Quer ir ao baile comigo?
O frio já começava a chegar com o Outono, o rebuliço com o torneio tribruxo, o baile no natal eram os assuntos mais comentados em Hogwarts.
Thomas estava sentado observando algumas alunas do 5º ano da Corvinal.
- Por que você sempre foge? – perguntou Ariadne que acabara de chegar.
Thomas continuou calado.
- Você não vai contar a ela? – falou Ariadne com uma voz entristecida enquanto olhava também para as garotas da Corvinal – Você vai... ficar flutuando pra sempre no limbo... sem uma... resposta?
Thomas ficou calado por mais alguns segundos, e disse sem olhar para ela:
- Por que eu?
Ariadne olhou para o Thomas, sentiu seu coração bater como se fosse um ‘tambor enlouquecido’.
- Não adianta... Eu nunca vou mudar. Seria mais fácil se você arranjasse outro cara pra gostar. – levantou-se – Me esqueça – e saiu.
Aquelas palavras foram como estacas de gelo que furaram o seu coração. - Ele já sabia dos meus sentimentos antes mesmo que eu falasse... - Ariadne bem que tentou segurar as lágrimas mas acabou indo para o seu quarto e chorou por horas.
Átila saiu da aula de poções e correu para o Salão Principal. Reunira toda a coragem para convidar Juliette para o baile, tinha então que aproveitar a chance.
Sentou-se a mesa da Grifinória e esperou até a Juliette aparecer. Enquanto esperava, viu o novo professor de defesa contra a arte das trevas transformar um aluno da Sonserina em doninha e a professora Minerva intervir imediatamente. Pouco depois, Juliette apareceu no salão comunal. Átila levantou-se logo e foi falar com a menina.
- Olá Sewell. – e sentou-se ao lado dela.
Juliette sorriu, não estava mais tão tímida como antes.
- Olá Garrett. Aceita um pouco? – disse Juliette enquanto oferecia um pedaço de frango assado que havia na mesa.
- Não, obrigado. – respondeu Átila, depois respirou fundo - venha coragem, venha - pensou. – Hã... bonita a decoração não é?
Juliette balançou a cabeça afirmativamente enquanto mastigava.
- Coragem, coragem - pensou o Átila, mas no instante ela não veio e os dois ficaram em silêncio. - ... O ...ba....
- AAAAAAAAA – gritos agudos e altos vieram da mesa da Corvinal. Pirraça passara e jogara água em cima dos alunos que lá comiam. Logo veio o Filch e ameaçou chamar o Barão Sangrento, o ‘poltergeinst’ atravessou uma parede e sumiu.
Mas novamente, Átila travou e amaldiçoou Pirraça por ter aparecido assim e atrapalhado. Respirou fundo mais de uma vez, abria a boca, mas tornava a fechá-la.
- Sew... Sewell.
- Sim?
- Er... so... sobre... – Porém, mais uma vez não conseguira terminar a frase. Um monte de corujas entrou no salão Principal deixando os pacotes e correspondências para os alunos.
*suspiro* Átila respirou fundo.
- E o baile? – a frase saiu tão rápido e inesperada, que Juliette fez uma cara de quem não entendeu o que o grifinório havia dito.
- Er... o baile – repetiu – você já tem par?
Juliette terminou de engolir o pedaço de frango e disse:
- Não... – A felicidade do Átila subiu 100% – ... não vou ficar. Vou passar o natal com a minha família. – a felicidade do Átila caiu drasticamente. – E você? Já arranjou algum par?
- Não... ainda não...
Juliette sorriu – Tomara então que você consiga uma ótima pessoa para acompanhar-te.
Átila deu um sorriso amarelo – Tomara...
Uma bela coruja branca com manchas pretas pelo corpo parou na frente da Juliette com um bilhete amarrado à perna direita.
- Uma carta pra ti?- perguntou Átila. Juliette deu com os ombros enquanto desamarrava a carta da perna da coruja que mais parecia um dálmata.
Esta coruja que provavelmente está na sua frente agora é sua, ela ia chegar no natal, mas alguém tem que alimentá-la. Então cuide bem dela.
- É um presente para mim!
- Como?
- Alguém mandou essa coruja para mim. – disse Juliette sorridente enquanto alisava o animal.
De longe, Eric observava com uma expressão feliz.
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=> Obs: Mudei a idade do Átila e do Thomas (que aparece no 1º capítulo) para 15 e 16 anos respectivamente.
Obrigada pelos comentários \o/
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