O Rito do Matrimônio
Capítulo 10
O Rito do Matrimônio
O livro que Hermione tinha em mãos era de capa dura e vermelha, em letras douradas lia-se O Rito do Matrimônio. Era o mesmo utilizado pelo celebrante do casamento. Ela não o abriu durante a cerimônia, mas agora, lentamente abria as páginas do livro.
Fleur estava apontando a varinha para seu noivo. Apelidara-se de viúva negra, uma espécie de aranha que mata seus pares. Harry apontava sua varinha para a noiva assassina, mas teve de recolhê-la para não provocar mais uma morte.
O livro foi aberto. Hermione não sentiu nada estranho acontecer. Nisso, uma rajada de vento tomou o local. Ouvia-se uma pequena antífona: “A Verdade vos libertará”. O vendaval continuava e a noiva começou a se transformar em homem.
- Agora eu entendi o porquê de Rony estar babando pela Gabrielle e não pela Fleur! – disse Hermione.
A noiva estava se transformando em Draco Malfoy. O loiro azedo estava vestido de noiva e ostentava a Marca Negra no braço. Porém ele não percebeu que voltara a sua forma original. Todos os convidados, o noivo e o celebrante viam o Comensal vestido de noiva e falando num sotaque falso.
- Fique quieto querrrido! Querr morrrerrrr aqui, ou em frrrrrente a sua casa suja? – disse a falsa noiva.
Harry olhou a sua volta e viu que no lugar de Lupin estava um estranho Comensal, cheio de símbolos esquisitos no rosto e mãos. Ele também não notava que estava desmascarado.
Harry cutucou Hermione que viu o homem esquisito. Ela ficou impressionada, como se tivesse um clarão. Ela cutucou Gina e Rony e eles também olharam o cara esquisito. Com sussurros imperceptíveis, os quatro traçaram um plano para conseguirem desarmar aquela tremenda confusão que Voldemort arquitetara.
Harry e Gina aproximaram-se da noiva, enquanto Rony e Hermione aproximavam-se do cara esquisito.
- Harry, o que você quer falar para a noiva? – perguntou Gina.
- Na verdade, eu gostaria de cantar uma música – respondeu Harry.
- Uma música parra mim? Isso não é horrra, mas eu aceito. – disse a falsa noiva apontando a varinha para o peito de Gui.
- É assim: lá vem a noiva, toda de branco! – começou a cantarolar Harry.
- Expelliarmus! – bradou Gina ao mesmo tempo que Hermione retirando a varinha de Draco e do Cara esquisito.
- E o Draquinho de calcinha e de tamanco! – terminou de cantar Harry.
Uma explosão de gargalhadas rompeu entre todos os presentes, menos Draco, que estava vestido de noiva e o cara esquisito.
- Você vai se arrepender Potter! – disse Draco pegando Gina como refém.
Draco tinha uma segunda varinha escondida para uma emergência. Ele aproveitou da distração da jovem Weasley para usá-la como refém. Ele pediu passagem e saiu correndo através do bosque, junto ao cara esquisito. Harry, Hermione e Rony foram atrás, enquanto Gina era levantada do chão, pois na fuga o Comensal jogara Gina ao chão logo que chegara ao caminho que dava para fora da área protegida de aparatação. Harry, Rony e Hermione iam logo atrás.
- Estupefaça! – bradou Harry para atingir Malfoy.
- Demorou muito! – disse Draco realizando um feitiço não verbal. – Tome isso.
Um feitiço roxo veio em direção a Harry, que conseguiu se esquivar a tempo. O feitiço atingiu uma árvore que imediatamente secou. Hermione corria em silêncio somente observando e se esquivando o quanto podia. Rony fazia a mesma coisa. Os dois inimigos lançavam feitiços coloridos contra o trio que os perseguia.
- O que foi Potter? Não consegue atacar? – provocava Draco.
- Na verdade, eu não posso atacar uma dama, ainda mais de vestido de noiva, Dracolina! – caçoou Harry enquanto desviava de outro feitiço lançado por Draco.
- Hermione, Rony, o ataque triplo! – disse Harry.
Os dois Comensais da Morte e trio Harry, Rony e Hermione encontravam-se numa parte mais retilínea da trilha em meio ao bosque. As fadinhas voavam assustadas por causa da perseguição. Os três preparavam-se para utilizar um ataque triplo.
- Bombarda! – disseram os três juntos.
O cara esquisito conseguiu conjurar uma barreira para proteger a ele e ao Draco, porém o feitiço foi tão forte que os lançou para um terreno aberto. Finalmente acabara o bosque e começava o terreno da antiga Toca. O trio conseguiu alcançar os dois Comensais e logo estavam frente a frente. Draco esboçava um sorriso no canto dos lábios, enquanto o cara esquisito estava com as mãos juntas murmurando algo.
- É bom rezar mesmo! – disse Rony – Seu fim será hoje.
- Não tenha tanta certeza Weasley – disse Draco com escárnio – Eu tenho a certeza que ele não está rezando.
- Cale a boca, Malfoy. Você está acabado! – disse Harry – Incendio!
Com um gesto de varinha, Draco conjura uma proteção e se protege das chamas criadas por Harry.
- Com esses feitiços escolares, você vai conseguir um dez com o Flitwick. Ah! Mas ele está morto! Nem o dez o pobre Harry vai conseguir! – ria-se Malfoy.
- Tome esse então! Encarcerous! – disse Harry com raiva.
Malfoy com mais um gesto de varinha fez a corda explodir. Revidou com um belo estuporamento, que por pouco não atingira Harry. O cara esquisito continuava em sua ladainha. Os três lutavam contra Malfoy, mas malfoy estava levando a melhor. Nesse momento chegou a pequena Weasley junto com Soberba.
- Chegou mais gente para a festa! – disse Malfoy – Accio Gina!
A jovem ruiva saiu voando ao encontro de Malfoy. Ele a pegou pelo braço e com a varinha fez um corte no antebraço de Gina. Verteu sangue da ruiva ao chão. Nisso o cara esquisito, com um brilho nos olhos, colocou a mão sobre o sangue derramado da jovem e começou a dizer coisas estranhas em uma língua desconhecida.
- Me solta seu maluco! – gritava Gina.
-Expellicorpus! – disse Harry fazendo Gina e Malfoy voarem longe um do outro. – Accio Gina! – e a pequena Weasley voltou em segurança para o lado dos amigos.
- Não pode ser! – disse Hermione transtornada com o que via. – Ele está convocando um demônio!
Do sangue da virgem começou a sair uma cabala pentagonal esquisita. O número seis estava em três lugares. Em vez de um pentágono invertido, figurava uma cabeça de bode. As linhas eram todas roxas. O cara estava sorridente.
- Veni! – falou o cara esquisito com sua voz grossa e sombria.
Do meio da cabala começou a surgir um par de chifres gigantescos em cima de uma cabeça careca vermelha. As orelhas eram igual a de um bode, mas em vez de focinha, tinha uma bocarra, onde acima havia olhos vermelho sangue. Ele era bem forte e sinistro. Em suas mãos tinha uma grande lança, enquanto sua cauda não tinha o final em lança, mas era cheia de espinhos terminada numa grande maça de espinhos pontiagudos. As pernas eram de um crocodilo e tinha a altura de seis metros no mínimo. Com sua bocarra cheia de dentes afiados, parecia rir dos pobres mortais que estavam lá.
- Aproveitem esse presentinho e boa morte a todos! – disse Draco desaparatando junto ao cara esquisito.
Harry e Rony lançaram um feitiço estuporante, mas não afetou em nada o demônio. Hermione tentou um Bombarda nas fuças, mas somente irritou o coisa-ruim. Soberba estava espantada. O demônio-crocodilo utilizou a sua laça contra a pobre Gina. Harry jogou-se na frente de Gina, segurou-a pelo braço e desaparatou, salvando-se e a jovem Weasley.
- Não tem jeito! – disse Soberba pegando do pingente – Eu te invoco, Cáritas!
Uma luz brilhou no pingente e ele foi transformando-se numa longa haste onde três esferas, uma de cor branca, outra cinza e uma terceira preta, terminavam reluzindo. Ele pegou com desenvoltura o seu báculo, enquanto Hermione olhava admirada.
- Bombarda! – disse Soberba lançando um forte feitiço contra o demônio.
O demônio desequilibrou-se um pouco, deixando-o furioso. Com a lança, ele espetou uma barraca vazia e lançou contra as pessoas que lutavam. Quase esmagou com seus pés o trio. Soberba lançava os mais variados feitiços contra o demônio, que revidava com sua lança. Ela escapava por pouco.
De dentro da clareira, veio uma grande cabala dourada, onde havia uma cruz enlaçada por duas alianças. A cabala acertou o demônio em cheio, fazendo-o urrar. Parecia empurrá-lo para um local desconhecido. Porém o demônio era muito forte e destruiu a cabala com a lança. O celebrante sai da clareira esbaforido, estava com as duas mãos sobre o desenho em sua túnica dourada, mas o demônio esticou a mão e pegou o homem.
Soberba surpresa, começa a fazer com o seu báculo, uns desenhos estranhos no ar. O pobre celebrante está quase na boca do demônio. Ele diz algo estranho e do ar aparece um círculo com uma cruz marrom, feita de pequenas bolinhas, sendo o círculo preenchido com bolinhas pequenas de diversas cores, tinha duas letras dentro do círculo. Uma na parte superior esquerda, era um A, e outra na parte inferior direita era um Z. O círculo de bolinhas com a cruz e as letras foi ao encontro do demônio.
Ele urrou de dor e soltou o celebrante. O círculo místico empurrava o demônio para dentro do nada. Ele não conseguia quebrar aquela tranca. As bolinhas estavam muito bem unidas. Soberba olhava atônita com o que acabara de fazer. Nem ela acreditara no que estava acontecendo.
Ela não se deu conta que o báculo dela também tinha se modificado. A bolinha cinza havia sumido e no lugar dessa esfera, surgiram outras três, uma azul, outra amarela e outra vermelha. O demônio foi mandando de volta ao inferno, porém, a destruição ficara.
- Soberba, como você fez aquilo? – perguntou Hermione.
- Parecia estar sendo guiada. O báculo se mexia sozinho. – disse Soberba ainda atônita – Era alguém fazendo, eu nunca soube fazer tal coisa!
- Mas o que era aquilo? – perguntou Rony.
- Se eu não me engano, deve se um demônio inferior. – disse Hermione – Só um peão.
- Aquilo era fraco? – disse Rony surpreso – Ele só não destruiu mais por causa da Soberba que conseguiu manda-lo de volta ao lugar de onde veio! Fraco!
- Sim, Ronald Weasley! Era um demônio dos mais fracos! – disse Hermione irritada. – E isso significa uma coisa: problemas!
- Sim, realmente temos problemas! – disse Harry – Se a Fleur que entrou era o Draco e o Lupin era o cara esquisito, onde estão os dois?
Gina estava socorrendo o pobre celebrante que tentava recuperar o fôlego após quase ser engolido por um demônio. Nisso aparecem Fred e Jorge trazendo Fleur.
- Olha o que encontramos na barraca da noiva! – disse Fred.
- Fleur! – disse Gina – Você está bem? O que aquele idiota do Malfoy te fez?
- Calma cunhadinha querrida! Eu explico. – disse Fleur – Eu estava rrrretocando a maquiagem, quando entrrrou aquele loirrro azedo e me amorrrrdaçou e me prrrrendeu naquela barrraca. Ele pegou um fio do meu cabelo e colocou numa poção estrrrrrranha. Ai ele se trrrransforrrmou em mim, vestiu o trrrraje rrrreserrrva e foi em meu lugarrr!
- Está explicado. Mas para a nossa sorte, o efeito da poção passou no meio do casamento – disse Rony.
- Não sei não, Rony. Porque se assim fosse, o cara esquisito já teria saído em fuga e o Draco não continuaria fazendo cena. – disse Harry.
- Estranho! Deve ser um milagre! – disse Gina – E você, senhor Potter, nem pense que me salvando pode bancar o heróizinho.
- Da próxima vez, eu deixo a lança te pegar! – disse Harry trocista – mas vai ser uma pena!
- Bobo! – disse Gina.
- Mas vamos que temos ainda um casamento a celebrar. – disse Soberba. – Pode deixar que eu arrume tudo! E onde está o Lupin?
- O que tem eu? – perguntou Lupin saindo de dentro do bosque todo estrupiado.
- Onde você se meteu? – perguntou Soberba. – Está mais pálido que vampiro com anemia!
- Ontem foi noite de lua cheia! – respondeu Lupin – e eu só consegui me libertar das correntes agora. Alguém me prendeu enquanto eu estava transformado e me aplicou um mata-leão que eu só acordei agora.
- Então vamos, que temos muita coisa pela frente. – disse Soberba.
Então Tudo foi posto em seus lugares. O celebrante foi acalmado e logo estava bem. Todos estavam esperando a noiva. Fleur entrou esplendorosa na clareira. Rony não tirava o olho dela. Era o magnetismo de um veela. Gui estava mais feliz que nunca. O celebrante falou palavras mais bonitas e perguntou se aceitavam-se na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias das vidas deles até que a morte os separe.
- Aceito! – disse Gui!
- Sim, eu aceito! – disse Fleur em seu sotaque carregado.
- Se alguém tiver algo contra este casamento – disse o celebrante – que fale agora ou cale-se para sempre!
- Eu tenho – disse Fleur!
Os convidados ficaram inquietos. Rony exclamou que “de novo não!” e levou um belo cutucão. Todos os convidados olhavam apreensivos para a noiva.
- Gui, eu querro dizerrr que eu te amo parrra semprre! Não imporrrrta a situação que estiverrmos, eu semprrre vou amarrr-te! – disse Fleur em meio a lágrimas.
- Neste caso – disse o celebrante – eu vos declaro marido e mulher! Pode beijar a noiva.
Os noivos se beijaram em meio a salva de palmas por parte de todos os convidados. Os dois não se desgrudavam. Os noivos saíram embaixo de uma chuva de farinha (disse o senhor Weasley que era um costume trouxa que trazia sorte) e várias fagulhas de diversas cores. A festa seria no local onde estivera a Toca.
- Caros amigos – disse Gui – Esta casa sempre teve amor! Com amor meus pais construíram este lar para eles e os filhos, fruto de tanto amor. Nada mais justo que para marcar a reconstrução da Toca do que no dia que se celebra o amor! O meu amor por Fleur e o amor dela por mim! Que a nova Toca continue sendo acolhedora, fraterna e cheia de amor! Como diria Dumbledore: “Quanto mais amor no mundo, melhor!”.
Uma explosão de palmas e vivas ecoou por todo o campo ao redor da Toca. O Senhor e a Senhora Weasley estavam aos prantos. Também Gina estava vertendo lágrimas.
O local onde estava as barracas estava mais espaçado e várias mesinhas estavam espalhadas. Num palanque branco, estava uma grande mesa com um bolo branco todo confeitado. Também vários docinhos estavam perto do bolo. Todos pareciam estar se divertindo muito. Na hora de Fleur jogar o buquê, todas as solteiras se reuniram e após ferrenha briga, o buquê estava nas mãos de Gabrielle. Ela soltou uma piscadela para Rony, deixando Hermione brava e Rony babando.
Harry chamou Gina em um canto mais afastado da festa. Gina foi para o local. Harry estava sereno, parecia outro garoto. Gina estava cada vez mais perto.
- Gina, eu só quero te dizer uma coisa: eu me jogaria na frente de qualquer coisa se for para salvar você! – disse Harry olhando nos olhos de Gina.
- Sério? – disse Gina num sorriso – Você faria isso por mim?
- Claro! Ou você acha que eu não fiquei com muita raiva quando o Malfoy te cortou? Ou quando ele te usou como refém? – continuou Harry – Eu não quero te perder!
- Então por que não podemos ficarmos juntos? – pergunta Gina olhando nos olhos verde-esmeralda de Harry.
- Porque eu não sei o que faria se eu perdesse você! Eu não quero te expor ao perigo! – disse Harry com voz embargada.
- Como você é bobo! – disse Gina tocando com a mão o ombro de Harry – Malfoy, Snape, toda a turma da Sonserina e até Voldemort já sabem do que sentimos um pelo outro. E vão tentar me usar de qualquer jeito! Não lembra o que o Cara de Cobra falou no ataque a Toca? Ele me queria para atingir você!
- Por isso Gina, não podemos. Você sempre será um alvo em potencial! – disse Harry firme.
- E se eu estiver longe de você, não serei mais? – disse Gina irônica – é claro que sempre serei um alvo em potencial, pois sou a garota que o menino que sobreviveu ama! Acorda Harry! Se for por isso, fiquei brava à toa! Pensei até que você tinha arranjado outra!
- Mesmo assim, a me lado você sempre estará em perigo! – disse Harry.
- E longe de você, ainda mais! – concluiu Gina com um sorriso trocista – Quem é que vai bancar o herói para me proteger? Quem vai me socorrer? Quem irá me defender?
- Mas Gina! – disse Harry sendo interrompido por Gina.
- Mas nada! Eu sempre irei estar ao seu lado! Sempre! – disse Gina enlaçando os seus braços ao redor do pescoço de Harry.
- Mas...
Tentou dizer Harry, mas Gina o calou dando-lhe um beijo. Harry enlaçou a jovem Weasley pela cintura e retribuiu ao beijo. Nesse momento, os céus clarearam com tantos fogos que explodiam. As flores exalavam um delicioso perfume e a lua iluminava o reencontro entre o amado e sua amada.
X-X-X
AUTOR: Espero que tenham gostado deste capítulo. Já aviso que não sou bom para escrever cenas românticas. Espero que façam críticas para a cada vez eu melhorar a fic. Muitas coisas apareceram neste capítulo, como por exemplo um demônio. Legal, não é? E como eu disse, quem puder comente, mas não estão obrigados ok? Nem vou fazer campanha por comentários. Até mais, caros leitores!
E quem quiser betar essa coisa maluca que escrevo, poste nos comentários! Obrigado novamente.
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