Precisa-se de um par

Precisa-se de um par



Dezembro chegou, a neve estava mais forte do lado de fora do castelo. O baile de inverno se aproximava mais e mais, e o desespero do Átila aumentava proporcionalmente, porque depois de Juliette disse que voltaria para casa, o baile havia perdido a graça para ele. Mas, como sua amada, não poderia voltar para passar o natal com a família, com certeza Liam, seu irmão mais velho zombaria dele por todo o feriado por não ter arranjado ninguém para acompanhá-lo e que até o exato momento, era a mais pura verdade.

- Será que se eu tirar essa unha daqui e tocá-la em algum metal ele vira ouro? – disse Eric olhando fixamente para o pingente com a unha do Nicolau Flamel.
- Que nojo Eric! – falou Ariadne ao ver a unha boiando na poção dentro do pingente – Esta coisa não é a pedra filosofal.
- Então talvez, ela misturada com algumas coisas possa ser um elixir da vida!
Ariadne fez a menção de destruir a unha com a varinha que o Eric entendeu o recado, fez cara de emburrado e a guardou.
- Feia. – e deu língua pra ela.
- Perdi alguma coisa?
A voz do Thomas se aproximando fez mais uma vez o coração da Ariadne disparar, porém como já estava acostumada, conseguiu controlar o timbre da própria voz.
- Eric estava tentando fazer com que aquela unha nojenta transformasse os metais em ouro.
- É uma grande idéia não é Thomas? – falou Eric com um grande entusiasmo na voz e puxando a unha de dentro das vestes para mostrar para o amigo.
- Ai, afasta essa coisa de perto de mim.
- Hunf, você e a Adinê são tão antiquados. Parecem dois velhos sem graça.
Os olhos da Ariadne e do Thomas encontraram-se por alguns segundos, e depois riram.
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* Silêncio*
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- Hã... Como vocês se conheceram? – disse Ariadne tentando quebrar o silêncio.
- Quem? – perguntou Thomas – eu e o Eric?
Ariadne balançou afirmativamente com a cabeça.
- Ah, deixa que eu conto! – disse o Eric.
- Só não conte insanidades. – falou o Thomas.
- Arram – pigarreou o Eric – Bem, tudo começou quando o Thomas e eu éramos jovens garotos no primeiro ano de Hogwarts. Eu claro era uma criança linda e maravilhosa que atraia a atenção de todos, ai o Thomas se apaixonou por mim...
- O QUE? – Ariadne e Thomas gritaram tão alto que fizeram com que todos quem estavam em volta olhassem para eles.
- Eu disse para não falar insanidades! – e deu um tapão na cabeça do Eric – o que a Ariadne vai pensar da gente?
- Coisas não muito legais eu garanto – respondeu a garota.
- Deixa que eu conto. Na verdade, eu estava sozinho em uma cabine na primeira vez que eu vim para cá. Ai ele – apontou para o Eric com o nariz - entrou correndo nela, eu inocentemente deixei ele ficar. Além de comer todos os meus sapos de chocolate e meus feijões de todos os sabores, eu descobri que ele estava se escondendo por que havia jogado bombas de bosta perto da cabine.
- Ah Thomas! A minha história estava mais legal!
- Cala boca Eric. Resumindo, os monitores o acharam e ele jogou a culpa em mim ¬¬’ , tive que limpar tudo.
- Nossa.
- E a partir daí, ele grudou em mim. - Ariadne riu e o Thomas deu um suspiro. – e tornamos grandes amigos.
- Pô Thomas, vou chorar. – falou o Eric com lágrimas nos olhos e com cara de riso.
Thomas e Ariadne riram também.



Átila estava do lado de fora do castelo, observando alguma garota que talvez não tivesse ainda um par, olhou, observou, mas todas estavam alegres demais para quem não tinha par algum para naquela época.
- Estou ferrado - pensou.
- Átila...
Era Juliette, a crise de desespero momentâneo do Átila passou instantaneamente ao escutar a voz da garota.
- Eu o procurei por toda a parte. – disse enquanto sentava-se ao lado dele – tome, seu presente de natal. – e mostrou uma pequena caixa embrulhada com um papel roxo e com um laço laranja.
Automaticamente Átila ficou mais vermelho que os cabelos dos Weasley.
- O... obrigado – disse gaguejando e segurando o presente.
- Sei que é cedo, mas como não vou passar aqui o natal, resolvi dar logo.
- Muito obrigado – disse o Átila enquanto desembrulhava o presente. Sentia-se a pessoa mais sortuda do mundo.
Terminou de abrir o pacote, era uma camisa do time de quadribol da Inglaterra.
- É linda! Muito obrigado mesmo.
Juliette sorriu e o seu estomago roncou, fazendo com que os dois rissem.
- Acordei tarde e perdi o café da manhã. – explicou a garota.
- Vem cá, eu conheço um lugar legal. – e pegou o braço da Juliette e a arrastou até a cozinha. Fez cosquinha nas pêras e entrou junto com a garota. Como sempre, os elfos ficaram oferecendo comidas e mais comidas. Átila sentou-se com Juliette perto de uma mesinha que havia na cozinha, e ficou admirando sua amada comer pudim de abóbora, e desejando que aquele momento fosse eterno.

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