Interrogatório e Fuga
Interrogatório e fuga
Uma onda de energia correu pelo corpo de Harry. Conhecia bem aquela sensação, havia sido acordado com um feitiço Enervate. Uma mesa de ferro o separava dos dois homens que se encontravam na sala. A primeira coisa que fez foi avaliar a situação em que se encontrava.
Estava sentado em uma cadeira de ferro, as mãos amarradas nas costas. Ainda usava o sobretudo negro, mas não tinha mais seus óculos. Ao mexer os braços sentiu que a varinha esquerda continuava no coldre de pulso. Ou os inomináveis ingleses eram muito amadores ou eles estavam com muita pressa de interroga-lo, afinal não haviam nem o revistado. Tentou soltar as mãos, mas o nó era muito forte.
Estava prestes a cortar as cordas com magia sem varinha, quando um dos homens do outro lado da mesa resolveu se pronunciar.
– Qual seu nome? – o homem estava de mau humor. Reconheceu ele, Auror Michael Goldstain, especialista em interrogatórios. Provavelmente tinha sido acordado no meio da noite para interroga-lo.
– Ora, eu expliquei isso para recepcionista. Eu sou a Rainha da Inglaterra, apenas cheguei meio cedo para o chá com o ministro e resolvi procurar o banhei.... – um golpe interrompeu o garoto, o outro homem tinha lhe acertado um poderoso tapa. Aquilo tinha sido estranho, afinal os Ingleses costumavam bater só depois da quinta piadinha. Pelo menos ele tinha batido com as costas da mão, ponderou o garoto, os Americanos teriam batido de mão fechada.
– Sem gracinhas seu idiota, qual profecia pegou e para quem está trabalhando? – O homem que havia lhe batido perguntou, com a voz um pouco fanha. Olhando ele com mais atenção, viu que o nariz estava em um ângulo estranho. Prontamente entendeu porque tamanha violência tão cedo.
– Só falo se devolverem meus Óculos – falou com voz de criança mimada e fez um beicinho, então mudou para um tom e voz delicado – Eu conheço um bom medi-bruxo, sabe? Acho que ele poderia fazer algo pelo seu nariz, está num ângulo estr... – a frase nunca foi completa, o soco o atingiu no lado do queixo, cortando seu lábio. O gosto doce do próprio sangue logo pode ser sentido em sua boca.
– Vai com calma Ed – avisou Michael, olhando de relance para um espelho no outro lado da sala.
– É Ed, vai com calma, não quer que o pessoal atrás daquele espelho veja você batendo no prisioneiro indefeso, não é? – Viu o homem apertar com força a mesa, a face vermelha de raiva. Sorriu, era tão fácil irritar esse idiota.
Resolveu usar uma habilidade na qual não era muito bom. Fechando os olhos, concentrou-se apenas na magia a sua volta, tentando descobrir o poder dos adversários. O que descobriu foi perturbador. Os homens eram bruxos normais, provavelmente fáceis de derrotar, o que o perturbou foi o imenso poço de poder que se encontrava atrás do espelho.
Pelo visto Diretor Dumbledore não tinha nada para fazer na madrugada, afinal estava acompanhando um simples interrogatório de um mercenário errante.
– O que foi idiota, já imaginando a companhia dos dementadores? – perguntou Ed, vendo o olhar perdido do criminoso. Perdendo a concentração necessária para o que estava fazendo, o garoto resolveu responder a provocação.
– Não, meu caro Ed, na verdade lembrando a ultima noite que passei com sua esposa.... Nunca imaginei que ela conseguiria por inteiro na boca – O homem tentou partir para cima dele, mais foi impedido pelo companheiro.
– Calma Ed, esse idiota já ta ferrado, não caia no joguinho dele, ele só quer que você bata nele para ele tentar usar isso no tribunal ou tentar fugir. – Michael era realmente experiente, tinha sacado o objetivo dele. Isso só tornaria as coisas mais difíceis.
– Sabe Chacal – falou o auror agora olhando para ele e jogando uma pasta sobre a mesa, nela podia ser visto o símbolo da Interpol – Nós estamos tentando levar isso na boa, você nos fala que profecia pegou e a devolve. Nos diz quem pagou você e daí pega no máximo dois anos em Azkaban por invadir o ministério. Se não falar, nos vamos arrancar a informação de você, e depois entregamos o que sobrar para os Policia Trouxa Internacional.
– É Chacal, dizem que em nas cadeias trouxas de segurança máxima costumam fazer garotinhos bonitinhos como você de mulherzinha, e pelo que eu vi na sua ficha você pega perpetua. Imagina que maravilhosa forma de acabar a vida, servir de putinha na prisão – Ed tinha um sorriso maldoso nos lábios, e o nariz quebrado o deixava com cara de vilão de desenho animado.
– Oh Ed, porque me entregar para eles? Eu não sou bom o suficiente pra você? Eu tinha te achado tão atraente, o jeito com que o nariz esta enquadrado com o resto do rosto. – dessa vez o parceiro do inominável não teve tempo de segura-lo. Ed golpeou com força a boca do estomago de Harry, derrubando a cadeira para trás.
Era o que Harry estava esperando. Quando a cadeira atingiu o chão, usou magia sem varinha para cortar as cordas. Esticou o braço esquerdo em direção a Ed e a varinha saltou do coldre exatamente no momento em que ele gritava o feitiço estuporante.
Viu o outro inominável sacando a varinha e chutou com os dois pés a mesa de ferro em sua direção. A mesa o atingiu em cheio, fazendo com que caísse. Por de baixo da mesa, mandou um feitiço estuporante no homem. Levantou-se rapidamente e arremessou a cadeira com toda força no vidro antes de correr até a porta.
Sabia que estava no andar dos Aurores, afinal os inomináveis não tinham salas de interrogatório. Ao sair na porta logo reparou que era seguido pelo pessoal que estava na sala atrás do vidro. Correndo o mais rápido que podia, dobrou para direita, entrando no corredor principal do departamento, vendo três feitiços atingirem a parede que estava a sua frente pouco antes de dobrar.
Por sorte, uma auror estava saindo de uma das pequenas salinhas, nas mãos um relatório e uma grande xícara de café. Provavelmente tinha ficado fazendo plantão durante a noite, afinal o ministério ainda estava vazio.
Ela era loira e bem atraente, vestida em verde e prata, provavelmente tinha se formado no programa dos aurores há pouco tempo. Pegando a de surpresa, segurou-a pela cintura e colocou a varinha em sua tempora, fazendo com que no susto ela largasse o que tinha nos mãos no chão.
Quando dois outros homens e Dumbledore dobraram a esquina viram o criminoso caminhando de costas até os elevadores, usando uma mulher como escudo humano. Ameaçaram avançar, mas o garoto ameaçou.
– Um passo a mais e temos cérebro de auror por todos os lados – os três perseguidores pararam prontamente, e o garoto sentiu a garota tremer em seus braços. Tratou logo de conforta-la.
– Shhh.... Eu não vou machucar você – sussurrou ele no ouvido dela – Eu não machuco mulheres bonitas a não ser que elas me dêem motivo – continuou sussurrando enquanto se aproximava dos elevadores.
Os outros dois homens observavam a cena apreensivos, tentando encontrar uma forma de salvar a mulher. Já Dumbledore estava calmo, como se soubesse algo que os outros não sabiam. Quando o garoto estava quase chegando nos elevadores resolveu falar com a mulher que tremia em seus braços.
– Você é uma sonserina, não? – perguntou o garoto, a boca brincando com o lóbulo da orelha da mulher. Ela apenas confirmou fracamente com a cabeça. – Então nada de tentar agir como grifinória agora. Quando chegarmos no elevador eu vou soltá-la, e você fica parada na frente da porta até o elevador sumir. Entendido? – a ultima palavra não havia passado de um sussurro ameaçador.
A mulher apenas confirmou com a cabeça de novo, talvez com muito medo para falar alguma coisa. Quando chegaram na porta Harry acariciou delicadamente a cintura dela e achou o que queria. Retirou a varinha e voltou a sussurrar no ouvido dela.
– Você foi uma ótima garota até agora, continue se comportando direitinho e talvez eu te leve para jantar para lhe devolver sua varinha e podermos nos conhecer melhor. – depois dessas palavras entrou no elevador, apertando o botão para subir para o Átrio. As varinhas uma apontada para a nuca e a outra para base da coluna da auror.
Enquanto o elevador subia o garoto re-arrumou as luvas de duelos. Varinhas em punho, testou a varinha que tinha pegado da auror, vendo que ela era razoavelmente compatível. Dumbledore estava calmo demais, o velho tinha algum truque na manga.
Quando o elevador parou, ele pode sentir os poderosos feitiços ante-aparatação recém colocados no Átrio, somente o velho poderia ter feito algo assim. Dobrou o pescoço para um lado, fazendo-o estralar. Repetiu o processo para o outro e então abriu a porta. Deu alguns passos e então o viu, parado no centro do saguão de entrada que se encontrava vazio a essa hora da manha. O velho usava vestes púrpuras e tinha longa barba branca, varinha na mão. Harry levantou as duas varinhas apertando-as firmemente e assumindo uma posição básica de combate. Essa batalha ia ser interessante.
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Bom o lugar para acabar o capitulo, não? Proximo vai sair faisca, Harry X Dumbledore......
Quanto ao apilido Chacal, nada a ver com forma animaga nem nada, simplismente homenagem para Frederick Forsyth, que escreveu o livro O Dia do Chacal(1971) e virou até filme esse livro. Aquele filme mesmo que costumava da na globo do assassino de aluguel muito fodaaa !!! Mt bom mesmo esse autor, aconselho a ler tudo que encontrarem com o nome dele.
E pra encerrar, o grito que tava na garganta a seculos..... É CAMPEAO DO MUNDOOO!!!!! DA-LHE COLORADOOO!!!!!!
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