Declaração
Thomas, Átila e Luna correram para o Eric, que estava desacordado no chão. A explosão havia atingido o rosto e todo o tórax do garoto. Thomas tentou segurá-lo sozinho, mas o peso foi maior. Átila ajudou o irmão a colocar o braço do Eric em cima do seu ombro, e depois segurou o outro braço. Luna, que ficou sem saber o que fazer, foi adiante abrir a porta para que os três passassem para irem à Ala Hospitalar.
- Eu vou chamar a madame Pomfrey – disse com a voz um pouco angustiada – ouvi ela dizer que ia comemorar o reveillon com os professores.
- O que é aconteceu? – perguntou madame Pomfrey ao chegar à Ala Hospitalar seguida da Luna e vendo o Eric já deitado em uma cama.
- Os fogos mágicos do reveillon estouraram antes da hora nas mãos dele. – disse Átila.
A madame Pomfrey aproximou-se do Eric – atingiu o rosto também – disse séria.
- Sabemos – falou o Átila.
- Me dêem um minuto. – disse enquanto fechava as cortinas que ficavam em volta da cama que o Eric encontrava-se.
Thomas, Átila e Luna escutaram apenas alguns barulhinhos e a madame Pomfrey conjurando alguns feitiços.
Uns cinco minutos depois, a cortina abriu-se, a madame Pomfrey apareceu com um rosto muito mais sereno que antes.
- Ele vai ficar bem – disse – a explosão foi forte, se fosse um trouxa talvez tivesse morrido. Mas, ele apenas vai precisar ficar aqui em observação, tomar uma poção durante alguns dias, e passar outra nas queimaduras, para não ficar com cicatrizes.
Os três amigos respiraram aliviados.
- E por que ele está desacordado? Quando ele vai acordar? – perguntou o Thomas.
Madame Pomfrey deu um pequeno sorriso e respondeu – Foi o impacto da explosão meu querido. Vou dar-lhe uma poção que vai fazê-lo não ter pesadelos enquanto dorme agora.
- Tenho que avisar ao meu tio. – disse Luna.
Thomas assentiu com a cabeça.
- Eu vou ficar aqui. – disse.
- Eu também fico. – falou o Átila.
Luna concordou com a cabeça e foi ao corujal. Uma meia hora depois voltou, e ficou com os meninos contemplando o Eric dormindo.
Ao dar umas duas da manhã, a loira pegou no sono acompanhada pelo Átila. Thomas a mandou voltar para o dormitório, mas ela recusou.
Às três horas da manhã, Thomas lembrou-se de uma coisa, ou melhor, pessoa, Ariadne. Por causa do acidente do Eric, todos haviam esquecido dela na sala, e não teria nenhum problema, se ela não estivesse bêbada.
- Droga, se o Filch a pegar naquele estado, ela estará frita... - pensou o Thomas. Ele levantou-se da cadeira e acordou a Luna que dormia sentada com a cabeça apoiada na cama do primo.
- Tenho que buscar Ariadne na sala e levá-la ao dormitório, mas não sei o caminho, você poderia ajudar?
Luna assentiu com a cabeça e acompanhou o Thomas até a sala perto do Gárgula.
Ariadne estava como haviam deixado, dormindo no puf, com uma garrafa de uísque de fogo na mão e babando pelo lado direito da boca.
Thomas abaixou-se e a cutucou um pouco, mas a garota apenas abriu os olhos, grunhiu alguma coisa e voltou a fechar os olhos.
- Ela vai ter uma bela ressaca mais tarde – disse o Thomas para a Luna que pela primeira vez após o acidente, deu uma risadinha.
Como Ariadne não parecia que ia levantar-se só e ir de boa vontade para seu dormitório, Thomas a carregou nas costas, igual a uma mãe macaca que leva seu filhote nas costas enquanto ele não aprende a andar.
- Ei, Ariadne, segure mais forte, você está caindo.
- Siiim – respondeu com os olhos fechados e apertou mais o pescoço do Thomas.
- Eeei Ariadne, vocês está me apertando demais!
Luna riu.
Os três prosseguiram mais em silêncio.
- Ai Ariadne... por que se apaixonou por mim? Você é muito pra mim... - Thomas deu um suspiro e continuou a caminhar - Então pensei que se a rejeitasse da maneira certa você iria embora... Olhar para você me dói, porque é como eu olhasse para mim mesmo... É como se eu me visse na perspectiva da Cho... chato e persistente...
Ariadne afrouxou um pouco mais o pescoço do Thomas.
- Ei! Ei! Ei! Já disse que você vai cair desse jeito!
- Eu escutei um BUUUUM. – falou Ariadne.
- Não se preocupe, não aconteceu nada de mais.
Prosseguiram com o caminho. Thomas sentiu algum líquido em sua cabeça
- EEI Ariadne! Você está babando em mim???
Eram lágrimas da loira garota que estava sendo carregada.
- Eu te amo! Amo! Amo muito! – mais lágrimas caíram dos olhos da Ariadne. Luna ficou sem saber para onde olhar. – Muito! Amo muito!
Thomas deu um pequeno sorriso.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Hã... alguém ainda está lendo esta fic?
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!