Até quando?



Cap. 4 – Até quando?

Desde aquela revelação de Dumbledore sobre a profecia, Lílian ficara muito mais séria, sentia que, se Voldemort iria escolher seu filho, ele não iria te-lo facilmente, então começara a estudar mais sobre DCAT, e Tiago, para apoiar sua esposa e também porque concordara com ela, começou a estudar junto com ela. Tiago era visto mais frequentemente com Remo do que com Sirius, ultimamente. Até Sirius estava começando a ficar preocupado e se perguntando se fizera algo de errado. Depois de um tempo, em uma reunião da Ordem da Fênix, ele chamou Tiago em um canto.
- O que houve Pontas? – sussurrou Sirius – porque que você quase não tem falado comigo? Se fiz algo de errado é melhor me dizer por que não sou Vidente.
- Claro que não Almofadinhas – disse Tiago surpreso – é porque resolvi saber um pouco mais de Defesa Contra as Artes das Trevas, algo mais do que a gente aprendeu na escola. Logo – disse ao ver a cara de surpresa no rosto do amigo – você saberá o motivo de tudo isso.
- Vocês dois – disse Dumbledore do sofá da sala de estar da casa dos Longbottom – venham cá, porque o assunto é de suma importância. – Sirius e Tiago tomaram seus lugares e esperaram Dumbledore recomeçar – Voldemort planeja atacar Elephant and Castle, e acho que, os que se acham qualificados, especialmente os aurores, devem ir ajudar o povoado na hora do ataque.
- Onde vai ser? – perguntou Remo.
- Como você soube? - perguntou uma mulher um pouco velha chamada Minerva McGonagall, uma grande amiga de Dumbledore – e por que Elephant and Castle?
- Soubemos pelos comensais capturados por Tiago quando eles foram interrogados pelo Ministério, e disseram a verdade, pois estavam sobre a influência de Veritaserum, e acho que Voldemort escolheu este povoado por ele ser mais composto de trouxas, assim o impacto de terror seria maior. E vai ser ao anoitecer.
- Estaremos lá - acrescentou Sirius.
Ao anoitecer, todos desaparataram para o povoado, inclusive Dumbledore caso Voldemort resolvesse aparecer. Quando chegaram, o povoado estava um verdadeiro tumulto, várias casas estavam sendo queimadas, trouxas estavam sendo submetidos à Maldição Cruciatus. Os membros da Ordem se espalharam.
- Estupefaça – Tiago ouviu Pedro esganiçar, mas não tinha tempo para prestar atenção no duelo dos outros, apontou a varinha pro Comensal distraído que ainda não percebera que ele estava ali, e mentalizou – Petrificus Totalus! – o Comensal foi atingido pelo feitiço antes que pudesse bloqueá-lo, e Tiago se virou para enfrentar outro Comensal – Estupefaça! – mentalizou apontando a varinha para um Comensal, este, desviou o feitiço de Tiago – Saudades minha Potter? – disse Rodolfo Lestrange por debaixo da máscara – Nenhuma – disse Tiago – Incarcerous! – disse Tiago e Rodolfo desviou novamente o feitiço de Tiago, mas o tempo que ele perdeu pra fazer isso deu a Tiago, tempo suficiente para mentalizar “Expelliarmus” e desarmar Rodolfo – Imobilus! – mentalizou Tiago para imobilizar o Comensal – como vê, estou melhor desde o nosso ultimo encontro – disse Tiago ao passa por Rodolfo paralisado.
Os duelos continuaram os Comensais dispostos a lutarem até a morte, vários deles já haviam sido derrotados e amarrados por Dumbledore, era como se o que os prendesse fosse invisível, Lílian tinha a esperança que com Dumbledore no duelo, os comensais fossem pegos e Voldemort perdesse seu apoio. Mas quando menos esperava, uma voz aguda e fria gritava:
- MORSMODRE! – Lílian se virou e se deparou com Lord Voldemort em pessoa, ao vê-la, o rosto viperino dele se iluminou de prazer, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, Tiago se interpôs entre os dois – não vai ser tão fácil assim Voldemort! – gritou ele, usando o máximo de Oclumência que possuía – Será que é corajoso ou tolo de dizer o meu nome? Norem.
- Anapneo! – sussurrou Tiago bloqueando o feitiço – Mortificiarum – mentalizou ele agitando a varinha, Voldemort meramente se desviou – sua Oclumência não é suficientemente boa perante o Lorde das Trevas, Potter. Lançar o feitiço da morte não é o suficiente. – caçoou Voldemort.
- Talvez ele não tenha Oclumência suficiente, Tom – disse Dumbledore, com uma fúria gelada em cada ruga de seu rosto e com os olhos em chamas, como se estivesse emanando uma estranha áurea de poder, apontando a varinha diretamente para o peito do Lorde – Mas eu tenho. – e não disse mais nada, pois neste exato momento Voldemort deu um rápido rodopio e desapareceu, e como se fossem um só, os Comensais ainda em combate desaparataram. Lílian se abraçou a Tiago, desesperada.
- Calma Lily, querida – acalmou Tiago passando-lhe a mão na cabeça – Não foi dessa vez.
- Mas você poderia ter morrido – disse ela assustada – você enfrentou o bruxo mais terrível de todos os tempos!
- Não podia deixar você enfrentar aquele monstro. A sorte é que Dumbledore está aqui.
- Acho que não poderei estar aqui sempre – disse Dumbledore – portanto, a Oclumência de vocês deve ser treinada. É o que eu posso fazer por enquanto, já chegou à hora de eu fazer o que venho adiando desde que soube dessa profecia. Não – acrescentou quando Tiago abriu a boca para perguntar, pois viu na mente dele a pergunta – poderei lhes dizer até que tenha conseguido algo de concreto.
- E nós, Alvo? – perguntou Lílian ainda abraçada a Tiago.
- Vou lhes ensinar a Oclumência, mas isso não vai ser suficiente para se sobreviver a Voldemort, pois o conhecimento que ele tem de magia é muito grande, mas lhe darão melhores chances contra ele. – “a chance de escapar três vezes” pensou Tiago e Dumbledore não teve o que responder. – mas depois vou fazer o que devo fazer, mas não irei ficar fora, talvez só não vá estar em todos esses confrontos entre a Ordem da Fênix e os Comensais da Morte. – e ele ergueu a varinha para a marca negra, deu um breve agito e a mesma desapareceu num fiapo de fumaça.
Os Potter se dirigiram para a mansão deles, porém Lílian continuava assustada, a perspectiva de que Tiago poderia ter morrido, ainda a assustava, o marido tentava fazer de tudo para acalmá-la, só depois de uma poção calmante preparada por Tiago, ela se acalmou e dormiu.
Quatro meses se passaram numa velocidade fantástica, entre as aulas de Oclumência com Dumbledore, as coisas da Ordem, as caçadas aos Comensais como auror, e a gravidez de Lílian, Tiago nem vira esses três meses passar. Nem mesmo Voldemort voltara a mostrar sua cara ofídica desde aquele duelo, mas, assim como Dumbledore, o casal não acreditava que ele desistira de acabar com o filho deles.
Já passava das dez da noite, Lílian e Tiago estavam na sala de estar, pensando muito sobre o futuro filho deles, pois já fazia duas semanas que eles descobriram que viria um garoto, assim como os Longbottom. Nenhum deles sabia qual dos dois garotos Voldemort iria escolher, mas Dumbledore disse que era provável que ele escolhesse o Potter, pois Tiago o enfrentara, apesar de saber que poderia morrer. Frank Longbottom faria o mesmo, mas o fato de Voldemort ter ido atrás de Lílian e não de Alice, já mostrava sua decisão, o que fazia com que os Potter ficassem mais apreensivos ainda.
- Qual nome vamos dar a ele, Lily? – perguntou Tiago – já temos que pensar nisso.
- Estive pensando em vários nomes – disse ela – mas apenas um ficou na minha cabeça.
- Qual? – perguntou Tiago ao pé do ouvido – Tiago Júnior? Ou James Filho? – fazendo Lílian começar a rir.
- Continua com a sua falta de modéstia não é, Potter? – caçoou Lílian – não, Tiago, pensei em Harry.
- Hum – exclamou Tiago pensativo – Harry Tiago Potter. É um excelente nome – acrescentou dando um beijo na esposa, quando se separaram ela disse – assim você me deixa sem fôlego, Tiago. – neste momento Tiago a pegou nos braços, a carregou para o quarto, a deitou na cama e disse – minha esposa e meu filho merecem tratamento VIP.
No dia seguinte, Lílian se levantou, preparou o café da manhã pessoalmente, e acordou seu marido. Quando Tiago desceu e viu aquela mesa farta, desconfiou e perguntou:
- Foi você que fez isso Lily?
- Primeiro me da um beijo de bom dia, né?
- Me perdoe – disse Tiago se aproximando da boca dela, beijou-a e disse – Bom dia Lily, querida. Agora me diga, foi você que fez esse café da manhã?
- Foi sim. Gostou?
- Adorei. Mas temos os elfos domésticos para isso. Você não deve fazer esforços.
- Tiago Potter, eu estou grávida e não doente – acrescentou irritada.
Depois disso Tiago não reclamou mais. Os dois saíram para trabalhar, devido ao estado de Lílian, no hospital ela só dizia o que era pra ser feito, e verificava os pacientes mais graves, mas eles não esperavam ver a Marca Negra pairando sobre uma das casas do povoado. Ao ver a Marca, os dois acorreram para ver, quando pararam na porta da casa, os dois puxaram as varinhas e entraram. Encontraram o corpo de um homem estirado no chão, com os olhos vidrados. Lílian soltou uma exclamação de horror.
- Bom dia senhor e Sra. Potter – disse uma voz fria e Lord Voldemort saiu de trás da parede da cozinha do aposento indo de encontro aos dois – que prazer em vê-los. Acho que viram o que fiz com esse homem. Os próximos serão vocês. Crucio! – disse o Lorde das Trevas apontando a varinha para Tiago.
- Adinffinitum! – exclamou Tiago bloqueando a maldição – Avise Dumbledore e depois os aurores Lílian. Agora. Vá.
- Não vai, não! – exclamou Voldemort tentando mirar Lílian.
- Vai ter que passar por mim antes! – disse Tiago se colocando na frente da mira de Voldemort, dando tempo a Lílian para desaparatar.
- Isso vai ser fácil – exclamou Voldemort – Império!
- Conccious! – mentalizou Tiago – Tem certeza? Mortificiarum! – mentalizou Tiago, agitando a varinha, dessa vez Voldemort apontou a varinha para o cadáver, no meio da sala, e o fez levitar, servindo de escudo para o feitiço de Tiago, ao receber o feitiço, o corpo do morto se encheu de uma luz vermelha, e caiu no chão, mais mole e imóvel do que antes.
- Está vendo Potter? – disse Voldemort furioso – sua Oclumência melhorou, mas sua habilidade precisa melhorar. AVADA KEDAVRA! – um jorro de luz verde voou da varinha de Voldemort, graças aos reflexos do quadribol, Tiago se desviou – ora, até que você sabe brincar. – nesse instante Tiago agitou novamente sua varinha, um feitiço extremamente forte disparou dela, o feitiço da morte, fazendo com que Voldemort usasse novamente o cadáver como escudo, só que dessa vez, Tiago não parou para imaginar o efeito, usou este tempo em que Voldemort estava distraído para desaparatar do lado de Lílian, que estava no apartamento de Sirius.
- TIAGO! – exclamou ela ao ver o marido – que bom que você sobreviveu! – e abraçou Tiago – Sirius foi chamar os aurores. Dumbledore fica ausente durante uns tempos, então achei mais seguro avisar os aurores.
- Fez certo Lily – disse Tiago cansado – não é fácil manter a mente fechada perante um Legilimens como Voldemort, vou avisar o Sirius de que não precisa mais – e ergueu a varinha, imaginando o nascimento do filho e sentindo uma alegria imensa, e mentalizou “Expecto Patronum”, um grande cervo irrompeu da sua varinha e galopou célere pelo céu.
- O segundo desafio – disse Lílian triste – Quando isso vai acabar? Será que Voldemort nunca vai desistir? Até quando vamos enfrentá-lo Tiago? Até quando vamos sobreviver? Até quando?
- Isso eu não posso lhe dizer Lily – disse Tiago baixinho – mas enquanto ele quiser nosso filho, eu não vou desistir. Ele vai ter de me matar.
- E a mim também. – respondeu Lílian determinada.
Um pouco depois, Sirius chegou dizendo que chegaram a tempo de ver Voldemort desaparatando, mas que não chegaram a ter tempo de lançar um único feitiço nele. Sirius se sentou de frente aos Potter, respirou fundo e disse:
- Sei que estão desesperados com toda essa perseguição, ainda mais porque dessa vez custou à vida de um homem, mas não devem perder a cabeça. Analisando o passado vemos que Voldemort demorou certo tempo entre um ataque e outro. O que seria lógico concluir que ele demore a fazer um novo ataque. Sei que é difícil, mas vocês devem manter a calma. Antes de vir para cá, mandei um Patrono para Dumbledore, ele conhece Voldemort muito mais do que eu.
Para animá-los, Sirius serviu para eles uma cerveja amanteigada, mas ele nem imaginava que, de acordo com a profecia, o casal só iria sobreviver mais uma vez, e que o filho deles poderá ter um destino terrível. Inesperadamente Dumbledore se materializou no meio da sala. Ele lançou um olhar penetrante em Sirius enquanto lhe cumprimentava.
- Bom dia Sirius, Tiago e Lílian – disse ele brandamente – já imagino o motivo do chamado, Sirius. Houve mais um duelo com Voldemort? – os três acenaram afirmativamente com a cabeça.

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