Pegos de surpresa
The Fray - Look After You
Percorreu seu olhar pela sala, verificando se não tinha se esquecido de nada. Bateu a mão na testa, lembrando-se do peixe que tinha deixado no forno. Fora até a cozinha, pegando uma grossa luva de pano e abrindo o forno do fogão, tirando o peixe.
Colocou sobre a mesa. Sorte que não tinha queimado e estava com um cheiro ótimo que abriu o seu apetite. Novamente, percorreu seu olhar pela cozinha, para ter certeza de que não tinha se esquecido de nada.
Voltou para a sala após a confirmação e olhou para a mesa. As velas, tinha esquecido de acendê-las. Riscou um palito de fósforo e as acendeu:
- Se eu soubesse que seria tão romântico teria me produzido mais. - Disse uma voz ao alto da escada chamando sua atenção.
Jim virou-se lentamente, olhando-a.boquiaberto. Ela usava um vestido rosa, com xadrez roxo e listras brancas, seus cabelos soltos, uma leve maquiagem e uma sandália com o salto não muito alto. O garoto respirou fundo, ainda paralisado com ela, respondeu:
- Não precisa. - Observou-a descer as escadas. - Você ta linda.
Kimberly sorriu, aproximando-se e o beijando levemente. Olhou para ele, mordendo o lábio inferior. Ele usava uma camisa azul clara e uma calça jeans que o deixava extremamente elegante:
- Tem camisinha ai loiro? - Perguntou esboçando um sorriso maroto, deixando-o confuso. - Porque eu acho que vou fazer sexo com você a noite toda.
A morena se virou, caminhando até a mesa. Jim a olhava surpreso e ainda confuso. Pensar em tal hipótese o deixara nada bem naquele momento. Balançou a cabeça, indo até a mesa e puxando a cadeira para ela se sentar:
- Com fome?
- Um pouco. - Kimberly sorriu, sentando-se e o olhando sentar à sua frente. – Posso saber o motivo do clima de romance?
- Isso só poderei revelar no final do jantar. – Disse Jim abrindo a garrafa de vinho branco que tinha sobre a mesa e colocando um pouco em cada taça.
Kimberly sorriu, soltando um longo suspiro. Jim era perfeito em absolutamente tudo. E somente agora ela se dera conta de que tinha perdido tempo durante todos os anos de brigas que tiveram.
*************
- Bom dia. A senhora deve ser a mãe de Gina Weasley? – Perguntou um loiro simpático deixando a mulher impressionada pela beleza diante de si. Ela assentiu em silêncio. – Eu sou Draco Malfoy. A Gina está?
- Sim, claro que sim. – Ela o puxou para dentro imediatamente. – Entre meu jovem. Aceita alguma coisa? Um cafezinho ou um chá? – O convidou até a sala.
- Estou confortável, obrigado. – Agradeceu sentando-se no sofá.
- Eu vou chamá-la. Um momento! – A senhora Weasley subiu com passos rápidos pela escada, com um largo sorriso nos lábios.
Ao entrar no quarto da filha, se deparou com ela deitada na cama olhando para o teto e com os fones de ouvido do seu inseparável MP4 no último volume:
- Ginevra. – A mãe a chamou sem obter sucesso. Teve que se aproximar da cama e cutucá-la para que ela notasse sua presença. – Ginevra.
A ruiva deu um pulo de susto na cama, fazendo com que a mãe se assustasse também. Tirou os fones e a olhou levemente irada:
- Quer me matar do coração mãe?
- A culpa não é minha se você quer se trancar em um mundo solitário. – A mais velha ergueu a sobrancelha.
- Mãe eu to de castigo, esqueceu? – Disse em tom irônico.
- Tanto faz. – Ela deu de ombros saindo do quarto. – Tem um charmoso e simpático rapaz lá em baixo querendo te ver.
Gina olhou para a porta que se acabara de fechar confusa. Quem seria o charmoso e simpático rapaz que sua mãe disse e que a fizera sair suspirando? Levantou-se ajeitando a saia e saindo do quarto.
Enquanto descia a escada pensava em quem poderia ser. E chegou à uma única conclusão de quem poderia ir até sua casa para procurá-la:
- Nick eu já disse que estou de castigo e só vou poder... – Foi interrompiada assim que vira o loiro charmoso e simpático virando-se para olhá-la e com aquele simples sorriso irônico que a deixava furiosa. – O que você quer Malfoy?
- Ta de castigo Weasley? – O loiro sorriu zombeteiro. – Deixe-me adivinhar. Encontraram um filme caseiro seu fazendo sexo com alguém? Não. Talvez tenha sido uma foto de você cheirando cocaína?
- Se veio aqui me insultar está perdendo seu tempo. – Gina revirou os olhos. – Não vou admitir que faça isso na minha própria casa.
- Desculpe-me por dizer a verdade. – Draco sentou-se no sofá sem ser convidado. – Vim aqui pra tratar de outro assunto com você.
- Que assunto? – Gina o olhou confusa, sentando-se ao lado dele.
- Estive conversando com Nathan ontem. – Draco encostou-se no sofá, descansando o tornozelo esquerdo sobre o joelho direito. – Seu plano de separar Kevin e Erica foi por água à baixo. Os dois voltaram, e ele ta disposto a reconhecer a criança que ela ta esperando.
- Não pode ser. – Murmurou a garota surpresa. Cerrou os dentes. – Desgraçada. – Levantou-se rapidamente, andando de um lado para o outro.
- E não acaba ai. – Draco sorriu com a fúria dela. – A criança ta prevista para nascer daqui à 3 meses. No final do ano eles vão se casar. Kevin ta planejando pedi-la em casamento.
- Inferno. – Esbravejou a ruiva furiosa. – Eu ainda acabo com aquela miserável. – Sibilou entre dentes. – Ela ainda vai me pagar caro por ter entrado no meu caminho.
- Então eu sujiro que você tire essa idéia da sua cabeça. – Disse Draco fazendo com que ela o olhasse confusa. – E não conte com a minha participação em mais um de seus planos.
- Você está nas minhas mãos Malfoy. – Gina esboçou um sorriso sarcástico. – Ou vou ter que lembrá-lo que posso contar para Harry que você e Nathan sabotaram o último jogo do campeonato?
- Por mim você pode dizer Weasley. – Draco se levantou e observou o olhar surpreso e furioso dela. – Na verdade, eu fui um idiota em cair no seu plano. Não tenho que obedecer suas ordens. Voccê não tem como provar que eu sabotei o jogo. É a minha palavra contra a sua.
- Desgraçado! – Sibilou olhando-o nos olhos. – Eu odeio você Malfoy. Vou acabar com a sua vida. Não tem idéia com quem se meteu.
- É uma ameaça Weasley? – O loiro revidou rindo. – É para eu ter medo? Porque não me assustou nenhum pouco.
- É bom assustar mesmo. Vou fazer da sua vida um inferno Malfoy.
Draco a puxou pelo braço e a jogou contra o corrimão da escada. Seu rosto mantinha uma expressão implacável, embora seu olhar reluzia a pura raiva que sentia daquela garota naquele momento:
- É melho você diminuir o tom de voz comigo Weasley. E mudar o seu temperamento também. E não se atreva à me ameaçar de novo, pois da mesma forma que você não vale nada eu também não. Pra acabar com a sua reputação eu só preciso de uma ligação. Acredite, você não vai querer disputar comigo quem é o vilão da história.
Embora a garota lutasse para manter-se firme e indiferente, por dentro um frio percorria sua espinha e seu coração batia mais rápido do que o comum. O tom de voz dele e a forma como ele a segurava tava lhe deixando com medo.
Lentamente ele a soltou, ajeitando sua roupa e caminhando até a porta. Antes de sair, virou-se para a garota:
- Vou estar te esperando hoje no final do dia no chalé perto do lago.
- Não posso sair. – Disse Gina mecanicamente. – Estou de castigo.
- Então é bom não me deixar esperando Weasley.
Draco fechou a porta atrás de si. Gina percorreu a mão pela mesinha ao seu lado, pegando a primeira coisa que alcançara e jogando-a contra a parede. Era um porta-retrato.
*************
- Tem certeza de que está bem querida? Não quer nada para comer? – Insistia a sra.Evans, seguindo a filha mais velha pelo corredor. Erica riu, revirando os olhos. – Você está grávida, tem que se alimentar direito.
- Mãe se eu comer mais alguma coisa hoje, a Vanessa nasce com 6 meses de tanto eu vomitar. – Disse sorrindo e observando a careta da mãe.
- Vanessa? O nome da minha neta vai ser Vanessa? – Perguntou a mulher com os olhos brilhando de felicidade pela informação.
- Sim mãe. – Erica entrou no quarto vazio da irmã. – Kevin e eu estivemos conversando a noite toda e escolhemos por Vanessa.
- Kevin? – Ela a olhou confusa. – Kevin seria o pai da Vanessa?
- Kevin Corbin. – Erica esboçou um sorriso terno, sentando-se na cama.
- Um minuto. – A mãe sentou-se ao lado da filha. – Kevin Corbin? Aquele professor que vivia te irritando e que você o amaldiçoava por ter entrado em sua vida?
- Ele mesmo. – Respondeu rindo e lembrando-se daqueles velhos tempos.
- E porque só agora você me disse quem realmente é o pai?
- Porque eu não confiava no Kevin. – Erica suspirou. – Aconteceram algumas coisas mãe. Coisas que eu prefiro não me lembrar. Mas com o passar do tempo ele foi me provando que era inocente, que o que mais quer é ficar do meu lado.
- Que bom que você viu o que era realmente bom para você à tempo. – A mulher sorriu, acariciando a barriga da filha. – Para vocês duas.
- É. – Erica sorriu, respirando fundo.
- Bom, vou deixá-las sozinhas para que você procure o que quer encontrar. – Disse se levantando. – Rachel deixou tudo do jeito que está antes de sair e sugiro que faça o mesmo, pois você sabe o quanto ela é exigente.
- Isso é difícil de esquecer mãe. – A loira riu levantando-se assim que a mãe deixara o quarto.
Olhou em sua volta, pensando onde poderia encontrar. Procurava o último boletim de Rachel, para que pudesse avaliar a nota que Kevin dera à ela em matemática, já que ele insistia em dizer que a nota fora baixa devido à um erro na hora de imprimir o boletim.
Foi até a escrivaninha, abrindo as gavetas e revirando-as. Nada. Abriu as gavetas do armário, mas não obteve sucesso. Abriu livros, cadernos, tudo que imaginara e nada. Então chegou a conclusão de que Rachel havia se cansado de ser tão organizada e passara a deixar tudo espalhado em qualquer canto.
Sentou-se na cama, suspirando. Embora seu esforço fora pouco, já se sentia cansada. Percorreu seu olhar pela cama, avistando a mochila da irmã. Batera de leve na própria testa, pensando porque não imaginara antes que o boletim só poderia estar ainda dentro da mochila, já que ele fora entregue no último dia de aula.
Abriu a mochila e começou a procurar entre os dois cadernos que ela usava, mas não o encontrara. A única opção que lhe restara era a agenda. E assim que a abriu uma folha caiu sobre a cama. Achou um pouco estranho, pois sabia que aquilo não era o boletim.
Embora soubesse que não seria correto ver o que era, sua curiosidade não lhe deixava em paz. E em um farto cansaço de lutar contra ela, decidiu abrir a folha. Na medida em que lia, seus olhos ficavam cada vez mais surpresos, lembrando-se das palavras de Kevin na noite anterior:
- Eu estava dormindo, quando a campainha tocou. Pensei que você tinha esquecido a cópia da chave que eu tinha te entregado. Então eu levantei e quando abri a porta fiquei surpreso que era ela. – Kevin soltou um longo suspiro, enquanto observava o rosto indecifrável da loira na sua frente. – Ela apareceu com uma garrafa de vinho branco falando que queria brindar o meu aniversário, o que, óbvio, não era. Pensei que se bebesse um pouco do vinho ela iria embora. E bebi. Depois disso só me lembro de acordar na minha cama cama... – Seu olhar manteve um brilho triste. – E eu nunca vou tirar a imagem da minha cabeça da forma que você me olhou. Como se tivesse confiado em mim e eu agi como um canalha com você. Aquilo acabou comigo.
- Você... – Erica engoliu em seco. – Não se lembra de nada que acontecera com ela naquela noite?
- Absolutamente nada.
- Eu recebi uma ligação. E era você. – Erica disse confusa, ainda tentando entender.
- Eu não te liguei Erica. E mesmo que eu tivesse dormido com a Jassie, não seria tão idiota ao ponto de te ligar pra me pegar com ela.
Erica levou a mão esquerda na boca, tentando abafar um grito de alegria. Leu e releu a nota fiscal novamente, em nome de Gina Weasley. Aquilo tinha sido uma armação. E Kevin jamais tinha lhe traído. Levantou-se da cama imediatamente, tinha que encontrá-lo.
*************
- To com saudades da Miha. – Comentou Hermione deitando sua cabeça no ombro do namorado. – Se eu trouxesse ela nunca mais a veria. Ela se perderia por aqui.
- Se ela puxou a dona, com certeza. – Riu Harry levando um cutucão na cintura. O casal caminhava por uma trilha que levava ao outro lado do lago. – Você é campeã em se perder Mione.
- Eu não faço de propósito. – Hermione fez cara de inocente. – Não tenho culpa se minha memória não grava com precisão os caminhos que eu passei.
- Isso foi tão... – Harry levou a mão no peito, suspirando. – Profundo.
- Deixa de ser bobo. – A garota riu dando leves tapas no torax do moreno. – Posso saber onde estamos indo?
- Vem que eu te mostro.
Ele segurou a mão dela novamente, andando na frente, já que ele conhecia o caminho. Andaram por cerca de dez minutos. Assim que chegaram, tiveram um pouco de dificuldade para subir um pequeno morro devido já ser de noite. E quando finalmente chegaram ao local, Hermione olhou em volta adimirada.
À sua frente tinha uma pequena cachoreira, onde era bem vista devido a luz da lua que refletia na água. O som trazia uma paz e tranquilidade que acalmava qualquer ser que ali estivesse. Em volta tinha grandes árvores cobertas por folhas verdes e algumas flores da região. As estrelas que cobriam o céu deixavam a água mais brilhante e citilante:
- Harry isso é incrivél. – Hermione sorriu maravilhada. – Como você descobriu esse lugar?
- Ontem de manhã. – Respondeu também observando o local. – Você sabe o quanto eu gosto de conhecer lugares novos.
- E como sei. – Comentou rindo e sentando-se em uma pedra que tinha logo ali. O namorado sentou-se atrás dela, abraçando-a pela cintura. – Esse lugar dá até sono.
- Então eu sugiro que você durma. – Hermione o olhou contrariada. – Jim e Kimberly estão na casa sozinhos. Não vamos voltar para lá tão cedo.
- O que você quer dizer com isso? – Perguntou vendo um sorriso maroto surgir nos lábios do namorado.
- Você sabe o que eu quero dizer Mione.
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- O jantar estava ótimo. – Comentou Kimberly terminando o vinho de sua taça. – Não sabia que você cozinhava.
- Harry me ensinou ano passado. – Disse Jim enxugando o suor frio de suas mãos no guardanapo sobre sua perna. – Confesso que não levo jeito que nem ele, mas decidi caprichar hoje.
- E posso saber o motivo do capricho? – Perguntou a morena, divertida.
- Digamos que hoje seja uma ocasião especial. – Jim se levantou e agachou ao lado dela. A garota virou seu corpo para ficar de frente para ele. – Kil eu sei que é um pouco cedo. E que talvez você me chame de louco pelo que eu estou prestes à fazer. Só que eu não posso ficar fora por um ano sabendo que eu te deixei pra trás. – A morena abaixou a vista à fim de que ele não notasse o olhar triste que brilhara em seus olhos naquele momento. Ele tocou seu queixo, fazendo-a com que ela encontrasse os olhos dele. – Não posso ir embora e deixar a pessoa que eu mais amo aqui. Eu... Eu morreria de saudades. – Disse rindo e fazendo-a rir também, embora algumas lágrimas percorriam a face dela. – Por isso que eu pensei bem e cheguei à única decisão de fazer com que você vá comigo nessa viagem.
Jim colocou a mão no bolso da calça, procurando alguma coisa. Kimberly secou seu rosto, um pouco confusa e curiosa para saber o que ele procurava. Ele abriu a mão direita, revelando um anel de brinquedo, com um pequeno coração. A morena o olhou agora completamente confusa:
- Kimberly Persy. – Jim a olhou nos olhos, respirando fundo. – Quer casar comigo?
Houve um longo período de silêncio quando ela arregalou os olhos, levando a mão direita na boca e deixando que mais lágrimas brotavam de seus olhos. As mãos do loiro diante de si, que ainda segurava o anel, começavam a suar frio e tremerem levemente.
Então, finalmente, ela tirou a mão da boca e ele pode ver um largo sorriso nos lábios dela, que o fez sorrir também. Um brilho de paixão, ternura, despertou nos olhos castanhos da garota enquanto ela dizia com a voz mais doce e suave que Jim já ouvira em sua vida:
- É claro que eu quero me casar com você Jim Toddy!
Ele ficou de pé assim que ela se levantou. E então a beijou. Um beijo terno, carinhoso, mas que expressava o que ambos sentiam um pelo outro. E sabiam que a escolha de se casarem era certa, afinal, eles se amavam. Superariam qualquer problema juntos de agora em diante, assim como um casal deve ser.
Kimberly interrompeu o beijo e o olhou com um sorriso maroto nos lábios, roçando seus lábios suavemente e as mãos dele acariciavam suas costas:
- A gente tem que esperar até o casamento? – Sussurrou olhando-o nos olhos.
- O... O que você quer dizer? – Jim a olhou confuso e surpreso ao mesmo tempo.
- Eu quero você Jim! – Respondeu a morena acariciando o peitoral do loiro sobre a camisa.
- Você tem certeza? Se você quiser a gente pode esperar e... – Ele foi silenciado com um beijo intenso e avassalador que o fez mudar de idéia na hora. Esperar até o casamento pra quê?
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Aumentou mais os passos para poder alcançá-la, já que ela caminhava um pouco mais à frente. A garota olhava as vitrines das lojas, o céu estrelado naquela noite, as decorações de férias daquela pequena cidade afastada do lago, mas não fazia questão de olhar para o garoto que a acompanhava fazia duas horas.
“Talvez ela esteja receosa e é melhor me aproximar um pouco.” Pensou Rony enquanto chegava mais perto, mas quanto mais a distância entre eles diminuia mais ela fazia o dever de aumentá-la. Revirou os olhos contrariado, parando na frente dela e fazendo-a parar. Ela o olhou confusa:
- Não te trouxe até aqui pra ficarmos assim. – Retrucou o ruivo um pouco irado.
- Assim como? Não to fazendo nada. – Rachel o olhou com um sorriso zombeteiro e fingindo-se confusa.
- Porque você ta fazendo isso? – Rony parecia mais irritado com a normalidade dela. – Porque ta fazendo questão de me afastar de você?
- Ta se afastando porque você quer Rony. Não to te obrigando à nada. – A garota passou por ele e continuou caminhando.
O garoto passou a mão entre os cabelos, respirando fundo. Esperou por um momento, até que a viu parar. Caminhou até ela novamente, parando ao lado dela:
- Eu não sou boa o suficiente pra ninguém. – A garota soltou um longo suspiro. – Me esquece vai Rony. É o melhor que você faz.
- É isso mesmo que você quer? – Rony parou na frente dela e a olhou. – Porque se é isso que você quer eu juro que vou tentar te esquecer.
- Sim. – Rachel o encarou, as lágrimas brilhavam em seus olhos. – É isso mesmo que eu quero.
Rony sentiu seu coração pesar cada vez mais enquanto batia. Queria dizer alguma coisa, fazer alguma coisa, mas não passava nada por sua cabeça. E o que consegui fazer apenas foi assentir com a cabeça e engolir seco antes de se afastar.
Rachel andou mais um pouco, sentando-se no banco que tinha ali por perto. Passo os dedos em uma única lágrima que percorreu seu rosto. Não iria chorar. Aquela decisão tinha sido sua e não sofreria por causa dela.
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Encostou suas costas de vagar na pedra atrás de si, tudo calma e silenciosamente para não acordá-la. Observou ela dormindo em seus braços e sorriu. Adorava vê-la dormindo, parecia uma garota fragil, insegura e indefesa. Sem contar que a expressão serena e calma dela a deixava mais linda.
Beijou a testa dela suavemente, encostando seu queixo na cabeça dela e afagando-lhe os cabelos. Soltou um longo suspiro lembrando-se de como sua vida não tinha sentido algum até descobrir que a amava. E que ela estava ali, esperando por ele. Balançou a cabeça, confuso. Como Hermione poderia amar alguém tão fútil e imbécill que nem ele? Foi então que as palavras dela vieram em sua mente, naquela noite na chuva em que ele se declarara para ela:
Harry apertava a cintura de Hermione para que ela ficasse muito perto dele, levantou-a do chão para que seus rostos ficassem na mesma altura, e ela enlaçou suas pernas na cintura de Harry. Olharam-se nos olhos mais uma vez.
—Só me promete uma coisa!-Disse Harry. Hermione fez sinal para que ele continuasse.-Me promete que não vai esconder mais nada de mim. Promete que vai me dizer tudo de agora em diante!
—Não se preocupe! Isso nunca mais vai acontecer!-Harry sorriu antes de puxá-la para mais um beijo. Um beijo calmo, mas ainda sim apaixonado.
Ele a colocou no chão, acariciando o rosto dela suavemente e sem interromper o beijo. Hermione encostou mais seu corpo ao dele, suas mãos percorrendo o toráx dele e subindo até o pescoço. Harry mordeu o lábio inferior dela, beijando-a levemente e a olhando nos olhos:
- Porque eu Mione? – Perguntou enquanto as mãos dela acariciavam seu cabelo e a expressão dela era a de felicidade. – Eu sou um imbécil que nunca se deu conta de que você me amava. Porque você se apaixonou por mim?
- Você não é um imbécil. – Hermione riu balançando a cabeça. O olhou nos olhos, esboçando um sorriso terno. – Por mais que você não tenha se dado conta de que me amava, você me olhava de uma forma diferente dos outros garotos. Como se quisesse me proteger de todo e qualquer mal. E quando você está à sós comigo é um Harry completamente diferente do Harry capitão do time de futebol que todos conhecem. – Ela observou um sorriso formar nos lábios dele. – Você se torna um Harry carinhoso, preocupado, amigo, sincero. Eu acho que pela forma que você me permitiu vê-lo como você é realmente sem essa mascára de capitão que me fez apaixonar por você.
- Isso não muda o fato de você ser uma líder de torcida gostosa. – Comentou o moreno com um sorriso maroto e em tom de brincadeira.
- Harry! – Hermione deu um tapa no braço do garoto, fazendo-o rir. – O fato é que por você ser diferente dos outros garotos que me fez te enchegar de outra forma, com carinho.
- Vou recompensar cada minuto, cada segundo perdido ao seu lado. – Murmurou Harry puxando-a para mais perto e roçando seu lábio ao dela. – Eu só quero fazer você feliz Mione.
Hermione sorriu, deixando outra lágrima percorrer sua face, que agora não fora confundida com água da chuva já que esta diminuira. Então ela deixou que ele a beijasse novamente, para compensar cada minuto, cada segundo perdido.
Harry fechou os olhos, respirando fundo e permitindo o doce aroma dela entrar em si. Esboçou um sorriso, como adorava aquele cheiro doce e suave. Deslizou a ponta de seus dedos pelo braço dela, enquanto pensava no quanto sua vida fazia sentido com ela ao seu lado. Soltou uma pequena e baixa risada irônica, ela sempre estivera ao seu lado. Mas sua vida fazia sentido agora, que descobrira que sempre a amou.
Sentiu algo refletir contra seu rosto, abrindo os olhos lentamente encontrou o sol começando à nascer logo atrás da pequena cachoeira. Um breve suspiro saiu de seus pulmões, fazendo-o ter certeza de que aquele seria um dos momentos inesquéciveis que vivera ao lado dela.
Beijou a testa da namorada suavemente, acariciando o rosto dela. Hermione aos poucos abria os olhos, bocejando e sorrindo enquanto o olhava. Ainda estava um pouco sonolenta, o que o fez sorrir:
- Que foi? – Perguntou em um sussurro.
- Pensei que você quisesse ver isso. – Harry respondeu apontando para o nascer do sol.
- É lindo. – Hermione murmurou sorrindo e admirada com a paisagem diante de si. Aconchegou-se mais nos braços dele, olhando-o nos olhos. – Isso ta sendo inesquecível.
- Foi exatamente isso que eu acabei de pensar. – Sussurrou o moreno sorrindo antes de beijá-la.
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- A gente tem uma coisa pra contar pra vocês. – Disse Kimberly quando todos estavam reunidos na cozinha na hora do almoço.
- Não fala coisa nojenta, eu to comendo. – Falou Hilarie tomando um gole do refrigerante que estava no seu copo.
- Não é nada nojento Hil’s. – Retrucou Kimberly trocando um olhar cumplice com Jim e sorrindo.
- Que anel bonitinho. – Comentou Rachel olhando para a mão direita da morena – Onde você conseguiu?
- Anel de noivado. – Rachel soltou a mão da amiga, a olhando espantada. Todos largaram os talheres sobre os pratos e encararam o casal, que segurava o riso das expressões de susto de cada um dos amigos. – Jim me pediu em casamento.
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N/A: Perdoem a autora da fic pela demora, mas a situação ta difícil.
Travei na hora que o Jim pediu a Kil em casamento.
E quem disse que eu destravava?
Por isso que saiu essa porcaria ai!
Era pra ter postado no domingo, mas domingo eu fui no show do Simple Plan e não deu pra postar. *-*
Caraca que show perfeito!
Vou escrever agora e só vou postar de novo quando eu tiver escrito muitoooo mesmo. Pq ai eu não fico enrolando vocês ta bem?!
Comentem ta?! xD
Beijos
*BYE*
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