A genialidade Granger
Capítulo 11
A genialidade Granger
- Gina, você é louca! – disse Harry ofegante após o beijo.
- Por você, coloco até camisa de força! – respondeu com um sorriso nos lábios a alegre Weasley.
- E com certeza estaria linda, com seus cabelos desgrenhados – disse Harry aproximando-se do cabelo ruivo de sua amada – estaria...
- Muito furiosa, caso meu cabelo fique desarrumado, senhor Potter. – disse Gina desviando a trajetória da mão de Harry e salvando o seu penteado.
A noite estava estrelada. Havia poucos minutos que Gina e Harry reencontraram um o lábio do outro, num ardente beijo, iluminado por fogos de artifício que iluminava ao céu. Eles não se desgrudavam mais naquele canto perto do bosque, onde uma grande moita, com singelas flores amarelas, velava o casal apaixonado. Os dois começavam a se aproximar, quando a moita se mexeu.
- Senhor Potter, favor entregar esse envelope para a senhorita Granger – disse um homem alto, com um sobretudo azul marinho, cabelos desgrenhados, porém não dava para ver o rosto, devido à escuridão do bosque.
- Mas quem é você? – perguntou Harry.
- Ainda não é chegada a minha hora! Mas chegará o tempo favorável! – disse o homem misterioso desaparecendo entre o bosque.
Um envelope azul-celeste flutua até as mãos de Harry. Com uma caligrafia fina, estava endereçado à Hermione Granger. Harry e Gina foram interrompidos justo no momento em que iriam novamente se beijar pelo estranho homem. Eles não entenderam, porém foram ao encontro de Mione e Rony que conversavam alegremente com Soberba.
- Olha quem resolveu aparecer, o senhor Potter e a senhorita Weasley. – disse Soberba ironicamente.
- É bom estar só, como algumas que eu conheço – disse Harry sorrindo trocista para Soberba – mas prefiro estar muito bem acompanhado, não é senhorita Weasley?
- Com certeza. – retribuiu a jovem Weasley com um sorriso bobo na cara – Muito melhor que ser uma solteirona!
- Eu estou solteira por opção! – retorquiu Soberba.
- Sim... Opção dos homens! – debochou Gina.
Todos, menos Soberba, riram da piada. Ela parecia meio emburrada, mas ela mostrou a língua e começou a rir também. Os quatro pararam de rir ao ver Soberba rindo dela mesma. Estavam muito surpresos.
- Que milagre é esse? – disse Rony espantado.
- Não é milagre, é somente bom humor, Weasley. – disse Soberba. – E se esses dois reapareceram, então é hora de me juntar aos adultos, bando de aborrecentes!
- A mais aborrecida é você! – alfinetou Harry.
-Não abuse do meu bom humor! – disse Soberba.
Soberba saiu da mesa onde estavam Hermione, Rony, Gina e Harry e caminhou rumo ao outro lado da festa, perto de Lupin e Tonks. Harry observou que Soberba estava a observá-los, mas percebeu que não.
- Acho que agora é o melhor momento de lhe entregar isto. – disse Harry dando um envelope azul-celeste para Hermione – Um cara estranho mandou entregar isso a você.
- Uma carta? – disse Hermione olhando o envelope – Mas quem foi que mandou?
Hermione abriu a carta e logo abriu um grande sorriso. Parecia que desvendara algo muito importante. O sorriso no canto dos lábios denunciava tal afirmação. Hermione lia rapidamente o conteúdo da carta. Ao terminar, viu seus companheiros de mesa olhando curiosamente para ela, esperando alguma resposta.
- Vejo que querem saber o que estava escrito nesta carta, não é? – perguntou Hermione.
- Se for possível e importante, claro que queremos saber! – disse Rony.
- Eu irei contar-lhes, amanhã! –disse Hermione – E não adianta reclamar, temos de aproveitar a noite, uma vez que demorará em termos outra dessas festas! Vamos lá!
E o quarteto aproveitou a festa. Quando Fleur jogou o buquê, caiu bem nos braços de Hermione. Rony não entendeu o porquê de todos olharem para ele. Harry e Gina não desgrudavam um minuto.
- Já está muito tarde – disse Soberba – e está na hora de voltar para casa! Vamos.
E todos voltaram, deitaram e dormiram. Harry Potter acordou com trinar dos canários existentes na mansão Demetrius. O sol estava a pino, era um dia muito claro. Ele ainda estava cansado pela festa do dia anterior. Desceu para tomar o café da manhã e logo viu Gina, Rony e Hermione.
- Bom dia, bela adormecida! – disse Gina.
- Muito engraçado – disse Harry em meio a um grande bocejo – gata borralheira!
- Gata borralheira? – perguntou Gina.
- Sim... – disse Harry num sacolejar de varinha – está toda suja de pó.
- Eu vou te matar! – disse Gina com raiva, tentando tirar o pó da roupa.
- É né... Fazer o quê? – disse Harry bocejando novamente.
- E ainda caçoa! – disse Gina indignada.
- Já acabaram as gentilezas? Pois eu tenho algo muito importante para falar! – disse Hermione.
- Fale logo! – disse Rony impaciente.
- Bem, eu conheci uma pessoa muito interessante – dizia Hermione ao ser interrompida por Rony.
- E não vai me dizer que vocês saíram e descobriram que se amam e vão se casar. – disse o mirabolante Weasley.
- Na verdade, eu acredito que o meu conhecido nunca irá casar, mas eu tomei, no mínimo, um chá e ele leite com chocolate. Ele veio do Brasil e acredito que pode nos ajudar na luta contra o Voldemort. – disse Hermione – Ontem ele mandou um recado dizendo que queria nos ver, nós quatro. Deve ser muito importante.
- Então vamos fazer uma visita! – disse Harry.
- Visita a quem? – disse Soberba que acabara de chegar.
Soberba estava com a cara amassada, acabara de descer. Vestia um grande e felpudo robe azul-marinho. Os cabelos loiros estavam desgrenhados. Acabara de chegar. Estava muito cansada da festa do dia anterior.
- Meus pais, eles querem conhecer os meus amigos. – disse Hermione – Eles querem conhecer os meus amigos. Iremos pela tarde e tomaremos um pouco de chá. Aproveitaremos para passear por Londres.
- Tudo bem... – disse Soberba num grande bocejo – Vocês sabem onde tem algo para dor de cabeça... A minha vai explodir...
Hermione mentiu para Soberba acerca do encontro da tarde, e surpreendeu os seus amigos com isso. Ela que era uma garota tão certinha, tão ordeira, tão honesta, contou uma mentira deslavada, pensava Rony.
- Isso foi necessário! – disse Hermione a Rony.
Passaram minutos, segundos, e claro, passaram horas. O sol já tendia ao ocidente. E três amigos esperavam outro descer arrumado para saírem. E desce Rony vestindo calças curtas laranjas, com suspensórios rosa-choque e uma camisa roxa, além de uma boina xadrez. Os três olharam-se entre si e caíram na gargalhada. Só conseguiram ouvir Rony reclamando por ter seguido aos conselhos de seu pai, em vez de pedir ajuda a Harry.
Após esse pequeno contratempo, o grupo sai para Londres. Finalmente Rony descobre o que é um ônibus, um táxi e outras peculiaridades mais. O local do encontro era uma praça no centro da cidade. Rony ainda estava entusiasmado por andar no metrô, enquanto subia as escadarias até perto da praça.
Estava lá um homem vestido de preto em pleno calor londrino, lendo jornal. Não se via a cara dele. Ao seu lado havia uma maleta azul-marinho. Os quatro foram aproximando-se do leitor.
- Finalmente chegaram – disse o homem.
- Boa tarde, padre McCetrius! – disse Hermione.
Os outros três estavam impressionados com aquela figura alta, com cabelos castanhos desgrenhados e olhos azuis. Sobre a camisa preta dele pendia um crucifixo prateado muito bonito. Os três ainda estavam abobados.
- Ora, ora, não pensei que o grande Harry Potter enfrentasse o Voldemort com essa cara de bobo! – disse o padre – E os dois irmãozinhos, podem fechar a boca senão entra mosquito!
- Hermione, você conheceu um padre? – perguntou Rony.
- Sim, conheci! – disse Hermione.
- Mas o que ele tem de importante? – perguntou Harry.
- Primeiramente, eu acredito que vocês não sabem direito o que aconteceu ontem, certo? – disse McCetrius – E eu quero confirmar minhas suspeitas. Mas vamos a um lugar mais discreto.
Seguiram McCetrius até um prédio perto de uma grande Igreja. Subiram num elevador e McCetrius abriu a porta de um apartamento, o 777, do sétimo andar, pedindo que todos entrassem. Todos se acomodaram.
- Querem biscoitos, um suco? – ofertou McCetrius.
- Por favor! – disse Hermione.
O padre Giullian foi à cozinha e não viu o pequeno tapete no corredor, e escorregou nele, caindo com o traseiro no chão. Os quatro se levantaram indo socorrer o homem, mas ele se levantou logo. Trouxe o suco e os biscoitos.
- Acho que podemos começar! – disse McCetrius – Vocês devem estar se perguntando como eu e a senhorita Granger nos encontramos. Foi quando eu chegava a Londres, na saída do aeroporto. Alguns valentões tentaram me roubar, mas se deram mal. A mocinha, aqui presente, tentou me defender. Em troca, ofereci um café, numa Cafeteria ali perto, e começamos a conversar. Ela descobriu que eu sou bruxo e por aí foi.
- Você é bruxo? – perguntou Rony.
- Sim. – disse McCetrius tirando sua varinha do bolso da calça – E excelente em feitiços e encantos.
- Continuando. Antes do casamento, eu recebi – disse Hermione – do padre um livro, intitulado Rito do Matrimônio. Com ele, recebi uma carta do padre. Na carta, ele dizia que se algo parecesse errado durante a cerimônia, que eu abrisse o livro. Caso nada ocorresse, mantivesse fechado.
- Foi justamente o encanto dentro deste livro que desfez a força da poção Polissuco de Malfoy, mostrando a verdadeira identidade dele – disse McCetrius – e acabando com a maldade que ele planejava fazer. O livro parecia justamente o livro utilizado para celebrar casamentos, e ninguém estranharia que hermione trouxesse tal livro. Assim, ninguém imaginava o que continha o livro.
- Eu ouvi algo ressoando pela cerimônia após aquela misteriosa ventania, que provavelmente tenha origem desse encantamento no livro. – disse Harry.
- Sim, era uma pequena frase religiosa, que eu coloquei para quebrar a poção e fazer o Comensal voltar ao normal – disse McCetrius.
- Mas como você conseguiu reverter o efeito da poção Polissuco? – perguntou Hermione.
- Um segredo meu! Mas pelo que eu notei, tinha mais uma pessoa junto ao Malfoy – disse o padre Giullian – Como ele era?
- Bem – disse Harry – ele estava vestindo as roupas do Lupin, nosso ex-professor, e tinha estranhas inscrições na cara, nos braços e mãos. Do sangue de Gina, fez surgir um enorme demônio, que parecia um cruzamento entre um bode e um crocodilo gigante. E depois tanto Malfoy como o esquisitão sumiram.
- Ele se aliou aos profanadores! – exclamou McCetrius.
- Isso é grave, muito grave! – disse Hermione – Eu pensava que os profanadores não passavam de lenda!
- O que são os profanadores? – perguntou Gina.
- São pessoas que adulteram, profanam lugares sagrados para receber poderes demoníacos. – respondeu o padre McCetrius – E com esses lugares que eles profanam, conseguem mais poder e assim, invocam esses demônios e outras coisas piores.
- Não tem jeito de detê-los? – pergunta Harry.
- Para combater um profanador, precisa-se de um purificador. Cada religião tem em seus clérigos, os purificadores. Os trouxas chamam de exorcistas as pessoas que fazem isso – explicava McCetrius – mas a nós clérigos bruxos, é que sobra a missão de duelar com os profanadores e purificar o local sagrado. Os trouxas não conseguiriam lutar contra tanto poder sobrenatural e mágico pervertido.
- Mas como a Soberba conseguiu deter o demônio, se ela não é uma purificadora? – perguntou Harry.
- Eu estava guiando ela – disse McCetrius com um sorriso no canto da boca – e fiz um símbolo que qualquer trouxa pode utilizar para prender demônios fracos.
- Aquilo era um demônio fraco? – disse Rony atônito – Nem quero ver os fortes então!
- Os profanadores podem lançar possessões demoníacas em pessoas? – perguntou Hermione.
- O pior é que podem. Eles abrem um portal para um demônio sair e se fortalecer da vida de uma pessoa. – respondeu Giullian.
- Então foi isso que aconteceu com a professora MacGonagall. Um profanador lançou sobre ela uma possessão demoníaca. Por isso os médicos do Saint Mungus não conseguem cura-la e ela não demonstra reação! – descobriu Hermione.
- O quê? – arregalou os olhos o padre McCetrius – Um profanador fez isso com a professora Minerva? Temos de agir rapidamente! Eu mesmo irei tirar essa possessão demoníaca, se for de minha alçada!
- Como assim, alçada? – perguntou Gina.
- Simples. Depende de que tipo de lugar sagrado ele profanou. – disse McCetrius – Se for um templo budista, um monge budista purificador é que deve ser chamado para tirar o demônio, se for uma mesquita, um xeique purificador, e se for uma Igreja Católica, eu posso expulsar o demônio. Entendeu? Pois cada religião tem um jeito diferente de expulsar tais demônios e purificar pessoas e lugares.
- Você vai amanhã exorcizar a professora Minerva? – perguntou Rony.
- Sim, mas irei disfarçado, para não arranjar problemas. – disse McCetrius – E não contem que me encontraram. Aproveitem e conheçam os pais de Hermione.
X-X-X
AUTOR: Demorou, mas chegou! Aqui foi um capítulo para esclarecer algumas coisas que precisavam ser esclarecidas. Outras ainda estão misteriosas, como a razão para que o padre vá disfarçado até o hospital e tanto segredo acerca dele. Espero que tenham gostado.
Pode ser que ocorram mais demoras... É a faculdade...
Até mais!
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