Novidades Chocantes
Numa tarde normal, um pouco quente talvez, o sol já se escondia no horizonte. Um rapaz alto, cabelos rebeldes, olhos verdes e uma cicatriz em forma de raio na testa caminhava lentamente numa rua, sem prestar muita atenção no caminho. Mas ele não era um rapaz normal. Seu nome era Harry Potter e aos onze anos de idade, ele havia descoberto que era um bruxo.
“Como ousa?”, perguntou Tio Válter, praticamente cuspindo em Harry, assim que este chegou em casa.
“Ouso o que?”, respondeu o rapaz. Já estava cansado da maneira como seu tio o tratava.
“Dar nosso telefone para aqueles anormais com quem você convive?”, gritou ele. As entranhas de Harry congelaram. Será que Rony tentara ligar para ele de novo? “Um tal de Remo Lupin virá te buscar hoje à noite. Esteja preparado.”
Respirando aliviado, Harry subiu correndo para seu quarto. Arrumou todas as suas coisas e desceu com o malão e a gaiola de sua coruja Edwiges para a sala, ignorando os olhares da família Dursley. Tia Petúnia era irmã da falecida mãe de Harry, Lílian, e sua única família viva. Infelizmente. Harry vivera dez anos da sua vida sendo maltratado pelos Dursleys.
Quando o relógio de Harry avisou que eram oito horas, a campainha tocou.
“Harry! Como é bom te ver.”, falou Remo Lupin. Talvez a lua cheia estivesse próxima, pois Lupin parecia muito fraco e abatido. Ele havia sido um grande amigo do pai de Harry, Tiago, e um dos quatro Marotos. Ele também era um lobisomem.
“Lupin. Para onde vamos?”, perguntou Harry, pegando suas coisas e indo a direção à porta. “Adeus.”, murmurou ele, percebendo que os Dursleys estavam assistindo cada movimento dele.
“Nós vamos para a Ordem. Segure meu braço, vamos aparatar.”, falou ele. Harry se preparou para não deixar nada para trás. Lupin se certificou que não havia ninguém olhando e o número quatro da Rua dos Alfeneiros sumiu da vista de Harry.
“Tenho que avisá-lo.”, falou Lupin, ao abrir a porta para Harry. “Temos muitas novidades... Chocantes...”
Imaginando o que eu poderia ser, Harry foi até o quarto que ele havia ficado anteriormente.
“Harry!”, foi tudo que o rapaz ouviu antes de ser atacado por uma moita de cabelos castanhos.
“Mione! Tudo bem?” perguntou ele, ainda sem conseguir respirar direito.
“Sim e você? Os seus tios não te trataram mal, trataram?”, falou Hermione, rapidamente. Ao ver a expressão de Harry, ela acrescentou. “Pelo menos, desta vez você ficou pouco tempo lá...”
“Você já pode soltá-lo.”, falou uma voz com um tom levemente irritado. Hermione ficou com o rosto parcialmente rosa e finalmente liberou Harry.
“Oi, Rony.”, cumprimentou Harry.
“Eu e Hermione estamos namorando.”, disse o ruivo. Harry piscou algumas vezes, confuso. Aquilo realmente não era um "Oi, Harry.”, nem um “Bom te ver, amigo.” E nem mesmo um “É hora do jantar, está com fome?”.
“Ahn... Legal... Parabéns...”, foi tudo que ele conseguiu dizer, ainda confuso.
“Harry?”, perguntou uma figura ruiva, parada à porta.
“Gina? Tudo bem?”, disse Harry, febrilmente. Ele sabia que seria difícil ver Gina após terminar o namoro com ela. Ela sempre gostara de Harry, provavelmente deveria estar sofrendo muito com o fim do relacionamento deles.
“Ela e o Malfoy estão namorando.”, respondeu Rony, agora com um tom totalmente irritado. Desta vez, Harry nem conseguiu trazer palavras à boca.
“Rony, acho que você passou muito tempo com a Lilá. Harry não perguntou sobre a vida amorosa de ninguém aqui e você já está falando tudo.”, repreendeu Hermione.
“Potter.”, falou Draco Malfoy, entrando no quarto também. Bem que Lupin havia avisado que havia novidades chocantes.
“Malfoy.”, foi tudo que Harry conseguiu responder.
“Lupin e McGonagall estão te chamando. Lá embaixo.”, e, após dizer isso, o loiro saiu do quarto. Gina foi atrás dele.
“Gina e Malfoy?”
“Culpa sua.”, Rony agora carregava uma expressão de fúria.
“Minha? Como? Por que?”, Harry sentia-se cada vez mais confuso pelo comportamento de Rony. O amigo parecia procurar qualquer chance para brigar com ele.
“Se você não tivesse terminado com ela, Gina não estaria com o Malfoy!”, gritou ele. Hermione suspirou, impacientemente.
“Não seja estúpido, Ronald.”, falou ela. “Venha, Harry. McGonagall não pode ficar aqui muito tempo.”
“O que aconteceu com o Rony? Ele está agindo muito estranho...”, comentou Harry, enquanto ele e Hermione desciam as escadas.
“Mais tarde eu te falo.”
“Potter.”, falou uma senhora, com uma expressão rígida.
“Professora Mcgonagall.”, cumprimentou ele. “Onde está Snape? Vocês já conseguiram pegar o maldito? E Voldemort? Onde ele está?”
“Calma, rapaz.”, cortou ela, percebendo que as perguntas de Harry poderiam continuar por muito tempo. “Estou aqui para lhe informar que seus tios estão seguros,”, Harry não pôde deixar de pensar que aquele era uma das novidades mais sem importância que alguém poderia ter dito a ele. “eu sou a nova líder da Ordem da Fênix”, Harry não ficou muito surpreso, considerando que McGonagall era o braço direito de Dumbledore e uma bruxa muito capaz. “e quero que você conheça alguém. Black, venha aqui, por favor.”
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