O baú de Dumbledore
Sétimo capítulo – O baú de Dumbledore
Um leve estalo anunciou a chegada do elfo doméstico, que ainda usava os gorros feitos por Hermione.
- Meu senhor Harry Potter chamou Dobby! Oh... Dobby fica tão feliz! Não via a hora que o Mestre Harry Potter chamasse Dobby! O que deseja, Mestre Harry Potter?
- Oi Dobby! Como vai?
- Um pouco triste mestre Harry Potter, afinal o professor Dumbledore morreu. Mas Dobby fica feliz de Harry Potter ter chamado ele.
- E a Winky e o Monstro, como estão? – Perguntou Hermione.
- A Winky está bem, senhorita. Até parou de beber. O Monstro é que às vezes dá um pouco de trabalho. Ele é um elfo mau! Mas nós conseguimos dar um jeito nele. Não precisam se preocupar. O que Harry Potter deseja?
- Por favor, Dobby, localize a Professora Mcgonagall e diga a ela que estaremos no saguão de entrada.
- Claro, senhor, Dobby faz isto agora mesmo.
Dobby sumiu num estalo e Harry olhou em volta, guardando cada detalhe daquela sala. Olhou para os amigos e forçou um sorriso.
- Eh... acho melhor agente ir, então.
- Sim, vamos.
- Será que tem alguma coisa pra comer? To morrendo de fome.
- Rony! Você só pensa em comer?
- Não enche Mione.
Os três se dirigiram para porta. Antes de fechá-la, Harry olhou para o retrato de Dumbledore, mas o diretor já estava dormindo.
Todos se encontraram no saguão de entrada. Hagrid, Fred e Jorge estavam com eles.
- Olá Harry! Como você tem passado?
- Bem Hagrid, e você?
- Muito bem. Todos juntos de novo, hein? Pena que Dumbledore não está conosco. Grande homem, o Dumbledore.
- Vamos almoçar agora. – Disse Minerva. – Depois veremos o testamento.
- Ainda bem. – Rony cochichou para Harry de forma que Hermione não ouvisse. – Minha barriga está roncando.
Todos almoçaram na mesa da Grifinória. Era muito ruim ver o castelo vazio daquela forma. As quatro mesas vazias. A cadeira de espaldar alto que Alvo Dumbledore costumava sentar vazia. Harry estava sentado ao lado de Gina. Os dois permaneceram em silêncio durante todo o almoço. Quando Harry terminou, olhou novamente para a mesa dos professores. Levantou-se e já ia saindo quando Gina segurou sua mão.
- Aonde você vai?
- Vou dar uma volta, não demoro.
- Tudo bem.
Ele saiu do castelo e caminhou até o lago. Ficou sentado por um tempo olhando a lula gigante mover majestosamente seus tentáculos. Queria fazer alguma coisa, mas estava com receio. Por fim levantou e foi em direção ao túmulo branco de Dumbledore. Sentou e encostou as costas no túmulo, ficando de olhos fechados. – Como o senhor faz falta, professor... não tenho nem idéia do que fazer sem o senhor para me guiar. O que faço agora? – Ficou mais um tempo com os olhos fechados até que sentiu um perfume floral. Abriu os olhos e viu que Gina estava sentada na sua frente.
- Está tudo bem?
- Sim, está. Gina... preciso conversar com você...
- Escuta Harry, você não precisa me contar nada. Entendi que existem assuntos entre você, a Mione e o Rony que são segredos e...
- Não, Gina. Você precisa saber. Só sabendo de tudo você vai entender o porquê de ter querido me afastar de você e de todos. Há muito tempo, uma suposta vidente...
Harry contou tudo para Gina, desde a profecia e os horcruxes até os feitiços usados por Dumbledore. Gina ouvia em silêncio, estarrecida com todas as informações que o namorado estava passando para ela. Quando acabou de falar, lágrimas escorriam pelo rosto da caçula Weasley.
- Oh Harry... por que você não me contou antes? Que bobagem é esta de segurar todos estes problemas sozinho?
- Não queria que as pessoas ficassem com pena de mim.
- Pena Harry? Todos nós queremos te ajudar! O que você pensou? Que iríamos te abandonar? Nunca, Harry, nunca. Sua guerra é a nossa guerra.
- Não suportaria ver qualquer um de vocês sofrer por minha causa. Principalmente você, Gina. – Disse abaixando a cabeça.
- Olhe pra mim. OLHE PRA MIM, HARRY! Estamos todos juntos nessa, queira você ou não. Pare de se martirizar e achar que o mundo gira ao seu redor. É egoísmo seu ficar achando que tudo acontece por sua causa. Fique sabendo de uma coisa então: o nosso problema não é você, mas Vo...Vol...Voldemort! Lembre-se de tudo que Dumbledore lhe ensinou, e não é se isolando que você vai conquistar seus objetivos. Vou estar ao seu lado para não deixar que você se esqueça disto.
Harry tinha se assustado quando Gina gritou com ele. Não esperava uma reação como aquela. Ficou olhando aquela ruivinha que tanto gostava. Procurou com as mãos a fênix que havia ganhado dela. Então, olhou fixamente nos olhos de Gina e disse.
- Obrigado Gina. Obrigado por fazer com que eu enxergasse a coisa mais certa a fazer.
- Que seria...
- Que seria estar ao seu lado e ao lado dos meus amigos. Sem vocês não sou nada.
- Espero que o senhor seja um homem de palavra, Sr. Potter.
- Você verá que sou, Srta. Weasley.
Os dois se levantaram e ficaram abraçados. Harry afastou um pouco e tirou uma mecha de cabelos que estavam caídos sobre o rosto de Gina.
- Desculpa não ter contado antes. Não queria que você ficasse em perigo...
- Esquece isto. Agora já sei de tudo, não é mesmo?
- Sim, agora você sabe de tudo.
Os dois estavam tão distraídos que não notaram duas pessoas se aproximavam. Quando iam se beijar...
- Hem, hem! Será que dá pra você parar de ficar agarrando minha irmã? Parece que não podem se encontrar.
- Meu caro irmão Ronald Bilius... – Gina disse com desdém.
- Não... me... chame... de... BILIUS!
- Por que você – Gina não deu atenção para o grito de Rony. – experimenta fazer o mesmo?
Harry sufocou uma risada enquanto Rony e Mione coraram tão intensamente que dava para sentir o calor que emanava deles. Gina tinha um sorriso maroto estampado no rosto. Hermione resolveu fingir que nada estava acontecendo e resolveu falar:
- Eh... A professora Mcgonagall mandou chamar vocês dois para a leitura do testamento.
- Vamos então. – Gina deu um selinho em Harry. – Não vamos deixar a Minerva nervosa. Já basta o Bilius que está quase explodindo.
- Sua... Eu te pego... espere pra ver.
- Tente então! – Gina colocou a língua pra fora e saiu correndo em direção ao castelo com Rony em seu encalço.
- Estes dois... Parecem duas crianças.
- Mas você gosta bem daquele meninão ruivo e sardento.
- Não sei do que você está falando, Harry.
- Interessante, Hermione. Não consigo entender como a garota mais inteligente de Hogwarts pode ser tão obtusa assim.
- Harry, eu e Rony somos apenas... apenas... bons amigos. Só isso.
- Somente nenhum dos dois tem coragem suficiente de se declarar.
- Eh... Talvez seja isto.
- Como é? Não entendi.
- Vamos embora senão a professora vai ficar nervosa com o atraso. – Hermione saiu andando com um Harry sorridente atrás.
Harry e Hermione entraram na diretoria e encontraram todos os Weasley, Remo e Hagrid. Minerva estava sentada no cadeirão atrás da mesa.
- Até que enfim vocês chegaram. Vamos acabar logo com isto. – Ela fez um aceno com a varinha e um baú com detalhes e diversas runas douradas apareceu. Harry olhou em direção ao retrato, mas este continuava dormitando.
- Estão todos prontos? A parte que cabia ao irmão de Dumbledore já foi entregue. Ela deu um toque com a varinha e o baú se abriu. Harry esperou ver um pergaminho, mas não havia nada dentro do baú. De repente a voz de Dumbledore saiu lá de dentro.
Olá, meus caros amigos!
Espero que todos estejam bem. O fato de este baú ter sido aberto quer dizer que, infelizmente, não posso estar mais com vocês. Foi uma longa vida de dedicação à magia. Vida que não teria trocado por nada. Espero que Harry esteja presente, pois gostaria que ele soubesse que este testamento foi feito um pouco antes de sairmos para nossa aventura. Não vou ficar me prolongando muito porque Harry já deve estar quase chegando a minha sala para que possamos sair e não gostaria que ele me visse preparando meu testamento. Gostaria de dizer que antes de cada “aventura”, meu testamento era revisado. Não vou fazer vocês esperarem mais com as divagações de um velho gaga. Muito bem, vamos lá então:
Para meu “gigante” amigo Rúbeo Hagrid,
Para você Hagrid, deixo uma quantia em galeões depositados no Banco Gringotes. Use este dinheiro da forma que você quiser, mas se aceita um conselho, vá divertir um pouco com Madame Maximme. Vocês dois merecem. Ah! Já ia me esquecendo! Há algum tempo atrás, estive no Ministério para discutir uns assuntos com o Ministro. Expliquei para ele o fato de você ter sido acusado injustamente por Voldemort no episódio da Câmara Secreta e requeri a ele sua absolvição e o perdão do Ministério da Magia. Fiquei feliz quando ele me enviou a documentação liberando o uso da varinha e tudo o mais. Suponho que agora você não precisará usar mais aquele velho guarda-chuva, não é mesmo?
Hagrid fungou alto quando alguns pergaminhos e uma chave de cofre apareceram na frente do baú.
- Ele sabia! Esse tempo todo e ele sabia! – Hagrid falava enquanto recolhia os pergaminhos na mesa.
Para meu grande amigo Remo Lupin,
Sempre me doeu muito ver o quanto você sofreu e teve que passar por provações devido sua condição de lobisomem, mas sempre fiquei satisfeito de ver que por nenhum momento você teve desvios de caráter, como muitos outros acometidos pelo mesmo mal. Fico muito feliz de ter conhecido você, independente, como dizia seus amigos, do seu problema “peludo”. Obrigado por todo apoio à Ordem da Fênix e a Harry Potter. Espero que você continue com sua preciosa ajuda. Para você deixo uma certa quantia no Banco Gringotes e uma lista com alguns feitiços que inventei, mas que ninguém conhece ainda. Espero que você os use bem, pois são bem poderosos. Só mais uma observação, se você me permite dizer, não despreze Ninphadora Tonks. Não deixe que uma coisa tão boba como a diferença de idade entre vocês atrapalhe o que pode ser um lindo relacionamento. Vocês se merecem. E lembre-se: só com amor poderemos ter um mundo melhor.
Remo pegou alguns pergaminhos na mesa e chave de seu cofre. Uma lágrima solitária escorrendo pelo rosto.
Para minha querida Minerva Mcgonagall,
Agradeço a você por todos esses anos de dedicação absoluta a Hogwarts e a mim. Arrisco a dizer que você sempre foi um pilar de sustentação em Hogwarts. Apesar de toda sua severidade e seriedade, conseguiu conquistar a admiração de centenas de alunos que tiveram o prazer de beber de sua sabedoria. Espero que seu trabalho como diretora seja esplêndido. Para você, deixo metade de todas minhas obras. As outras deverão ser colocadas na biblioteca de Hogwarts. A seleção fica por sua conta.
Minerva pegou o pergaminho que apareceu com todas as obras listadas.
Para a querida Hermione Granger.
Saiba Hermione, que você foi uma das alunas mais brilhantes que passou por Hogwarts. A sede de saber, a dedicação. Mas sempre admirei muito o seu caráter. Durante o pouco tempo que convivemos, vi comportamentos e ações que fariam vários sábios reverem seu modo de ver as coisas. O que deixarei para você? Para alguns pode parecer pouco, mas para outros, seria tratado como um tesouro. Deixo para você o original do meu trabalho mais interessante e mais difícil de concluir. Espero que cuide bem dele. Para você, deixo o manuscrito original de “Doze usos para o sangue de dragão”.
Hermione mal conseguiu conter a excitação quando um livro de capa dourada apareceu na frente do baú.
Para Arthur Weasley e Família,
Meu bom amigo Arthur... Não sei se você sabe, mas sempre que alguém perguntava qual era uma das famílias mágicas mais importantes do Reino Unido, sempre citei os Weasley em primeiro lugar. Vocês são muito importantes, pois vocês são o exemplo vivo de caráter, amor e moral. Fico muito feliz também pela forma que acolheram Harry. Vocês são a família que ele nunca teve. Para vocês, deixo dois cofres em Gringotes e algumas propriedades. Sei que nunca abandonariam a Toca, mas façam o que quiserem com as que receberão.
Molly Weasley desmaiou e só não caiu porque Carlinhos, Fred e Percy a seguraram. Arthur se adiantou e apanhou os pergaminhos que apareceram.
Para o caríssimo Rony Weasley,
De todas as vezes que fiquei sabendo das aventuras de Harry (e saiba que fiquei sabendo de muitas), vi que elas tiveram uma boa conclusão devida sua participação. Você e Hermione são o equilíbrio de Harry e são peças chave para o futuro do mundo bruxo. Nunca Rony, mas nunca mesmo, se menospreze. Você é um bruxo poderoso. Não se esqueça de sua linhagem, mas não ao que diz ao seu sangue, mas a nobreza de caráter e lealdade. Conto com sua ajuda. No seu primeiro ano em Hogwarts, você conseguiu vencer o jogo de xadrez de Minerva. Um feito que me deixou bem impressionado. Sendo assim, resolvi deixar para você uma dos bens que recebi de meu pai. Deixo para você um jogo de xadrez bruxo que foi feito por duendes. As peças são feitas de ouro e prata da melhor lavra. Cuide dele com carinho.
Rony ficou extasiado quando um estojo todo trabalhado apareceu. “Uau!” Se adiantou e pegou o estojo.
Finalmente, Harry Potter.
Você não pode imaginar como sempre fiquei muito feliz de vê-lo vencer todos os desafios que lhe foram propostos, aliás, “impostos”. Quero que você saiba que nunca tive uma proximidade tão grande com um aluno assim como tive com você. Arrisco a dizer que nossa relação ultrapassou em muito uma relação meramente escolar. Você é um grande amigo que tive o prazer de ter ao meu lado. O filho, neto, ou o que quer que seja que sempre desejei ter. Muitos podem até dizer que na realidade eu o tratava como uma espécie de troféu. Ter o “Garoto que sobreviveu” perto de mim sempre gerou este tipo de comentários. Não nego que as vezes me fazia de cego diante da suas estripulias e de seus amigos, mas não me arrependo disto. Harry, você tem pela frente um caminho espinhoso. Aja com sabedoria, não se precipite, e o mais importante: não se isole. Seus amigos são como seu ponto de equilíbrio, você sabe disto. Não pense que tudo de ruim acontece por sua causa, pois a culpa de tudo isto é de Lorde Voldemort. Não deixe de viver a vida por causa de Tom. Ele não merece que você faça isto. Espero que você conclua com louvor seus objetivos.
Para você Harry, deixo minha penseira junto com vários frascos com diversas lembranças que você já viu e outras que podem ajudar. Há também em Gringotes um cofre que está em seu nome. Deixarei também para você um retrato meu. Não sei se você gostará, mas quando quiser ter uma conversa meio senil, estarei sempre a sua disposição. Um grande abraço de seu amigo, e boa sorte.
Todos os bens que Harry herdou apareceram em frente ao baú, inclusive uma moldura vazia. Harry se aproximou da mesa e ficou olhando para a penseira. Todos o observavam. Mesmo os retratos dos ex-diretores de Hogwarts pararam de fingir que estavam dormindo. Ele passou a mão direita pela borda da penseira.
- Não o decepcionarei, professor. – Colocou a mão direita sobre o peito e fez uma reverência para o retrato que estava na parede. Os olhos de Alvo Dumbledore brilhavam intensamente.
- Eu sei que não, Harry. Eu sei que não.
O grupo estava reunido no saguão de entrada conversando sobre os bens que haviam recebido. Hagrid não parava de repetir “Ele sabia! O tempo todo ele sabia! Pena que Olivaras está desaparecido...” Harry, Rony e Hermione haviam deixado suas heranças na sala da diretora, pois não queriam ficar andando pelo castelo com os tesouros que ganharam.
- Cara! Você viu aquele tabuleiro de xadrez? Ele deve valer uma fortuna! E ainda por cima foi da família de Dumbledore.
- Espero que você cuide bem dele, Rony.
- Ora Mione! Eu não sou o trasgo que você pensa que sou. É lógico que cuidarei bem dele. É uma relíquia!
- Eu sei que você não é um trasgo, Rony. – Hermione passou a mão pelo rosto dele. – Sempre soube que não era.
Rony ficou muito vermelho, mas sorria. Hermione pareceu se tocar do que havia feito e começou a tirar a mão, mas Rony a segurou.
- Obrigado por você pensar assim... Você não imagina o bem que me faz. – Pegou a mão que lhe tocava e a beijou.
- Eh... Gina, vamos procurar o Remo? Preciso pedir uma coisa para ele. – Harry queria deixar os amigos aproveitarem este momento.
- Claro, Harry. – Gina entendeu a deixa do namorado. - Vamos deixar os dois sozinhos.
Remo Lupin estava encostado na porta do saguão de entrada e olhava para os terrenos de Hogwarts. Ao longe o túmulo branco de Dumbledore brilhava ao sol do entardecer. Estava tão perdido em seus pensamentos que não viu que Harry e Gina se aproximavam.
- Oi Remo!
- Ahn... olá! – Disse sobressaltado e passando as mãos pelos cabelos grisalhos. – Estava aqui dando uma olhada no túmulo de Dumbledore. Felizmente ele teve sua vontade atendida, de ter Hogwarts como sua última morada.
- Nada mais justo. – Disse Gina.
- É verdade... É verdade... Nada mais justo, não é mesmo? Vocês estão precisando de algo?
- Na verdade sim. Vai demorar muito para a reunião começar?
- Não, já está quase na hora. Só estamos esperando o resto do pessoal chegar. Por quê?
- É que eu gostaria de falar com vocês depois da reunião. Não com todos os integrantes da Ordem, mas com você, Tonks, Moody, Hagrid, a prof. Mcgonagall e os Weasley. Onde será a reunião?
- Será na diretoria.
- Bem, gostaria de conversar na Sala Precisa.
- Sem problemas, Harry. Pode deixar que eu comunicarei aos outros.
- Obrigado, Remo. Desculpe incomodar.
- Ora Harry! Não é incômodo nenhum. Vou procurar o pessoal. – disse Lupin entrando no saguão.
- O que você vai conversar com eles?
- Tudo que lhe falei.
- Você acha que será seguro passar todas essas informações?
- É um risco que eu estou disposto a correr, Gina.
Enfim a reunião começou. Harry conhecia alguns dos bruxos que compareceram, como Dédalo Diggle, Quim e outros. Gina e Percy não puderam participar. Percy pareceu entender a situação, mas Gina estava prestes a explodir. Por que Harry, Rony e Mione podiam participar se eles não faziam parte da Ordem? Se eles podiam, ela também podia! Foi preciso muito poder de persuasão por parte do Sr. Weasley, mas ela só aceitou quando Harry disse que contaria tudo depois.
- Muito bem. Vamos começar então. – Moody tomou a dianteira. – Devemos primeiramente escolher um novo líder. Como será feita esta escolha?
- Particularmente, acho que você deve assumir a liderança, Moody. – Disse Arthur Weasley.
- Arthur tem razão. – A voz ressonante de Quim reverberou pela sala. – Você é o mais experiente agora. Já viu muita coisa. É o mais apto a nos liderar.
Um murmúrio de concordância encheu a sala. A maioria acenava positivamente e cochichavam entre si.
- Você aceita, Olho-tonto?
- Não sei... Acho que Minerva preencheria melhor a vaga.
- Não, Alastor. Você é a melhor pessoa a nos liderar. Dumbledore sempre confiou muito em você, e nós também.
- Vamos lá, Olho-tonto! – Hagrid se manifestou. – Confiamos em você.
- Se vocês concordam, eu aceito. Vamos acelerar as coisas, então. Todos irão continuar com seus mesmos postos. Não devemos nos expor desnecessariamente. O Potter deu um jeito de proteger os tios dele, sendo assim, temos que proteger diretamente apenas a Sra. Figg. Quim, como estão as coisas no ministério?
- De certa forma melhorou depois do ataque e de Umbridge ter sido desmascarada. Mesmo que não saibamos o que Você-sabe-quem esteja planejando, agora ele também não sabe o Ministério está fazendo. A não ser que ele tenha outro espião infiltrado. Ah... Rufus também está louco para encontrar com Harry.
- Só para que eu seja o garoto propaganda dele. – Resmungou Harry.
- Pode até ser que seja isto, Potter. Mas lembre-se que Scrimgeour não é o mesmo tolo que Fudge. – Minerva olhava para ele. – Ele viu e sentiu a dimensão de seu poder e sabe que não pode fazer de você uma marionete do Ministério. Não demonstre seu total apoio ou negue totalmente ele.
- Minerva está certa. Talvez até conseguíssemos implantar algum plano nosso.
- Mas a que preço, Hagrid? Não podemos nos expor demais. Voldemort, - muitos estremeceram quando Lupin falou. – já sabe muito de nós. Lembre-se da traição de Snape. Estamos mais expostos do que nunca.
- Vocês dois estão certos. Talvez uma união com Rufo não seja de todo ruim, mas temos que tomar cuidado. Acho que devemos deixar ele se manifestar, atitude que não irá demorar muito. Sei que Potter não faz parte da Ordem, mas ele poderia conduzir esta negociação. – Moody olhava para Harry com os dois olhos.
- Eu? Não sei se daria certo... Meus encontros com o Ministro nunca foram muito amistosos.
- Rufo está a sua mercê agora, Harry. – Arthur Weasley sorriu – Antes ele queria te usar apenas por causa da imagem, pois não tinha noção da amplitude de seu poder, mas depois do ocorrido no Ministério... Veja bem, Harry. Rufo é um bruxo esperto. Junto com Alastor ele foi um dos melhores Aurores do Ministério. Lembre-se que ele também combateu neste último ataque e viu e sentiu o seu poder. Se antes ele estava obcecado para ter você fazendo propaganda para ele, agora vai querê-lo combatendo ao seu lado. Agora ele viu que os valores dessa nova guerra são outros. Agora, a diplomacia vem em último lugar.
- Mas como vocês pensam em fazer isto? – Perguntou Hermione.
- Isso mesmo. Como será feito? E se Scrimgeour achar que o Ministério e ele estejam tentando ser manipulados?
- É simples, Molly. – Tonks tinha um brilho no olhar – Primeiro temos que fazer que as frutas podres sejam desmascaradas. Com Umbridge se foi, fica mais fácil, pois ela sempre foi muito influente e podia atrapalhar. Outro ponto é o quartel dos aurores. Hoje em dia, poucos aurores da velha-guarda ainda estão na ativa. A maioria dos mais novos só combateu contra bandidos. Não tem muita noção de como combater as trevas...
A reunião durou mais algum tempo, onde foram traçados diversos pontos de ação e políticos, já que eles tentariam implantar idéias. Harry aceitou fazer o que lhe era pedido, mas não ficou muito satisfeito. Quando a reunião estava no fim ele pediu a palavra.
- Sei que estarão todos muito ocupados, mas gostaria de pedir uma coisa.
- Diga, Potter.
- Se o Sr. e a Sra. Weasley permitirem, gostaria que fosse lançado sobre a Toca o feitiço Fidellius.
- Mas por que, Harry?
- Acredito que Voldemort vai tentar atingi-los. Quero evitar que isto aconteça, Sra. Weasley. Não suportaria ver vocês sofrerem.
- Mas Harry...
- Por favor, Sr. Weasley... Sei que é pedir muito, mas é para sua própria segurança.
- Harry tem razão, Arthur. – disse Lupin. – Os Weasley são uma das famílias mais visadas pelas trevas.
- Tudo bem, então. Só espero que não demore muito. Quem será o fiel do segredo?
- Depois vocês resolvem isto. – Rosnou Moody. – Bem pessoal, acho que por hoje é só. Lembre-se: VIGILÂNCIA CONSTANTE! Depois marcaremos outra reunião para vermos como está o avanço de nossas ações.
Todos começaram a sair pela porta, menos Harry, Hermione, os Weasley, Mcgonagall, Hagrid, Lupin, Tonks e Moody. Minerva se aproximou de Harry.
- Lupin disse que você gostaria de conversar conosco.
- Sim. Mas gostaria de conversar na sala precisa.
- Mas por que lá?
- Acho que será mais tranqüilo.
- OK! Vamos então?
- Só um momento. Dobby!
Após um pequeno estalo, Dobby se materializou na frente de Harry.
- Mestre Harry Potter chamou?
- Chamei, preciso de dois favores seus.
- O que desejar Harry Potter, o que desejar. Dobby fará o que mestre Harry Potter desejar. – A expressão no rosto do elfo mostrava o quão feliz ele estava por estar servindo seu herói.
- Preciso que você localize Gina e Percy e leve-os para sala precisa. Prepare a sala para uma reunião em que nada que seja dito lá dentro seja descoberto por alguém de fora.
- Como quiser mestre, como quiser. – Com um pequeno estalo Dobby desapareceu.
- Onde fica esta sala, Harry? Não conheço...
- Fica num corredor do sétimo andar, Sr. Weasley. Foi por lá que os Comensais entraram no castelo.
- Ah...
- Bem... então vamos?
- Vamos lá, Potter. Estou ansioso para saber o que você tem a nos dizer.
- Nós todos estamos, Olho-tonto. – Disse Tonks.
Quando chegaram ao corredor em que estava a sala encontraram Gina e Percy ao lado de Dobby.
- Foi difícil encontrá-los, Dobby? – Perguntou estendendo a mão para Gina.
- Foi muito fácil, Harry Potter! Na realidade eles já estavam aqui no corredor. – Harry ergueu uma sobrancelha para Gina.
- Resolvemos esperar aqui, afinal eu já sabia onde a reunião seria.
- Certo. Então vamos? – disse abrindo a porta que havia aparecido.
- Eh... Harry... Um instante.
- Sim, Sr. Weasley.
- Vocês podem ir entrando. – Arthur disse para os outros. – Menos você, Percy.
Percy que estava para entrar parou e voltou para o lado do pai. Arthur esperou que todos entrassem para começar a falar.
- Harry, só quero dizer que se você não quiser que Percy participe desta reunião...
- Isso mesmo, Harry. Se você achar melhor...
- Quero que ele participe, Sr. Weasley. Estou dando um voto de confiança pro Percy. Ele provou que merece, afinal ele não lutou junto com o Ministro durante o ataque. Ele preferiu ficar ao seu lado.
- Obrigado, Harry. Nunca irei esquecer disto. – Percy sorriu para ele.
- Certo. Só não desaponte sua família mais. Eles não merecem.
- Isto nunca mais vai acontecer.
Os três entraram na sala. Havia uma grande mesa redonda com copos de água a frente de cada pessoa que estava sentada. Dobby aguardava ansioso por mais instruções. Harry liberou o elfo dizendo que se precisasse de mais alguma coisa chamaria. Ocupou o lugar que estava vago ao lado de Gina e olhou para todos.
- O que tenho para contar é muito sério e monstruoso. As únicas pessoas que estão presentes, que conhecem o que vou dizer, são Rony, Mione e Gina. Peço que deixem que eu conte sem interrupções, pois assim será mais fácil.
Harry então começou.Todos ficaram chocados com as informações que Harry estava fornecendo. Os lábios de Minerva formavam uma fina linha. Hagrid balança a cabeça e parecia que não conseguiria mais falar. Tonks estava com os cabelos verde-limão e espetados enquanto Remo apertava firmemente os braços da cadeira que estava sentado.
- Quer dizer que todas as vezes que Alvo se ausentava do castelo...
- ... ele estava procurando pela caverna no litoral. Era pra ser o terceiro pedaço da alma de Voldemort, mas o medalhão era falso. Vocês devem se lembrar de como a mão do prof. Dumbledore estava ferida. Aquilo foi resultado de uma maldição que estava protegendo o anel de Servolo Gaunt, o avô de Voldemort.
- Mas são quantos mesmo?
- Dumbledore desconfiava que fossem sete, contando com a cobra Nagini e o pedaço que permanece em seu corpo. Dois estão destruídos: O diário de Tom Riddle e o anel de Servolo Gaunt. Temos que descobrir quem é R.A.B. para sabermos se o medalhão de Slytherin foi destruído. Ainda tem a taça de Hufflepuff e mais uma parte, que Dumbledore desconfiava que fosse alguma relíquia de Ravenclaw.
- Isto é monstruoso. Como Voldemort pode fazer isto?
- Podemos esperar qualquer coisa dele, Remo.
- Harry... – Molly falou baixinho. – Quanto à profecia...
- Ou eu o matarei ou ele me matará.
- Escute o que vou lhe dizer Harry. – Minerva Mcgonagall olhava fixamente para ele. – Nós o ajudaremos no que for preciso. Esta guerra não é só sua, mas não pense que esta “obrigação” é somente sua por causa de uma profecia. Você não deve conduzir sua vida a partir disto.
- Eu sei... Dumbledore já me disse isto...
- Alvo Dumbledore confiava em você, e todos nós confiamos. Ele sempre acreditou em você, e nós também acreditamos. Só peço que não nos deixe de fora. – Moody encarava Harry. – Esta é a nossa guerra também.
- Não deixarei. Obrigado. Gostaria de pedir mais algumas coisas. Não quis pedir na reunião, pois uma dizia respeito a profecia. Gostaria que Neville Longbotton e Luna Lovegood recebessem proteção da Ordem. Eles estiveram comigo no Ministério e Neville também está envolvido com a profecia.
- Considere feito.
- Os outros pedidos são para os Weasley. Gostaria de pedir que o seu casamento fosse realizado em outro local, Gui.
- Mas Harry... Por quê? E onde?
- Para evitar que a Toca seja muito visada.
- Por que não no salão de festas do Ministério? – Interferiu Tonks. – Basta alugar. Qualquer um pode fazer isto.
- Não gostaria de ter que gastar mais galeões... E será que o salão ainda será alugado depois do ataque que teve?
- Quanto a isso Harry pode dar um jeito.
- Como assim, Remo?
- Simples, Gui. Vamos unir o útil ao agradável. Harry escreve ao ministro pedindo que o salão seja alugado para o casamento, e por motivos de segurança, gostaria que uma guarda de aurores ficasse disponível. Tenho certeza que Rufo atenderá este pedido, mas com a condição de Harry conversar com ele depois. Com isto matamos dois diabretes com um feitiço só.
- Mas e o aluguel...
- Eu pago, Sra. Weasley.
- NÃO!!! – Gritaram em uníssono os Weasley.
- Por favor... Eu também sou padrinho de casamento de Gui. Este e o meu presente de casamento. Não irá me fazer falta. Por favor, aceitem. - Depois de alguns instantes Gui concordou.
- Mas não aceitarei nenhum outro presente seu, está ouvindo Sr. Potter?
- Tudo bem. Será só este. Mas eu estava pensando em dar o Monstro pra ajudar a Fleur...
- NÃO! Nem pense nisso. – Todos riram muito da cara de Gui. – Aquele elfo psicótico...
- Brincadeira, Gui. Continuando, gostaria de pedir para vocês que eu seja o Fiel do Segredo da Toca. Ficaria muito satisfeito se me aceitassem.
Todos ficaram em silencio. Ninguém esperava um pedido deste. Remo limpou a garganta.
- Harry, você tem certeza? É muita responsabilidade...
- Tenho, Remo. Se depender de mim, ninguém conseguirá atacar a casa de minha família.
Arthur olhou para a esposa e acenou com a cabeça. Ele levantou e foi até onde Harry estava e encarou os olhos verdes dele.
- Bendito o dia em que você e Rony dividiram aquele vagão no Expresso de Hogwarts. Nós aceitamos. Obrigado Harry. Muito obrigado.
- Eu é que agradeço, Sr. Weasley. Agora só mais uma coisa: Prof. Minerva agradeça ao prof. Flitwick por estar pesquisando sobre a proteção da casa, mas não será mais necessário.
- Alvo contou qual feitiço?
- Sim. Ele usou um feitiço chamadoFornius potest protectus. Não conseguiríamos achar este feitiço, pois foi criado por ele. Resumidamente este feitiço retirou parte de minha magia e colocou na casa. Ele também doou um pouco de sua magia para mim.
- E como ele fez isto? – Perguntou Hagrid.
- Com um feitiço criado por Merlin, o Potest donarius. – Respondeu Hermione.
- Como sempre Alvo pensou em tudo, não é mesmo?
O grupo voltou para a diretoria, pois iriam retornar por pó de flu. Hagrid já havia se despedido. Despediram-se de Mcgonagall e foram para Toca. Moody, Tonks e Lupin iriam acompanhar eles. Naquela noite todos foram dormir com muita coisa com o que pensar.
Ficaram envolvidos em fazer uma bela cerimônia de casamento para Gui e Fleur. Harry mandou Edwiges entregar uma carta pra Rufo Scrimgeour com o pedido do salão Ministerial e da guarda dos aurores. Como era esperado, Rufo concordou prontamente e que não seria necessário pagamento, mas que gostaria de conversar com Harry. Harry aceitou ter a reunião, mas insistiu em pagar o aluguel. Afinal, este era um de seus presentes de casamento.
O dia tinha finalmente chegado. Fleur mal conseguia se alimentar e a Sra. Weasley cada vez que via Gui chorava compulsivamente repetindo “meu filhinho!”. O dia todo do casamento foi dedicado para acertar e confirmar os últimos detalhes. As roupas estavam em ordem, os petiscos, as bebidas, as mesas, as benditas fadinhas e toda a decoração. Cada vez que alguém se lembrava de algum detalhe era uma correria para verificar se tudo estava nos conformes. A segurança por si só já foi uma dor de cabeça. Os membros da Ordem estavam se revezando a semana toda para garantir o mínimo nas vésperas.No dia, as dezenas de aurores e bruxos experimentados já tinham um plano traçado que envolvia inúmeros feitiços que seriam colocados apenas algumas horas antes e alguns objetos enfeitiçados que serviriam como detector de feitiços e objetos das trevas.
Mas nem a segurança e nem os últimos ajustes no salão de festas alugado dentro do Ministério deram tanto problema quanto os últimos retoques das mulheres que se arrumavam na Toca para a festa. Fleur estava deixando sua mãe e tias loucas com todas as suas exigências e chiliques, ora por não gostar da maneira como o penteado ficou ora por não ter certeza se queria realmente se casar. Nervosismo que o noivo também sentia, porém expressava de maneira diferente, tornando-se distante e perdido completamente em seus pensamentos. As damas que abririam caminho para a noiva também colaboravam com a parcela de tensão compartilhada por todos na casa. Gabrielle dizia que estava passando mal e que não poderia mais ir ao casamento e Hermione definitivamente não iria mais usar o bendito vestido, que havia provado dezenas de vezes. Originalmente a dama seria Gina, mas como ela seria madrinha junto com Harry, Gui convidou Hermione. Luna, que foi para Toca, era vista subindo e descendo as escadas ora levando acessórios esquecidos para um ou para outro ora pedindo calma para alguém sendo que não conseguia se acalmar em momento algum. Tonks estava tão nervosa que conseguiu bater todos os recordes que uma pessoa desastrada poderia conseguir - foram quebrados copos, vasos, garrafas e até mesmo uma cadeira na qual ela tropeçou em meio às milhares de idas e vindas e acabou por quebrar o espaldar. Os homens, apesar de também estarem nervosos, tentavam se distrair conversando ou jogando.Os gêmeos estavam aproveitando o nervosismo geral para confabularem sozinhos, desenvolvendo novas idéias para novos produtos.
Enfim, o grande momento chegou.
O salão estava muito bem decorado apesar de ter sido uma decoração simples. Havia algumas plantas de interiores em vasos de cerâmica branca e que eram enfeitadas por fadinhas vivas de diversas cores. As mesas eram redondas, para até oito pessoas cada, e estavam decoradas por toalhas de cor branca e vinho, como a decoração de todo o salão.Estavam dispostas por todo lugar e formavam, em determinados locais, alguns corredores para a melhor movimentação dos convidados.Haviam bastantes elfos domésticos, vestidos com toalhas de chá feitas de linho branco. Havia, também, um belo e comprido tapete vermelho ao longo do corredor principal formado pelas mesas, que começava na porta principal e terminava em uma mesa retangular, colocada acima do nível do salão, como num palco. Os convidados começaram a chegar precisamente às dezenove horas. Assim que todos estavam acomodados, uma pequena banda musical começou a tocar uma música suave, apenas instrumental, que chamou a atenção de todos. No corredor principal, entravam os pais e os padrinhos do noivo seguidos pelo próprio. Os padrinhos de Gui eram uma amiga de Hogwarts e Carlinhos, e Harry e Gina.
Assim que se postaram em seus lugares, ao lado direito da mesa retangular, entraram os pais e os padrinhos da noiva. Então, a música mudou. Era mais lenta e mais suave, uma antiga balada francesa. Junto com as belas notas musicais, as damas da noiva entraram lentamente. Gabrielle e Hermione estavam vestindo roupas iguais, mas de cores diferentes, a primeira de verde e a segunda de azul.Ambas de tons muito claros.Estavam belíssimas e se moviam com desenvoltura e leveza apesar de estarem bastante nervosas.Carregavam cada uma, uma bela cesta ornamentada com algumas flores e que jazia no centro uma pequena caixa aveludada de cor vinho. Haviam dado alguns passos apenas e logo atrás apareceu Fleur, num vestido de um tecido muito leve, prateado e esvoaçante.Na cabeça estava colocada a bela tiara que Molly lhe emprestou. Ao chegarem à mesa, onde estavam depositados um grande livro de aparência muito velha e um pergaminho, Hermione e Gabrielle postaram-se uma de cada lado da mesma. Gui deu o braço esquerdo a sua noiva e se posicionaram a frente da mesa. Um senhor muito velho, de aparência austera estava do outro lado, em pé, escrevendo algo no grande livro.
Então toda a luz do salão foi diminuída e apenas os noivos eram vistos com nitidez. Murmúrios de admiração eram ouvidos por toda parte até o momento em que Gui fez com que sua voz sobressai-se e o salão silenciasse. Retirou sua varinha e disse:
-Fleur Delacour, diante de todas essas testemunhas e pela minha honra e poder, juro-lhe fidelidade, dedicação, amizade e amor, por toda a nossa vida.
Estendeu sua varinha a frente e ela emitia uma luz suave e constante. Por sua vez, Fleur estendeu sua varinha também e disse-lhe:
-Guilherme Weasley, diante de todas essas testemunhas e pela minha honra e poder, juro-lhe fidelidade, dedicação, amizade e amor, por toda a nossa vida.
As duas varinhas se tocaram e emitiram uma luz muito forte, e assim que diminuiu sua intensidade, por alguns segundos, todos puderam ver um pequeno nó de luz unindo as duas varinhas, simbolicamente, enquanto estas vibravam intensamente. Os olhos do casal não deixaram de se encarar por um único segundo. Estavam ligados em um transe onde ninguém mais poderia entrar. Amavam-se e o elo provava isso. Assim que o nó desapareceu as damas se aproximaram e o casal trocou presentes. Gui deu a Fleur um belíssimo anel com uma bela safira ao centro. Fleur, por sua vez, deu a Gui um colar com um pingente também feito com uma safira.A safira representa a fidelidade, verdade, sinceridade e lealdade, e por isso é muito usada em presentes dados entre casais.
Depois da troca de presentes as damas se afastaram e as testemunhas, os padrinhos, se aproximaram. O senhor mostrou ao casal e aos padrinhos onde deveriam assinar no grande livro e no pergaminho. Por fim ele mesmo assinou e estendeu o pergaminho aos noivos.
O casamento havia sido realizado.
Os noivos e os padrinhos se abraçaram.Houveram muitas palmas e o banquete começou a ser servido.O local onde o casamento foi realizado rapidamente foi transformado em um palco e uma banda começou a tocar músicas clássicas. Não demorou muito e casais foram se formando ao redor do palco e tentavam, cada um a sua maneira, dançar. Gina se aproximou de Harry e ele finalmente pode vê-la por inteiro. Estava belíssima!Os cabelos preso em um coque mais solto, e em seu rosto algumas mechas lhe caiam com suavidade. Seus olhos foram delineados e davam a ela um olhar um pouco mais sensual do que já possuía. Ele não podia lhe negar qualquer pedido e mesmo sendo uma negação total na pista de dança, acompanhou a jovem que lhe arrebatara o coração. Divertiram-se até alta madrugada, embalados por muitas garrafas de cerveja amanteigada e uísque de fogo. Rony não desgrudava de Hermione. Por um momento Harry e Gina acharam que iria acontecer algo entre os dois, mas aparentemente não tiveram coragem de se declarar. Fred e Jorge soltaram uma deflagração de luxo da Gemialidades Weasley no fim da festa. Os efeitos eram maravilhosos. Gui e Fleur pegaram uma chave de portal para França, onde passariam a lua de mel num pequeno chalé nos Alpes franceses.
Finalmente a festa acabou e todos os convidados se foram. Harry, Hermione e os Weasley foram para Toca aparatando (Gina foi com Harry). Todos estavam muito cansados, mas muito felizes pelo casamento de Gui e Fleur.
Harry andava por uma floresta sombria e sem vida. Nunca havia visto aquela floresta. Enquanto andava tinha a sensação que estava sendo observado, mas não conseguia definir o que era. De repente, as árvores que estavam em volta começaram a girar rapidamente formando um borrão escuro. Sentiu o chão fugir aos seus pés. Começou cair no vácuo até que tudo parou repentinamente. Encontrava-se sentado em uma cadeira de madeira bem tosca. A única fonte de luz que havia vinha de três velas encaixadas em um castiçal com o formato de uma cobra de três cabeças posicionado no centro da mesa que estava a sua frente. Rapidamente procurou por sua varinha, mas não encontrou. Tampouco conseguia sair da cadeira.
- É um prazer revê-lo, Harry Potter.
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Beleza galerinha?!?
Vamos a algumas explicações:
Na realidade os capítulos 6 e 7 são originalmente o cap 6, mas a Rafa "Alfa 2" Porto deu a idéia de dividí-lo pois estava muito,muito grande.
Na realidade ela não deu a idéia, ela mandou. Vocês precisam ver o e-mail que ela mandou. Ameaças de maldições imperdoaveis se o capítulo não ficasse pronto logo! E pior: disse que não postaria o cap 6 da fic dela enquanto eu não postasse.
Brincadeira Rafa.
No final do capitulo 6, deixei uma "tradução" dos feitiços usados por Dumbie. (Idéia da Rafa, pra variar). Não é uma tradução correta, pois não sou especialista em latim, mas cada palavra tem uma certa coerência. É só para vocês entenderem mais ou menos a origem do feitiço, apesar de terem sidos inventados por mim.
Várias partes dos capítulos foram feitos ou modificados pela Rafa (o casamento, por exemplo). Era pro Ruggero Rebellato ter dado uma olhada também, mas acho que não deu para ele olhar. Fica pro próximo cap, Ruggero. Conto com sua ajuda pro próximo.
Agora os agradecimentos:
A Suzana Barrocas,
Muito obrigado por ter cedido a idéia para o casamento. Obrigado mesmo.
A Rafaela Porto,
Sem você estes capítulos não estariam sendo postados agora. Obrigado por toda dedicação. Suas idéias são espetaculares. Devo estes capítulos a você. Muito obrigado.
Agradeço a todos que leram e comentaram até hoje. Vejo que alguns sempre passam pela fic. Desculpe ter demorado tanto, mas é que realmente não estava tendo tempo.
POR FAVOR: COMENTEM! COMENTEM E COMENTEM!
Para quem escreve fics é muito importante os comentários.
Obrigado por tudo e um grande abraço!
Rubeo
[email protected]
Leiam também:
O passado de Dumbledore by Rafaela Porto
Harry Potter e O elo das Varinhas by Suzana Barrocas.
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