Festa de Iniciação



CAPÍTULO VIII. FESTA DE INICIAÇÃO

A excitação crescia a rapidamente, junto com a diminuição de pudor dos carinhos trocados entre os amantes.

Severo a beijou com força, pressionando-a. Um breve momento de sanidade a acometeu: Ela deveria estar trabalhando! A sua equipe precisava dela... E ela estava... Confraternizando com o inimigo!

Tentou empurrá-lo com uma mão, mas ele segurou-a e a cravou contra a parede. O pulso ficando roxo com a força que ele aplicava.

E a sanidade acabou.

O prazer dos beijos e a dor das mordidas, tudo se misturando.

Era repentino, era errado.

Ela estava no meio de uma batalha!
E, mesmo assim, naquele momento, não mais considerava resistir.

As mãos dele desceram para a sua coxa esquerda, alisando-a. E erguendo-a. Passeando por Debaixo da saia... Tocando...

Ela gemeu baixo, no ouvido dele.

Ele se aproximou ainda mais... Ela pode sentir a sua masculinidade.

Ele enganchou os dedos na lateral da tanga dela. Ela sussurrou.

- Rasgue.

E ele obedeceu.

Num movimento rápido, arrebentou e livrou-a daquele pedaço de pano.

As mãos dela desceram para abrir o zíper da calça dele. Ele deixou escapar um gemido rouco quando os dedos de Amélia tocaram aquela parte tão sensível do seu corpo.

A olhou demoradamente.

E, então, a sua mão desceu para a sua coxa direita, suspendendo-a...

E um barulho quase imperceptível interrompeu-os.

Amélia olhou para o lado imediatamente, para a fonte do barulho. E viu apenas duas pernas fazendo o caminho de volta para a batalha, sendo consumidas pela escuridão do corredor.

- Merda!

O empurrou, livrou-se do corpo daquele homem que tanto lhe inspirava fascínio.

Ele, por sua vez, não fez objeções em se separar dela, ofegante. Tentou se recompor – a começar pelos seus trajes, apanhando a máscara e a capa.

Quando ele se abaixou, Amélia viu, de rabo-de-olho, a varinha que ele tinha jogado no chão, minutos antes. Seus olhos brilharam.

Ele percebeu, também com os olhos vidrados no pequeno objeto mágico.

A varinha estava situada exatamente no meio deles... E a regra do jogo era simples: quem pegasse primeiro, vencia.

Quase no mesmo momento, eles jogaram os seus copos no chão. Talvez ele tivesse receio de machucá-la, pois não usou muita força para brigar pela varinha, o que fez com que Amélia ganhasse.

Ergueu-se rapidamente, apontando a varinha para Severo.

Ele deu um sorriso amarelo.

- Você usaria mágica contra mim, Amélia?

O sorriso que ela abriu foi sarcástico.

- Parece que as posições se inverteram, não?

- É... Você está por cima! Agora é a hora em que você tenta me estuprar.

Gargalhada rouca. E seriedade.

Aproximou-se violentamente ameaçadora.

- Não. Essa é a hora que eu te estuporo e te prendo. E depois é a hora em que você será torturado e morto... pelas minhas mãos.

Ele quase sorriu... Mas viu que ela falava sério.

- Muito bem.

Abaixou a cabeça, em sinal de rendimento.

Amélia conjurou cordas que apertaram o pulso dele.

Começou a arrastá-lo... enquanto pensava no que quase tinha acontecido.

Será que tinha o dever de prendê-lo, de ser sempre tão racional? Talvez ela pudesse se dar ao luxo de, pelo menos uma vez, não ser tão profissional. Aliás, que diabos, ela já não tinha sido nada profissional, pesmo!

Foda-se!’

O arrastou para a parede, encostando-o. A varinha ameaçadoramente em seu pescoço.

- Você não me prenderia, não vou te prender. Estupe...

- Espera!

Ela bufou.

- O que?

- Será que podemos passar o nosso encontro de hoje pra amanhã de noite?

Rolou os olhos.

- Amanhã, às oito, no restaurante perto da sua casa. Estupefaça!

E o corpo dele caiu no chão.

Ela se apressou – já deviam ter sentido a falta dela.

XxXxXxX

O cenário que ela encontrou foi animador: Comensais rendidos prontos para serem levados para longe.

Frank Longbotton aproximou-se, semblante um pouco preocupado, junto com Schwartz.

- Onde você se meteu?

Ela sorriu, sarcasticamente.

- Fodendo um comensal. – Não deixava de ser verdade. – Como estão as coisas aqui?

Schwartz suspirou.

- Não tão bem quanto parece, afinal isso era aquilo que se conhece como “festa de iniciação”.

Amélia parou por um momento. Franziu o cenho.

- Isso significa que...?

Frank completou.

- Isso significa que tivemos muito trabalho por nada.

- Ótimo.

Amélia já podia sentir uma dorzinha de cabeça irritante se apoderando dela. Ergueu a voz para todos da sala.

- Senhores, eu sei que vocês estão cansados e que quem devia assumir a partir de agora era eu, apenas. Mas parece que pessoas não me contaram tudo o que tinha pra saber. Vocês vão fazer hora extra. Quando voltarem, ponham os comensais na sala de interrogatório e vão para a nossa sala.

XxXxXxX

- Festa de iniciação. O que quer dizer isso?

A irritação dela era óbvia pra todos. Frank Longbotton começou a falar, com a voz um tanto alterada pela intimidação.

- É a primeira tarefa dos novos Comensais, quando eles vão ser inaugurados. Geralmente só têm dois comensais de elite, os que treinaram os novos; no caso, foi Snape e Lestrange.

Quase imperceptivelmente, o lábio de Schwartz curvou. Disse:

- Lestrange foi salva por Snape. E Snape... Bom, ele misteriosamente desapareceu no meio da nossa festinha.

Será que foi ele...?’

Amélia preferiu fingir que não tinha percebido o sarcasmo na fala dele.

Continuou.

- E essas festas têm sempre convidados...? E, como eu me informei a pouco, o convite é sempre o mesmo para todas essas festas de iniciação. E eu fui para a PORRA dessa missão, sem saber que estaríamos lidando com INSIGNIFICANTES! Nós perdemos o nosso tempo. – ela se virou, para sair da sala. Mas não sem antes dizer. – Da próxima vez, não presumam que eu sei; contem-me toda e qualquer informação que vocês tiverem sobre a missão, não importa se vocês acharem que ela é importante ou não; eu decido isso. Agora vão vocês mandar aqueles bastardos para Azkaban. Eles não são bons suficientes para serem mortos.

E, assim, desaparatou. Apenas queria dormir.

XxXxXxX

A manhã não inspirava nela desejo algum de ir ao trabalho. Apenas mandou uma coruja, avisando da sua ausência... Não tinha nada pra fazer lá, mesmo.

Aproveitou á tarde para tomar um vinho enquanto colocava a casa em ordem. – Não gostava de usar mágica para arrumar. Preferia fazer tudo manualmente, da maneira mais difícil.

Mas, é claro, a chegada da coruja do ministério no meio da tarde acabou com seu sossego.

Uma pequena carta que dizia apenas:

“Presença urgente”

XxXxXxX

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