Invasão e Captura



Invasão e Captura

As pesadas botas de couro de Dragão faziam grande barulho ao caminharem rapidamente pelas ruas de Londres na madrugada. O sobretudo negro esvoaçava um pouco para traz, e a gola desdobrada ia até a altura do queixo. Óculos Ray-ban e um cigarro completavam o visual do garoto que marchava rumo a uma missão praticamente impossível.

Ao entrar em uma cabine telefônica ele parou para pensar mais uma vez no que estava fazendo. Chegou a pensar em simplesmente ir embora dali, talvez sair do país. É claro que os negócios não seriam tão bons, afinal, qual lugar melhor para um mercenário do que um país em Guerra?

Mas no fundo ele sabia que não estava ali pelos negócios. Ele queria descobrir o porque do Lorde das Trevas ter passado quase um ano pessoalmente caçando seus pais. Mesmo que eles fossem membros do grupo do velho otário isso não era o estilo do homem. Talvez a resposta estivesse logo ali, embaixo dos seus pés, e ele não ia deixar de descobrir.

Deu uma tragada no cigarro, e então discou os números. Seis. Dois. Quatro. Quatro. Dois. Logo após, a voz tranqüila de uma mulher soou na cabine.

“Bem vindo ao Ministério da Magia. Por favor, informe seu nome e o objetivo da visita”

O garoto pensou por um tempo antes de responder. – Eu sou a Rainha da Inglaterra, e vim aqui tomar chá com o Ministro. – a voz da mulher então voltou a falar.

“Obrigado. Visitante favor apanhar o crachá e prende-lo no peito das vestes”

Por mais incrível que pareça, um crachá saiu da boca de devolução de moedas, e nele podia ser lido Rainha da Inglaterra, Chá com o Ministro.

Antes de jogar o crachá no chão o garoto ainda balançou a cabeça, incrédulo, olhando para ele. Quando lhe falaram que só teria de fazer isso para entrar no Átrio do Ministério ele achou que era brincadeira, quem faria uma coisa tão idiota? Se bem que bruxos eram realmente idiotas algumas vezes.

O chão tremeu levemente e então o elevador começou a descer. O garoto deu uma profunda tragada antes de levantar a manga esquerda do sobretudo. Verificou se a luva de duelo estava bem colocada, depois conferiu o coldre de pulso para varinha. Repetiu o processo no braço direito, não encontrando nenhuma falha.

Hoje não estava usando praticamente nenhum equipamento, nem mesmo suas duas varinhas “oficiais”, afinal a chance de ser pego era grande, não pretendia perder suas obras-primas tão facilmente. Ao invés disso tinha duas varinhas de 25cm, corda e coração de dragão, feitas de Ébano. Conhecidas também como varinhas genéricas, eram usadas em quase todos os Torneios de Duelos, pois se adaptavam bem a 99% das pessoas e eram razoavelmente boas em feitiços defensivos e ofensivos.

Foi caminhando lentamente em direção aos elevadores que davam acesso aos departamentos, viu o guarda levantar-se, provavelmente para pedir a varinha ou perguntar aonde ia. Nunca ficou sabendo.

De certa forma mostrou a varinha para o homem. Levantou a mão direita e imaginou que a varinha estava ali. Segundos depois ela havia saltado do coldre para sua mão. O homem não teve tempo de falar nada antes de ser atingido pelo feitiço estuporante.

Sorriu. Na mesma velocidade que a varinha apareceu ela sumiu para dentro da manga. Deu a ultima tragada no cigarro e jogou a ponta em cima do balcão do guarda. Entrou no elevador, e enquanto uma mão apertava o botão do andar a outra procurava algo dentro do sobretudo.

Quando o elevador chegou ao andar desejado o garoto já tinha outro cigarro aceso. Abriu a porta e recomeçou a marcha ritmada pelo longo corredor. Ao olhar na direção da porta teve uma surpresa.

O óculos Ray-ban não era usado apenas por estar na moda. Alem de caríssimo e inquebrável, ele tinha feitiços para enxergar no escuro e ver pessoas invisíveis. E ao lado da porta, escondido por uma capa da invisibilidade estava um homem muito alto.

O homem tinha a varinha em uma mão, apontada paro o chão. Na outra ele tinha um objeto quadrado. Discretamente, com a mão esquerda nas costas, Harry sacou a varinha, para logo após estuporar o homem, que colidiu com força contra a parede, escorregando até o chão.

Guardou novamente a varinha, acelerou o passo e removeu a capa do homem, se surpreendendo com quem havia encontrado em baixo. Conhecia praticamente todos os Aurores homens da Inglaterra, só não sabia o que Kingsley Shacklebolt estaria fazendo de madrugada guardando, escondido em uma capa de invisibilidade, a porta do Departamento de Mistérios.

Porem a pergunta foi respondida ao reparar no que o objeto quadrado era. No espelho de dois sentidos, a imagem de um homem velho de cabelo e barba branca podia ser vista, e ela chamava repetidamente o nome de Kingsley. O homem negro era mais um membro da Ordem da Fênix.

Deu uma tragada profunda no cigarro que estava no canto da boca. Dumbledore havia mandado um de seus marionetes vigiar a profecia, isso deixava a situação ainda mais complicada. Com o calcanhar da bota esmagou o espelho, pegando a capa e guardando-a num bolso magicamente expandido dentro do longo casaco negro.

Abriu a porta, entrou e fechou-a. A sala rapidamente começou a girar, fazendo-o perder a saída. Lembrava-se que no sonho passava por uma sala que fazia barulho de relógios, antes de chegar até a Sala das Profecias. Apenas uma sala poderia fazer aquele barulho, sabia como acha-la.

– Sala do Tempo – disse com a foz firme, e uma porta simplesmente se abriu.

Atravessou a sala rapidamente, sem nem se preocupar com o que estava em volta. Mesmo que uma vozinha irritante na sua cabeça continuasse a repetir quanto dinheiro conseguiria com alguns vira-tempo ele continuou em frente, o objetivo principal era pegar a profecia e depois dar um jeito de sair dali.

Entrou na Sala das Profecias e foi diretamente ao corredor 97, logo encontrando o que procurava. No selo que se encontrava logo embaixo da pequena orbe, lia-se.

S.P.T. para A.P.W.B.D.
Lorde das Trevas
e(?) Harry Potter

O garoto ainda tentou, com a varinha, desativar os feitiços de alarme. Mas foi inútil, somente um Inominável poderia fazer isso. A parte fácil da brincadeira tinha acabado.

Dando a ultima tragado no cigarro, jogou-o na estante as suas costas. Removeu de dentro do casaco um pequeno saquinho de veludo, e ficou segurando ele na mão esquerda. Usou o saco para envolver a profecia, fechando a boca do saco logo em seguida. Nesse momento um barulho de sirene realmente alto começou a tocar, juntamente com uma luz vermelha que piscava constantemente. Havia começado, tinha poucos minutos para sair dali antes que todos os Inomináveis ingleses chegassem.

Apontando a varinha para o saquinho, transformou-o em uma chave de portal. Contou dois segundos e soltou o saco, e antes de atingir o chão, no terceiro segundo, ele sumiu em um brilho azul. Infelizmente não podia ir embora junto com a profecia, as redes de ante-aparatação e ante-portal o transformariam em picadinho.

Ainda com a varinha em punho, usou-a para quebrar todas as outras profecias da estante, evitando assim que descobrissem qual que havia sido roubada. Serviço completo, era hora de tentar sair dali.

Foi tentar voltar até a Sala do Tempo, mas ao entrar viu que três inomináveis já vinham por aquele caminho. Retrocedeu até a Sala das Profecias, colocando uma das pesadas estantes para trancar a porta.

Andou dois corredores para a direita e entrou em uma sala completamente escura. No meio algo que lembrava um aquário emitia luz esverdeada. Fechou a porta e usou um poderoso feitiço para tranca-la. O que não reparou é que já havia outra pessoa na sala.

O inominável tinha ficado Desiludido no lado da porta, e lentamente, enquanto o invasor trancava a porta, caminhou até ele e lhe tocou a varinha na parte de trás do pescoço.

– Solte a varinha, mãos em cima da cabeça – ordenou o homem de voz ríspida. Harry fez exatamente como mandado, soltando a varinha de Ébano no chão e elevando os dois braços.

O inominável nunca viu o primeiro golpe vindo. Aproveitando a ligeira distração do homem que foi chutar a varinha para longe, Harry o golpeou ainda de costas, o cotovelo direito entrando em contato com a cabeça do outro.

Girando sobre a perna esquerda para evitar a varinha, usou novamente a mão direita, dessa vez para socar o homem diretamente na face, o jogando no chão. O barulho e a quantidade de sangue lhe garantiram que havia quebrado o nariz do funcionário do ministério.

Correndo em direção a porta do outro lado, abriu-a e entrou correndo no que seria o salão principal do Departamento de Mistérios, sua porta de saída, não fossem as seis pessoas que o aguardavam com varinhas em punhos. Prontamente levantou os braços, tentando evitar levar um feitiço desnecessário.

– Tem o direito de permanecer calado, tudo que disser poderá ser usado contra você na corte – ia dizendo a mulher ao centro em tom monótono.

– Ei, você não pode me prender, eu estava apenas procurando o banheiro – tentava ganhar tempo, enquanto buscava uma rota de fuga, infelizmente o semi-circulo que se fechava a sua volta só permitia tentar retornar a sala da qual tinha vindo, e mesmo assim seria difícil tentar chegar até lá sem ser atingido.

– Se você não puder pagar por um advogado, terá de se defender pessoalmente perante o júri. Será mantido numa cela aqui mesmo no ministério enquanto aguarda julgamento – a mulher continuava falando como se nem ao menos demonstrar que tinha sido interrompida. Determinado a ao menos tentar fugir, Harry foi lentamente recuando até a porta pela qual tinha entrado.

– Senhorita, isso tudo é um mal entendido, eu posso leva-la para jantar amanha para resolver toda confusão que causei, o que acha? – a pergunta foi acompanhada de um sorriso embaraçado e uma piscadela. A mulher apenas apertou os lábios, mostrando estar ficando brava, enquanto dois homens firmavam o aperto da varinha, vendo que o garoto tentava chegar até a porta.

– Vocês não cometeriam a injustiça de atacar um pobre cidadão desarmado, não é mesmo? – perguntou para os homens. A resposta foi um feitiço estuporante disparado pelas costas. A única coisa que Harry pode pensar antes de apagar foi o quanto sem senso de humor ficavam pessoas de nariz quebrado.




–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––


Primeiro capitulo ta aí. Ia ser maior, mas to saindo pra praia e se não posta isso não posto nada. Espero que tenham gostado, próximo capitulo tem bem mais ação.....

Respondendo as perguntas....

Como o Harry sabe sobre o Departamento de mistérios? Esse Harry sabe muito mais do que o Harry da JK..... não esqueça que ele foi mantido no escuro em Hogwarts, enquanto o meu Harry andava por ai nas ruas causando confusão....

Perguntas que vão surgir com esse capitulo.....

Como o Harry sabe tanto sobre o Dep. De Mistérios? Ele fugiu de casa aos 7, na historia ele tem 16, por onde ele passou esse tempo todo? Eu curto historias que comecem pelo meio, onde o passado do personagem vai surgindo aos poucos. Vão ter que esperar um pouco antes de saber sobre o conhecimento dele.....

E por ultimo e não menos importante...... PASSEI NO VESTIBULAR......... aeeeeee...... hahahahhaa mt felizzzz........ futuro Juiz, delegado ou procurador da republica....... maravilhaaaaaa...... Isso ae.... bjus e abraços...... Comentem e votem ai.... outra fic atualizada segunda ou terça, essa provavelmente também...... levando o notebook pra escreve na praia....... FLWWW



Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.