Matar ou Morrer




Todos os personagens que vc reconhecer pertencem à J. K. Rowling. Eu não quero e nem vou lucrar com o que escrever.

PARTE 2:

ASCENSÃO E QUEDA DE UMA ASSASSINA.

XxXxXxX

CAPÍTULO I. MATAR OU MORRER

Os olhos da Assassina, há pouco fechados, consumidos pelas lembranças, se abrem. Ela volta a olhar nos olhos da condenada.

“Muitas lembranças, não, Bella?”

A Condenada faz uma expressão de puro desdém. Desvia o seu olhar.

“De fato. Muito que eu não lembrava.”

A Assassina sorri maquiavelicamente. Levanta-se. Em passos muito lentos, ela chega até a mesa e pega uma garrafa de líquido verde. Segura o gargalo da garrafa. Aperta. As pontas dos dedos começam a ficarem roxas.

E finalmente a levanta... A ergue até os seus lábios e lá derrama o seu conteúdo.

Ela faz uma careta discreta.

O barulho dos seus passos contra o assoalho volta a ecoar no pequeno quarto.

Ela chega até as costas da condenada e derrama o líquido em seus pulsos feridos pelas cordas.

A Condenada geme.

A Assassina olha cruelmente para os pulsos esfolados da Condenada. Os olhos dela ficam distantes por um momento, como se ela se perdesse, mais uma vez, em lembranças. Mas logo a expressão cruel de antes volta.

Tornou a se sentar na cadeira em frente à Condenada. Seus olhos pousaram na expressão de dor contida da Condenada, em seu peito arfante. O seu semblante não mudou.

“Absinto.”

“Eu sei.”

“Eu sei que você sabe. Sei que já tomou muito dele, Bella. Essa bebida vai ser bastante citada, daqui pra frente.”

A Condenada gargalha... E no meio dessa gralhada, ela tosse sangue. Sussurra.

“Sua bêbada.”

A Assassina ri.

“Exato! Eu sou uma bêbada.”

Mais um longo gole.

“Você nunca gostou de mim, não é verdade? Você sempre fingiu...”

“E você só percebeu isso agora?”

A Assassina baixa a cabeça. Ela teria ficado triste com o comentário?

“Não. Eu percebi no momento que você---”

Ela suspira.

“É melhor que eu continue com a história.”

Encosta-se confortavelmente na cadeira. A sua expressão volta a ficar sonhadora.

“Minha vida na América... O que eu posso dizer sobre ela?... Foi bem divertida, eu devo admitir... Também educativa, mas não muito.

“Bom, quando eu cheguei, mamãe estava, de fato, doente. Tive que passar duas semanas cuidando dela, sem fazer mais nada. Depois, ingressei nas faculdades: Magia negra pela manhã, Técnicas de Guerra pela tarde e Espionagem pela noite... Era tarde demais para mudar os cursos... e eu estava tão mal que nem pensei nisso.

“Não trabalhei em nenhum dos três anos que eu passei lá... E com essa agenda, era impossível manter um trabalho...

“E eu fui bem quietinha nos primeiros meses... Mas o pessoal de Espionagem me aliciou... Eu acabei optando por levar a vida mais devassa e irresponsável que conseguisse... Resultado: muitas madrugadas fora de casa e muitas faltas em Magia Negra.

“Meus pais não agüentaram por muito tempo... Depois que eu levei o primeiro namorado que tive por lá para dormir na casa deles depois de uma noitada, eles decidiram me dar um apartamento... Sabe, o que os olhos não vêem o coração não sente.

“Esse apartamento foi o maior erro que meu pai já cometeu na vida!

“Foi lá que eu aprendi quase tudo do que sei hoje sobre sexo. Eu tive três namorados em três anos: o primeiro durou três meses, o segundo cinco e o terceiro um ano e meio. Eles me mostraram que o sexo que eu tinha com Severo era bem pobrezinho... Coitado... Era tão inexperiente... Eu descobri, principalmente com o meu terceiro, Brian, até onde o sexo poderia ir.

“Nesse apartamento também eu descobri os prazeres do tabaco. E de algumas outras ervas, eu devo admitir!

“Nossa... Foram os três anos mais divertidos e irresponsáveis da minha vida! Eu sempre fumava muito e bebia muito.

“Contrariando as minhas expectativas, eu acabei por gostar muito - muito mesmo - de voltar a viver nos Estados Unidos. Tanto que Não voltei à Inglaterra nem para o casamento de Lílian e Tiago.

“Bom, no fim do meu terceiro ano lá, me formei nos três cursos. E com médias ótimas! Mas as aulas acabaram por me endurecer um pouco. Já não existia absolutamente nada daquela Amélia quase-meiga dos tempos de Hogwarts. Eu tinha virado uma pedra. Eu estava quase como sou hoje... Talvez mais fria.

“As aulas de Táticas de Guerra me ensinaram que uma vida não tem valor – uma causa sim. Que tirar uma vida seria tão normal quanto comer ou dormir. Só se precisava de uma causa para isso.

“As de espionagem me ensinaram a não sentir... Não sentir dor, não sentir amor, não sentir compaixão. Ensinaram-me a perder a minha humanidade.

“No fim do meu último semestre, nós fizemos uma aula de campo. Objetivo: caçar e exterminar os membros de um grupo xenófobo.

“Eu matei pela primeira vez nesse dia. Matei seis homens... E torturei dois, os líderes, em busca de informações. Eu me saí muito bem nessa missão. Meus professores me disseram que eu tinha me tornado uma máquina de matar. Uma arma de guerra. Quer saber a verdade? Eu gostei bastante.

“Quando eu pensei em encontrar o meu primeiro emprego (eu estava pensando na inteligência bruxa americana), meu pai me perguntou se eu queria voltar para a Inglaterra. Ele ia discutir a guerra e fazer acordos de ajuda com o ministro britânico... Talvez se eu fosse, ele disse, eu pudesse conseguir um bom emprego no ministério de magia.

“Eu é claro, aceitei na hora! Não perderia por nada nesse mundo a chance de ficar bem no fogo cruzado... Esperando apenas matar ou morrer.”

XxXxXxX

Reviews, por favor.

A parte dois se iniciou. Continuo insistindo, antes que as cabeças comecem de fato a rolar – coisa que acontece a partir do próximo capítulo –, as pessoas que acham que vão se chatear com a minha mudança na narrativa deixem de ler. Não quero saber de reclamações, depois!

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