Prólogo de um Assassinato



Todos os personagens que vc reconhecer pertencem à J. K. Rowling. Eu não quero e nem vou lucrar com o que escrever.

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PARTE 3:

DOCE VINGANÇA

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CAPÍTULO I. O PRÓLOGO DE UM ASSASSINATO.

Mais uma vez, a Assassina fecha os seus olhos se deixa o seu semblante ligeiramente tranqüilo, apesar das más lembranças que acabaram de ser jogadas na Condenada. As suas mãos passam pelo seu cabelo, num gesto cansado, porém quase displicente.

Seus olhos abrem.

O olhar que a Condenada recebe poderia fazer qualquer um estremecer.

Só que dessa vez, não de medo.

A Assassina olha para a mulher sentada à sua frente de uma maneira tão sofrida, que quase não deixa dúvidas de que a dor trazida pelas lembranças é bem maior do que a dor física que a Condenada transpira.

“Por que, Bella? Por que você fez isso?”.

A Condenada suspira, desviando os seus olhos da expressão sofrida da mulher que há pouco parecia tão fria.

“Você sabe. Foram as ordens.”

A Assassina se levanta. Lentamente, caminha até a mesa onde os objetos de tortura ficam e pega uma pequena peça de metal... um cortador de charutos.

Abaixa-se atrás da cadeira onde a Condenada está sentada e coloca o pequeno objeto cortante envolvendo o dedo mindinho dela. Num movimento rápido, a Assassina o decepa.

O grito da Condenada foi tão alto que não podia ser ignorado.

A Assassina segura o ferimento com frieza espantosa, encharcando as suas mãos com sangue. Apertando, até as partes visíveis dos seus dedos ficarem brancas.

A condenada tenta se contorcer, gemendo.

Olha para cima, como se pedisse clemência a alguém que jamais a ouviria.

E chora, numa cena que nem a mais fria das criaturas assistiria sem embrulhar o estômago.

Rudemente, a Assassina solta o ferimento se levanta, para poder olhar para a Condenada.

“Eu lhe ofereci a minha amizade! Quando todos lhe deram as costas, fui eu quem lhe ajudei! Se não fosse por mim, você estaria em Azkaban! Você teria ido para Azkaban depois da primeira guerra, e você teria ido depois da segunda! Como você pôde fazer isso comigo?”

Um risinho sádico se apossa dos lábios trêmulos da Condenada.

“Não foi só isso que eu fiz, Amélia. Seus pais... fui eu! Eu dei a idéia, eu executei” o rosto da Assassina se contrai com ódio e rancor. “Te torturar até quase a morte: idéia minha! Seu querido marido: idéia minha!”

“CRUCIO!”

Gritos desesperados enchem a casa, enquanto a condenada se contorce. É impossível imaginar a dor que ela está sentindo no momento... A morte, certamente, será um bom destino, depois de tudo o que ela está passando.

A Assassina a olha se contorcer, não com triunfo. O seu rosto raivoso mostra algumas lágrimas se formando, mas que, julgando pelo seu depoimento há pouco dado, ela não quer deixar descer.

De súbito, ela deixa de apontar a varinha para a Condenada, enquanto esta respira fortemente.

NÃO OUSE MENCIONAR BRIAN!”

O rosto sádico da Condenada ficou respingado pela saliva da Assassina. Desafiando a dor e o perigo, a Condenada continua, atrevida.

“Menciono! E menciono também o...”.

Mas, antes que ela continuasse, a Assassina, num gesto rápido, pega um punhal e o enfia no joelho da condenada, que, mais uma vez, grita e deixa as lágrimas serem derramadas em cascata.

“NÃO OUSE! Não ouse!”.

O silêncio deixou esta cena ainda mais tensa do que poderia ser. A respiração entrecortada das duas mulheres, a expressão de ódio, dor e sofrimento, arrepiariam qualquer um que porventura pudesse estar acompanhando a cena.

A Assassina se levanta e volta à cadeira.

A primeira lágrima finalmente cai dos seus olhos.

“Tudo o que eu passei... a dor, a humilhação. Ver meus pais mortos... ver meus amigos mortos... Ver Severo naquela cela... Todo o sofrimento não foi nada, quando comparado com o que eu senti pelo que você fez...”.

Suspira, como quem tenta controlar o choro inevitável.

“Eu não me matei Bella, porque eu não tinha forças para me jogar da mais alta torre de Hogwarts... eu não conseguia nem levantar uma faca para delinear novamente a minha cicatriz.

“Todo esse tempo, eu sobrevivi para ver aqueles pagarem... e eu o fiz”.

O rosto da Condenada ergue-se em espanto.

Um sorriso triunfante vem da Assassina.

“Não foram acidentes, Bella. Não existem acidentes. Eu matei um a um, para satisfazer a minha enorme sede de sangue e vingança... inexplicavelmente, ela nunca saciava. Mas agora... agora eu tenho fé que poderei ter paz de espírito novamente. Os seus gritos, os gritos do seu marido... meus amigos... esses gritos me darão a paz que eu necessito.”

Mais uma lágrima.

A Assassina, mais uma vez se ajeita na cadeira, como se pronta para recomeçar o seu relato.

Eu o amava.”

Baixa a cabeça, em soluços.

E a ergue novamente, enxugando as lágrimas com as costas das mãos.

“Eu não posso dizer que não era feliz ao lado de Brian... Apenas não era completa. Eu sabia muito bem o que faltava na minha vida, embora nunca admitisse.

“Marido e mulher de verdade nós nunca fomos. Éramos grandes amigos morando junto... éramos felizes na nossa espécie de casamento de fachada. E as crianças também eram felizes, e isso era o mais importante. Ninguém seria pai melhor para Phill e Ed do que Brian... Ele era exemplar, e amava as crianças como se, de fato, fossem dele.

“Nós sempre nos sentimos livres para ter outros compromissos... até para casar, se quiséssemos. Mas a nossa vida era tão boa, que não jogaríamos fora. E os namorados eventuais implicavam com a situação de o companheiro estar vivendo e se dizendo casado com um ex-caso.

“Eu mudei muito, nessa fase da minha vida. Pensei que, esquecendo meu passado, esquecendo quem eu era, eu seria, necessariamente, mais feliz. E eu esqueci. Virei aquilo que ninguém jamais imaginaria: uma mãe, dona-de-casa, de cabelos loiros e que usa vestidos leves de verão o tempo inteiro. Uma exímia cozinheira, que sabe fazer todos os tipos de guloseimas para os filhos. Aquela que costurava, passava... Irônico. Eu me tornei uma verdadeira Amélia. Nada de bebidas – apenas um vinho de vez em quando – ou cigarros. Tudo para dar exemplos bons para os filhos.

“E assim o tempo passou. No começo, eu achava que não ia suportar... mas fui levando... por um ano... dois, três... E, quando eu menos esperei, já tinham se passado onze anos! Minha juventude já tinha ido embora e eu era uma mulher completa, crescida... não mais uma meninota irresponsável. Eu estava perto dos meus quarenta anos me sentindo feliz... uma felicidade leve, uma calmaria... as crianças já estavam querendo entrar na adolescência... e eu pensava que tudo o tinha de dar errado na minha vida já tinha passado, e eu tinha saído ilesa.

“Eu estava redondamente enganada, não estava?

“Quando eu pensei que não tinha mais chances do meu passado ressurgir, aconteceu.

“O começo do meu fim veio com uma grande manchete no The Wall Street Wizzard.”

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Reviews, por favor.

Bjus para a minha irmãzinha Sheyla, que foi promovida à BetaReader! Hehehehe!

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