Adeus, Horgwarts!



Lupin havia notado que estava sendo evitado. Achou, nos primeiros dias, que Antoine estivesse sendo precavida, mas com o passar da semana conformou-se com aquela atitude.
Era uma Sexta-feira, a última aula, de Poções havia cansado Antoine, bem, não a aula em si, mas o professor, Snape retornara, não parecia muito bem, mas continuava sendo indiferente com ela. Antoine esticou-se na cama e relaxou. Era tarde, mas alguém batia à porta.
– Quem é?
– Sou eu, Antoine, Sorah! Preciso te contar uma coisa!
– Estou cansada, não pode serr amanhã?
– É que... bem... estou com medo de dormir sozinha... deixe-me ficar com você?
Antoine abriu a porta e deixou a colega entrar. Era um pouco estranha, a garota, tinha medo de tudo e todos, nem imaginava porque a colega havia sido escolhida para entrar na Sonserina, porém uma das poucas que ainda falava com Antoine.
– Eu nem sei como dizer, acho que você não vai acreditar! - disse Sorah, meio eufórica, sentanda na cama de Antoine e abraçando o travesseiro que trouxe - Eu fiquei presa no banheiro do Três Vassouras a tarde inteira, quase me esgoelei tentando chamar alguém e quando tinha desistido duas meninas entraram. Eu fiz menção de pedir ajuda, mas quando ouvi a conversa delas tratei de ficar quieta.
Antoine sentou-se em frente a Sorah.
– Quem eram?
– Perkins e Kimber.
Antoine não parecia admirada. Essas duas meninas eram inseparáveis e ganharam uma fama não muito boa entre os alunos, eram muito “namoradeiras”. Apesar disso, Kimber era uma boa aluna, realizava qualquer pedido que o professor de Poções lhe fazia e, às vezes, Antoine tinha ciúmes dela, pois Snape a tratava de um jeito diferente.
– Pois então, Kimber estava contando uma aventura que teve nas masmorras, bem, ela falou assim: “Estou louca para te contar o que anda acontecendo comigo, Perkins!” E foi quando ela soltou a bomba, sem se preocupar se havia alguém no banheiro!
– O que ela disse?
– Ela falou, ah... falou que teve uma experiência com... com o Snape.
– Snape?? - gritou Antoine.
– Sim. Ela disse que ele a amarrou à cama, a vendou e fez o que bem entendeu...
– Como é que é? - perguntou Antoine mais uma vez, ainda não acreditando.
– Ela até mostrou as marcar que Snape deixou nela para a Perkins. Espiei pela fresta. Quem diria, o cara é sadomasoquista! Bom, não era de duvidar! Ela disse que foi... Antoine estava tonta. Não estava acreditando ainda. Também já não ouvia mais as loucuras obscenas que a amiga falava, as primeiras palavras giravam em seu cérebro. Ela se levantou e cambaleou até a cadeira perto da lareira. Estava totalmente desacreditada, desiludida. Tinha tantas perguntas se acumulando em sua cabeça e sabia muito bem que precisava fazê-las ou enlouqueceria. Assim que a amiga dormiu, Antoine saiu em direção ao quarto do professor. Mas ele não estava, então, seguiu à sala de Poções. O professor estava lá, de pé em frente à Kimber. Entrou sem pensar na sala e parou, empunhando sua varinha, ao lado dos dois que a olhavam espantados. Os olhos de Antoine estavam marejados e vermelhos e o coração dela batia fortemente em meio a muitos sentimentos, todos maléficos. Com duas palavras Antoine atirou Kimber contra a parede, que permaneceu lá, desfalecida. Aproximou-se de Snape e o ergueu no ar com uma simples palavra e o encostou na parede.
– Sei muito bem que não posso contrra você! Mas como pôde fazerr isso?
– Mas, hein? - disse Snape indignado.
– Qual é a sensação de macularr a “inocência” que Dumbledorre vê em nós? - a respiração dela forçava o peito para fora.
– O quê? Eu não...
– Está zombando de mim? - perguntou Antoine furiosa, quase espumando - Se não querria ficarr comigo, porr que toda aquela cena? Acha que não tenho sentimentos?
– Mas do que é que você está falando? - perguntou Snape agora nervoso - Não sou um qualquer desesperado por sexo! Eu tenho controle total sobre meus atos, senão não estaria na posição que estou hoje!
– E a Kimberr, ali? Vai desmentirr o que ela vem dizendo?
– O que é que ela está dizendo? - perguntou Snape voltando ao chão, empurrando Antoine e afastando-se dela. Foi como se ele não estivesse enfeitiçado por ela.
– Ah, está cerrto... - ironizou - ...diz ela que vem tendo experriências inusitadas com você.
– Como é que é?
– Isso mesmo que você ouviu! Ela disse que você, além de terr... terr... com ela, você é sadomasoquista!
Snape deu uma gargalhada, parecia ter achado muito engraçado. Antoine nunca o viu rir daquele jeito, a não ser de forma parecido quando Lupin lhe pediu se ele lhe prepararia a poção para não transformação em lobisomen.
– Desde que a beijei pela primeira vez não toquei em mulher alguma! - disse Snape passando a mão pelos próprios cabelos - Se eu não arrisquei minha carreira e seu futuro por você, que valia a pena, por que faria por alguém como ela? - e apontou para Kimber. Antoine estava muda - Eu a estava ajudando em algumas matérias, afinal ela é uma sonserina e eu não queria que nossa casa ficasse para trás.
Snape andou de um lado a outro e balançou a cabeça.
– Vejo que você não prestou a mínima atenção ao que venho lhe dizendo há quatro anos! Estou admirado! Vê-se que não me conhece nem um pouco e vejo que também não a conheço, pelo menos esse seu lado, não... duvidar da minha palavra?
– Passou a época em que eu achava que você fosse um deus!
Snape a pegou pelo braço e a puxou para perto de si com violência.
– Até hoje eu estive esperando por você, não prometi que a encontraria fora de Hogwarts, mas eu o teria feito... e você, senhorita Dimanchè, esperou por mim? - sussurrou ele soltando-a em seguida, bruscamente. Antoine olhou para Snape, os olhos dele estavam profundamente negros e por um momento teve a impressão de que ele sabia tudo a respeito dela e de Lupin. Balançou a cabeça e olhou para o longo corredor que levava a sala comunal sonserina, estava escuro, mas mesmo assim correu para lá.
– Antoine! - gritou Snape olhando para os lados - Senhorita Dimanchè. - gritou outra vez, não queria que o ouvissem chamá-la pelo primeiro nome, e correu para alcançá-la, mas não conseguiu. Ele poderia ter entrado na sala comunal, mas só entrava lá quando realmente era necessário. Colocou a mão sobre a porta como se fosse sentir a presença de Antoine. Em seguida voltou-se para o corredor e deu de cara com Lupin.
– O que quer aqui? - perguntou Snape furioso.
– O que foi que falou para ela?
– Nada mais do que a verdade. - disse Snape apertando o dedo indicador no peito de Lupin - É melhor você se afastar dela. Antoine é uma jóia, não serve para alguém como você!
– Quem é você para dar tal conselho? - desafiou Lupin que sempre foi calmo e paciente.
– O que acha que Dumbledore diria de um homem de quarenta anos saindo com uma garota de dezessete?
Lupin encostou-se na parede enquanto Snape chegava mais perto com sua cara macilenta.
– Afaste-se dela ou vai se ver comigo! E se fizer isso logo eu nem vou querer saber o que você faz aqui em baixo a uma hora dessas! - depois de dizer isso, Snape virou-se e saiu esvoaçando com sua capa.
Dois dias se passaram, Antoine não conseguia encarar o professor de Poções e muito menos falar com Lupin. Nas manhãs que se seguiram Antoine seguiu mais que restritamente a ordem de Dumbledore de ir do dormitório ao refeitório, depois para as aulas e depois para seu quarto. Via Lupin apenas nas aulas, mas ele não lhe dirigia a palavra. Ela não agüentava mais aquele silêncio, aquela indiferença proposital, mas sabia que era necessário. Ela deixou de freqüentar as aulas, uma vez que já havia passado de ano. Dormia até perto do almoço e passava as tardes na biblioteca apenas estudando para os N.I.E.M.s, Níveis Incrivelmente Exaustivos de Magia.
A formatura dos alunos do sétimo ano estava se aproximando, a animação de Antoine estava na escala dois de um a dez. Perambulava com as colegas para cá e para lá, contudo se perguntassem algo a ela sobre o assunto que falavam, não saberia responder, pois seu pensamento estava longe dali. De repente, uma mão grande a puxou para trás de uma estátua.
– Lupin! - disse ela - O que aconteceu com você? Está pálido... não tomou a poção?
– Ela acabou.
– E porr que não me prrocurrou?
– Você me evitou... então achei melhor não incomodá-la!
– Quer mais poção? - vacilou ela.
– Não. Só queria avisá-la e vê-la mais uma vez - e ele sorriu levemente - Snape sabe sobre nós e se eu me aproximar de você mais uma vez, ele irá contar a Dumbledore. Não quis que você soubesse por ele! Mas isso mostra a você um dos lados daquele... homem.
– Ele te ameaçou?
– E quando não fez isso?
– Ah! - exclamou desapontada erguendo a sobrancelha e olhando para os lados.
Com os N.I.E.M.s, o diploma mais alto que Hogwarts oferecia cujo exame era muito complexo e tinha um linguajar científico, muito próximos, Antoine tentava se concentrar o máximo possível para compreender o material de estudo. Ela passava a maior parte do tempo na biblioteca, e era onde estava agora, lendo um grosso livro sobre Magia Avançada, quando Dumbledore sentou-se a sua frente.
– A aluna mais brilhante de Hogwarts enfurnada na biblioteca a essa altura do campeonato? Você já não o venceu? - Antoine tentou sorrir.
– Não querro deixarr Hogwarrts, professorr Dumbledorre. - confessou ela irrompendo em lágrimas, surpreendendo o diretor - Parra onde irrei? Parra casa não posso voltarr e quem mais eu conheço lá forra está me ignorrando...
– Alguma coisa mais grave a está afligindo. Diga-me e eu a ajudarei!
Antoine não teve coragem, sentiu vergonha de si mesma, apenas abraçou Dumbledore e agradeceu por ele ter sido tão bom.

Na noite do baile, Antoine usava um vestido e longas luvas negras, seu cabelo batido na nuca estava escovado, era um penteado channel. Ela saiu de seu quarto e esperou pelo par. Mas ainda era cedo. Espiou para sua esquerda e viu a porta do quarto de Snape entreaberta. Queria ir até lá, mas temia encontrá-lo. Ficou observando a porta e imaginado Snape lá dentro, nem reparou que o professor de Poções havia aberto a porta e a encarava.
– Algum problema, senhorita Dimanchè? - perguntou Snape de sua porta, não houve resposta - Antoine! - e a voz dele ecoou.
– Ah... sim, prrofessorr, o que foi?
– Você está bem?
– Eu? - ela olhou para os lados e não havia ninguém no corredor - Sim, estou!
Ele balançou a cabeça e fechou a porta. Antoine daria tudo para saber o que ele estava fazendo. Ainda não havia esquecido que Snape lhe dissera ter inteção de encontrá-la fora de Hogwarts quando já estivesse formada, mas que havia mudado de idéia ao saber que ela se encontrara com outra pessoa, ambos sabiam que era com Lupin, mas ele não falou nome algum. Antoine decidiu bater à porta do quarto de Snape.
– Sim senhorita Dimanchè! Qual o problema?
– Posso entrrarr, prrofessorr?
– Bem, já é quase hora de ir ao baile... mas, cinco minutos não farão diferença. - ele parecia de muito mal humor.
Ela ajeitou o vestido e adentrou o quarto do professor.
– Pois, não? - perguntou ele.
– Um brreve pedido... o senhorr... - e houve um silêncio profundo e em seguida uma frase rápida - você realmente me amou!
Snape não esperava por aquilo, entretanto, estava pronto para responder.
– Sempre.
– Ah... - e ela suspirou e estremeceu.
– Contudo, creio que não poderei tê-la. - continuou ele olhando para o chão.
– Eu... vou ficarr louca... sei que o decepcionei muitas vezes, fiquei com... enquanto você...
– Desapontamentos. Os tive a vida inteira, mais do que qualquer pessoa que conheço... - disse ele ficando de costas e ela pode sentir a voz dele tremer ao continuar - Mas imaginá-la com Lupin... parte de meu coração morreu.
Antoine quis se bater tamanha era a raiva que sentia de si mesma. Porém, como poderia imaginar que ele a amava realmente?
– Não ficarrá comigo porr causa dele?
– Não ficarei porque não é correto! Nem para mim, nem para ele.
– É corrreto me deixarr sozinha? Eu mal sei parra onde irr amanhã! Pensei em ficarr com você porr uns tempos...
– Ou com ele... - disse Snape encarando-a - A escolha é tão difícil assim?
Antoine chegou mais perto dele, mas Snape se afastou.
– A maior decepção que eu achava ter tido com você era aquele incidente comigo, em que você deveria ter delatado o Potter! Mas, depois de saber que você e Lupin... eu não sei se poderia perdoar, eu mal consigo aceitar!
– Então é porr isso que não ficarrá comigo. - ela suspirou - Tudo bem, deverria tê-lo esperrado, erra uma questão de tempo, só que...
– Não quero o seu mal, Antoine, eu a amo. Contudo, quero que seja alguém quando se tornar adulta, quero encontrá-la daqui a alguns anos a poder me orgulhar. Você tem um grande futuro pela frente!
Ela olhou para as mãos dele que mexiam freneticamente enquanto falava, era a primeira vez que ele ficava nervoso daquele jeito.
– Eu posso lhe pedirr... se não ficarrei com você...
– Terá de formar uma família, é o que se espera de bons bruxos. Só não faça isso com Lupin, seus filhos não serão normais, eu não quero que se decepcione... Saia por esse mundo Antoine, há muito para se ver, você irá ficar maravilhada e me agradecerá algum dia!
– Eu jamais ficarria com ele. - murmurou ela - Nada que aconteceu entrre eu e ele imporrta. Foi um grrande erro, há arrependimento... e nem sei porrque aconteceu se eu só tinha você nos meus pensamentos. - ela se aproximou dele, Snape mordia os lábios e quando ela tocou em seu peito, ele se abalou - Meu corração ficarrá parra semprre em Hogwarrts, parra semprre nesta sala... para semprre aqui.
Foi impossível não abraçá-la ou beijá-la e Snape fez isso com muita vontade. Tomou-a nos braços, deitou-a no sofá em frente à lareira e deitou-se sobre ela. Foi a noite mais esperada para ambos e Antoine nunca mais se esqueceria dela.
– Tome. - disse Snape já vestido, parado atrás dela que penteava os cabelos, entregando-lhe um pequeno e grosso livro de capa muito sovada, com as bordas descascadas. Segurava-o como se fosse muito precioso.
– Não... não posso aceitarr! É seu Manual de Encantamentos...
– Estará em melhores mãos.
Ela balançou a cabeça relutando para não pegar o livro, mas o queria muito.
– Façamos o seguinte, fique com ele até nos encontrarmos novamente.
– Severro...
Ele acariciou pela última vez o rosto dela e abriu a porta para ver se havia alguém perambulando por ali que poderia vê-los. Ninguém. Despediu-se dela e a viu sumir pelo corredor escuro.
Passavam das nove horas da noite quando Antoine entrou no salão e as pessoas se afastaram para ela passar. Naquele momento sentiu muita falta de Draco, ele saberia como escoltá-la por entre a multidão curiosa. Mas fazia dois anos que ele havia se formado e há muito tempo deixara de lhe mandar corujas. O par de Antoine era um garoto sonserino alto e muito magro, que cansara de esperá-la e foi sozinho ao baile. Antoine dançou algumas músicas com Dumbledore, mas o que ela queria mesmo era dar uma última palavra com Lupin. Tentou falar com ele algumas vezes, mas Snape estava sempre de olho. Ela estava ficando impaciente e saiu do salão, sorrateira, sem se despedir, e foi até a entrada do castelo, sentar-se nas escadas. Lupin a viu sair, mas disfarçou, desviando o olhar para a janela, não queria que ninguém mais notasse que ela não estava ali. Snape tinha o olhar nervoso, certa hora, estreitou os olhos para Lupin e apontou para a janela com a cabeça. Lupin voltou sua atenção para lá. A noite não estava escura e ele sabia muito bem o que lhe esperava, então, pegou sua capa e saiu do salão de baile.
Avistou Antoine ali adiante, porém, estreitou o passo na intenção de passar por ela rapidamente.
– Esperre! Só querro lhe pedirr... - disse ela barrando o caminho dele.
– Antoine, - disse ele olhando para o céu. - Conversaremos amanhã!
– Amanhã cedo estarrei indo para Londrres! - respondeu ela puxando-o pela manga da camisa.
– Antoine, por favor! Largue-me, sim! Eu... eu... - disse ele olhando para as nuvens... - Me deixe em paz! - gritou ele e saiu correndo, seguindo em direção à floresta. Largou a capa na orla da floresta e entrou nervoso. Antoine ficou imóvel, sem acreditar no que acabara de acontecer. Minutos depois, ela ajuntou a capa e furiosa seguiu-o para dentro da floresta.
– Esperre! - gritou ela seguindo, mas sem ouvir resposta. Subitamente um silêncio assustador envolveu-a. Nenhum grilo cricrilava, nenhuma coruja piava nem mesmo um sapo coaxava. Somente ouvia a própria respiração. Olhou em volta, tentando achar um ponto de luz, mas mal enxergava as mãos. De repente, uma luz fininha entrou por entre os galhos emaranhados das centenárias árvores. Era a luz da lua cheia. Foi então que Antoine se deu conta de que estava perdida na floresta, fora por tal motivo que Lupin havia corrido tão rápido para a mata.
Seu grito de terror foi tão alta que ela mesma se assustou com ele, mas já estava petrificada naquele momento porque dois olhos vermelhos a encaravam e se aproximavam lentamente. Lembrava-se bem deles, ficaram em sua memória desde a primeira vez que os viu.
– Lu-Lupin... sou ...eu ...Antoine!
Sim, era Lupin, mas o Lupin lobisomem e estava tão perto que Antoine pode ver bem os enormes, brancos e pontiagudos dentes. Ele babava mais do que o normal, também pudera, estava diante do jantar mais apetitoso que poderia ter e, desta vez, sem ninguém para livrá-lo da morte eminente. Antoine fechou os olhos, não havia nada que pudesse fazer, sabia como se defender, porém, não tinha a varinha e sem ela, chance alguma de fugir. Então, sentiu-se ser derrubada. Caiu batendo em algo, sentiu uma dor muito forte nas costas. O peso do bicho sobre seu corpo a esmagava contra o chão. Começou a sentir suas pernas formigarem e logo depois não as sentia mais. Enquanto o lobisomem abocanhou seu pescoço, e ela só conseguia pensar no porque de tê-lo seguido, como pôde não ter se lembrado que era lua cheia? Seus pensamentos se esvaiam vagarozamente. Os olhos estavam cada vez mais pesados. Piscou ainda duas ou três vezes antes de fechar os olhos para sempre.


Continua...

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