Reviravoltas
Sirius continuava sorrindo, estava na porta em frente à Harry e Dumbledore:
- Entrem, por favor.
Harry e Dumbledore obedeceram. Dumbledore parecia muito feliz e Harry, agora, conseguia entender sua felicidade. Ou pelo menos achava que consegui. Sentaram-se confortavelmente na sala, Lupin, que também estava na casa, dirigiu-se a Dumbledore. Sirius e Harry ficaram conversando um pouco.
- E aí Harry? Como andam suas férias? – disseram os dois quase em uníssono.
- Até pouco tempo estavam como todo ano, monótonas, chatas, sem nada de novo... – disse sem emoção.
- Como assim?
- Eu cheguei essa noite na casa dos Weasleys – comentou Harry abrindo um sorriso no canto dos lábios.
Harry contou sua “longa” jornada com detalhes, até chegar à parte aonde Belatriz aparece na história, sendo interrompido por Dumbledore.
- Belatriz resolveu dar as caras. Contou-nos algo sobre os planos de Voldemort e disse-nos também que foi falar com Snape.
- Mas isso não vale o risco, vale? – perguntou Lupin.
- Na verdade eu não sei – disse Dumbledore olhando para Harry.
O silêncio reinou na casa por alguns minutos, parecia não existir alegria, suas cabeças trabalhavam rapidamente, o silêncio era tão grande que muitas vezes ouvia-se o farfalhar de seus pensamentos, Dumbledore resolveu quebra-lo.
- Bem Lupin, vinhemos aqui lhe dar a notícia...
- Dumbledore, acho que já chega de surpresas por essa noite.
- Mas não me deixa termina a frase – disse Dumbledore com um ar brincalhão d superioridade como quem está lidando com alguém mal-criado. Tirou um enorme papel do bolso do seu sobre tudo, leu algumas partes para si mesmo, até encontrar a parte em que realmente importava.
“Prezado Sr. Remo Lupin temos o prazer de lhe informar que a Corte Suprema dos Bruxos lhe dará a chance de voltar a Hogwarts esse ano. Devo informar que algumas reinvidicações foram feitas e receiamos que as terá de seguir...”
Lupin não sabia o que fazer, engolia cada palavra que lia, sentia a felicidade crescendo em seu coração, correu até onde Dumbledore estava sentado, tomou a cartas de suas mãos e começou a lê-la, parecia enorme, Harry não conseguia destingir as palavras, mas pode ver as assinaturas da Corte Suprema (faltando a de Malfoy, já que o mesmo estava morto), eram em caprichosas letras. Harry pela primeira vez depois da “morte” de Sirius sentiu-se feliz, agora sabia que teria seu professor Lupin de volta a Hogwarts, poderia contar com mais um amigo nessa incrível e assustadora jornada que já lhe acarretara tantas perdas.
Lupin sorria muito, agradecia a Dumbledore, montara até uma pequena festa com a ajuda de Sirius, se divertiam como há muito tempo não o fazia.
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- Mas como Sirius voltou?
- E por quê? – Harry continuava intrigado.
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O relógio agora batia 12h00min, Lupin então olhava para todos os presentes.
- Queria agradecer a você Alvo, por ter me ajudado a conseguir meu cargo de professor em Hogwarts novamente e ficar perto de Harry. – ele deixou algumas lágrimas rolarem na sua face – Bem Harry queria lhe desejar um feliz aniversário, e espero que não ligue muito pro nosso presente... Ele é simples, mas é de coração – Lupin olhava para Sirius enquanto o mesmo tirava apressadamente do bolso uma caixinha pequena e um livro, que parecia bem grande para estar ali.
– Tome Harry – Sirius esticou os presentes até Harry, o puxou para perto de si e lhe deu um abraço paterno, e começou a chorar.
Harry olhou de Sirius para o livro, abriu o imediatamente, à medida que passava via Tiago, Sirius e Lupin crescendo, e em algumas fotos era possível ver Rabicho, ou até mesmo sua mãe ao longe. Harry sorrira.
- Brigado Lupin, e a você também Sirius – disse voltando a abraçar o mesmo.
- Não vai abrir o outro presente?
Harry olhara a caixa, não se importara muito com ela, mas por insistência resolveu abri-la. Eram dois medalhões em forma de um coração partido em que juntos formavam uma frase: “Eu carrego o seu coração”. Atrás de cada um havia uma letra: T e L. Eram bem grandes e bonitas Harry pensou se não conseguiria mudar aquilo, logo descobriria que sim. Olhou para Lupin meio confuso, que o mesmo notou essa cara.
- Bem, esses medalhões pertenceram ao seu pai e a sua mãe, eu acho que as correntes eu perdi, mas se acha-las prometo devolver – Harry ainda continuava confuso – Bem, elas mudam quando realmente existe amor entre duas pessoas.
Harry sorriu, a imagem de Hermione passou pela sua cabeça: “Ela é apenas minha amiga”. Já não agüentava mais brigar com sua consciência e brincar de faz de conta com seus sonhos.
Lembrava-se dos gritos de Rony no corredor acima, destanciava-se mais e mais da conversa, já nem ouvia o que Lupin e Dumbledore diziam, caminhou até a poltrona e lá pelo que pareceu, ele adormeceu.
Acordou algumas horas depois, estava meio cansado, havia dormido mal, o sol batia em sua cara, e não conseguia encontrar seus óculos, notara que Dumbledore e Sirius não estavam mais ali e ouvia Lupin na cozinha cantar algo que Harry não chegou a entender. Dera alguns passos sorrateiros até a cozinha.
- Bom dia Harry.
- Como sabia que estava aqui?
- Nós lobisomens temos uma audição, digamos um pouco apurada, eu ouvi seus passos.
- Ah – disse Harry fazendo pouco caso.
Harry caminhou até o fogão e serviu-se de algo que considerou ser bacon com ovos. Lupin olhava Harry voltar à cadeira.
- É – ele falou maio triste – realmente eu não sei cozinhar, mas na se preocupe logo iremos para a Toca – deu um sorriso discreto e saiu em direção ao lado oposto de Harry.
Harry passou o resto do café calado, estava envergonhado por indiretamente ter dito que Lupin não sabia cozinhar e preferia não falar nada com o mesmo.
Até o fim da manhã Harry ficou calado folheando o álbum que Lupin lhe dera, e o mesmo estava de cabeça baixa em um livro bem grande, ligeiramente lembrava Hermione. Lupin ás vezes olhava para Harry a fim de que o garoto o notasse e puxasse assunto.
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Essa monótona manhã foi interrompida por Dumbledore que vestia um belo sobre tudo roxo com uns pontos brilhantes, no qual Harry considerou ser estrelas. Dumbledore vinha com um sorriso no rosto, mas parecia apressado.
- Bem, todos prontos para ir?
Harry e Lupin fizeram que sim com a cabeça. Notaram Dumbledore aliviado pelo gesto e apressaram-se em partir.
Harry sentia aquela mesma sensação da noite passada, sentia tudo girar, não agüentava aquilo, era muito forte, dessa vez veio uma forte dor de cabeça e uma sensação de enjôo. Porque não viajamos de Pó de Flu?
Chegaram à Toca, na qual o silêncio reinava, ouviam-se apenas algumas galinhas, e vassouras velozes correndo atrás de uma bola, ao longe dava para notar Rony e Gina jogando Quadribol.
Harry seguiu a estradinha até a Toca, a Sra. Weasley o esperava junto a Hermione que tinha os olhos meio vermelhos e algumas olheiras, parecia ter chorado durante a noite, veio correndo até Harry, passou a mão pelo seu pescoço e disse com uma voz fraca.
- Feliz aniversário Harry.
- Brigado Mione.
A Sra. Weasley parecia fazer o mesmo, vinha correndo meio desajeitada em sua direção. Sorria de ponta a ponta e dera aquele abraço costumeiro de quebrar os ossos.
- Feliz aniversário querido.
- Brigado Sra. Weasley – agradeceu dando um sorriso.
O dia passou tranqüilo, nada de especial, algumas pessoas entrando e saindo da Toca, já que a mesma estava servindo de local para Ordem. Haviam deixado a casa dos Blacks, não acharam conveniente continuar lá depois do que ocorrera com Monstro, mas a mesma voltaria a ser um “quartel” para Ordem após algumas reformas.
Harry observava bem cada um que passava: Lupin, Tonks, Alastor, Snape, Sirius, Minerva, Dumbledore, Arthur, Quim e até mesmo algumas pessoas que Harry sabia serem da Ordem, mas nunca os vira lá. Cada um que passava dava seus parabéns a Harry e cumprimentava os outros, poucos chegaram a ficar mais de 10 min.
Ao lado de Harry estava Rony conversando com Gina sobre Quadribol e Hermione mais a frente lendo o Profeta Diário, a primeira página mostrava o rosto de Belatriz, dizia que ela havia sido vista em uma cidade trouxa perto de Londres.
Às 15h00min Harry fora para o seu quarto, não agüentava mais o tédio. E não sabia se ocorreria uma festa, ficou lá no que pareceram horas e horas contemplando, às vezes o nada, às vezes o álbum de Lupin e até mesmo os pingentes com o grande T e L. Pareciam coisas tão simples nas quais Harry se apegara tanto.
Entre seus pensamentos Harry adormeceu. Teve mais um sonho com Voldemort. Dessa vez reconhecia as pessoas e parecia ser algo que estava por vir. Era enigmático e estranho.
Tonks encontrava-se no meio de muitos comensais, realmente eram muitos, alguns Harry não chegava a conhecer. Harry vinha andando calmamente a caminho do meio da roda, lá também estava uma menina parecida com Tonks. Traços tão idênticos que Harry apostaria qualquer coisa como eram gêmeas. Durante o sonho seu nome não foi citado. Ouviam-se sussurros entre os comensais. Quando Harry chegou não tardou muito para todos se calarem.
- Hmmm. Ninfadora Tonks, a mestiça de sangue ruim – Belatriz se encolhia ao canto ao ouvir tais palavras – Como pode uma pessoa ter manchado tanto o nome da família?
- Olhe quem fala? Voldemort – levou um susto ao dizer o nome – Que mudou seu nome só por que o pai era trouxa.
- Silêncio. Mais respeito a se dirigir ao Lord das Trevas.
- Cala-se Bela. Continue Tonks – disse Voldemort rouco como se realmente o assunto estive começando a lhe interessar.
- Voldemort aquele que assassinou os pais para tentar ser um bruxo sangue puro. Como pode alguém assim querer acabar com a própria espécie? Você sim é um mestiço de sangue ruim.
- Acabou srtª. Tonks? – Voldemort olho bem no fundo dos olhos dela, a mesma pareceu ver a morte em pessoa.
- Na verdade não...
Harry não descobrira o final do sonho acordara suado, sua cama estava encharcada, sua cicatriz chegava a formigar e uma coruja negra batia violentamente na janela.
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Do lado de fora da casa e dentro mesmo havia um grande agito, eram bolas pra lá, doces pra cá, bolo voando, cartazes sendo pregados, pista sendo montada, salgadinhos passando pelas mesas, encantamentos sendo realizados, todos estavam ajudando.
Hermione ajudava Gina com as bolas, conversavam sobre algo que Rony não conseguia ouvir, já que o mesmo estava ajudando Neville que chegara há pouco tempo a espalhar as mesas e cadeiras pelo gramado. Luna, que viera com Neville, levava distraída algumas bandejas de doce. Simas e Dino também estavam lá, ajudavam os gêmeos com a pista de dança. Até mesmo Collin e Denis estavam lá, eles levavam junto com Luna as bandejas de salgadinhos. As gêmeas Patil prometeram chegar mais tarde com Lilá Brown e Amélia Bonés.
Os professores começavam a chegar Lupin, Alastor, Flitwick, Sprout, Binns, Minerva respectivamente entraram na Toca. Snape passou lá, mas não demorou muito, até finalmente chegar Dumbledore acompanhado por Sirius.
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Harry agora começava a se sentir um pouco só, também num era pra menos, ele queria ficar só, neste momento havia algumas cartas na cama de Rony. E ao que parecia, Harry falava com si mesmo.
- Que tédio...
- Eu sei muito bem o que alta pra você se animar,
- E o que é? – Harry sorriu maliciosamente.
- Além da festa, falta Hermione.
- Mas por que falta ela? Ela está aqui, não? – perguntou Harry meio tolo sabendo a resposta.
Ele sabia muito bem que desde o primeiro momento em que a viu, no vagão a caminho de Hogwarts, seu coração disparava mais forte quando a via, sua respiração acelerava quando eles estavam próximos, seus pensamentos sempre se voltavam para ela, desde o verão passado nunca tivera tanta certeza na vida: realmente eu a amava. Não pelo simples fato dela ser amiga dele e que todas as melhores lembranças dele são com ela, mas sim pelo fato de que em tudo ela o apoiou, de que ele não sabia o que fazer quando duas vezes apareceu a “hipótese” de ela morrer, e que na verdade tudo entre eles vinha se tornando mais forte a cada ano que passava, todos os momentos que sofreram risco de morte juntos... Desde o primeiro ano em Hogwarts até o último verão. Harry não podia perdê-la.
Seus pensamentos foram interrompidos por outra carta que chegava para ele.
- Pra que tantas cartas? - disse o garoto olhando para cama de Rony.
Na cama de Rony havia cartas de tanta gente que Harry nem sonharia em receber e umas de pessoas ele nem sabia que existiam.
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A festa surpresa de Harry já estava pronta, nesse momento todos corriam para se arrumar antes que Harry descesse. Estavam todos lá, faltava apenas Harry.
Hermione optara por uma saia rosa até o joelho e uma camisa amarela florida, uma sandália rasteira branca com os detalhes rosa claro e um penteado feito por Gina. Ela simplesmente estava deslumbrante. Aos olhos de Harry, perfeita!
A Sra. Weasley chegava do andar de cima, vinha com alguns presentes nas mãos e um vestido verde até depois do joelho que insistia em subir com o vento que à noite fazia. Rony, por sua vez, estava em um canto levando um fora de Lilá Brown. Neville, Simas e Dino falavam sobre quadribol. As gêmeas Patil, Gina e Amélia estavam nos sofás falando sobre as férias. Luna estava sentada com uma perna sobre a outra lendo uma edição do Pasquim de cabeça pra baixo que parecia falar sobre Voldemort e a 2ª guerra. Hermione estava subindo as escadas lentamente, seus olhos enchiam-se de lágrimas, mas nenhuma chegou a cair. Os professores e outros membros da Ordem ainda estavam na cozinha, no que parecia ser uma reunião da Ordem. Harry continuava no seu quarto, parecia triste. Até que Hermione aparecera.
- Mione? Por que está com essa roupa? – perguntou Harry arqueando uma das sobrancelhas.
- Bem, não posso explicar agora, mas se você descer comigo talvez ele tentou ser rápida, estava nervosa com a situação de estar sozinha ali.
- Mas eu não quero descer. Prefiro ficar aqui – disse o garoto olhando confuso para Hermione.
- Como quiser. Se mudar de idéia, troque de roupa e desça logo, há alguém querendo lhe ver – ela pensou em uma desculpa melhor, mas já havia falado aquilo.
- Não... – Harry mal terminara a frase quando ouvia a porta bater com um baque surdo. Caminhou até seu malão. Sentou-se ali e ficou pensando.
- Quem poderá ser?
- Será que não é tão óbvio?
- Não, não é...
Harry não pensara duas vezes quando Hermione pedira para ele descer, pegou sua melhor roupa e correu pra o banheiro. Em menos de 10 minutos estava pronto, havia molhado o corpo, passara perfume pra disfarçar o banho mal tomado, tentara em vão arrumar seus cabelos, e vestia uma roupa simples.
- Harry James Potter, realmente você está lindo – ele deu um sorriso para o espelho.
- Convencido.
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Todos se escondiam, mudavam de lugar, continuava a mesma correria lá em baixo... Até ouvirem um forte baque da porta. Ficaram parados e escutaram a voz de Harry do começo da escada.
- Olá? Alguém em casa? Mione? Sra. Weasley?
Todos soltavam risos abafados e esperavam calmamente a descida de Harry, já dava para se ouvir os passos vindos da escada. Harry descia calmamente, parecia assustado com tanta escuridão. Estava chegando ao final.
- Feliz aniversário Harry – todos gritaram enquanto saíam detrás dos móveis e correram em direção a Harry, abraçavam-no, entregavam-lhe presentes e algumas chegavam a beijá-lo no rosto. Harry nunca pensara em uma festa assim... Agora não tinha do que reclamar.
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Todos já estavam do lado de fora. Lá, realmente, não parecia a Toca, tudo tão arrumado, um espaço tão grande, tantas mesas e cadeiras, muita comida, realmente ali não era a Toca. Todos se espalharam pelo jardim, alguns nas mesas, outros na pista de dança, alguns se servindo de salgadinhos e suco de abóbora.
Harry tratava de encontrar Hermione ou Rony, nenhum dos dois pareciam estar perto. Pensava o porque da garota estar tão nervosa quando oi no seu quarto.
Seus pensamentos foram interrompidos por uma voz familiar.
- Harry, Harry – era Rony em uma mesa com Neville e Simas.
- Ah Rony, estava lhe procurando. Você viu a Mione?
- Desde ontem que não tenho falado com ela! – disse Rony meio triste tentando não transparecer isso.
- Por quê?
- Bem, a gente acabou cara – Rony não conseguia mais disfarçar.
- Não precisa falar agora, divirta-se, vou procurá-la.
- Ok - ele deu sorriso e voltou-se para os garotos.
Bem, foi realmente o que Harry fez. Procurou Hermione. Sua busca o levou a ver cenas bem constrangedoras: Gina e Dino se amassando em uma árvore um pouco afastada da Toca, Lupin e Tonks discutindo, Padma Patil e Lilá Brown falando mal de Hermione e de Gina, Parvati Patil dançando com Simas de maneira estranha e suspeita e por fim Denis rindo do irmão que parecia meio desengonçado dançando com Amélia.
Até que finalmente Harry encontrou Hermione, estava linda a luz da Lua, Harry perguntara-se se existia alguém tão bonita quanto Hermione naquele momento, aproximou-se mais, Hermione o ouviu e ficaram se olhando por um momento Demorou um pouco, mas Harry notou que Hermione estava chorando, sentou-se ao lado da garota e ficou calado.
Hermione também não parecia querer conversar, olhava para Harry como se fosse um estranho e o mesmo a olhava com vontade de falar algo.
- Está gostando da festa? – Hermione agora parara de chorar.
- Não! – disse Harry se arrependendo de ter gritado com ela.
- Por quê? - perguntou ela com a voz fraca.
- Porque você não está lá! – respondeu Harry abaixando a voz.
- Mas eu não quero ir – ela fitou as mãos sobre a saia e voltou a olhar para Harry.
- Não estou pedindo para você voltar pra lá – ele virou a cabeça para o lado.
- Não? Então o que veio fazer aqui? – ela falou de forma calma, o fazendo virar de novo.
- Bem, não sei. Estava lhe procurando – Harry parecia nervoso com a proximidade dos rostos deles dois.
- Me achou. Se não for muito incomodo eu queria ficar sozinha por um tempo. Se tiver algo a me perguntar – ela também parecia incomodada com a proximidade e se afastou.
- Tenho sim – ele assentiu com a cabeça e voltou a se aproximar dela. Ela tentou se afastar, mas ele não permitiu.
- Fale – ela disse nervosa e confusa.
- Por que acabou com o Rony? – perguntou Harry da maneira mais suave que pode.
- Simplesmente porque não é dele de quem eu gosto... – Hermione queria continuar a frase, mas não conseguiu.
- Então de quem você gosta?
Hermione pensou: “Será que não é tão óbvio que eu gosto de você?”, mas continuou calada, Harry fez o mesmo, admirava a amiga tentando encontrar os olhos dela.
- Na verdade eu não posso contar a você, quer dizer a ninguém, mas um dia você saberá, e não se preocupe você será o primeiro a saber.
Harry não notara a indireta de Hermione quanto ”o primeiro a saber”, e disse baixo como se houvesse alguém em sua volta.
- Mas porque eu não posso saber quem é o felizardo? – ele disse sussurrando em seu ouvido.
- Felizardo? - ela olhou para ele com a bochecha levemente corada.
- Sim. É um felizardo – ele fez um sinal positivo e sorriu.
- Pode até ser – ela fez um cara de pensativa e escolheu com cuidado as próximas palavras - Mas porque ele é um felizardo?
- Bem, vejamos... – Hermione abafou o riso da cara que Harry fez.
- Ok. Não precisa falar. Eu não posso lhe contar agora, porque eu não tenho certeza se ele gosta de mim – disse Hermione meio envergonhada.
- Mas quem seria o burro de não gostar de você?
- Qualquer um. E não seria burro, eu sou uma garota normal.
- Se todas as garotas normais fossem tão lindas e inteligentes quanto você.
- Você realmente... – Hermione fora interrompida por um grito vindo da Toca. Harry já estava de pé e ajudava Hermione a se levantar.
Os dois corriam velozmente entre as árvores, não tinham noção de quão tinham se afastado. Harry observava os cabelos de Hermione balançarem, notava o penteado dela se desmanchar e sentia um forte perfume no ar.
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Mais na frente alguns comensais tentavam fugir com uma Tonks desesperada. Os adultos estavam imobilizados e as crianças presas por cordas, Tonks gritava por socorro, os meninos soltavam gritos só que os mesmos eram abafados pelas cordas e os adultos pareciam inconscientes. Harry e Hermione corriam rápido. Se não fossem alguns galhos e raízes eles teriam chegado a tempo de impedir o “seqüestro” de Tonks. Chegarem apenas a ponto de ver Tonks e os comensais desaparatarem.
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