Veneno



Capítulo 2- Veneno




Os dias seguintes foram, talvez, os mais complicados da vida de Sirius Black. Ele deitava do seu lado da cama de casal do quarto (o outro lado estaria eternamente reservado para a ruiva e suas lembranças), com o braço estendido para o lado da mulher, imaginando ainda ser possível sentir seu cheiro no lençol, e recordar os movimentos daquele corpo lânguido sobre o seu.

A maior provação foi quando, dois dias depois do ocorrido com Lílian, James Potter tocou a campainha do apartamento.
Entrou quase saltitante na sala, rejuvenescido todos os seus vinte anos. Mas foi só entrar na sala e olhar para a aparência do amigo que o sorriso se desfez, e sua expressão mudou.
- Você ‘tá bem?

Não. A mulher que eu amo foi embora. Com você.

- Estou. Só um pouco de dor de cabeça.
- Sirius!! Ela aceitou, eu nem acredito! – Sirius foi obrigado a ouvir, como um bom amigo, todos os passos de Lils, todas as suas reações. - ...Então ela parecia meio indecisa, ou arrependida, não sei, o que você acha? Mais anteontem ela apareceu lá em casa e parecia tão decidida, nem sei como te explicar, assim.. – Apesar de se mostrar feliz por James, cada palavra dita era uma pontada em seu coração.

Porém ele não pode deixar de pensar como ele não merecia a amizade de James. Ele roubara a namorada do amigo, que ele levara tanto tempo para conquistar. Mas, afinal, ele começou a sair com Lílian por negligência do próprio James...

O.o.O.o.O.o.O.o Flash Back o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.

Hogwarts-

Era um domingo de sol. Para ser mais exato, era dia dos namorados, e Sirius andava sozinho. Hoje teria uma visita à Hogsmead, porém ele não iria. Não queria ir. Estava em um dia de completo isolamento. Saindo dos corredores, ele chegou aos jardins, e por um instante a luz o cegou. Depois ele os viu.
Andavam de mãos dadas pelo jardim, rindo. Era o Casal Ternura de Hogwarts. James e Lílian.

Desde o quinto ano Lílian evitava Sirius. Nunca mais haviam se falado, e tentavam ao máximo não ficar na companhia um do outro. Agora ela namorava James e ele se sentia culpado.
Culpado por sonhar com ela.
Tinha que admitir que antes fora só um jogo (assim como ele brincava com as garotas no colégio, esta seria somente mais uma..). James tinha tudo. Família, amor, carinho. E ele? Nada disso, nunca tivera. Resolvera ter a garota de James. Simples. Inveja. Mas dois anos depois não era exatamente este sentimento que o levava a sonhar com a ruiva...

De qualquer forma, eles andavam de mãos dadas, até que alguns veteranos vieram falar com o Marauder, que deixou a namorada o esperando em um banco. No dia dos namorados.
Lílian ficou sentada lá, olhando para o nada e implorando companhia. Não era a primeira vez que aquilo acontecia. Ali perto tinha um bando de garotas que lançavam olhares envenenados a ela e riam debochadamente. Sirius sabia o que todas as más línguas de do colégio falavam: que James não gostava realmente dela, que só ficava com ela porque Lils lhe dera um fora... E que ele a traía. Lílian sabia disso também, mas não podia perceber que aquilo era mentira.
Ele poderia ir lá ajudá-la. Ou então continuar na solidão. Na verdade não chegava a ser uma pergunta complicada... Padds resolveu salvar o Lírio da completa humilhação. Sentou-se ao lado dela e sorriu, falando alto o suficiente para que as garotas os ouvissem:
- Prongs pediu para eu vir te fazer companhia, pois ele não vai poder se livrar daqueles chatos tão cedo.
Os sorrisos das garotas murcharam imediatamente, mas o da ruiva ao seu lado foi estonteante. Ela sabia que era mentira, que James não pedira nada para ele, mas quem se importa?
Eles passaram em torno de uma hora conversando sobre besteiras, trivialidades. Conversas pontuadas por olhares nervosos de Lils sobre James, mas nada que a impedisse de agir com naturalidade com Sirius. Rindo ao lado daquele corpo quente, Sirius Black passou uma das melhores tardes de sua vida.

O.o.O.o.O.o.O.o Fim do Flash Back o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.



Lembrando-se disso, Sirius teve vontade de gargalhar dos medos de James. Ele se importava tanto com aquela linda mulher ruiva, mas naquele 12 de junho, o mesmo dia em que ele ficara uma hora conversando com a ruiva, fora bem diferente.

O.o.O.o.O.o.O.o Flash Back o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.

16:30, Dormitório Masculino da Grifinória –

- Prongs?
- Sim, Padds? Ah, por sinal valeu cara, ficar conversando com a Lílian. – James fuçava seu malão, enquanto Sirius permanecia de braços cruzados na porta. – Sabe, Morrington pediu uma demonstração minha na vassoura. – James encontrou a vassoura, e se levantou do chão. - Mas sim Sirius? Fale logo que eu estou com pressa.
- É sobre ela. Lílian. – Explicou Paddfoot, e James ergue as sobrancelhas. Se tornava extremamente irritadiço a menor menção da namorada.
- O que tem?
- Sabe, você vai perder esta garota. Você a deixou sozinha sem ninguém para conversar para falar com seus amigos. É dia dos namorados, Prongs. Se você não levá-la para sair esta noite ela vai mudar de idéia.
Seja qual for a reação que Sirius esperava, não era uma gargalhada. Ele se sentiu levemente estúpido.
- Paddfoot! Aquela garota me ama! Sério. Ela não vai me deixar. – Ele saiu pela porta do dormitório, e Sirius Black se jogou na cama. Estava com raiva. Bom, ele já fizera sua parte, como bom amigo, avisara James. Pela reação do amigo, não era de se espantar que a relação dele com a namorada era chamada de Relacionamento Aberto.
Ficou fitando o teto, enquanto tentava dormir, e não pensar na ruiva.

“Mas isso é impossível.”

O.o.O.o.O.o.O.o Fim do Flash Back o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.


Depois de Sirius acalmar o amigo, e ouvir tudo que ele tinha para falar, viu James sair pela porta que dias antes Lílian saíra.

******

Já eram umas três horas da tarde, mais a ruiva não moveu-se para levantar-se da cama, continuava esparramada na gigante cama de casal do quarto. Ela começava a suar, todas as janelas do quarto estavam fechadas, e a camisola de seda branca, por mais leve que fosse, já estava completamente grudada em seu corpo macio.
Lílian fitava o teto, como se este pudesse lhe dar respostas. Aquele lindo homem, - o primeiro de sua vida – não saía de sua cabeça.
Suas relações com ele foram conturbadas. Primeiro Aquilo, no quinto ano, aquela noite, aqueles beijos. Passaram o sexto ano se ignorando quase completamente. No sétimo ela começara a namorar James Potter, e o traíra com dois meses de namoro, com o melhor amigo, dois meses depois, naquele 12 de junho e muitas vezes depois.

O.o.O.o.O.o.O. Flash Back o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.


Mal se percebia a jovem solitária deslizando nos corredores. Passava de um para outro como uma sombra, uma ilusão. Que a percebesse nunca adivinharia que ela era Lílian Evans.
Lágrimas invisíveis escorriam lentas pelo seu rosto, e caíam no peitoril da janela em que ela se apoiou (talvez nem estivesse ali, quem sabe? Talvez só existissem nos pensamentos da garota.). Imagens do namorado a deixando sozinha, do deboche das garotas, da imaginação que dava asas aos seus temores...
Depois ela até fora chamá-lo para sair, e ele disse que não podia. Não podia sair com ela no dia dos namorados! Sem contar as outras vezes que fora deixada de lado. Ela começava a achar que os boatos estavam certos.

- Sabe, foi muito bom ficar conversando com você. – Disse Sirius Black (surgido sabe-se lá da onde) e Lils ficou muda. Desde quando ele a observava?
- Não se preocupe, não vou te machucar. - Ele continuou a falar, independente do silêncio dela.
- Eu também gostei de conversar com você. É um ótimo amigo, Sirius. – Mentalmente ela sublinhou a palavra amigo, mas ele aparentemente não percebeu.
- Foi divertido. – Ele sorriu ao lembrar-se do dia.
- É... Pena que James não lhe pediu de verdade para ir falar comigo. – Ela refletiu magoada.
- Olha, o Prongs é um idiota, mais ele te ama.
- Seria este amor suficiente para pagar a negligência? – Na verdade era só raiva do namorado, ela o amava muito, porém gostaria de um pedido de desculpas.
- Realmente, eu não sei. – Sirius ficou pensativo. Ela se aproximou alguns passos indecisos e foi abraçada. Ficaram assim pelo o que pareceu serem algumas horas (ou anos).

Ela pensou: seria certo beijar o melhor amigo do namorado?? Provavelmente não... Fazia muita diferença?
Melhor beijá-lo de uma vez. Pensar demais deve fazer mal.

O.o.O.o.O.o.O. Fim do Flash Back o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.


Para ela, Sirius Black era como um vício. Uma vez tendo tido um beijo, como esquecer aqueles lábios? Ele era uma espécie de veneno. A droga mais doce. Como pode existir tal obsessão? E como pará-la, já que nenhuma obsessão é boa?

Porém, (ela não cansava de perguntar) por que não dera certo? Ela não poderia somente assumir o namoro e acabar com James?
Mas James, justo James, que a ajudara nos seus piores momentos (os que não foram causados por ele, e alguns que ele tinha causado também), e que passando o sétimo ano, revelara ser um namorado em potencial? James, aquele ex-Marauder que mudar tanto por ela? James que ela já amara, e que agora sentia muita ternura e carinho por ele?
Não, ela não poderia fazer isso come ele.
E cobriu com esta mentira a verdadeira razão de fugir do Black.
A razão do medo.

Pouco depois de ela acabar de pensar nisto, a empregada bateu na porta do quarto, para avisar que o Sr. Potter havia ligado para avisar que estava vindo lhe fazer uma visita. Ela agradeceu e mandou a mulher ir embora. Por mais tempo que o corpo de empregados dos Evans estava ali, ela não confiava em nenhum deles, e não queria que a mulher visse as enormes olheiras que haviam se formado em seu rosto.
Lentamente, ela levantou-se com preguiça, e pegou o robe-de-chambre que momentos antes estava jogado em cima da poltrona. Vestiu-o cuidadosamente e amarrou de um jeito que dava para ver a maior parte da camisola um pouco transparente (o que, ela sabia, chamaria a atenção do noivo). Odiava ficar deselegante. Já penteava os longos cabelos ruivos quando o futuro marido bateu na porta.

- Entre! – James Potter entrou e sorriu.
- Não sei se posso esperar mais um mês para ter você ao meu lado – Falou James em tom de brincadeira, e a pegou no colo.
- Como seu eu não praticamente morasse com você! – Ela gargalhou quando foi jogada na cama (com toda a delicadeza possível).
- Eu sei, mas oficialmente é diferente! – Resolveu maroto, enquanto a ruiva o ajudava a tirar a gravata. – Não foi trabalhar hoje?
- Tirei a tarde de folga.
Depois de alguns segundos em silêncio enquanto o homem tirava a camisa (deixando à mostra um lindo e definido peitoral).
- O que você acha de chamarmos Sirius para ser o padrinho do casamento? Ele iria aceitar?
- Claro querido! – Sorriu a ruiva, pedindo aos céus para que aceitasse.

******
Dia seguinte.

A chuva batia impiedosa na janela do quarto em que o homem se vestia. Ele pegou a camisa branca do armário e vestiu-a, colocando para fora do jeans preto. Hoje, nada de vestes bruxas. Já ia saindo do cômodo quando viu o paletó preto, presente da prima, que nunca usara. Pegou-o e apagou a luz antes de fechar a porta.

******

A campainha soou estridente, e a mulher veio ao hall para atendê-la. Ao olhar pelo olho mágico, lá estava ele.
Parado na soleira da casa dos Evans, magnífico com sua camisa branca e jeans preto. Somente o paletó ela não vira antes, mas combinava perfeitamente com o homem.

- Entre! – Sirius Black obedeceu e entrou. Desviou rapidamente o olhar da ruiva e suas sandálias, fixando-o rapidamente em uma pequena mesa de mármore.
Ao ver que ele não iria falar nada, Lílian sugeriu:
- Poderemos conversar melhor no escritório.
Sem dizer uma palavra, os dois se moveram até a sala ao lado, que era um misto de biblioteca e escritório. A porta de madeira foi devidamente fechada. Se lembraram até de lançar um feitiço silenciador.

Um, dois, três minutos Lílian esperou o homem falar, porém ele se trancara em absoluto silêncio.
- E então? - Tentou ela, ao Sirius olhar em sua direção. Ela já estava tensa pelo silêncio.
De um salto ele levantou-se da cadeira em que estivera sentado, andou até uma escrivaninha que tinha em um canto e finalmente virou-se para a ruiva:
- Por que?
- Por que o que, Sirius? – rebateu ela já se irritando com a idéia de uma conversa em código.
- Eu sempre achei que você não gostasse realmente dele, que quando fosse preciso tudo se arrumaria. Você não pretende nem ao menos confessar o namoro para o James?
- Para que? Sirius, já acabou, aceite isso! – revidou Lils exasperada – não fique remoendo o passado!
- Não dá, Lílian! É impossível! Sabe por quê? – Ele olhou-a diretamente nos olhos e continuou a falar – Eu te amo.

Lílian perdeu o ar. Nunca, nunca alguém lhe falara isso. Só James quando fora pedi-la em casamento. E não soara tão verdadeiro, tão profundo. Ela sabia que Sirius nunca falara isto para mulher alguma.
- Isso...Isso são só palavras! - murmurou ela aturdida.. Deu para perceber que se desestabilizara.
Sirius andou alguns passos na direção da ruiva e tentou transmitir no beijo que deu tudo que sentia por ela, e vale dizer que conseguiu.

Em uma palavra, estática. Era assim que a ruiva se sentia. Surpresa, caída por ele novamente. Hipnotizada pelo olhar dele. Ela não queria, não podiaestar assim novamente!
- NÃO! Não novamente, Sirius! - Guinchou reunindo toda sua força de vontade, que já não era muita. - Eu vou me casar com James. Só sinto que tenha este sentimento por mim. - Falou com firmeza, e as palavras continuaram soando nos ouvidos - e emoções - de ambos.
O Black vacilou. O plano dele, que consistia em não perder o controle da situação, acabara de ser destroçado.
- É... É uma pena. Só estou aqui porque tive a impressão de que era correspondido. - Somente o silêncio seguiu as sentidas palavras do homem. Lílian olhava para o chão, os olhos brilhando de lágrimas seguradas. Sirius percebeu que havia uma grande parte de mentira no que ela disse.

Tique-taque, tique-taque, tique-taque... Alguns segundos se passaram. Tique-taque somente mais uns minutos. tique-taque Uma eternidade.
A maçaneta da porta girou, e o rangido que fez chamou a atenção dos dois ocupantes da sala. Alguém iria entrar.
Lílian implorou mentalmente para que não fosse James voltando do trabalho.

- Lil, - Não era James. Uma senhora magra e ossuda, de cabelos negros entrou na sala. Os olhos verde-vivos da mulher vasculhavam a sala enquanto ela falava. - A festa com o pessoal na empresa vai ser marcada para que dia?
- Mãe. - falou a ruiva, com um suspiro. A Sra. Evans era por vezes demasiado inconveniente. - Não vai ter festa na empresa.
- Mas que isto filha! Você deve fazer uma comemoração por ocasião de seu casamento! Vamos ganhar novo espaço para a empresa e ao mesmo tempo perder nosso maior concorrente!! - Lílian deu um gemido. A última coisa que ela queria era que Sirius prestasse atenção nas palavras da mãe.
- Mãe, depois tratamos deste assunto. - A Sra. Evans lançou um olhar de suspeita a Sirius antes de ser praticamente expulsa da sala. Ele ficara em silêncio desde que ela entrara. Não gostara nem um pouco da mulher. Poucos instante se passaram antes dele perguntar:
- O que ela quis dizer com “perder maior rival”?

- Concorrente. Meu pai criou uma empresa de administração que agora mamãe dirige. Não sei direito da história porque não me interesso por negócios, mas parece que os Potters fizeram fortuna quando compraram os direitos de uma empresa trouxa que é a maior rival da minha família. Quando eu me casar com James, eles viram “aliados”.
Sirius não se sentiu muito bem com a notícia. Era aquele o motivo??

- Nunca, nunca imaginei que você fosse capaz de se casar por interesse, Evans! – Ele não falou o nome dela com o calor e paixão de antes, e sim com uma coisa que beirava ao desprezo.
- Como você pode seque pensar nesta possibilidade?! – Ela se sentia ferida, ofendida, magoada... E mesmo assim sabia que não tinha o direito de se sentir assim. Seu coração –e orgulho – estava apunhalado.
- Como ousa me ofender em minha própria casa?!! – A raiva e ressentimento eam tomando de uma vez o corpo e ações da mulher. – Eu não me casarei com James por interesse!! Minha mãe pode até achar isso, mas não é verdade. Casarei com ele por que acho, aliás tenho certeza que ele é o homem capaz de me fazer feliz! – Será que as palavras haviam saído de modo a parecer reais? – Como você que me conhece a tanto tempo pode pensar nisto?!
- Sinto que já não a conheço. Lílian, sua própria mãe acha isto. O que penso agora é que quem não te conhece é você. – AI. A frase atingiu em cheio, como uma pedra, uma idéia odiosa que nada indicava não ser verdadeira....
A ruiva ficou aturdida, parada completamente estática. Sirius achou que afinal, estava na hora de se retirar, enquanto o jogo estava virado para ele.
Foi andando com passos firmes e lentos – secretamente desesperados – até a porta. Mas não pode sair.

- Espere! – Ela berrou. Ele se virou desafiador, e a mulher andou até ficar a centímetros de seu corpo. – Você entra na MINHA casa, me ofende da maneira que mais dói e simplesmente vai EMBORA?? – Os olhos flamejavam assustadora e perigosamente. Ela beirava ao histerismo, a raiva evidente em cada movimento e respiração.

“Você o despeja, humilha e ainda reclama quando recebe fazem isso com você? Tem algo muito errado aí, Lílian Evans.” - Sem prestar muita atenção para esse pedaço negro da sua consciência que reclamava com ela.

- Por quê? Tem algum problema isso? - Ele gargalhou. É verdade, sentia um prazer sinistro em irritá-la. Ela não respondeu. Esse era o óbvio sinal que ela ia explodir de raiva.
- Seu filho d... - Ele gargalhou novamente. Ela parou a frase na metade. Os dois se olharam nos olhos.
Se aquilo fosse uma briga de rivais, aquilo seria muito emocionante. Só que não era. Eles se odiavam. Ou ao menos uma parte deles. A outra parte amava. Nenhum dos dois sabia lutar com aquele sentimento. Ou contra ele...
E era preciso lutar?
As mãos se encostaram. Ninguém falou, a sala continuava no mais completo silêncio.
Não era preciso adivinhar que iria quebrar o silêncio primeiro.

Você fez tudo com ele, Lílian. É culpada por trair o James...

Não! Não sou!

Como assim não é?

Eu só fiz aquilo por que.. Por que...

Não te explicação!! Você o abraçou, beijou e...

- DROGA! EU NÃO PODIA FAZER ISSO! Não, não com você! Nunca vou poder...

Ele só ouvia....

-... Por que você é um vício, um veneno, uma droga! Eu odeio, odeio, ODEIO te amar!
Você é um mal!

- Um mal querida, que te quer muito bem. – Estava na hora de ir. Ele saiu e seu paletó voou com o movimento. Antes de escapar pela porta ainda murmurou – Mas você não vai ser feliz com outro...


*****

Só depois de muito tempo é que Lil saiu do lugar em que estava desde que ele saiu. Desabou numa cadeira de olhos fechados. Estava tonta.

- Droga de vida, droga de mundo, droga de mim!

oi... Que capítulo podre.. Voltei de férias e tinha que terminar de escrever mais tava com uma preguiça... Aí ficou esse “treco” aí em cima mesmo...

Valeu mesmo pelos comentários!!!

Beca Black- aaah, que bom que você gostou!! Também AMO esse shipper, mas é muito raro encontrar fics com ele... Bem que a Floreios podia ter esse shipper como “oficial” o pessoal ia escrever mais...Espero que tenha gostado do capítulo!

♥ Daniela Malfoy♥ - Não se preocupe, eu aviso por email quando atualizar! Ainda bem que vc gostou!!

Elizabeth Bathoury Black - Como assim a gente sabe que não acaba em final feliz? Minha fic é UA, eu posso tudo **risada maluca**

Lis Noir- Hu... Sendo igualmente honesta, seu comentário me assustou um pouco!! Não, você não pareceu metida!! Ainda bem que vc fala, acho que é a única -_-“” hauhuahuasuss...Espero ter melhorado (ao menos um pouco!!)

Diana Black- AAAH, Sirius **babando por ele**. Bom, aqui na Floreios não tem muitas fics desse shipper não.. Tem uma chamada “O Lírio de Padds”.. acho que tem mais porém deu um branco!! O.O.. Na Fanfiction.net (www.fanfiction.net ) se você for procurar tem várias, tanto em português quanto em outras línguas!!



Obrigada novamente pelos coments!! E, por favor, continuem comentando!

Kisses, B.Black ;)

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