A Verdadeira História
A Verdadeira História
A porta da Sala Precisa abriu-se e Dumbledore apareceu nela, seguido de Hagrid, McGonagall e Snape:
- Onde ela está Harry? – o diretor perguntou aflito.
- Não sei diretor... Ela sumiu assim que os ouviu chegando.
- Eu temia isso... – disse Dumbledore encarando Harry por trás de seus oclinhos de meia-lua – Minerva, cuide dos demais, Harry e eu temos um assunto a tratar. Severo, avise os pais de Malfoy sobre o ocorrido e tome todas as providências necessárias para levar o corpo do garoto até eles para poderem preparar o funeral apropriado para o filho. Harry, se fizer a gentileza – e o diretor indicou a saída fazendo com que seu aluno o seguisse até seu escritório.
Chegando lá, Dumbledore sentou-se em sua mesa, e indicou uma cadeira para Harry:
- Agora, se não for lhe pedir muito Harry, quero que me conte tudo o que ocorreu na Sala Precisa.
Harry narrou tudo o que aconteceu. Dumbledore ouvia cada palavra do aluno com uma expressão preocupada. Harry nunca o havia visto assim. Quando terminou de contar, Dumbledore perguntou:
- Você disse que Hailey desintegrou o corpo de Voldemort, mas que não o matou?
- Exatamente, senhor.
- Realmente, faz sentido.
- Mas senhor, eu não entendo... – disse Harry confuso.
- Há coisas que precisam do tempo certo para serem descobertas Harry, não se preocupe, a sua confusão é normal, uma hora você entenderá porque Voldemort não morreu esta noite.
- Senhor... Há outra coisa que eu gostaria de perguntar sobre Hailey...
- Pois bem, pergunte – o diretor disse calmamente.
- Por que Hailey temia o amor? Por que ela queria a Jóia de Goldstein? Por que matou Malfoy? E principalmente, como ela consegue fazer com que a maioria dos garotos se apaixonem por ela? – e dizendo isso, Harry abaixou a cabeça um tanto que envergonhado de si mesmo.
- Acho que tenho as respostas para suas perguntas Harry, mas temo que isso leve algum tempo para ser dito.
- Não importa, apenas me conte o que houve esta noite.
Dumbledore fez uma pequena pausa. Analisou Harry por alguns segundos até retomar a fala:
- Isso já faz muitos anos. Quando você e Hailey tinham um ano de idade e seus pais ainda estavam vivos Harry, porém, Voldemort matou os dela primeiro acreditando em uma antiga lenda da família Baudelaire que, alguns meses depois, ele descobriu ser falsa.
"Após esse episódio, os vizinhos de Hailey, que ficaram extremamente comovidos com a súbita morte dos Baudelaire, resolveram pegar a sua pequena filha para criarem, porém o que não sabiam é que Hailey estava marcada para um terrível destino. Um dia pela manhã, Hailey havia desaparecido de seu berço. Alguém a havia seqüestrado durante a noite e aquele casal de trouxas nunca mais viu a pequena garotinha.
"O que eles não sabiam é que quem havia seqüestrado a menina era alguém que a amava e sabia que, quando ela crescesse, eles estavam predestinados a ficar juntos e com medo de perdê-la, a levou consigo e a deixou em sua casa por algo em torno de dez anos.
"Conforme Hailey ia crescendo, mais desesperada ela ficava. Ela não conseguia encontrar a saída da casa e nem uma pessoa que a pudesse ajudar. A única pessoa que estava ali junto com ela, era seu seqüestrador, que cuidava dela às escondidas, pois ele não queria que ela visse seu rosto.
"Mas ele não sabia no que Hailey iria se tornar e um dia, quando foi levar a refeição ao quarto dela, Hailey estava a sua espera, não para matá-lo, mas para obter respostas, as quais ela nunca teve, pois aquele homem que sempre a amou, fugiu naquele dia. Hailey confusa, não sabia mais o que fazer. Ela tinha apenas onze anos e depois dessa experiência, a única da qual ela se lembra ter com o amor – sim, visto que aquele homem fora o seu único amor, mesmo que ela o odiasse com todas suas forças por tê-la trancado naquela casa – ela passou a temê-lo, pois neste sentimento ela via traição, medo, angústia, e não o quão belo o amor é."
Dumbledore fez uma breve pausa para poder respirar um pouco, Harry estava perplexo com cada palavra que ouvia do diretor, ele continuou seu relato:
- Após a fuga do homem, Hailey conseguiu escapar daquela casa e recebeu a carta de aceitação da Academia Mágica de Madrid. Lá, suas experiências com o amor não foram tão diferentes das que ela teve aqui em Hogwarts. Ela fez uma vítima lá também, Eric Peterson, que foi encontrado morto nos corredores da escola no último dia de aula, provavelmente, no dia que ele confessou seu amor à garota.
- Foi para descobrir o passado de Hailey que o senhor saiu de viagem?
- Sim. Percebi que havia algo estranho nela e resolvi investigar, acabei descobrindo o que lhe contei agora.
- Mas – disse Harry tentando encontrar palavras – como Hailey tornou-se tão... má?
- Não percebe Harry? – Dumbledore disse como se aquilo fosse óbvio – Não vê o exemplo de Voldemort? No que ele se tornou por não ter uma arma tão poderosa quanto o amor? No caso de Hailey, ainda não sei como ela se tornou tão poderosa em tão pouco tempo, mas acredito que uma experiência tão traumática quanto a que ela teve foi o suficiente para desencadear as Artes das Trevas nela.
Harry parou para pensar um pouco. As palavras de Dumbledore realmente faziam algum sentido em sua mente, mas era difícil de acreditar que ele agora tinha mais um inimigo para enfrentar além de Voldemort.
- Diretor... Mas o senhor ainda não me disse por que Hailey consegue despertar o amor em qualquer garoto mais próximo dela...
- Acho que suas próprias experiências podem responder esta pergunta Harry.
- E quanto a Malfoy?
- Ele foi realmente o herói de toda a história. Se ele não houvesse descoberto aquele diário e todo o plano de Hailey, eu nunca saberia que ela estava planejando roubar a Jóia de Goldstein, a qual ela queria para destruir toda e qualquer pessoa que ela soubesse ou imaginasse que a amava. Infelizmente, o aviso de Draco chegou um pouco tarde e ele teve que sacrificar-se.
- Draco Malfoy foi quem descobriu tudo isso? – Harry perguntou perplexo.
- Sim, foi ele. Tem algo mais o incomodando Harry? – perguntou Dumbledore pacientemente.
- Não, nada mais. Aliás, tem sim. O senhor imagina onde Hailey possa estar?
- Para ser sincero com você Harry, não faço a menor idéia de onde ela possa estar. Mas a partir de hoje, Hailey é a adolescente mais procurada de todo mundo bruxo.
Harry ouviu a resposta do diretor e retirou-se de seu escritório um tanto quanto atordoado com toda aquela história. Resolveu ir até a Ala Hospitalar para ver como Rony, Gina e Hermione estavam. Queria contar-lhes tudo.
--
- Até agora não estou acreditando no que você nos contou Harry – disse Hermione sentando-se em sua cama.
- Nem eu – Gina disse.
- Pobre Malfoy, por mais que eu o odiasse, acho que ele não mereceu o fim que teve – disse Rony contemplando o cortinado de sua cama.
- Agora, se já não me bastasse, Hailey e Voldemort querem me matar. Isso é extremamente animador para uma pessoa.
Houve um grande silêncio onde só se podiam ouvir as respirações deles na Ala Hospitalar. Harry achou melhor retirar-se dali antes que Madame Pomfrey viesse atormentá-lo para ele ir embora.
Chegando ao dormitório masculino da Torre da Grifinória, ele colocou seu pijama e deitou-se, mas não conseguia dormir, sua cabeça estava cheia de pensamentos, principalmente a última frase que Hailey dissera. Esta o atormentava demais, mas depois de algum tempo, seu cansaço físico o venceu e ele acabou adormecendo.
--
Era o último dia de aula em Hogwarts. Harry, Rony, Hermione e Gina estavam sentados lado a lado na mesa da Grifinória no Salão Principal aguardando o último café da manhã daquele ano letivo na escola. Antes de servirem à refeição, Dumbledore tomou a palavra:
- Espero que este ano letivo tenha sido muito proveitoso para todos vocês. Mas antes de nos deliciarmos com essa maravilhosa refeição, gostaria de dizer algumas palavras a todos.
"Sei que muitos aqui já sabem o que ocorreu com Draco Malfoy e apenas quero dizer que, apesar das diferenças, ele mostrou-se um perfeito herói ao sacrificar a sua vida para salvar a de milhares de inocentes das mãos de Hailey Baudelaire. Ele, assim como Harry Potter, Hermione Granger e Rony e Gina Weasley, a impediram de roubar a Jóia de Goldstein que se encontra agora destruída.
"Ainda nada se sabe sobre o paradeiro de Hailey, mas temos certeza de que tão cedo ela não aparecerá. E lembrem-se todos: nunca, mas nunca mesmo, esqueçam do poder que o amor exerce sobre um ser humano. Espero que todos tenham ótimas férias".
A refeição foi servida e todos comeram rapidamente, o Expresso de Hogwarts sairia em poucos minutos.
--
Durante toda viagem até a estação de King's Cross, Harry, Rony, Hermione e Gina não trocaram palavras. Estavam todos extremamente cansados e pensativos após tudo o que tinha acontecido em Hogwarts naquele ano. Harry resolveu quebrar o silêncio:
- O que vocês acham que eu devo fazer agora que sou procurado pelos dois bruxos mais procurados e temidos da Grã-Bretanha?
- Ame – disse Hermione sabiamente – Ame, pois este é o único poder que estes dois bruxos desconhecem Harry. Tenho certeza que se você tiver o amor ao seu lado nem Voldemort, nem Hailey poderão derrotá-lo tão facilmente, acredite.
Com um sorriso, Harry abraçou a amiga pelas palavras. Estas o fizeram sentir-se muito melhor.
Eles finalmente chegaram a Estação de King's Cross, onde encontraram a família de Rony e Gina e os pais de Hermione na plataforma 9 ¾ .
- Bem, vejo vocês no verão? – Harry perguntou aos amigos.
- Sim, com certeza, irei te buscar para comemorarmos seu aniversário de dezessete anos na Toca – Rony disse.
- E Harry, quanto àquele outro problema, eu... – Hermione começou a falar.
- Não se preocupe Hermione, vou ficar bem. Tenho muito no que pensar sobre o que fazer da minha vida agora, mas de uma coisa tenho certeza: vou esperar por Hailey e Voldemort e quando eles aparecerem, eu estarei preparado.
N/A: *Saltitante*
Eu acabei, eu acabei, eu acabei!! consegui!! finalmente, depois de meses de pensamentos, crises de criatividade, vontade de deletar essa fic inteira, eu consegui acabar!! Não sei se esse último capítulo ficou muito bom, mas qualquer coisa eu reescrevo ele, eu já tinha escrito ele uma vez, e esse que estou postando agora é uma edição q eu fiz de toda a história da Hailey que foi baseada na história que inspirou a música Haunted do Evanescence, que por acaso [será?] está no Epílogo da história que eu vou postar daqui a pouco...
então.. é isso, Hunted - A Caçada Começa, finalmente chegou ao fim. Espero que todos que leram tenham gostado da história. E qualquer dúvida é só mandar um emai pra mim ok??
Então, é isso, um beijo para todos meu leitores queridos ^^
Marie Lejan Potter
anúncio
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!