A revelação de Dumbledore.



Cap. 5 – A revelação de Dumbledore

- Certo. Sirius, por favor, tranque as portas, feche as cortinas e “impertube às portas”, não quero ser interrompido, nem observado, nem ouvido.
Sirius se levantou imediatamente, puxou a varinha e acenou para a porta, trancando-a, acenou para a cortina, que se fechou imediatamente, e, por fim, acenou para porta novamente, que se tornou mais rígida ao olhar dos outros, e voltou a sua poltrona, olhando para Dumbledore com atenção.
- O que vim dizer é algo que venho percebendo há algum tempo – continuou Dumbledore – E o que vou dizer aqui não deve sair daqui. Durante esses tempos em que me ausentei, estive procurando encontrar algo sobre Voldemort, para descobrir suas fraquezas, e para ajudar o garoto que virá a derrotá-lo. Confesso que, de inicio, não encontrei nada, nem mesmo nos registros de Hogwarts. Parece que Tom Riddle já planejava há muito tempo se tornar o bruxo que ele é hoje, tanto que apagou seus registros do passado com medo que alguém viesse a se interessar por eles.
- O Harry nunca vai conseguir derrotar um bruxo como Voldemort – disse Lílian ansiosa – Mesmo se Voldemort conseguir o que ele quer, ele nunca vai desistir enquanto Harry não morrer – Sirius acompanhava tudo muito atento, pois soubera da profecia há poucos dias, depois de aprender Oclumência com Dumbledore para que Voldemort não descobrisse o resto da profecia entrando na mente dele.
- Fico feliz que ele se chame Harry – disse Dumbledore – mas lembre-se, Lílian, que ele tem um poder que o próprio Lord Voldemort desconhece, e esse poder poderá salva-lo do Voldemort. Agora vocês devem se concentrar em sobreviver, pois enquanto Voldemort levar a profecia a sério, Harry correrá riscos.
- Como será que Voldemort vai marcar Harry como igual? – perguntou Sirius – e que poder é esse que ele tem que Voldemort não tem?
- Como será feita essa marca eu não sei, e quanto ao poder que o Lorde das Trevas desconhece eu não tenho muita certeza – respondeu Dumbledore – mas tenho certeza que esse poder lhe vai ser muito útil contra Voldemort. Eu descobri que Tom Riddle criou a máscara Lord Voldemort há muito tempo, provavelmente no seu quinto ano, segundo as testemunhas Rosier e Avery, que foram capturados no ataque a Elephant and Castle, sob uma dose forte e competente de Legilimência, e, é claro, com a colaboração da ministra Emília Bagnold, que me deu permissão para visitá-los. É claro que não revelei os objetivos da minha visita à ela, mas o que pude descobrir é algo, de certa forma valioso.
- Seria sensato então - disse Sirius - presumir que podemos descobrir sobre Voldemort através de seus Comensais?
- Eu não posso afirmar isso Sirius - respondeu Dumbledore - pois creio que um bruxo como Voldemort não deixaria seus segredos sob a guarda de seus Comensais. E também porque caso esses Comensais fugirem de Azkaban, Voldemort logo descobriria o que fizemos, ele só não vai conseguir isso porque eu alterei a memória desses dois comensais, de forma que, nenhum bruxo poderá desfazer, nem mesmo eu se quiser.
- É isso que você tem observado Dumbledore? - perguntou Tiago cansado.
- Não, na verdade - respondeu Dumbledore brandamente - o que eu descobri afeta mais a vocês do que ao próprio Lord Voldemort.
Andei percebendo algo nos ataques de Voldemort a vocês, principalmente depois do ataque a esta manhã. No ataque a cidade de Birmigham, era óbvio que Voldemort encontraria vocês lá, mas e no ataque dos Comensais antes de eu informar-lhes a respeito da profecia? E no ataque de hoje? Percebi uma certa semelhança, em ambos não era certeza que Voldemort os encontraria, e conhecendo esse bruxo como eu conheço, ele não é de arriscar as coisas sem ter absoluta certeza.
- Ele pode ter mudado dessa vez - arriscou Lílian.
- Creio que não Lílian - respondeu Dumbledore com uma tristeza passando por seu rosto velho - a única resposta em que cheguei foi de que Voldemort, de alguma forma sabia de certas coisas intimas do casal, como o horário de saída. O que me levou a uma unica conclusão - ele soltou um suspiro e recomeçou - há alguém informando o passo de vocês, Lílian e Tiago.
Um clima de suspense pairou na sala naquele instante, todos ainda absorvendo o impacto das palavras de Dumbledore. Uma pessoa informando Voldemort, pensou Tiago, um traidor? Será que Dumbledore estava enganado? Não era possível, Dumbledore não faria uma acusação dessas sem ter certeza absoluta, tirando que Dumbledore era um homem de inteira confiança para ele e Lílian, era o líder da Ordem da Fênix, diretor da Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts e era o único bruxo que Voldemort temia. Só restava acreditar em Dumbledore. Olhou para a esposa ao seu lado, exibia uma preocupação no rosto, ela, ao contrário de Tiago, acreditou na hora no que Dumbledore havia dito.
- Você - disse Lílian depois de ter recuperado a fala - tem alguma idéia de quem seja?
- Nenhuma - disse Dumbledore em tom de desculpas - ainda não é caso máximo para se preocuparem, e Voldemort ainda não os cercou completamente Tiago - acrescentou ele depois de lançar um olhar penetrante em Tiago - o que vocês podem fazer, de imediato, é se tornarem mais reservados com todas as pessoas, exceto com os Marotos - acrescentou Dumbledore com um sorriso - acho que eles ainda são de confiança.
Assim que a conversa acabou, os Potter aparataram em Godric's Hollow e se dirigiram para a casa, ambos muito abatidos e cansados pela manhã agitada, até que ouviram um canto de Fênix vindo ao longe, instantaneamente, os dois olharam para o céu e viram um pontinho laranja-avermelhado voando em círculos, o canto de Fawkes, a fênix de Dumbledore inspirava coragem e determinação no coração do casal. "Afinal, pensou Lílian acariaciando a barriga, já em estado avançado de gravidez, Voldemort não vai nos vencer facilmente, Harry querido, vamos protegê-lo ao máximo".

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