Capítulo 16
N/A: Eu sei, eu sei, to demorando muito pra atualizar! Mas como diria minha amiga Monique, Tá foda! Minhas aulas começaram essa semana e eu estou muito ocupada! Pra vcs terem noção, eu tenho prova de Física segunda-feira, e não sei nada! Só tenho finais de semana pra entrar na internet, então os capítulos devem demorar! Peço a vcs q compreendam, pois eu tenho uma vida aqui fora e eu quero muito passar no vestibular, por isso tenho que me dedicar muito esse ano. Não vou abandonar a fic, mas as atualizações vão sair quando der! Espero que vcs entendam e por favor não fiquem impacientes, mesmo que demore um pouquinho mais, os capítulos vão sair vlw?
Agora vamos a historia!
Capítulo Dezesseis
No início da tarde, o dr. Smith informou que Sirius “ainda lutava pela vida”. No dia seguinte, entrou na sala de jantar, quando Harry e Hermione jantavam, e declarou que Sirius “parecia bem melhor”.
Hermione mal pôde conter a alegria, mas Harry se limitou a fitar o médico com olhar cínico e convidá-lo para jantar.
— Obrigado — o dr. Smith agradeceu, desviando os olhos de Harry —, mas acho que já posso deixar meu paciente sozinho por um breve espaço de tempo.
— Tenho certeza que sim — Harry concordou.
— Acha que ele vai se recuperar, doutor? — Hermione perguntou, chocada pela reação fria de Harry.
— É difícil dizer — o médico respondeu, tendo o cuidado de evitar o olhar de Harry. — Ele diz que quer viver para assistir ao casamento de vocês. Pode-se dizer que está se agarrando a esse motivo para lutar pela vida.
Lançando um olhar rápido para Harry, Hermione inquiriu:
— O que pode acontecer se ele melhorar e, então, dissermos que mudamos de idéia?
— Nesse caso — foi Harry quem respondeu —, ele sem dúvida terá uma recaída. Não é doutor?
— Tenho certeza de que o conhece melhor do que eu, Harry — o dr. Smith replicou, constrangido. — O que você acha?
— Acho que ele vai ter uma recaída.
Hermione sentiu como se o destino estivesse brincando com sua vida. Primeiro, tirando dela seu lar e as pessoas a quem amava, para então mandá-la a uma terra distante e, finalmente, forçando-a a um casamento sem amor, com um homem que não a queria.
Muito depois de os dois homens terem saído, Hermione ainda brincava com a comida em seu prato, tentando encontrar uma solução para o dilema que envolvia a ela e Harry. Seus sonhos de um lar feliz, com um marido que a amasse e um bebê nos braços, voltou a sua mente como uma zombaria. Pela primeira vez, ela se permitiu um momento de autopiedade. Afinal, não havia desejado tanto da vida. Não sonhara com peles e jóias, nem com mansões espetaculares, onde poderia bancar a rainha. Só queria o que já tinha na América, desejando apenas um marido e um filho para completar seu ideal de vida feliz.
Uma onda de nostalgia a invadiu. Ah, como gostaria de poder voltar no tempo e ver os sorrisos de seus pais, ouvir o pai falar do hospital que sonhava construir para os aldeões, que haviam sido a segunda família de Hermione. Faria qualquer coisa para voltar para casa. A imagem do rosto bonito e sorridente de Draco voltou a atormentá-la, mas Hermione tratou de afastá-la da lembrança, pois havia jurado não derramar nem mais uma lágrima pelo homem infiel que ela tanto amara.
Levantou-se e saiu à procura de Harry. Draco a abandonara a sua própria sorte, mas Harry estava ali e tinha a obrigação de ajudá-la a encontrar um meio de escapar a um casamento que nenhum deles queria.
Encontrou-o sozinho no escritório, o braço apoiado no consolo da lareira, os olhos fixos no fogo. Sentiu o coração se encher de compaixão ao se dar conta de que, embora ele houvesse fingido frieza diante do dr. Smith, Harry havia buscado refúgio na privacidade da solidão, para dar vazão ao seu sofrimento.
Reprimindo o impulso de lhe oferecer conforto, pois sabia que ele o recusaria, chamou-o em voz baixa.
— Harry?
Ele ergueu os olhos com feições impassíveis.
— O que vamos fazer? — ela perguntou.
— Sobre o quê?
— Sobre essa idéia absurda de tio Sirius de nos ver casados.
— Por que é absurda?
Hermione ficou surpresa com a reação de Harry, mas estava decidida a discutir o assunto com calma e franqueza.
— Porque não quero me casar com você.
— Sei muito bem disso, Hermione — Harry retrucou com olhar duro.
— Você também não quer se casar comigo.
— Tem razão.
Como ele voltasse a fitar o fogo, sem dizer mais nada, Hermione virou-se para sair, mas as palavras que Harry pronunciou a seguir a fizeram voltar.
— Mas o nosso casamento poderia nos dar o que nós dois realmente queremos.
— E o que nós queremos?
— Você quer voltar para América, ser independente, viver entre os seus amigos e, quem sabe, construir o hospital com que seu pai tanto sonhava. Ao menos, foi o que me disse. Se for honesta consigo mesma, vai admitir que também gostaria de voltar para mostrar a Draco e a todos os que a conhecem, que o fato de ele a ter abandonado não significou nada, que você o esqueceu com a mesma facilidade com que ele se esqueceu de você, que levou sua vida adiante com sucesso.
Hermione se sentiu tão humilhada por esse comentário, que demorou alguns instantes para registrar as palavras seguintes de Harry.
— E — ele concluiu com objetivo — eu quero ter um filho. Podemos proporcionar um ao outro o que queremos. Case-se comigo e me dê um filho. Em troca, eu a mandarei de volta para a América, com dinheiro suficiente para viver como rainha e construir uma dúzia de hospitais.
Hermione fitou-o boquiaberta.
— Dar um filho a você? — repetiu, incrédula. — Dar-lhe um filho e, então, partir para a América? Dar-lhe um filho e deixá-lo aqui?
— Não sou tão egoísta. Você poderia ficar com ele até... digamos, quatro anos. Toda criança precisa da mãe, nessa idade. A partir de então, quero tê-lo comigo. Talvez você prefira ficar aqui, conosco, quando vier trazê-lo. Na verdade, eu preferiria que você ficasse, em caráter permanente, mas creio que essa decisão deve ser sua. Só tenho uma condição a exigir.
— Que condição? — Hermione indagou, atordoada.
Harry hesitou, como se escolhesse cuidadosamente as palavras. Quando finalmente falou, desviou o olhar, fixando-o na janela.
— Pelo modo como me defendeu em público, há algum tempo, as pessoas acreditam que você não me despreza, nem tem medo de mim. Se concordar em se casar comigo, quero que reforce essa idéia e não diga ou faça nada que os faça pensar diferente. Em outras palavras, aconteça o que acontecer entre nós, quando estivermos em público, quero que se comporte como se tivesse se casado comigo por algo mais que o meu dinheiro, ou o meu título. Para colocar em palavras simples, como se gostasse de mim.
Foi então que Hermione se lembrou das palavras dele na festa dos Spinnet: “Está enganada se julga que me preocupo com o que as pessoas pensam...”. Harry mentira, ela se deu conta, sentindo o coração amolecer de ternura. Era óbvio que ele se importava com a opinião alheia ou, do contrário, não lhe faria um pedido como aquele.
Olhou para o homem frio, parado diante da lareira. Parecia poderoso e muito seguro de si. Era impossível acreditar que realmente desejasse ter um filho, ou que a desejasse, ou ainda que se importasse com o que as pessoas pensavam e diziam. Impossível, porém, verdadeiro. Hermione lembrou-se de como ele parecera quase infantil ao voltar do duelo e beijá-la. Lembrou-se da paixão contida naquele beijo e da solidão de suas palavras: “Mil vezes tentei me convencer de que não a quero, Hermione, mas foi em vão”.
Talvez, por trás da fachada de frieza, Harry se sentisse tão solitário e vazio quanto ela. Talvez ele precisasse dela, mas não fosse capaz de admitir isso. Por outro lado, era possível que ela estivesse apenas tentando se enganar.
— Harry, você não pode esperar que eu tenha um filho e depois, o entregue a você e vá embora. Não pode ser tão frio e insensível quanto a sua proposta o faz parecer. Não acredito nisso.
— Não serei um marido cruel, se é isso que está falando.
— Não é do que estou falando! — Hermione explodiu. — Como pode falar em se casar comigo, como se estivesse discutindo um acordo de negócios, sem sentimento, emoção, e mesmo sem fingir amor...
— Ora, não me diga que ainda tem ilusões sobre o amor! — ele zombou. — Sua experiência com Malfoy deveria tê-la ensinado que o amor é um sentimento usado apenas para manipular pessoas ingênuas. Não espero que me ame, Hermione.
Hermione agarrou-se ao espaldar da cadeira, furiosa com as últimas palavras dele. Abriu a boca para protestar, mas Harry sacudiu a cabeça e falou:
— Não responda antes de considerar com bastante cuidado e atenção o que lhe propus. Se casar comigo, terá liberdade para fazer o que quiser. Poderá construir um hospital na América e outro perto de Gryffindor, e ficar na Inglaterra. Tenho seis propriedades e uma infinidade de criados. Só eles já poderiam lotar o seu hospital, mas, se isso não acontecer, posso pagá-los para ficarem doentes — acrescentou com um arremedo de sorriso.
Hermione, porém, estava magoada demais para reconhecer algum humor naquelas palavras. Diante de seu silêncio, Harry continuou:
— Poderá cobrir todas as paredes de Gryffindor com os seus desenhos e, quando não tiver mais espaço, mandarei construir paredes novas. — Então, acariciou-lhe a face com profunda e inesperada ternura. — Vai descobrir que sou um marido muito generoso. Eu prometo.
O modo como ele pronunciou a palavra marido fez Hermione se arrepiar.
— Por que eu? — ela inquiriu com um sorriso. — Se é um filho o que quer, existem dezenas de mulheres, em Londres, loucas para se casarem com você.
— Porque me sinto atraído por você... e você sabe disso. Além do mais, gosta de mim. Disse isso quando pensou que eu estava dormindo, lembra-se?
Por um momento, Hermione limitou-se a fitá-lo, chocada pela confissão de que ele realmente sentia alguma atração por ela.
— Eu gostava de Draco, também — falou, irritada. — Meu julgamento dos homens deixa muito a desejar.
— Verdade — ele concordou.
Segurando-a pelos ombros, Harry puxou-a lentamente para si.
— Acho que você enlouqueceu! — ela murmurou com voz estrangulada.
— Sem dúvida — ele replicou, passando um braço em torno de sua cintura.
— Não vou aceitar... não posso...
— Hermione, você não tem escolha. Posso lhe dar tudo o que uma mulher deseja...
— Tudo, menos amor.
— Tudo o que uma mulher realmente deseja — ele insistiu. — Vou lhe dar jóias e peles. Você terá mais dinheiro do que jamais sonhou possível. E tudo o que terá de me dar em troca é isto... — concluiu, baixando a cabeça bem devagar, colando os lábios aos dela.
Um pensamento estranho cruzou a mente de Hermione: Harry estava se vendendo por pouco. Era atraente, rico e desejado e, com certeza, tinha o direito de esperar mais de uma esposa. Então, sua mente se esvaziou por completo, no momento em que ele aprofundou o beijo, fazendo com que ondas de prazer sacudissem seu corpo.
Quando Harry, por fim, descolou os lábios dos dela, Hermione sentia-se atordoada, trêmula e inexplicavelmente temerosa.
— Olhe para mim — ele murmurou, segurando-lhe o queixo entre os dedos. — Está tremendo. Tem medo de mim?
Apesar da torrente de sentimentos confusos que se agitavam em seu peito, Hermione sacudiu a cabeça. Não tinha medo de Harry. Por alguma razão que não saberia explicar, fora tomada por um súbito medo de si mesma.
Diante da resposta silenciosa, Harry sorriu.
— Acho que está com medo, sim, mas não tem motivo para isso. Vou machucá-la uma única vez e somente por ser inevitável.
— O que... Por quê?
— Talvez, eu não vá machucá-la de jeito nenhum. Certo? — ele disse com voz repentinamente dura.
— Certo, o quê? — Hermione ergueu a voz. — Gostaria que não falasse por meio de enigmas, quando já estou tão confusa que mal consigo pensar!
Em uma de suas mudanças súbitas de humor, Harry deu de ombros com indiferença.
— Não tem importância. Não me importo o que você fez com Malfoy. Isso foi antes.
— Antes? — ela repetiu, à beira da histeria. — Antes do quê?
— Antes de mim. No entanto, fique sabendo que não vou admitir que me traia. Fui claro?
— Você está definitivamente louco!
— Já concordamos nisso — Harry lembrou-a com sarcasmo.
— Se vai continuar fazendo insinuações insultantes, vou me retirar para o meu quarto.
Harry fitou-a nos olhos, lutando contra o impulso de tomá-la nos braços novamente e devorar-lhe os lábios.
— Muito bem. Vamos falar de trivialidades. O que a senhora Pomfrey está preparando para o jantar?
Hermione sentiu que o mundo girava em uma direção e ela, em outra, atordoada e perdida.
— Senhora Pomfrey? — repetiu com olhar distante.
— A cozinheira. Como vê, já sei o nome dela. Também sei que McLaggen é o seu lacaio preferido. Agora, diga-me o que a senhora Pomfrey está cozinhando.
— Ganso — Hermione informou-o, tentando se recuperar. — É aceitável?
— Perfeitamente. Vamos jantar em casa?
— Eu vou.
— Nesse caso, naturalmente, eu também.
Ora, ele já estava desempenhando o papel de marido!
— Informarei a senhora Pomfrey — Hermione declarou e virou-se para sair.
Sua confusão se recusava a ceder. Harry dissera estar atraído por ela. Queria se casar com ela. Impossível! Se Sirius morresse, ela seria obrigada a se casar com Harry. Se casasse com ele logo, talvez Sirius encontrasse forças para viver. E Harry queria ter filhos. Ela também queria. Queria alguém para amar. Talvez pudessem ser felizes, juntos. Às vezes, Harry era adorável, às vezes seu sorriso a fazia sorrir também. Ele prometera não machucá-la...
Hermione estava perto da porta, quando a voz calma de Harry a fez parar.
— Hermione, acho que já tomou sua decisão quanto ao nosso casamento. Se a sua resposta é “sim”, creio que devemos contar a Sirius depois do jantar e marcarmos a data. Ele vai gostar, e quanto antes falarmos com ele, melhor.
Hermione se deu conta de que Harry estava insistindo em saber se ela pretendia se casar com ele. Fitou-o por um longo momento. Por que ele parecia tenso, à espera de sua resposta? Por que precisava pedi-la em casamento, se tudo não passava de um acordo de negócios?
— Eu... — Hermione começou.
Porém, a proposta romântica de Draco brotou de sua memória: “Diga que vai se casar comigo, Hermione. Eu a amo. Sempre vou amar...”.
Ora, Harry ao menos não pronunciara palavras de amor que não sentia. Nem a pedira em casamento com demonstrações de afeto. Por isso, ela aceitou a proposta com a mesma frieza que fora feita. Olhou para Harry e respondeu, impassível.
— Falaremos com tio Sirius depois do jantar.
Hermione poderia jurar que, naquele momento, a tensão havia abandonado as feições de Harry.
Tecnicamente, era a noite de seu noivado e, assim, Hermione decidiu usá-la para estabelecer um padrão melhor para o seu futuro. Ao retornar do duelo, Harry confessara que gostava de ouvi-la rir. Se, como ela suspeitava, ele se sentisse tão solitário e vazio quanto ela, talvez os dois pudessem alegrar a vida um do outro. Descalça, passou um longo momento parada diante do guarda-roupa, tentando decidir que vestido usar para a ocasião supostamente festiva. Acabou se decidindo por um vestido de chiffon azul pálido, cuja bainha era bordada de fios dourados, e um colar de ouro e águas-marinhas que Harry lhe dera de presente, na noite de seu début. Angelina escovou seus cabelos até que brilhassem e, então, repartiu-os no meio da cabeça, deixando que caíssem como cascata sobre os ombros. Uma vez satisfeita com sua aparência, Hermione foi para o salão. Aparentemente, Harry tivera a mesma idéia, pois vestia um traje formal, cor de vinho, colete de brocado e abotoaduras de rubi.
Estava enchendo uma taça de champanhe quando ela entrou, e ele interrompeu o que fazia para examiná-la da cabeça aos pés, com indisfarçável admiração. Hermione sentiu um aperto no estômago ao reconhecer o orgulho viril daquele olhar possessivo.
— Você tem a desconcertante capacidade de parecer uma criança em um momento e, no outro, uma mulher sedutora — ele comentou.
— Obrigada... eu acho.
— Foi um elogio — Harry assegurou. — Tentarei ser mais claro, no futuro.
Encorajada por aquela pequena indicação de que ele estava disposto a mudar para agradá-la, Hermione observou-o servir o champanhe. Quando ele lhe estendeu a taça, ela virou-se para se encaminhar ao sofá, mas Harry a segurou pelo braço com delicadeza. Com a mão livre, ele abriu uma caixa de veludo que se encontrava ao lado de sua taça, revelando um colar de três voltas, das pérolas mais espetaculares que Hermione já vira. Sem dizer nada, ele retirou o colar de águas-marinhas que ela usava e o substituiu pelo de pérolas.
No espelho, Hermione observou-o prender o fecho e, então, fitá-la.
— Obrigada — agradeceu, um tanto sem jeito.
— Prefiro que me agradeça com um beijo.
Hermione se pôs na ponta dos pés e beijou-o na face. Algo no modo como ele lhe dera as pérolas e, então, lhe pedira um beijo, a perturbou. Era como se Harry estivesse comprando seus favores, começando com um beijo em troca de um colar. A idéia desconcertante foi confirmada quando ele disse:
— Esse beijo não chega aos pés do colar que acabo de lhe dar.
Em seguida, beijou-a com ardor e, então, perguntou:
— Não gosta de pérolas, Hermione?
— Ah, sim, gosto muito! — ela respondeu, nervosa. — Nunca vi pérolas tão lindas. Nem mesmo as de lady Bones são tão grandes. Estas deveriam pertencer a uma rainha.
— Pertenceram a uma princesa russa, há cem anos — Harry informou, fazendo Hermione sentir-se emocionada pelo fato de ele a considerar digna de um presente tão valioso.
Depois do jantar, subiram para ver Sirius. A reação dele ao ser informado sobre a decisão dos dois em se casarem o rejuvenesceu de imediato. Quando Harry passou um braço em torno dos ombros de Hermione, o inválido ficou tão feliz, que chegou a emitir uma risada alta. Pareceu tão satisfeito e seguro de que os jovens estavam tomando a atitude mais acertada, que Hermione quase se convenceu disso.
— E quando ao casamento vai se realizar? — Sirius perguntou.
— Dentro de uma semana — Harry informou-o, recebendo um olhar surpreso de Hermione.
— Excelente! — Sirius comemorou. — Pretendo estar em condições de assistir à cerimônia.
Hermione abriu a boca para protestar, mas Harry apertou-lhe o braço, para que não discutisse.
— E o que é isso, minha querida? — Sirius indagou, apontando para o colar.
— Harry me deu de presente, esta noite, para selar o nosso ac... nosso noivado — ela explicou.
Quando a visita a Sirius terminou, Hermione alegou estar exausta e Harry a acompanhou até a porta de seu quarto.
— Alguma coisa está perturbando você — ele disse. — O que é?
— Entre outras coisas, sinto-me péssima por me casar antes que o período de luto pela morte de meus pais termine. Já me senti culpada em cada baile a que compareci. Tive de ser evasiva quanto à data da morte deles, para que as pessoas não descobrissem que sou uma filha extremamente desrespeitosa.
— Você fez o que tinha de fazer. Casando-se comigo imediatamente, está dando a Sirius uma razão para viver. Você mesma viu como ele pareceu melhor, quando marcamos a data. Além disso, a decisão de encerrar o seu luto foi minha, de modo que você não teve escolha. Se tem de culpar alguém, culpe a mim.
Hermione sabia que, em termos lógicos, Harry estava certo. Assim, mudou de assunto.
— Agora que descobri que “nós” decidimos nos casar daqui a uma semana, importa-se de me dizer onde “nós” decidimos nos casar? — perguntou com um sorriso maroto.
— Muito bem — ele falou com uma risada. — Nós decidimos nos casar aqui.
— Por favor, Harry, não podemos nos casar na pequena igreja da vila próxima a Gryffindor? Poderíamos esperar até tio Sirius estar em condições de fazer a viagem.
Chocada, Hermione viu a repulsa obscurecer os olhos de Harry à menção da igreja, mas após um breve instante de hesitação, ele assentiu.
— Se você quer um casamento na igreja, nós nos casaremos em uma aqui, em Londres, grande o bastante para acomodar os convidados.
— Não! Estou muito longe da América, milorde. A igreja perto de Gryffindor seria melhor, pois me faz lembrar de casa. Desde menina, sempre sonhei em me casar em uma igrejinha...
Ao dar-se conta de que sempre sonhara em se casar em uma igrejinha do interior com Draco, Hermione desejou não ter pensado em igreja alguma.
— Quero que nosso casamento seja celebrado em Londres, diante da ton — Harry declarou com firmeza. — Mas faremos um acordo: nos casaremos aqui e, então, iremos para Gryffindor , para uma cerimônia menor.
— Esqueça que falei em igreja — Hermione voltou atrás. — Convide a todos para uma cerimônia aqui. Seria uma blasfêmia entrarmos em uma igreja e selarmos o que não passa de um acordo comercial. — Com uma tentativa de humor, acrescentou: — Quando estivéssemos jurando amar e respeitar um ao outro, eu estaria esperando que um raio nos caísse na cabeça!
— Nos casaremos na igreja — Harry pôs um fim à discussão. — E se um raio cair, pagarei por um telhado novo.
N/A: Eu gosto muito desse capítulo, ele da amostras de como o Harry é inseguro, e os leitores mais atentos podem perceber algumas pistas sobre esse passado tão misterioso de Lord Potter! O que vcs acham? Esse casamento vai chegar a se realizar? Comentemmm!
Bjs,
Jéssica Malfoy
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