A família de Juliette

A família de Juliette



NOTA: Como diz o nome do capítulo, muita coisa escrita vão ser os pensamentos e lembranças da Juliette. Então, para eu não ficar interrompendo o texto dizendo ‘pensou Juliette, lembrou Juliette’ o que estiver em Itálico vão ser os pensamentos ou lembranças dela. xD Ah, se você não gosta da Juliette, pode pular este capítulo, porque só vai falar dela. Boa leitura!
*-*-*-*--*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*--*-*-*-*-*--*-*-*--*-*-*---*-

- Natal na casa de meus pais. Toda a minha família reunida, tios, primos avós, todos alegres, conversando, festejando. E eu aqui perto da janela tentando imaginar uma falsa liberdade olhando apenas para o belo céu azul estrelado. Tentando ser uma pessoa melhor que sou.
- Meia Noite pessoal! – gritou uma senhora meio gorda e com cabelos grisalhos já um pouco bêbada. – Hora de abrir os presentes!
Meia dúzia de crianças avançou sobre a árvore de natal procurando seus respectivos presentes, Juliette virou o rosto da janela para os primos. Um parente mais velho afastou as crianças da árvore e foi chamando as pessoas para receberem seus presentes. Na hora da Juliette, ela recebeu inúmeros pacotes de presentes. Subiu ao quarto discretamente, não notariam mais a falta dela agora que não tinha mais nenhum papel fundamental na sala. Fechou a porta do quarto e abriu um a um os presentes. Como havia suspeitado, a maioria era livros com cartões dizendo:
- Esperamos que com este livro você melhore suas notas. – leu baixinho o cartão. - É... já era o esperado...
Juliette deitou-se na cama e voltou a contemplar o céu estrelado, pensou quantas pessoas deveriam estar fazendo o mesmo que ela - Não muitas, garanto. Esta hora todos estão felizes com suas famílias reunidas
Virou-se de lado e fechou os olhos, lembrou de seu primeiro dia em Hogwarts, quando o chapéu seletor a colocou na Lufa-lufa em vez da Corvinal.

- Todos da minha família, todos, sem exceção alguma, foram da Corvinal. Apenas eu fui parar na Lufa-lufa. Uma casa onde quem não tem aptidões para entrar nas outras casas acaba ficando nela... *suspiro*
Escutou alguns barulhos de crianças correndo pelo corredor.
- MANHÊÊÊÊÊ! O NICOLAS ME DEU UM PIRULITO FURA LÍNGUAAA!
- MENTIRA! MENTIRAA! ELA JOGOU BOMBAS DE BOSTA EM MIM!
- ELE ESTÁ MENTIDOOO!

Juliette pôs as mãos na cabeça. Não conseguiria dormir com tanto barulho. Sentou-se na cama e pegou um dos livros que deixara de lado. Era um livro de poções para alunos do segundo ano, ela era quarto.

- Eles têm razão, - alisou a capa do livro com a mão - preciso conseguir superar as expectativas, ser alguém tão bom profissionalmente como eles.
Começou a ler o livro que ganhara. Aos poucos as letras foram ficando embaçadas, o barulho dos primos mais jovens ficando mais longe...


Acordou cedo, três corujas estavam em sua janela. Juliette a abriu, imediatamente as corujas entraram no seu quarto, duas carregavam a mesma cesta, outra apenas um saquinho na perna. Pegou primeiro a cesta, havia um belo coelho de pelúcia e um cartão dizendo.

Cara Sewell

Feliz Natal! O baile de Inverno foi particularmente bom, mas espero que tenha aproveitado bastante sua família por perto.
Átila e a Ariadne estão mandando lembranças e um feliz natal também.
Não sabia muito o que comprar, mas achei este coelhinho a sua cara. A barriga dele se abre e há alguns chocolates dentro. Espero que goste.


Átila



De fato, Juliette abriu a barriga do coelho e achou vários bombons de chocolate. Comeu alguns e a outra coruja piou pedindo atenção. Juliette havia esquecido da terceira coruja, então se levantou e pegou o que talvez fosse o segundo presente. E era. Porém não havia cartão algum. Ela abriu o pequeno saquinho, era uma linda pulseira fina de ouro, e algumas pedras brancas cravejadas, e no momento que ela a pos no braço, as pedras tornaram-se um azul claro.

Logo depois, desceu para tomar café da manhã, mas como havia comido alguns chocolates, a fome não foi muita, o que a fez ouvir certos comentários.
- Você deveria comer queridinha, vai melhorar o seu cérebro.
- Não diga isso tia. Ela não tem culpa ser assim.
- Foi o chapéu Seletor que a pôs lá.
- Mas isto não deixa de ser uma vergonha para a nossa família. O que esta garota vai ser? Uma simples vendedora de qualquer loja do beco diagonal?
Juliette apenas fechou os olhos e respirou fundo. Já estavas acostumada com esses tipos de comentários desde que foi parar na Lufa-lufa.Já era normal quando toda família estava reunida, ela ser quase sempre que era o alvo das críticas. Nunca nada estava perfeito, nunca nada estaria ao alcance dela. Apenas por não ter sido escolhida para a Corvinal.
- Esqueci de mandar um agradecimento para o Garrett - Juliette pôs alguma comida em seu prato e começou a comer. - Minha coruja não está aqui, tomara que as de Hogwarts ainda estejam
- Isso! Coma ferro para ver se melhora essa sua cabecinha!

Terminado o café da manhã, Juliette novamente subiu para o quarto, como sempre sentiu que seria muito mais útil lá que na sala. Havia ainda uma coruja em seu quarto, comendo o que era da coruja dela. - Engraçado é que parece o Eric... -
Pegou um pedaço de pergaminho na mala – Espere um pouco ta? Tenho uma carta para entregar – a coruja deu um pio e continuou a comer.
Juliette terminou de escrever, lacrou o pergaminho e o amarrou na perna da coruja e ficou observando ela voar mais e mais longe.
- TIAAAAAAAA! O NICOLAS JOGOU BOMBA DE BOSTA EM MIM!!!
- MENTIRAAA! MENTIRA MÃE! ELA PUXOU O MEU CABELO PRIMEIRO!

Seria um longo feriado...

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.