Os Ladrões
Capítulo I
- O QUÊ? - exclamou Luna assustada.
- Isso mesmo que você ouviu...
- Gina, você está bem?
- Estou perfeita! Boa noite Luna, preciso pensar num plano...
E seria o plano perfeito, se Merlin quisesse!
Draco acordou de um pesadelo terrível: ele estava se casando com a Weasley! Talvez aquela história toda de pobreza estivesse afetando sua cabeça de forma completamente anormal. Ainda não havia conseguido bolar um plano que desse completamente certo e no ritmo que as coisas estavam ele chegaria a Professor de Hogwarts.
“Ser colega de trabalho do Snape e daquela velha da Mc Gonagall... Argh! É quase tão ruim quanto ter um chefe como Alvo Dumbledore”.
E por falar em chefe a única idéia consistente que ele conseguia encontrar era: arrumar um emprego.
“Jamais! Malfoys não trabalham!”
Talvez fosse um bom momento pra eles começarem a trabalhar.
Gina saiu voando de casa. Estava tão excitada com os seus planos que mal podia ver a hora de contar a história e explanar as idéias pra Colin. Chegou que nem uma louca no escritório, já esperando encontrar o fotógrafo e acabou decepcionando-se.
Enquanto Colin não chegava e aproveitando que ainda era muito cedo, decidiu subir alguns andares a fim de receber alguma nova notícia da pobreza do Malfoy que tornasse o seu convite propício. Ela sabia que se ela fosse fazer alguma coisa ilícita ela deveria jogar a repugnância pro espaço e convocar a doninha quicante.
Como Merlin agora estava do seu lado (como nunca esteve) ele mandou uma notícia boa logo no início da manhã: a Mansão Malfoy seria confiscada nos próximo mês. Gina quase morreu de tanto pular de alegria.
- Colin, você não sabe o que nós vamos fazer! – começou ela eufórica.
- Hum, se você quiser me contar talvez eu fique sabendo...
- Nósvamosroubarumbanco! – falou enrolado e baixinho.
- Han?
- Nós... Vamos... Roubar... Um... Banco... – falou calma e pausadamente.
- Por que? – perguntou o Colin estático.
- Porque eu quero fazer graça Colin... Ora por quê! – completou sarcástica – Pra quê as pessoas roubam Bancos, Colin?
- Presumo que por causa do dinheiro...
- Oh! Falou o grande mestre! Claro que é por causa do dinheiro!
- Mas Gina, isso é errado! – falou ele abaixando a voz.
- Eu sei que é! – falou ela feliz – E não é maravilhoso?
- Você está bêbada...
- Você vai me ajudar ou não?
- Eu não sei Ginny, parece ser tão errado...
- Não se preocupe bobinho, nada vai dar errado.
- E como você sabe disso? – perguntou preocupado.
- Por que eu tenho um plano... – Gina sibilou baixo – E você não vai fazer nada de errado, só preciso que você me ajude...
- Como?
- Eu preciso de algumas de suas pesquisas...
- Quais?
- Tudo de secreto que você encontrar sobre Bancos Internacionais Bruxos e Trouxas...
- Aonde você vai? – perguntou Colin alto quando Gina já estava a meio caminho da porta – Você vai perder o emprego!
- Tanto faz! – respondeu rindo – Preciso ver algumas pessoas!
A primeira providência de Gina após sair do Porão foi passar na Floreio e Borrões para comprar penas de escrita rápida, tinta e muitos pergaminhos. Depois passou no Correio Bruxo e mandou duas cartas por meio de uma coruja rápida:
“Harry,
Luna me disse que você está em Londres... Poderíamos nos encontrar para jantar no Restaurante Trouxa da Rua 20? Preciso falar com você.
Até lá,
Ginny”.
A outra dizia.
“Malfoy,
Encontre-me no Restaurante Trouxa Cassis, às 10h.
Não se atrase, tenho assuntos de seus interesses,
G.W.”.
Draco aparatou na Travessa do Tranco disposto a ir até a Borgin Burkes para pedir um empréstimo, ou talvez pior, um emprego. Ainda estava criando coragem quando uma coruja passou na sua frente, com uma coleira da loja de Correio Bruxo e trazendo-lhe um bilhete:
“Malfoy,
Encontre-me no Restaurante Trouxa Cassis, às 10h.
Não se atrase, tenho assuntos de seus interesses,
G.W.”.
- Quem diabos é G.W.? - indagou confuso. Talvez devesse adiar sua visita a Borgin´s e ver esse idiota qualquer. E pra falar a verdade, foi um alívio para Malfoy. Enquanto ele pudesse adiar o seu triste fim trabalhando naquele muquifo, estava bem.
Quando Draco chegou ao Restaurante viu que era muito simples, indigno de sua pessoa. Ele podia estar sem dinheiro temporariamente, mas ainda não se rebaixava a lugares assim. Além do mais, trouxa...
Sentou-se no fundo (se alguém o visse ali seria o fim) esperando o idiota misterioso que misteriosamente poderia mudar sua vida. Era pra matar? Ele matava. Contanto que não tivesse que trabalhar. O idiota estava atrasado 15 minutos, e quando ele estava começando a ficar irritado, ouviu uma voz feminina que havia soado recentemente na sua cabeça.
- O que você quer, Weasley? – não era um idiota, era uma idiota.
- Eu tenho uma proposta pra você... – disse ela sem rodeios.
- Eu não estou interessado em suas propostas de “Salve os Elfos Idiotas”... – falou ele seco, levantando-se e preparando-se para sair.
- É um grande Golpe. – começou fingindo desinteresse e retocando a maquiagem num espelho.
Draco parou cogitando a idéia.
- Um golpe? – repetiu parecendo não ter ouvido bem.
- Exatamente. Com máscaras, varinhas e muito dinheiro.
- De quanto estamos falando, Weasley? - E continuou de pé.
- Talvez milhões... – falou ela firme – Você só precisa...
- Eu estou dentro... – respondeu Draco rápido a simples menção da palavra “milhões”.
- Então só basta você assinar o pergaminho...
- Eu não vou...
- Então você não está dentro.
- Qual a garantia de que eu tenho que você não está armando alguma coisa junto com a tribo do Potter? – disse Draco cerrando os olhos.
- Você não tem. Talvez tenha minha palavra como garantia... – falou fechando o espelho.
- Sua palavra não vale nada pra mim, Weasley.
- Assim como a sua não vale pra mim, Malfoy. – rebateu firme – Por isso a assinatura... No pergaminho.
Draco tentava pensar rápido. Assinar ou não? Parecia estar sendo tudo muito fácil. Decidiu ganhar tempo.
- Por que você precisa de mim? – perguntou exibido.
- Eu não preciso de você, Malfoy. Eu escolhi você. Há uma grande diferença nisso.
- Ah é? Então me explique bem como você e sua ralé fazem essas coisas... Vocês acordam um dia e dizem: “Acho que vou procurar meu pior inimigo e dar um golpe junto com ele?”.
- Quase dessa forma... - sibilou Gina – Não desperdice meu tempo. Sim ou não?
- E por que você acha que eu aceitaria? – perguntou seco – Eu sou um Malfoy, Weasley. Então vamos separar as coisas: Malfoys sabem fazer “negócios”, Weasleys não, e é por isso que você viveu grande parte da sua vida naquele protótipo de casa. E eu lhe digo mais: ai tem coisa.
- Que tal essa coisa, Malfoy? – falou ríspida e abaixando a voz - Daqui a um mês sua casa será penhorada para pagar as suas dívidas fúteis e você, sua mãe e toda a sua renca de elfos domésticos irão pra rua... Agora, se você não aceitar a minha proposta você estará perdido, porque ninguém estará disposto a ajudar uma Família como a dos Malfoys, que nunca ajudou ninguém. Então?
Draco permaneceu calado. Odiaria admitir que a Weasley estava certa e por isso mesmo, não admitiria.
- Eu estou dentro, Weasley. – e falou aproximando-se sério do rosto dela – E se você me trair... Você será uma Weasley morta.
- Você não vai precisar matar ninguém, Malfoy. – ela comentou enquanto ele fazia uma assinatura com gestos frios – Eu o aviso do próximo encontro...
Saiu rápida e imperceptível. Draco ficou sozinho e pensativo. Era bom isso dar certo... Porque senão... Ele já estava imaginando como mataria a Weasley.
Gina respirou fundo quando saiu do Restaurante. Não sabia como, mas conseguira convencer o Malfoy. Sua felicidade era tão grande que seria capaz de dar pulinhos, mas obviamente isso seria muito estranho. Não tinha medo do Malfoy e muito menos confiança, mas, sim, precisava dele. Da sua falta de escrúpulos, de moral e da sua experiência no submundo do crime. E agora que conseguiu faze-lo entrar precisava de alguém que lhe inspirava confiança: e esse alguém seria o Potter.
Voltou pra casa para descansar um pouco, já que o encontro com Harry só seria a noite e, além de tudo, ainda nem havia recebido uma resposta dele com o horário. Tamanha sua surpresa foi quando chegou a casa e o Harry estava sentado na porta pensativo, com uma garrafa de champanhe na mão a esperando.
- Harry, o que você está fazendo aqui? – perguntou surpresa.
- Pensei que você não ia me mandar notícias nunca... – respondeu ele levantando-se e encostando-se na parede enquanto ela abria a porta, um fato quase impossível com o nervosismo que se apoderou dela.
O Potter tinha voltado mais bronzeado da sua viagem (e um pouco mais forte também). Mordiscava os lábios suavemente enquanto Gina tentava abrir a porta (impossível com toda essa distração).
- Pera aí... Deixa que eu te ajudo... – falou ele encostando-se nela por trás e a ajudando a girar a fechadura. Gina sentiu a respiração dele no seu pescoço e quando ele depositou um leve beijo no local ela estremeceu completamente.
- Como foi a viagem? – perguntou ela tentando disfarçar o nervosismo. Harry sentou-se no sofá e depositou a garrafa que trazia consigo na mesa de centro.
- Ótima. – disse feliz – Consegui recuperar algumas das coisas do meu pai e do Sirius em uma casa que meu pai tinha no Tibbet.
- Por que tão longe? – perguntava Gina enquanto tirava o casaco. Dentro do apartamento estava mais quente.
- Não sei, talvez fosse uma sede Oriental, ou seja lá o quê...
- E como vão as coisas para os Aurores?
- Calmas... Desde que Voldemort morreu são poucos os casos que envolvem Magia Negra... O pouco que nós estamos fazendo agora é confiscando toda a riqueza daqueles que se envolveram com Voldemort no passado e enriqueceram por meios ilícitos. Acho que estou para ficar sem emprego... – falou divertido passando a mão pelos cabelos bagunçando-os levemente.
- Você nunca ficaria... – falou Gina um pouco alto da cozinha – Você é Harry Potter, até como zelador de Hogwarts seria uma honra tê-lo.
- Que bom ares levaram esse bilhete até minhas mãos? – sussurrou Harry de forma sexy, balançando o bilhete que Gina mais cedo tinha lhe enviado.
- Tsk, tsk. Apressado como sempre, não é Potter? – brincou ela trazendo duas taças de champanhe.
- Eu posso ficar quanto tempo você quiser... – falou dando um meio sorriso.
- É uma proposta... – dizia ela fazendo menção de abrir a garrafa.
- Deixe comigo... – disse Harry pegando-a de suas mãos e sacudindo levemente, deixando a rolha da garrafa escapulir com a pressão que o champanhe fazia.
Depois de servidos, os dois brindaram “aos velhos tempos” e sentaram-se.
- E qual é a proposta?
- Um roubo. – disse Gina simplesmente.
- Uau! Eu nunca pensei que viveria para ouvir um Weasley falar isso. – brincou.
- Milagres acontecem! – ela falou brindando com ele.
- Alguma coisa sua que foi roubada? Uma peça valiosa? Você quer roubar um Elfo Doméstico?
- Sabe... – comentou Gina depositando a taça sobre a mesa – Você não é a primeira pessoa hoje que menciona que eu quero alguma coisa com Elfos... Passei tanto tempo no F.A.L.E assim?
- É triste para mim saber que eu não sou mais o primeiro nos seus planos Virgínia... – disse Harry com uma voz sentida.
- Não seja bobo, você é o primeiro nas melhores coisas para mim... – brincou ela.
- Um convite? – arqueou ele a sobrancelha levemente.
- Negócios primeiro Potter... – falou sorrindo – Depois a diversão...
- Em que eu posso ajudar?
- Ontem eu assisti uma matéria muito interessante no jornal Trouxa que a Luna tanto ama... – começo Gina – E ela envolvia Bancos Suíços... – parou esperando o comentário que veio logo em seguida.
- Pera aí... – levantou-se Harry no sofá – Você realmente está planejando um roubo? Tipo, um roubo de roubar mesmo?
- Surpreso? – ela perguntou com um sorriso sexy.
- Mais do que quando você apareceu naquela lingerie preta naquela noite na Toca.
- Bom, então deve ser alguma coisa... – brincou e depois continuou – Harry, são bancos Suíços que guardam milhões.
- Uou, Gina. Não que eu queira dizer alguma coisa, mas já dizendo. Primeiro, por que eu roubaria um Banco com você? E segundo: você já pensou no quão errada é essa situação?
- Primeira resposta... – disse Gina andando pela sala – Você roubaria um Banco comigo porque você adora fazer qualquer coisa comigo... – disse ela maldosa – Na verdade você precisa me proteger... A segunda resposta é: você já pensou no que seu pai ou Sirius pensariam disso? Ou melhor: Não seria ótimo roubar milhões de ex-comensais?
- Golpe baixo, Gina. Você sabe o que provavelmente o Sirius responderia...
- Ele acharia brilhante.
- Exatamente. – disse Harry pensativo.
- Você precisa fazer isso por mim, Harry. Eu estou cansada dessa vida e da minha carreira inútil no Profeta Diário. É uma oportunidade que eu preciso concretizar. É errado? Sim! Muito errado! Mas tudo que eu fiz até agora foram somente as coisas certas e eu não vi resultado nenhum! Talvez eu precise errar em alguma coisa para aprender algo útil e me encontrar... – desabafou.
- Não sei Gina, não sei... – falou Harry passando as mãos nervosamente pelos cabelos – Talvez eu precise pensar um pouco...
- Eu sei... – disse ela compreensiva – E eu preciso dessa resposta amanhã... – falou direta.
- Você a terá. E bom, você sabe que eu preciso ir...
- Eu sei Harry, se você desaparecer por muito tempo as pessoas podem pirar... – os dois ainda deram algumas gargalhadas.
Harry deu um beijo em Gina, desculpou-se porque não poderia jantar a noite com ela (por isso estivera ali mais cedo) e já ia saindo quando Gina disse:
- E Potter... – brincou ela com o seu sobrenome – Se alguma coisa ainda insistir em dar errado, nós ainda teremos uma boa história pra contar pros nossos filhos...
Harry sorriu.
- Talvez esse tenha sido o melhor motivo que você me falou até agora... – falou rindo.
E saiu.
Depois de muito pensar, Draco chegou a duas possíveis conclusões:
- A Weasley enlouqueceu com a sua situação de pobreza.
- Era uma armação.
E por que ele então havia aceitado? Talvez fosse uma grande oportunidade de ele reaver sua fortuna. Os Weasleys, felizmente, pertenciam a uma raça de coelhos bonzinhos, escrupulosos e felizes que provavelmente seriam incapazes de matar um gnomo.
E no final ele sempre tinha a sua astúcia.
É, talvez desse certo.
Gina sorriu quando Harry saiu. Ele iria aceitar, ela sabia que sim. Principalmente quando ele soubesse que o Malfoy também participaria. Mas isso ela só diria a ele amanhã, no caso da recusa de assinar o pergaminho.
Uma coruja biruta apareceu batendo na sua janela, com um pacote demasiado grande para si própria. Vendo o símbolo do Profeta Diário, Gina conclui que deveria ser a pesquisa do Colin.
- Colin, você é um gênio. – constatou.
A pesquisa de Colin trazia inúmeras páginas de registros e mecanismo de funcionamento dos Bancos, descritos por algum bruxo fascinado por assuntos trouxas.
- Colin, eu amo você... – repetiu ela feliz.
- Falando sozinha Gina? – chegou Luna cheia de cachecóis enrolados no pescoço.
- Às vezes acontece... – comentou vagamente sem tirar os olhos dos pergaminhos.
- Eu estou péssima... – desabou Luna no sofá.
- O que aconteceu?
- O trabalho anda péssimo... – Luna trabalhava no Departamento de Assuntos Trouxas do Ministério. Um trabalho chato e monótono na opinião de Gina, mas fazer o quê, não?
- Alguma xícara louca dessa vez?
- Não, um conjunto de louças inteiro, estou exausta.
- Acontece... – respondeu Gina vagamente.
- O quê você tanto ler? – perguntou Luna curiosa.
Gina franziu o cenho e mordeu os beiços.
- Lembra da história dos Bancos?
- Você ainda não tirou isso da cabeça? – falou Luna tirando as botas.
- Na verdade, não...
- Você tentou pelo ao menos?
- Não!
- Oh Merlin... Vou abrigar uma fugitiva em casa... – falou Luna séria.
- Duas fugitivas vão ser abrigadas nessa casa, ou talvez não, talvez nós compremos um apartamento novo.
- Gina, eu acho que passar muito tempo naquele porão acabou por desativar alguns de seus neurônios...
- Claro que não, nunca estive pensando tão claramente...
- Eu não vou fazer isso com você, você sabe.
- Claro que vai... O Harry e o Malfoy vão.
- Hum, o Harry faz tudo por... PERA, MALFOY?
- Hum-rum! – comentou Gina divertida jogando-lhe a matéria de confiscamento da Mansão Malfoy.
- Sem chance! – respondeu descrente.
- Eu preciso de você! – implorou Gina – Eu, Harry, Você e o Malfoy. Seria um roubo perfeito! Uma gangue equilibrada! A louca, a celebridade, a avoada e o retardado!
- Como você conseguiu convencê-lo?
- Até parece que é preciso muito esforço para influenciar o Malfoy a roubar alguma coisa!
- Gina, isso tem cara de que não vai dar certo!
- Não seja pessimista Luna, eu tenho todo um plano formado na cabeça. Eu só preciso saber quem está dentro e disposto a concretizá-lo.
- Eu não... – respondeu Luna ainda resistente.
- Tudo bem, eu desisto... – mentiu Gina – Vamos mudar de assunto, tudo bem?
- Hum, ta.
- Você poderia assinar esse pergaminho que o síndico trouxa mandou a respeito de uma reunião com os moradores? – perguntou Gina voltada para os seus papéis, mas com uma voz séria.
- Assinar? E isso acontece no mundo trouxa? Quer dizer, reuniões? – respondeu Luna ao mesmo tempo excitada e avoada.
- Hum, toda hora! – mentiu Gina mais um pouco. Luna pegou o papel.
- Mas porque aqui tem seu nome e... Draco Malfoy? – leu.
- Tudo bem, eu desisto! – falou Gina sincera e com as mãos para o alto. – Eu estava tentando enganar...
- Pronto! – respondeu Luna devolvendo-lhe o papel com a assinatura florida de Luna Lovegood.
Gina arregalou os olhos.
- Luna, você está bêbada?
- Não, por quê? – respondeu berrando do seu quarto.
- Hum... Nada. É que você acaba de entrar pra gangue! – respondeu Gina incrédula.
Luna meteu a cara na porta.
- Poxa, eu sabia que por aqui não haviam reuniões de trouxas... – falou cínica – E é melhor isso dar certo Srta. Weasley!
- SUA CÍNICA! – gritou Gina feliz e pulando do sofá.
- Também te adoro, besta...
Gina acordou quando as primeiras horas da manhã já despontavam. O fato de que ela havia ir dormido cedo e não ter tomado muitos litros de Whisky de Fogo ajudaram muito.
Amarrou o cabelo em um nó firme em cima da cabeça, calçou as pantufas e seguiu para tomar uma xícara de café. Luna ainda dormia. Mandou uma coruja para Malfoy marcando um encontro na hora do almoço para passar alguns detalhes. Ainda precisava da resposta do Harry, mas isso não era algo difícil de conseguir.
Ding-dong. A campainha tocou. “Quem diabos pode ser às sete horas da manhã?” pensou confusa.
- GINA, ABRE ESSA PORTA!
“Essa voz é do...”
- Rony? O que você está... – ela ia perguntar quando estava abrindo a porta e dando passagem a um Rony muito vermelho, uma Hermione agitada e um Harry pedindo desculpas.
- COMO ASSIM VOCÊ PLANEJA ROUBAR UM BANCO?
“Harry, eu vou te matar”.
- Foi uma idéia estranha... que... – começou confusa. Olhou assassina para o Harry – Por que você contou para eles?
- Foi sem querer Gina! – tentava se explicar – Você sabe que eu não consigo esconder nada deles... A HERMIONE ME OBRIGOU! – declarou.
- Eu? – perguntou Hermione num tom cínico.
- ISSO NÃO INTERESSA! QUE DIABOS QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA? E SE PRENDEREM VOCÊ? E SE VOCÊ FOR MORTA? PIOR... E SE MAMÃE SOUBER?
Hermione soltou um muxoxo.
- Rony, você é muito exagerado... – começou Gina ficando vermelha e tremendo – Ninguém vai saber, a não ser que você conte, é claro. OU O HARRY!
- VOCÊ NÃO VAI FAZER ISSO!
Ding-dong. A campainha tocou de novo. Gina olhou emburrada para porta. “Pronto, agora todos os vizinhos escutaram o nosso plano e vão nos denunciar”.
Hermione, que estava mais perto da porta, a abriu constrangida. Mas sua expressão de constrangimento foi logo substituída por uma expressão de horror e ódio. Sim, era o Malfoy.
- MALFOY? – os quatro exclamaram em uníssono. Gina estava chocada.
- COMO VOCÊ SABE ONDE EU MORO?
- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? – perguntou Rony horrorizado e tirando a varinha do bolso – O QUE ELE ESTÁ FAZENDO AQUI? – perguntou pra Gina.
“Tudo isso e ainda são sete horas da manhã e eu estou de pijama...”, pensou frustrada.
- O que você está fazendo aqui, Weasel? – perguntou Malfoy com nojo.
- ORA SEU...
- Vai embora Malfoy! – advertiu Mione.
- Você não manda em mim, Sangue-Ruim... E eu não vim pra ver você, por Merlin! – falou cuspindo as palavras – Só saio daqui quando eu resolver meus problemas com ela! – e apontou Gina.
Rony e Harry soltavam fumaça pela venta e parecia que a qualquer momento agarrariam o Malfoy e o jogariam pela janela.
- ELE ANDA TE AMEAÇANDO GINA? – Rony conclui – POR ISSO VOCÊ QUER ROUBAR UM BANCO?
- Mais ou menos... – Gina respondeu venenosa.
Hermione e Harry tiraram a varinha do bolso.
- Explique-se Malfoy... – sibilou Mione.
- Por que você não pede pra ela te contar, Sangue-Ruim? – falou Malfoy se divertindo com a situação.
Rony fez menção de pular em cima dele, mas foi impedido (não se sabe como), por Hermione.
- Não tente me contaminar com seus germes Weasel, além disso, essas vestes custaram muito caro...
- Não ouse pisar aqui dentro Malfoy, ou você estará perdido! – falou Harry com raiva.
- Ah Potter... Como se eu tivesse prazer em entrar nesse muquifo!
- CALEM A BOCA! – gritou Gina irritada.
- Não me mande... – começou Malfoy. Harry apontou a varinha pro pescoço dele.
- Sim... – Gina se recompôs – Agora que estamos todos quietos, calados e com a língua presa dentro da boca (e fuzilou o Malfoy), primeiro sou eu que exijo explicações! Começando por você Harry! COMO ELES FICARAM SABENDO?
- Eu não falo nada até saber o que ESSE está fazendo aqui! – falou com raiva.
- Isso não é da sua conta Potter... Se a sua namorada não lhe contou... – falou Malfoy sem ter medo do perigo.
- Se eu sou namorada dele não é da sua conta!
- E ISSO É PROBLEMA MEU!
- POR MERLIN! EU É QUE JÁ ESTOU LOUCA! – berrou Mione cansada – ABAIXEM ESSAS VARINHAS! (para Rony e Harry), SAIA DESSA PORTA! (vociferou para o Malfoy). TODO MUNDO SENTADO E QUIETO!
Malfoy soltou um muxoxo de desdém, mas se mexeu depois que Harry e Rony, desconfiadamente, sentaram-se lado a lado no sofá como duas crianças de castigo. Ele, então, sentou-se numa cadeira longe dos dois. Gina encostou-se na parede, Hermione ficou de pé, autoritária.
- Primeiro, onde está a Luna? – começou Mione controlada.
- Dormindo... – respondeu Gina emburrada.
- Certo, porque depois ela precisa ouvir também... Agora, você poderia explicar o que está passando pela sua cabeça, Gina?
- Eu e Luna chegamos a essa conclusão depois de uma de nossas conversas... peculiares. E eu contei ao Harry, que contou a vocês. – completou olhando brava pro moreno.
- E onde o Malfoy entra nessa história? – Mione apontou.
- Eu o convidei depois que fiquei sabendo que a Mansão dele seria confiscada... – respondeu verdadeira.
- Impossível! Por que mesmo que você fizesse uma coisa dessas, ELE não participaria!
- E porque eu não faria isso? – perguntou Gina calmamente.
- Porque é errado! – respondeu Rony bravo.
- E daí?
- Oh! Merlin! – Rony fez uma cara horrorizada – Ele está enfeitiçando ela!
- Não, não está! E eu vou fazer, mesmo que seja com aquela doninha! – falou Gina determinada.
- Doninha é a mãe, Weasel-fêmea!
- Não vai! Você não precisa disso! – ignorou Rony.
- E como você sabe do que eu preciso? – perguntou Gina irritada – COMO? Eu só vou pegar alguns galeões que há muito tempo foram roubados da comunidade bruxa!
- Sim, você não vai fazer, porque EU não faria isso!
- Eu não te chamei pra nada Ronald Weasley!
- E porque você acha que o Harry faria isso?
- EU NÃO SEI! – vociferou Gina – Olhem... Eu não estou obrigando ninguém... Eu só quero que vocês fiquem de boca fechada!
- Isso é uma loucura! – disse Rony – Ele não vai ficar de boca fechada! – apontou para o Malfoy.
- Sim, ele vai! Nós temos um acordo bruxo... – confessou Gina.
- Gina, você tem um plano? – perguntou Mione pensativa.
- Bom, Bancos Suíços. São os mais ricos do mundo... e com muito dinheiro ilegal também.
- Então, numa suposição, nós estaríamos roubando Comensais e pessoas más?
- Talvez... – Gina disse confusa. Draco fechou a cara.
- Prefiro roubar pessoas como o Potter... – desdenhou. Mione ignorou.
- E quando começamos? – perguntou sorrindo maniacamente.
- Ela ta doida também, Harry! – disse Rony incrédulo – Mione, COMO ASSIM?
- Bom, vocês nunca ouviram falar do ditado trouxa: “Ladrão que rouba ladrão, cem anos de perdão”?
Malfoy bufou. Só Harry parecia conhecer.
- Quer dizer que nós estamos roubando pessoas que merecem ser roubadas... – explicou Harry.
- Mesmo assim! – Rony falou desesperado – Vocês estão loucos! Elas estão loucas! E é tudo culpa dele!
- Weasel, você não sabe o quanto eu queria ter o mérito por isso! – disse o Malfoy numa voz de falsete.
- Eu assino o pergaminho. – disse Harry prontamente.
- HARRY? – gritou Rony sentindo-se traído.
- Sim, e você também vai assinar! – falou Harry assinando e falando alguma coisa no ouvido do Rony que bufou inesperadamente, deu-se por vencido e também colocou sua assinatura.
- Está tudo acabado! Eu nunca terei os milhões de galeões do Potter que estão nos Bancos Suíços... – falou Malfoy com uma voz séria e mimada.
- Do que você está falando? – perguntou Gina.
- Você só pode estar brincando, não é, Weasley? Roubar um Banco com o testa rachado, com um dos coelhos Weasley e com uma Sangue-Ruim. Isso nunca vai dar certo...
Luna chegou no final da discussão.
- Eles aceitaram, Luna. – disse Gina com uma voz séria, mas com um sorriso que a denunciava.
- Eu não aceitei nada, eu fui obrigado... – disse Rony emburrado.
Malfoy bufou.
- E nem se atreva a chegar perto de mim ou da Gina! Ou eu te mato! – apontou Rony furioso para o Malfoy.
- Como se esse fosse o sonho da minha vida, Weasley... – debochou Malfoy saindo do apartamento.
- Até a primeira reunião, Malfoy... – disse Gina séria.
Malfoy bufou de novo.
- Que seja Weasley...
- Então é isso... Agora nós temos os ladrões. – comentou Gina.
- Ai Merlin, onde eu fui me meter? – perguntou Mione para os céus balançando a cabeça.
N/A: Meo Deos, eles aceitam tão fácil, não? Mas depois vocês descobrem por quê. Adorei os 8 primeiras comentários desse Prólogo depois de mta insistência minha! Pensei que ninguém comentaria! Muito surpresa mesmo! Bom, outro capítulo chatinho, mas que vai dar início a tudo, espero que ela vá, com certeza, melhorando com o tempo e com muitas surpresas!
Agradecimentos:
Srta. Moore!: a Gina é ótima mesmo. Adoro a personagem dela, vai se fazer mto forte ao longo da fic. Obrigadaaa! ;D
YumyLee {Anna Táh Love} : Vc gostou mesmo da capaaa? Sou uma pessoa mto frustrada com o Photoshop, ele me odeeeia! Mas até q dessa vez parece que ele esqueceu um pouco desse ódio! Obrigadaaa! ;D
Cla Coral : Ah Cla! Só não abandone a fic q um dia ela melhora! Depois vou atrás das suas! Obrigadaaa! ;D
Laura Black : As D/Gs são as melhores e nenhum shipper supera mesmo! Obrigadaaa! ;D
Manu Riddle : Acabeei de ler a Herdeira do Mal e deixar meu comentário por lá! A capa é minha mesmo (emocionada). To adorando sua fic e obrigada pelo coments aqui, vc é um anjo! Continua lá e não me abandona aqui! Obrigadaaa! ;D
Death eater (Death) : adoro a idéia tbm, vamos ver se a louca aqui consegue! Continue por aqui! Obrigadaaa! ;D
Miss_-_Re : Eu continuo aqui e vc continua ai, que tal? Obrigadaaa!;D
Que nesse próximo ano vocês tenham muita vontade de me mandar reviews!
Comentem! Comentem!
Beijos,
Ellen Victory.
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