Beijos, sonhos e descobertas

Beijos, sonhos e descobertas



Capítulo 8

Beijos, sonhos e descobertas

Depois da aula Liv caminhou sozinha em direção a sala comunal da Lufa Lufa, estava um pouco sentida pelas coisas que o chapéu seletor lhe dissera, será que estava realmente deixando de viver? Angustiada com a partida de seu irmão? Tudo tinha acontecido tão recentemente, não podiam lhe cobrar nada, a sua ferida ainda não estava cicatrizada, sentia falta do irmão. Mas em uma coisa o chapéu tinha razão, tinha que continuar por ele, ela precisava se sentir realizada, tinha que fazer algo por ele, sua morte não teria sido em vão, precisava ver o fim de Voldemort para reviver mais uma vez.
...

Harry e os amigos da grifinória seguiam juntos pra a sala comunal, hoje era sábado e tinham um belíssimo dia pela frente, as aulas seriam nos dias em que eles e Dumbledore estivessem livres dos afazeres da escola, não parecia, mais já tinham se passado duas semanas desde o início das aulas e a carga de deveres era imensa.
_ Hermione, gostaria muito de falar com você em particular. –Harry ouviu Rony dizer para a menina. Será que o amigo enfim teria reunido a coragem e a ousadia pra encarar o que sentia? Por essa ele queria esperar e viu seus amigos se afastando.

Rony olhava a menina como se tivesse acabado de ver algo que realmente o fizesse muito mal, estava pálido, parecia que estava passando mal.
_ Rony, você esta se sentindo bem? Perguntou ela preocupada.
_ Mione, eu queria muito te dizer uma coisa,... Mesmo achando que não seja a melhor hora pra te falar -começou ele sem jeito.
_ O que de tão importante é isso que você tem a falar Rony? Não parece que é algo bom, pois você esta com uma cara que parece que vai desmaiar...Fala logo!
_ Eu não consigo ver ele te cercando, dizendo que sentiu sua falta...
_ Ele quem Rony?...Não tô te entendendo – falou ela olhando-o confusa.
_ Mione, não sei o que você vai achar disso tudo, mas prefiro falar logo, pelo menos antes de ver vocês caminhando de mãos dadas por aí.
_ Sinceramente Rony, não estou entendo aonde você quer chegar.
_ Mione...eu... eu gosto de você – desembuchou o garoto _ Eu sempre gostei, embora nunca quis admitir isso, por que sempre fomos amigos, mas não te vejo mais como minha amiga, pois queria que você fosse muito mais – disse ele deixando a menina desnorteada e sem palavras.
_ Ron...- começou ela
_ Eu não vou conseguir ver vocês juntos, só de pensar no que aconteceu a vocês dois ano passado, fico perdido, por favor Hermione não fique com ele na minha frente, entendo que você esteje pensando que eu sou um panaca, mas só te peço isso. –implorou o garoto.
Hermione estava encantada, não conseguia acreditar no que estava escutando, isso era um sonho, tudo o que mais queria estava acontecendo de verdade? Realmente aquele bobo por quem ela havia se apaixonado no momento em que entrou no trem estava dizendo que também gostava dela? Por Merlin era tudo o que queria. Sem pensar duas vezes, sem se interessar pelo que aconteceria depois, ela se aproximou e o beijou, bem na boca, sem se importar com quem assistiria aquela cena, no início ela sentiu Rony recuar, não porque não tinha gostado, mais porque estava bastante surpreso, sem saber o que fazer ele a abraçou, um abraço carinhoso, que prometia, não desgrudou sua boca da dela, pelo contrário, aprofundou o beijo, com carinho, lentamente foram se descobrindo, vendo que a vida podia ser bem melhor vivida.

Harry de longe assistia a cena, e como se sentia feliz por ver os amigos felizes, sentia uma pontinha de inveja, não pela alegria dos dois, mas pela vontade de também ter algum carinho. Nesse instante Gina passou rindo por ele, também tinha presenciado a cena. No fundo Harry desejava que fossem os dois ali, naquele momento e que todos seus medos pudessem ser esquecidos naquele instante.
...

A semana passara tranqüilamente, e os escolhidos esperavam ansiosamente pela próxima aula de Dumbledore, Rony e Hermione estavam se entendendo perfeitamente, pareciam duas crianças que acabaram de ganhar o presente de natal, para tristeza de Krum, é claro, que vivia mais carrancudo do que o de costume, Harry invejava a coragem de Rony, por ter finalmente admitido o que sentia para a menina, queria poder fazer o mesmo, mais achava mais difícil, pois não era atrás de Rony que Voldemort estava e sim dele, não poderia viver em paz enquanto Voldemort não estivesse partido para sempre. E era nisso que se concentraria agora, teria que encontrar uma maneira de derrota-lo. A noite chegara com a expectativa de mais um encontro com Dumbledore, Harry se atrasara e quando entrou na sala, todos já se encontravam reunidos, as mesas tinham sumido, e no chão se encontravam seis enormes pufes, Rony e Hermione estavam em um deles, Gina se encontrava ao lado de Liv, Luna sentara-se com Neville, Fleur com Krum, mas para seu desgosto sobrara apenas um lugar ao lado de Malfoy.
_Chega pra lá Malfoy, deixa de ser espaçoso – disse Harry chateado.
_ Ih Potter, quem chega atrasado é você e ainda acha que pode dar ordens – debochou Malfoy.
_ Já que todos já estão acomodados vamos começar – iniciou o diretor
_ A tarefa de hoje é a seguinte, daremos início às aulas de oclumência, pois acho extremamente necessário sabermos o que esperar de nosso adversário, essa é uma grande vantagem, embora seja uma magia muito difícil, quero que fechem os olhos e se concentrem na mente do outro. Não tenham pressa, pois duvido que alguém seja capaz de conseguir de imediato. Podem começar!
Harry se sentia um tolo deitado ali, ainda por cima com os olhos fechados, e principalmente, não estava nem um pouco feliz de ter Draco lendo sua mente. Draco achava o mesmo, pois onde já se viu, um Potter sabendo o que se passava em sua cabeça. Lentamente todos foram ficando sonolentos, calmos, podiam jurar que o diretor tinha feito algum feitiço do sono, o que não deixava de ser verdade. Logo Liv adormecera, e quase que instantaneamente, Gina ao seu lado adormecera também. Aos poucos Liv, que começara a sonhar, foi escutando sons ao longe, como se alguém sussurrasse aos seus ouvidos, abriu os olhos, não estava mais na sala de aula, se encontrava sobre uma relva verde, ao lado de uma pequena cascata de águas cristalinas, o som era reconfortante, ao olhar em volta viu de onde vinha a voz, alguém vinha em sua direção, era alguém vestido em vestes brancas e Liv podia sentir que o conhecia, ao ir se aproximando foi ficando mais nítido até ao ponto da menina reconhecer quem se dirigia a ela, era Cedrico, surpresa levantou em sua direção e o abraçou, era um abraço de conforto, de saudade.
_ Como isso é possível? Perguntou ela
_ Tudo é possível quando queremos que se torne possível. –disse Cedrico com um sorriso nos lábios e com um olhar de ternura que se dirigia a ela.
_ Estou com tanto medo, sinto tanto a sua falta.
_ Você precisa se deixar levar, se soltar da minha lembrança, me deixe partir em paz.
_ Eu não sei o que fazer, me sinto tão perdida sem você.
_ Você não está mais sozinha, está cercada de pessoas que querem seu bem e que agora irão te ajudar, basta você deixar que elas se aproximem de ti.
_ Que carga é essa que você me deixou?
_ É esta carga que nos aproximou nesse momento, você a esta usando, coisa que eu nunca fiz, o seu coração e o seu amor por mim nos reúnem neste momento. – disse ele olhando em seus olhos.
_ Eu desejei te ver em meus sonhos – explicou a menina.
_ Você é capaz de fazer tudo o que desejar, basta ser de todo coração, esse é o seu dom, use-o e ajude a quem precisa.
_ Como?
_ Você saberá na hora que for pra saber! Precisa ir, Dumbledore te chama. Só digo uma coisa: Vocês podem derrota-lo, descubram a maneira, é possível vence-lo. Adeus!
Liv acordou sobressaltada, todos olhavam pra ela, contou o que acontecera.
_ Nossa aula foi mais produtiva do que pensei, Liv descobriu e usou seu poder, nós temos uma chance – riu Dumbledore.
_ Quero que vocês se concentrem no dom de vocês, precisamos saber o que vocês são capazes de fazer, para planejarmos o nosso ataque. Liv é capaz de fazer o que desejar de coração, isso nos será muito valioso, pois já tenho uma tarefa para você, alimente a vontade de saber os planos de Voldemort, isso nos poderá ser útil. Passe a desejar os seus medos, temos que descobrir a falha dele, pois ele é humano e como tal tem seus receios. Se concentre, pois você é capaz. – disse o diretor se despedindo...




>>>> Mais um cap galera!!









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