se aproximou mais um pouco. Eles estavam tão próximo que suas bocas estavam quase se encostando. James podia ouvir Lily respirar, podia ouvir seu coração bater mais forte perto de si, então ele fechou seus olhos, sua boca tocou a dela levemente, e ele a beijou. James entrelaçou Lily em seus braços, a puxou pela cintura para ainda mais perto. Ele não queria para de beija-la, não queria jamais sair dali, ele a beijava com tal intensidade que ele sentiu seus pés saírem do chão. Ele não se importava com o que aconteceria a seguir, muito menos o que esta acontecendo ao seu redor, queria ficar ali... Naquele momento para sempre.
O tempo parecia ter parado. Mas então James a soltou, ele a fitou por um instante, hesitou e depois disse.
- Hã... bom... – Começou a dizer James mais foi interrompido. O espelho que ele guardava no bolso das vestes pigarreou. O garoto tirou o objeto do bolso logo Sirius começou a gritar do outro lado do espelho.
- ONDE VOCÊ ESTÁ PONTAS?
- Na sala precisa. Vocês foram para a sala comunal com a capa e eu e a Lily viemos para cá. – Respondeu James.
- Você e a Evans é? – Perguntou Sirius mal intencionado dando um largo sorriso maroto. James também sorriu marotamente mais não respondeu.
- Dá para você vir até aqui com a capa nos buscar?
-Ta bem pontas, mais onde o Filch está.
- Lily, pega o mapa para mim fazendo o favor. – Pediu ele e a garota lhe entregou o mapa. – Bem Filch está na sala da Prof. Mcgonagal com Snape e os outros, Madame Nor-r-r-a ainda está no salguão. O que significa que o caminho está livre para você vir até aqui.
- Ok. Até logo Pontas. – Disse Sirius e desapareceu.
- E esse espelho de dois sentidos? De onde veio?
- Meu pai. Ele sabe o quando eu e Sirius somos amigos. – Disse James pensativo. – Bom agora só nos resta esperar. – O garoto se sentou ao lado de Lily contemplando o mapa. Depois de alguns minutos sem se falarem o pontinho de Sirius no mapa estava no corredor da sala precisa.
- Sirius já está aqui, vem. – Os dois saíram da sala, o corredor estava vazio e escuro, mais logo depois Sirius apareceu se despindo da capa na frente dos dois.
- Dá para vocês dois virem logo? Todos estão preocupados. – James e Lily entraram de baixo da capa. Os três seguiram o caminho todo pelos corredores escuros até a sala comunal em silencio, passaram pelo retrato da mulher gorda e tiraram a capa deixando-a sobre uma mesinha. A sala comunal estava fazia exceto por Remo, Rabicho e Mafalda que os esperava ansiosos.
- Lily. – Disse Mafalda correndo para o encontro com a amiga. – Achei que tinham pego vocês. – Continuou a dizer ela agora encarando James, ela sorriu então disse numa voz mais doce: - Vejo que não...
- Venha Má... – Chamou-a Lily puxando a morena pelas mãos e subindo para o seu dormitório sem se despedir dos garotos. – Antes que esses idiotas tenham mais uma idéia que possa nos colocar em perigo, ou então, nos expulsar.
- Qual é o problema dela? – Perguntou James confuso olhando a garota desaparecer de seu campo de vista.
- Isso quem tem que nos dizer é você. – Disse Remo e no instante em que James voltou sua atenção aos marotos os três o encaravam.
- É melhor nós subirmos. – Tornou a dizer ele subindo a escada. Os outros seguiram James que ao chegar ao dormitório se sentou em sua cama como se nada tivesse acontecido, como se mais um dia normal tivesse chegado ao fim.
- Agora desembucha Pontas. O que aconteceu? – Perguntou sussurrando Sirius fechando a porta do dormitório masculino quando as garotas já haviam subido para o feminino. Ele se sentou na cama e admirou James curioso.
- Como assim o que aconteceu Almofadinhas? Que eu saiba não aconteceu nada, a não ser que vocês tenham que me contar alguma coisa. – Respondeu James ironicamente dando um largo sorriso maroto.
- Não tente negar Pontas. Você fica uns trinta minutos, trancado com a Lily numa sala e depois vem me dizer que não aconteceu nada? – Começou a falar Remo encostando-se à parede.
- É melhor você dizer a verdade.
- Não há verdade Rabicho.
- A não? – Tornou a dizer Sirius. – Ora Pontas, você acha que engana quem? Eu te conheço desde que eu me conheço por gente, você fica ai, exibindo esse seu sorriso, e ainda vem falar que não aconteceu nada Pontas? Assim você comprova o que nós sempre achávamos seu veadinho.
- Está bem, eu conto, mais amanha, eu mereço algumas horas de sono.
- AGORA! – Gritaram Remo e Sirius juntos.
- O saco viu, ta bem. – Disse James bufando e começou a contar a história. Sirius, Remo e Pedro se juntaram à James na cama do maroto o ouvindo contar como fora o beijo. Conforme James ia contando o que acontecera ele não parava de passar a mão entre os cabelos espetados, os deixando cada vez mais espetados.
- Aleluia irmãos. - Disse Sirius dando altas gargalhadas. – Até que em fim. Só me resta lhe dar os parabéns Pontas.
- É, mais eu tinha certeza que uma hora ou outra isso ia acabar acontecendo.
- Dá para vocês falarem mais baixo, o Frank deve estar tentando dormir. – Disse James envergonhado.
- O Frank... – Começou a dizer Sirius cinicamente levantando da cama. Ele deu meia volta no dormitório e puxou a coberta que cobria Frank. Mas no lugar de Frank havia apenas um monte de travesseiro.
- Onde o Frank foi?
- Boa pergunta Pontas. – Respondeu Rabicho.
- Tenho um palpite. – Disse Remo pensativo.
- Alice? – Perguntou James rindo olhando para remo que acenou com a cabeça afirmativamente.
- Foi o que eu pensei.
- Mas em fim, o Filch viu vocês?
- Bem, acho que não, nós entramos logo em baixo da capa, mas ele viu você e a Lily? – Perguntou Remo preocupado.
- Não sei, mais isso agora não importa. – Respondeu James sonhadoramente.
- É para você não importa é seu veado? – Tornou a perguntar Sirius com tom de riso na voz.
- Não, e não me chame mais de veado seu cão pulguento.
- Mas isso teve mais do que o beijo entre a Lily e o James de bom. O Ranhoso se deu mal. – Disse Remo.
- A é né.
- Ele não tem nem mapa, nem capa da invisibilidade para se safar. – Falou Sirius.
- É, mais sabe que nós estávamos lá. – Lamentou James.- Mais o que aconteceu com a Má?
- O mesmo que aconteceu com a gente. Devem estar cochichando agora.
- Ou dormindo, que acho que é o que devemos fazer. – Disse Remo levantando da cama de James se deitando na sua. Os outros marotos fizeram o mesmo, apagaram as luzes e se deitaram quando o dia logo começara a amanhecer.
Mas antes de James conseguisse dormir Sirius o chamou novamente.
- Pontas, hei... - Chamou-o Sirius.
- Que foi Almofadinhas? – Perguntou James sonolento se virando e abrindo um pouco a cortina da sua cama.
- Sabe o que é...
- Se você me falar quem sabe.
- Mais você não me deixa falar. – Retrucou Sirius.
- Então fala meu cãozinho lindo. – Disse James calmamente.
- Eu não consigo dormi. – Respondeu Sirius rapidamente envergonhado.
- Saudades da mamãe?
- Não Pontas, é serio, para de rir. – Disse Sirius ficando bravo.
- Então, me fale por que o Sr. Black não consegui dormir? – Perguntou James imitando uma voz mais seria.
- Poruqe u e naõ para consigo nea.
- O que? – Perguntou James mais confuso ainda.
- EU NÃO CONSIGO PARA DE PENSAR NELA. – Berrou Sirius. Remo se mexeu na cama ao lado mais não acordou.
- Não grita! Nela quem?
- Nela quem? – Imitou-o Sirius. – Na Mafalda Pontas. Eu devo estar ficando louco.
James riu.
- Meu cão sem dono está apaixonado?
- Não! Não posso estar. Eu sou... Sirius Black, um maroto.
- Eu sei, eu também sou um maroto.
- Você é diferente cara, eu não posso estar apaixonado. – Retorquiu ele colocando mordendo o travesseiro.
- Por que não? – Insistiu James.
- Por que não Pontas. Boa noite. – Disse Sirius se virando e puxando as cortinas da sua cama.
- Vai entender não? – Disse James para si mesmo quando já estava quase babando no travesseiro, o sono veio logo e se Filch o tivesse visto amanha eles teriam um longo dia.


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Obrigada pelos comentarios...
Depois eu respondo um por um.. agora eu não posso..
mais obrigada mesmo assim...

bjus... e continuem comentando...

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