Março - A Namorada do Potter
Capítulo V
Sábado, 4 de Março.
57,5 kg (A gordura do Natal ainda está acumulada), 10 sapos de chocolate, 3 sacos de Feijõezinhos de Todos os Sabores, 0 aulas, 50 convites pra sair, 60 por cento de perturbação-Potter.
Depois do episódio de Domingo o Potter anda mais irritante (se possível), do que o normal. A idéia de que eu armei um plano para me livrar dele, ao invés de irritá-lo, parece deixá-lo totalmente satisfeito, de modo que quando ele fala sobre esse assunto os seus olhos brilham (muito bonito Dona Evans, que tipo de pessoa presta atenção nos olhos do Potter?).
Tamy continua saindo com o Diggory comprovando a minha teoria de que eles vão namorar. Andy e Lie andam aos cochichos esses dias. Me sinto altamente excluída socialmente. Minha vida se resume agora a assistir aulas, aplicar detenções inúteis em seres como o Potter, reclamar pro Remo, escrever sobre o Potter e dormir. Preciso de mais tempo para as minhas amigas e esquecer esse inútil. Ele não vai conseguir acabar comigo!
9h30. Estava correndo feliz em direção a minha aula de Runas Antigas quando a Lie me grita:
- Lílian, onde você vai?
- Lie, você está ficando louca?
- Eu?
- Runas agora!
- Hoje não tem Runas, Lily.
- Como não?
- Porque hoje é Sábado.
Céus, o Potter está afetando minha sanidade mental de distinguir os dias da semana. Parei confusa e constatei que ela estava certa. Que saco.
10h30.
- Lily, hoje é Sábado.
- Isso eu já sei.
- Quero dizer, hoje você não precisa estudar.
Meu Deus, o Remo enlouqueceu.
- Como assim, Remo? – eu fiquei incrédula, lógico.
- Simplesmente não precisa. Vamos descansar oras!
Ele parece o Potter falando. Isso! O Potter tomou uma Poção Polissuco com cabelos do Remo! Há-há! Mas eu não caio no jogo dele!
Cerrei os olhos e disse séria.
- Você não me engana!
E peguei meus livros e sai correndo. Humpf!
17h30. E cá está Lílian Evans sozinha olhando o pôr-de-sol, sem nenhuma companhia masculina, sem amigos, sem amor, sem livro, sem fantasmas, até a Lula Gigante foi para o outro lado do lago, tentando me evitar. Cansei de questionar essa minha vida que não me dá nenhum retorno. Estou condenada a morrer sozinha e frustrada. Morrerei agora. Morri.
17h45. Renasci. Mas o que diabos a Lie está fazendo? Ela acabou de sair do Castelo sorrateiramente, olhando pros lados e agora está indo em direção a Floresta Proibida! Merlin! Será que devo segui-la?
17h50. Além de todos os meus defeitos, Deus ainda me fez lerda! Corri para a Orla por trás da casa de Hagrid, o guardião dos terrenos de Hogwarts, mas não fui rápida o suficiente pra alcançar a Lie, e agora ela acabou de sumir da minha vista. Que saco.
Domingo, 5 de Março.
58 kg (Vou parar de me pesar).
10h. Acordei agora sem vontade alguma de sair da cama. Para quê? Para ser atormentada pelo Potter, ficar irritada e depois não ter nada para fazer? Bela forma de se aproveitar o Domingo.
10h15. Tamy acabou de me puxar da cama dizendo que se eu não me levantar em cinco segundos ela vai tocar fogo nos meus cabelos. Merlin, as pessoas andam tão violentas hoje em dia. Vou tomar banho.
Almoço. Salão Principal. Até que para um Domingo um número razoável de pessoas está almoçando no mesmo horário. Há uma espécie de cochicho interminável e algumas pessoas estão falando de mim, eu tenho certeza. Será que eu esqueci de pentear o cabelo?
- Remo, como está minha aparência? – cheguei abordando logo Remo que estava sentado na ponta da mesa da Grifinória lendo um livro preto e estranho, macabro na minha opinião. Ele tomou um susto.
- Ótima Lily! Por que?
Sentei-me ao lado dele e puxei algumas batatas cozidas.
- Nada.
Ele fechou o livro e me olhou.
- Pode falar.
Ah que meigo! Por que sempre só Remo, o fofo me entende?
- Uns cochichos estranhos e as pessoas não param de apontar...
Remo corou. Sim! Por que ele corou?
- Não deve ser nada, você sabe como são as bocas de Hogwarts... – e voltou pro seu livro.
Então, de repente, algumas corujas amarronzadas entraram (em pleno Domingo) pelo Salão Principal. Um pacote caiu no colo de Remo, o fofo.
- Ah... O Profeta Domingal, Edição Especial. – comentou ele.
- Ah... Por que agora eles estão fazendo edições especiais?
- Lílian, os ataques...
Eu tinha realmente me fechado para o mundo. Percebi o quanto posso ser egoísta, uma guerra inteira ocorrendo no lado de fora enquanto eu estava preocupado com o meu próprio umbigo feio.
- Oh... – e corei envergonhada.
- Mais ataques... Aqui diz que agora o Voldemort está chamando novos Comensais... – disse sombrio.
- Que estranho.
Remo continuou lendo o seu Profeta, enquanto eu terminava de almoçar. Depois que terminei sai e fui atrás da Tamy pra conversar. Pensativa e com alguns cochichos ainda me seguindo.
Segunda, 6 de Março.
Não vou me pesar!
11h. Aula de Poções. Merlin, por mais que eu queira eu não consigo me concentrar. Simplesmente olho para o meu caldeirão e não sei o que fazer! O professor Slughorn já perguntou duas vezes o que está acontecendo.
11h30. Por que o Potter não está me mandando bilhetes? Não que eu me importe, claro, mas só acho muito estranho.
11h33. Ele está trabalhando mais que o Remo!
11h35. Desisto.
Terça-Feira, 7 de Março.
58 kg, 5 copos de cerveja amanteigada, 15 doses de Whisky de Dragão, 3 garrafas de Tequila de Explosivin. Isso, que bom exemplo para uma monitora.
Eu só posso ter enlouquecido. Só. Não existe outra explicação. Não existe.
Terminei de almoçar às 19:30. Estava passando apressada pelo corredor do terceiro andar quando uma mão me puxou para dentro duma sala deserta.
- Ai...
- Lily é você! – disse Tamy mais relaxada.
- O que você está fazendo aqui?
- Vamos!
Ela saiu me puxando pelo braço e eu não tive outra alternativa a não ser ir.
- Ei... para onde você está me levando?
Fomos parar na Torre mais alta de Astronomia. Tamy estava estranha. Ela andava rápido e olhava para os lados como se esperasse que a cada momento irrompesse alguém na sua frente. Fora ao fato de que ela parecia estar usando todo o seu auto-controle.
- Que bom que você apareceu, eu precisava de alguém pra conversar...
E algumas lágrimas caíram do rosto dela.
- Tamy, o que aconteceu?
Ela pegou alguma coisa. Foi só aí que eu notei a bolsa que ela trazia.
- Você quer? – perguntou me oferecendo uma garrafa de cerveja amanteigada. Não perguntei aonde ela tinha arrumado aquilo.
- O que aconteceu? – repeti depois de beber um gole.
Ela simplesmente desabou em lágrimas.
- Eu não queria fazer aquilo... não Lily! Ow Lily, eu gosto tanto do Dig, sabe? Ele é realmente engraçado, além de ser bonitão. E o sorriso dele, ahh, eu amo o sorriso dele...
- Tamy eu não estou entendendo nada!
- Mas eu não queria... – e virou uma outra garrafinha menor na boca – eu não queria realmente... Mas ela me pediu, e eu não consegui negar... Mas eu tenho culpa também... Ow Lily... Beba!
E me deu uma das garrafinhas menores.
- O que isso Tamy? – lembro de ter um cheiro horrível, mas bebi, diante do olhar assustado de Tamy. Ela tinha um jeito de criança assustada. Ela precisava daquilo.
- Ow Lily... Eu sou louca... Eu tinha tudo que uma garota queria, mas de repente eu entrego tudo aos Dragões...
Decidi de saber do que ela estava falando. Comecei a observar sua figura melhor. Os cabelos não tinham o mesmo brilho de sempre e as lágrimas caiam pela face dela rapidamente. Mesmo assim, continuava linda como sempre fora. Continuei bebendo.
-...o Dig me pediu em namoro na semana passada sabia? No dia 04. Eu estava tão feliz... Mas ela me pediu e eu não consegui negar...
Lembro de tê-la sacudido pelos ombros, já meio tonta, a bebida fazendo efeito.
- Me conte tudo Tamy!
- Eu traí o Dig Lily! Eu traí! – e chorava copiosamente.
- E por que você fez isso? – perguntei incrédula. Um pouco enojada. Sou do tipo de pessoa que não conseguiria trair uma mosca.
- Oh, não brigue comigo!
- Eu não estou brigando com você!
- Pare de gritar! Pare!
- EU NÃO ESTOU GRITANDO!
- Eu não queria... eu realmente não queria... – e sentou-se como uma espécie de boneca mole, tonta pela bebida.
Bebi mais algumas garrafinhas pequenas e me senti mais solta. Comecei a olhar para o céu e Tamy deitou a cabeça sobre o meu colo. Puxei as garrafas pra perto de mim e continuei bebendo alguns goles de uma garrafa laranja com um líquido gostoso. Ainda tentei arrancar algumas coisas de Tamy, mas ela não estava mais disposta a falar. Minha lembrança a partir daí começa a falhar em alguns pontos.
Tamy adormeceu no meu colo e eu perdi a conta de quantas garrafas eu já tinha bebido. Algumas lágrimas caíram pelo meu rosto e então eu percebi que algumas coisas no mundo estavam meio desajeitadas, eu não parecia ser mais eu. O que poderia estar me mudando tanto assim?
- Evans? – senti alguém sentar do meu lado.
- Oi... ah... é vocee... o idioto Potteree...
- Eu não acredito que Lílian Evans, monitora, está nesse estado agora...
- Eu nãoestou em estado algun Potteree, o que vocer querr... não basta me artomertar todo santodia...
- Você está muito engraçada Evans...
- Não mechame de Evanis! Vocer nunca me chama de Evanis!
- Você queria que eu te chamasse de Evans...
- E desde quando vocer faiz alguma coisa queeu peço?
Por que eu fiz aquilo? Por que eu virei o rosto na direção dele? E por que ele ficou calado?
- Me beije Pottere... Não era isso que vocer queriaa? Me beije... Por que eu acho que estou...
- Você está?
Não lembro o que eu falei. Merlin, o que eu disse para o Potter?
- Desculpe Evans... – é a última coisa de que me lembro.
E acordei na minha cama pela manhã com um horrível cheiro de bebida pelos cabelos e com a mesma roupa que estava ontem à noite.
Terça-Feira, 14 de Março.
56kg, sem bebidas alcoólicas, sem perturbação do Potter, sem nada. Só 7 aulas e mais os horários vagos na Biblioteca.
Procurando esquecer do episódio de 7 dias atrás, decidi colocar um pouco de estrutura na minha vida e voltar a mergulhar de cabeça nos estudos. Tamy parece ter voltado ao normal e nenhuma de nós tocamos no assunto “Bebedeira na Torre de Astronomia”. Pelo ao menos o Potter fez o favor de não abrir sua grande boca e ninguém também ficou sabendo disso. Pelo ao menos é o que parece: os alunos de Hogwarts não parecem estar sabendo disso.
O Remo, o fofo está um pouco estranho. Ele está me tratando como uma boneca de porcelana de luxo que se for deixada no lugar errado pode quebrar. Será que o Remo está gostando de mim? Que absurdo Evans, claro que não!
Então é isso. Pareço estar voltando a ter uma vida normal de uma garota normal.
Quarta-feira, 15 de Março.
55 kg (percebi que os estudos estão me fazendo emagrecer). Menos de uma semana para o meu aniversário.
Daqui a uma semana eu vou estar constatando que eu estou ficando cada vez mais velha, chata e insuportável. Chegando aos 17 anos sem ter feito nada de bom, frustrada, sem um namorado, com notas que podiam ser bem melhores, gorda e anti-social.
Como meu aniversário vai cair numa Terça-feira, vou deixar para sair com as meninas no Sábado, sim, passeio de Hogsmeade! Uma boa idéia... Melhor do que algumas das que estou tendo ultimamente.
Quinta-Feira, 16 de Março.
8h30. Estava sentada, sozinha, tomando meu café quando Alice, a namorada do Longbottom passou comentando com uma outra menina da Lufa-lufa.
- Pois é... Eles tão namorando há algumas semanas... Você não viu que foi por isso que o Potter largou do pé da Evans?
Me engasguei involuntariamente com o suco de abóbora que estava tomando. Remo, o Estudioso e Fofo sentou-se do meu lado.
- Calma Lílian... – disse sorrindo e puxando um copo de suco com salsichas cozidas.
- Cof-Remo, cof...
- Oi...
- O Potter está namorando?
Foi a vez dele se engasgar.
- Calma Remo... – retruquei sorrindo.
- Cof-Como você cof sabe disso?
- Ouvi uns comentários... – respondi séria - há alguns dias... – completei.
- Ow... Ele está.
E ficou por isso mesmo. Nem eu perguntei mais. Nem o Remo comentou mais.
Sexta-feira, 17 de Março.
57kg (Engordei de ontem para hoje, será possível engordar durante o sono?), 5 sapos de chocolate, 2 sacos de Feijõezinhos de Todos os Sabores, 7 aulas.
O cochicho sobre o namoro do Potter não aumentou tanto quanto eu esperasse que aumentasse. Parecia estar sendo meio que secreto. Não que eu realmente me importe com quem o Potter namora ou deixa de namorar.
13h. E o Remo continua estranho.
- Você está bem Lily? Disse de sorrisinho amarelo.
- Estou ótima, por quê?
- Nada não... – será que eu tenho a impressão de que o Remo quer me dizer alguma coisa?
- Ótimo... Vamos começar por onde?
- Ah...
Hum Remo... Espero realmente que você não esteja gostando de mim. Talvez isso não fosse nada mal. Humpf.
19h. Estava voltando do jantar quando vi o Remo virando o corredor apressado.
- Ei Remo! – gritei.
Ele parou e virou-se para me olhar rapidamente.
- Oi Lily, houve um problema em casa... Preciso ir... Depois nos falamos.
- Espere! O que aconteceu? – corri para alcançá-lo.
- Nada demais. – ele parou e me fitou – Lily, escute-me.
- O quê?
- Não importa o que você descobrir, ele gosta de você.
- Quem?
Tarde demais, ele saíra correndo.
- VOCÊ VOLTA PRO MEU ANIVERSÁRIO?
- Sim! – a voz veio já de distante.
O Remo enlouqueceu? Que espécie de frase é essa para se dizer numa despedida?
Sábado, 18 de Março.
Andy sentou para tomar café comigo. Tanto tempo que não engatávamos uma conversa. Resgatei na memória tristemente as lembranças de quando eu, Andy, Tamy e Lie éramos inseparáveis. Mas, do nada, passamos a andar separadas e eu, mas do que ninguém, me separei também. Tendo como companhia diária somente o Remo, e olha que nem todas as horas do dia.
- E então Andy, como você está?
- Ow Lily, eu vou bem e você? – ela dizia cautelosa. Por que todas as pessoas costumavam agora a me tratar como se fosse uma bomba explosiva?
- Ótima – disse puxando os ovos fritos.
- Que bom... – ela respirou um pouco ainda – Olhe, daqui a pouco eu estarei indo para o campo de quadribol assistir ao nosso jogo. Você não quer vim?
- Você sabe que eu odeio quadribol Andy. Nem montar numa vassoura eu sei.
- Eu sei... – ela sorriu aliviada – só pra confirmar.
Não dei muita atenção.
Às nove e meia as pessoas estavam se deslocando para o campo de quadribol. Procurando uma coisa melhor para me distrair fui para a Biblioteca. Peguei o Poções Muy Potentes na sessão reservada e decidi começar a fazer um trabalho para Slughorn que era para entregar daqui a duas semanas.
Estava detalhando os passos de como se fazer o Veritasserum quando uma voz diz atrás de mim:
- Simplesmente porque se você girar no sentido anti-horário a Poção não ficará azul-claro e sim, verde.
Me virei para ver quem era o intrometido.
- Prazer, Ralph Wilfred.
- Olá Wilfred, o que te faz pensar que eu aceitaria conselho de um estranho? – Talvez tenha sido grossa.
- Você aceitaria porque o professor Slughorn passa esse trabalho todo ano e a resposta correta era essa.
Que garoto petulante. Quem pediu a opinião dele?
- E você se acha no dever de me informar isso?
- Tudo bem Evans, não está mais aqui quem falou.
- Como você sabe meu nome?
- Todos sabem quem você é.
- Como assim?
- Você é a garota perseguida por Tiago Potter. – rindo sentou-se do meu lado.
- Eu não sou perseguida pelo Potter... – falei brava.
- Ah claro, não mais.
- Que bom!
- Se assim você acha...
Ficamos os dois em silêncio. Quem Ralph Wilfred pensava que era? Ele era tão alto quanto o Potter, mas tinha os cabelos arrumados displicentemente atrás da orelha e os olhos castanhos. Um pouco mais escuros que o do Potter. Não era nada mal.
- Você não é da Grifinória...
- Você é... – não era uma pergunta. – Sou da Lufa-lufa.
Quase tive vontade de rir. Bem, tenho que admitir depois dessa que nem todo lufa-lufino é lerdo.
- Bom Evans... vou deixar você estudar agora. Mas antes, podemos nos encontrar nos jardins amanhã de manhã?
Tava demorando. Ele deve ter entendido minha expressão de desgosto porque completou:
- Por favor, não é um encontro.
Então era o que?
- Tudo bem.
Não acredito que vou sair com um lufa-lufino. Ou seja lá o que vamos fazer amanhã. Não é um encontro.
Domingo, 19 de Março.
56,2kg (Meu estômago parece ter entendido a idéia de um quase-encontro e murchou), 0 sapos de chocolate, 1 saco de Feijõezinhos de Todos os Sabores, 0 aulas, 1 quase-encontro.
Acordei espontaneamente às 9 horas. Um milagre. Deixei Skup dormindo na minha cama enquanto fui tomar um banho. Tenho que confessar que esse amasso tem sido um companheiro em tanto.
Escolhi vestir uma saia branca e uma blusa laranja da cor dos meus cabelos. Prendi os cabelos em um rabo de cavalo alto, já que deixá-los solto seria um crime. Passei um pouco de batom, calcei uma sandália baixa e me olhei no espelho. É, não estava tão mal. Skup deu um miado de aprovação.
- Posso saber aonde você vai? – perguntou a Lie que tinha acabado de chegar no quarto, mais produzida do que nunca.
Fiquei na dúvida se contaria ou não do quase encontro. Melhor não.
- Vou passear no Lago...
- Desse jeito?
- Com o Skup...
E agarrei o amasso e sai rapidinho com ele.
Skup deu um miado de reprovação e por isso o soltei pelo Salão Comunal mesmo.
- Tchau Skup...
10h. Ainda não vi Wilfred em lugar algum. Será que era uma piada? Oh, ele está vindo. Finja que não está olhando Lílian!
11h30. Ralph é extremamente divertido.
- O que você está olhando?
- Eu não estava olhando. – falei brava. Ele riu.
- Claro que não estava. Então, como dormiu hoje?
- Ótima. – respondi sincera.
- Que bom.
Ficamos os dois a olhar para o Lago por um tempo, sem tocar em qualquer assunto. Mesmo assim ficar na companhia dele era agradável.
- De que ano você é? – quebrei o silêncio.
- Sétimo.
- Oh, já está terminando? Que carreira?
- Sim... – ele sorriu agradavelmente – Curandeiro. Já consegui um estágio no St. Mungus, assim que sair de Hogwarts.
- Que ótimo! – Nossa, bonito, bem-resolvido, agradável, quem não queria?
Conversamos mais algumas futilidades e depois voltamos ao Castelo. Combinamos de almoçar juntos amanhã. Estou tão feliz, Merlin.
Segunda-feira, 20 de Março.
55kg. Esvaziei durante a noite. Magra e bela. Um dia.
10h. Aula de Poções. Remo, o fofo voltou. Mais abatido e cansado do que nunca. Tentei tirar alguma coisa sobre o que aconteceu com ele, mas ele não me disse nada concreto. Será que a família dele foi atacada?
- Como está você? – perguntei.
- Bem, apesar de cansado.
- Hum... Que bom. Escute, almoce comigo hoje.
- Tudo bem. – ele falou sorrindo.
Almoço. Salão Principal. Que almoço maravilhoso. Convidei o Remo e Andy e Ralph nem se importou. Ele veio sentar conosco. Remo no início pareceu não gostar dele. Andy o achou bonito. Tudo bem, eu senti uma pontada de ciúme por esse comentário. Depois de uns 15 minutos estávamos os quatro rindo felizes, chegando até a chamar a atenção de alguns curiosos. E eu ligo?
- E todos sabemos que amanhã é uma data muito especial! – comentou Andy.
- Ah Andy, não começa. – comentei envergonhada.
- E você realmente acha que ela estava falando de você?
Rimos os quatro. Não conseguia ficar chateada com as brincadeiras dele.
- Falando sério agora... – falou Remo. – o que você quer de presente Lily?
- Nada! – respondi rápido.
- Tudo bem então... Agente te leva pro Lago e você nada. – falou Ralph.
Continuamos rindo. Pena que o horário de almoço dura pouco.
22h. É amanhã.
Terça-feira, 21 de Março.
MEU ANIVERSÁRIO.
8h30. Acordei sendo lambida. Continuei de olhos fechados, não tive coragem de brigar com o Skup hoje. Depois de uns 10 minutos acordei definitivamente. O dormitório já estava vazio e uma pilha enorme de presentes estava no pé da minha cama.
- EBA! – gritei que nem uma criança que acaba de ganhar doces.
Remo me deu um livro intitulado de Grandes Bruxos, no qual achei maravilhoso. Trazia a biografia de grandes bruxos e as coisas que eles fizeram. Na contra-capa ele escreveu: “um dia seu nome estará aí”. Ele não é meigo?
Do lado do livro havia um pacote fino e leve. Abri desesperadamente e morta de curiosidade. Era uma vassoura. Tinha um bilhete da Andy: “Nunca desista”. Que gentil! Depois veio uma caixa enorme com o seguinte bilhete: “Você não está tão gorda quanto imagina. Permita-se esbaldar só hoje!”. Era uma caixa cheia de diversos chocolates, enviada por Ralph. Lie me deu um vestido bonito de veludo e Tamy me deu um kit de maquiagem.
Mamãe e papai me mandaram algum dinheiro dizendo assim eu mesma poderia escolher meu presente. Recebi alguns cartões, incluindo os de Hagrid e do Professor Dumbledore.
Skup me trouxe um rato morto todo feliz. Acho que ele pensou que eu gostaria. Que gentil para um amasso doido.
15h. Passei o dia todo recebendo cumprimento de todos (até dos professores). As aulas foram muito divertidas e Remo parece ter tirado o dia para me agradar. Até o Black e o Pettigrew me desejaram felicidades. Apenas uma pessoa não falou comigo, o Potter, o Maluco, não que eu me importe é claro.
23h. Estava sorrindo e andando com Andy, Remo e Ralph pelos corredores de Hogwarts, já estava deserto, mas continuávamos andando sem rumo. Ralph nos puxou para subir a Torre leste para olhar o céu e fazer pedidos às estrelas. Achei bem meigo e romântico.
Subimos as escadas da Torre rapidamente e eu, que ia na frente, vi uma coisa que me fez estancar. O Potter... e a sua namorada.
- Mas que pouca vergonha é essa. – falei meio brava pelo Potter está se agarrando com alguém na minha frente.
Foi quando eles tomaram um susto e se separaram. A namorada do Potter era nada mais nada menos que a Lie!
- Natalie? – foi a única coisa que consegui perguntar.
Virei às costas pros dois e sai correndo, quase derrubando o Ralph, que estava atrás de mim, escada abaixo. Sai correndo, sem rumo. E sem permissão algumas lágrimas começaram a cair do meu rosto. Meu cabelo se movimentava rapidamente. Devo ter decido vários andares porque parei em frente à Porta de Carvalho. Não sei como a abri e sai para os jardins de Hogwarts.
O vento suave contrastava com a minha respiração. Parei debaixo da minha árvore favorita e quando vi já estava sentada abraçando as pernas e chorando descontroladamente. Por que eu chorava? Por que eu choro? Eu sentia um aperto horrível no coração e era como se tudo tivesse desabando ao meu redor.
Ouvi passos rápidos pela grama, mas não levantei a cabeça. Remo havia sentado do meu lado. Pegou minha cabeça e a levou pro seu ombro. Eu me agarrei no seu peito e continuava a chorar como uma criança que tinha acabado de perder sua melhor boneca.
- Shh... – ele fazia – Não chore Lily, não era para você está chorando.
Mas eu não conseguia parar. Que tipo de pessoa o Potter pensa que é? Pra me fazer chorar assim?
Ficamos um bom tempo ali, sentados. Eu abraçada nele. Depois ele me trouxe para o dormitório. Remo me viu subir as escadas e ter certeza de que eu estava entrando no dormitório. Todas as cortinas, inclusive a de Lie, já estavam fechadas.
Ia me deitando quando percebi um embrulho em cima da minha cama. Era um Ursinho de Pelúcia que tinha um coração onde estava escrito “Gosto de Você”, vinha junto com um bilhete: “Parabéns, Evans”.
Simplesmente peguei o ursinho e joguei pela janela.
Não quero nada seu Potter.
N/A: O capítulo nem é tão legal mas eu adoro ele. Iuurru! Eu adoro o Ralph e o Remo, eles são lindos. =))) MIL DESCULPAS! Eu sei que eu sou uma chata e insensível! Sorry mesmo! Nha, MUITO obrigada pelos comentários que vocês deixaram, honeys, eu amo de paixão!
Obrigada a:
zihsendin (Nha, to cm saudade das nossas conversas moças! E tuas fics? =*)
Lola Potter (O Tiago é um traste, pendurar uma dama assim... hauhauhua. Ficar agarrada ao corpo másculo do Potter é um sacrifííício. URRA! =*)
Carol F. Potter (Aee, todos vibram pq eu postei depois de séculos. Deeesculpe! =*)
mayara_evans_potter (Vc me descobriu! Huahauhuaha! Ah, mas continue comentando aqui, vai... =*)
Manu Riddle (To já zarpando pra sua fic, não te preocupa! =*)
Caroline Radcliffe (A atriz da capa fez American Pie! Nha... Não acho ela tão bonita, mas eu não acho ngm parecida com a Evans q eu imagino... =*)
Sakura Li (Cap novo, espero q vc goste e comente! =*)
Vítor Krun (Eu adoro a Bridgeeet! E a Lily entao... Imagina as duas, meo Deos. =*)
karina S. F. (Atualizaadaaa! Comenta! =*)
Giullia Galvão (Aaah, q emoçao vc ter madrugado, lido, dormido e continuado a ler. Adoreeei. Tá aqui o novo. =*)
Laura Black (Vou agradecer mil vezes ao bloquinho agora! Não some daqui! =*).
Desculpem a demora, DE NOVO! Bjinhuss e COMENTEM!
Ellen-Potter
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