Acontecimentos
N/A:Escola começando e eu postando com menos freqüência pessoas! Desculpa mesmo, mas a responsabilidade com o meu futuro vem primeiro. Mas não se preocupem, ok? Prometo postar todo final de semana, sem descanso!
Padfoot
Tiago e Pedro carregavam Sirius nos ombros, que estava desfalecendo, suando frio, respiração rasa e penosa, seus olhos fechavam pesada e dolorosamente. O veneno, com certeza, já se espalhara pelo corpo todo, mas Sirius estava agüentando com todas as forças que lhe restavam. Não se renderia facilmente ao veneno; tinha muito por fazer e viver ainda.
Estavam os três passando pelo corredor, quando avistaram, ao longe, Madame Pomfrey, que vinha com um ar eficiente, na direção contrária. Vendo o estado deplorável de Sirius, a enfermeira correu para o trio, com seu ar de preocupação profissional.
--Black! –Madame Pomfrey se aproxima do paciente, tirando a temperatura –Por Merlin! Está ardendo em febre! O que houve para um garoto tão sadio, belo e aventureiro ficar neste estado?
--Ontem foi o Dia das Bruxas. –Tiago falou. Teria de inventar uma boa desculpa para aquela velha difícil –Ao invés de ficarmos na festa, como todos os outros demais estudantes, pensei que seria mais divertido festejar na floresta, então saímos sem sermos vistos, para curtir a noite nos terrenos da escola. Mas logo a diversão acabou, pois alguns animais esquisitos, que não pudemos ver por causa do escuro, nos atacaram ferozmente. Eu e Pedro conseguimos nos esquivar, por sorte, mas Sirius, como a senhora pode ver, foi ferido e envenenado. –Enquanto Tiago narrava a lorota, Madame Pomfrey encaminhou os garotos para a enfermaria, colocando-os em três camas, uma do lado da outra –A senhora poderá ajudá-lo?
--Claro que sim, rapaz! –disse com indignação –Cuidei de coisas piores, então garanto que seu amigo está em boas mãos, não se preocupe. –diz se retirando para sua sala, voltando em poucos minutos, com uma poção azulada com um forte cheiro de enxofre, para Sirius beber, acompanhando de três grandes chocolates da Dedosdemel, aqueles gostosos, que deixavam o corpo aquecido e revigorado, que Pedro tanto gostava, que Tiago já havia enjoado de tanto comê-lo após uma das suas brigas com a turminha da Sonserina.
Sirius estava quase inconsciente quando foi beber a poção. Madame Pomfrey fez menção de ver o machucado do garoto, mas o mesmo não deixou, alegando que só de olhar já doía incontrolavelmente. Sirius tinha a absoluta certeza de que se a enfermeira visse a mordida, descobriria em dois tempos que se tratava de um lobisomem, assim, os marotos animagos e Remo se tornariam mera lenda nos terrenos da escola. Se alguém desconfiasse deles, seria expulsão, então não podiam arriscar.
Tiago e Pedro, o primeiro com certa relutância, pegaram o martelinho, quebraram um pedaço considerável de chocolate, o comeram e dormiram um pouco, seguidos pelo seu amigo canino.
Durante a tarde, como já era de se esperar, vária admiradoras foram prestar uma visita. Como tudo em Hogwarts era altamente sigiloso, em poucos segundos todos já estavam sabendo e comentando, senão aumentando.
Andrômeda Black fora visitar os rapazes.
--Espero que melhore até o Natal, Sirius, ou não terei um bom motivo para aparecer na sua casa. –fala Andrômeda, risonha. A menina de Sonserina, sexto ano, era belíssima: cabelos negros e lisos à altura da cintura, um atraente corpo de dezesseis anos, um sorriso encantador, com lábios vermelhos e salientes, olhos azuis penetrantes. A aparência celestial e ao mesmo tempo, grosseira, que toda a família Black tinha: a beleza rara.
Assim que Andrômeda, a última visitante, se foi, os meninos se viram para conversar.
--A Dromeds sempre passa o Natal com você, Almofadinhas? –pergunta Tiago com um sorriso maroto no rosto, pensando como os ‘priminhos’ passavam uma noite tão especial.
--Não pense bobagens, Pontas. Eu e a Dromeds ficamos juntos da nossa ‘fabulosa e amável’ família. –reponde Sirius, adivinhando o que se passava na mente do amigo –E para você se convencer: A Dromeds está apaixonada por um vizinho trouxa meu. Ano passado, eu a vi conversando com ele, e topei ajudá-la a ficar com Ted, o nome do trouxa, no Natal. Entendeu agora seu interesse?
--Mas a Dromeds sempre se preocupa com você, Almofadinhas. –diz Pedro.
--Mas sou seu primo favorito, assim como ela é minha prima favorita. –responde Sirius com descaso.
Um barulho vindo do corredor da enfermaria fez os garotos se calarem. Os três se deitaram e fingiram dormir, mas mantinham seus olhos semi cerrados, para poderem ver o que se passava.
Madame Pomfrey, que se ausentara na hora do almoço voltava acompanhada por duas pessoas: a professora McGonagall e Remo.
--Vá para sua maca especial, querido. Agora que está devidamente alimentado, deve descansar para hoje à noite. –Madame Pomfrey empurrava Remo para uma sala ao lado da sua, onde o menino sempre ficava durante a época de lua cheia para recuperar-se das terríveis transformações.
Professora McGonagall ficara ali, imóvel, lançando olhares aos meninos que continuavam a fingir.
--Sei que estão acordados. –fala rispidamente a professora – Não me enganam mais.
Tiago se levanta, depois Sirius e Pedro.
--Está ficando esperta, professora.
--Obrigada pelo elogio, Potter, mas devo dizer que depois de tantas paradas suas por aqui, causadas pelo seu bom comportamento, finalmente compreendi como você faz para não ouvir meus sermões. –ergue uma sobrancelha, que faz o sorriso que Tiago tinha nos lábios, sumir.
A professora se aproxima das camas.
--Por que vocês dois têm de ser tão irresponsáveis? São alunos talentosos e inteligentes, não deveriam sair vagabundeando por aí! E você, Pettigrew? Pensa que pode se dar ao luxo de acompanhá-los sempre? Não sabe que está quase sendo reprovado, mesmo estando no meio do ano? –Minerva bufava raivosa, enquanto Pedro tinha suas bochechas bastante coradas –Detenção e menos cinqüenta pontos!
--Cinqüenta?! –pergunta Tiago abarrotado.
--Sim, senhor Potter. Cinqüenta. –dizendo isso saiu andando até a porta, parando e se voltando para os garotos –Como o senhor Lupin está impossibilitado de aplicar-lhes a detenção, por problemas de saúde, e a senhorita Evans anda ocupada demais, será na próxima semana, no dia oito de novembro. –e se retira da enfermaria.
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A semana de lua cheia foi tranqüila, tirando o primeiro dia. O lobisomem acostumou-se com a companhia dos demais animais. Logo já seriam amigos tanto humanos quanto transformados.
Claro que a escola não facilitara muito as idas a Hogsmeade, os professores passavam trabalhos gigantescos antes das duas semanas de folga do Natal e Ano Novo.
Os marotos foram visitar Hagrid no final de semana, para contar e saber (principalmente saber) as novidades.
--As meninas me mandaram presentes via coruja com um bilhete dizendo que não achavam tempo para conversar dignamente. –informa Hagrid enquanto abria o presente que os meninos haviam lhe dado: um belo livro de receitas, para que o guarda-caça finalmente aprendesse a cozinhar, embora o efeito tenha sido o inverso: --Ora, mais receitas para fazer! Obrigado, rapazes! –disse animado –Sabe que mando meus bolos caseiros no dia, não? E agora com esse livro poderei mandar mais coisas.
--Vamos adorar provar seus dotes culinários, Hagrid. –comentou Sirius olhando para os amigos. Seu estômago resmungava com antecipação.
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A detenção dada pela professora McGonagall fora um pouco complicada.
Tiago, Sirius e Pedro tiveram de limpar o Corujal inteiro, titica por titica, pena por pena.
--Poderíamos vender essas penas. Ganharíamos uma boa quantia com o tanto de penas que os estudantes quebram... –disse Sirius enquanto colocava todas em um saco.
--Nem pense nisso, Black! –grita Lílian, que estava monitorando a faxina – Essas penas não serão vendidas.
Sirius e Pedro se entreolham. Pedro contrabandeia algumas peninhas para dentro das suas vestes.
Tiago passou a faxina inteira olhando para sua amada ruiva que lhe lançava olhares ameaçadores.
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Os dias se passaram muito rapidamente e quando se deram conta, faltava apenas uma semana para o Natal e o Ano Novo. Até mesmo Tiago e Sirius “tomaram coragem” e começaram a estudar, para garantir boas notas para passarem as duas semanas sossegados.
Remo que vinha estudando há mais de um mês, só faltava respirar os próprios livros, visto que quando chegavam os finais de ano letivo em Hogwarts, ele quase enlouquecia com os estudos e esse ano não era diferente. Até mesmo as armações com os marotos ele deixara de lado. A única que conseguia conversar com ele nessa época, era (misteriosamente), Luanna.
Lílian, que já estudava muito em seu estado normal, agora, ficara praticamente insuportável. Não por causa, dos livros, mas pelo mau-humor que ela “ganhava”. Tiago, apesar de ser avisado, adorava perturbar a ruiva e ouvir seus gritos.
Os outros organizaram um grupo de estudos e ajudavam uns aos outros nas matérias que surgissem dúvidas.
- Eu não entendo... Quando consigo chegar mais perto da ruivinha ela se afasta desse jeito... – Remo levantou a sobrancelha.
-Você não entende? Isso também aconteceu comigo, caro Pontas... E eu tenho uma leve impressão de que ela não gosta de ser interrompida nos estudos.
- Mas Aluado, eu simplesmente não agüento ficar longe dela!
- Tá, Pontas, mas ela não gosta, então respeite.
Tiago soltou um leve suspiro, Sirius ficou olhando entediado para o teto enfeitiçado do Salão Principal, que hoje estava um pouco nublado, enquanto Remo voltava a ler um grosso livro que pegara na Biblioteca, cujo título já havia sido apagado pelo tempo.
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Laila e Lua andavam entediadas por todo o castelo, já fazia quase uma hora, Lílian disse que se elas tivessem amor à vida, era melhor que ela andasse sozinha mais atrás. Realmente, a ruiva estava muito mal-humorada, aquele tempo que estavam gastando andando por toda Hogwarts poderia ser muito mais bem aplicado nos estudos. Sua cara emburrada dizia claramente para qualquer um “Não chegue perto!” (menos os professores, é claro!).
- Escuta, se demorarmos mais um segundo, eu MATO vocês duas!
- Nossa, Lily... Sinceramente, às vezes parece até que você é uma bomba prestes a explodir... – disse Laila risonha.
- Melhor não provocar Lalita! – elas andaram mais alguns segundos e Laila se manifestava mais uma vez, toda impaciente.
- Ai, meu Merlin! Onde é que a Alice se meteu!?!?! Não é possível que ela tenha se esquecido de que estudaríamos juntas hoje...
- Acho que não... é mais provável que... – Lua parou ao virar num corredor deserto e se deparar com Alice.
A garota não estava sozinha. Frank, um belo Corvinal do sexto ano, conversava calmamente com ela, que estava recostada na parede, ao lado de uma janela olhando distraída o campo de Quadribol. Já ele, parecia estar a ponto de derreter-se pela menina. Até Lílian se esqueceu do péssimo humor e foi espiar.
- Muito bonito, hein, dona Alice! Nos trocando pelo Frank?! – disse Laila com fingida indignação.
A amiga volta o rosto para as outras totalmente vermelha, e tenta se explicar.
- Merlin! Eu me esqueci completamente! É que... bem... eu... acabei perdendo a hora! Perdoem-me! – Lílian deu um sorriso maroto imaginando o casal.
- Dessa vez passa!
- Bem já vou indo também, Licinha! Até mais... – o garoto já ia se endireitando para se despedir, mas Lílian o impede, ao trocar um olhar significativo com as amigas.
- Não quer estudar com a gente, Frank? – Alice cora instantaneamente.
- Huum... – ele parecia pesar os pratos.
- Sem problemas, Frank! – disse Lua risonha.
-Ah, tudo bem, então! – concluiu o Corvinal.
Rumaram para a Biblioteca, sendo que Lílian, Laila e Lua tentavam a todo custo, deixar a amiga e Frank demasiado distantes, já que haviam atrapalhado a conversa.
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Os dias se passaram rapidamente em meio à agitação dos alunos que iriam prestar os NOM’s ou os NIEM’s na volta das duas semanas, que além de estarem quase enlouquecendo de tanto estudar, também tinham montanhas de deveres que eram passados diariamente.
Tiago estava acordado há alguns minutos e manteve-se deitado na cama, absorto demais em seus pensamentos, para (pelo menos) perceber a ausência dos roncos de Rabicho, que era sempre um dos últimos a acordar.
“Ah... amanhã estarei em casa! E depois, eu (finalmente) vou ter os exames e as merecidas férias!!! Pensando bem, vou ficar um bom tempo sem ver minha ruivinha... é melhor eu aproveitá-la hoje, já que a Lalita conseguiu convencê-la a largar os livros e descansar ao menos na véspera da partida. Laila Durand, você realmente é uma ótima amiga! Vou lhe agradecer o resto...”
Mas foi interrompido por várias gargalhadas que vinham do salão comunal. Curioso, resolveu levantar e ir se trocar para ver o que estava acontecendo de tão engraçado. Mal sabia que eleera o motivo das piadas.
Desceu as escadas correndo tentando imaginar o que estava acontecendo, mas desistiu, já que nunca fora muito bom em Adivinhação. Ao chegar, os marotos pararam de rir quase instantaneamente, mas mesmo assim, não conseguiram enganar Pontas. Sirius exibia lágrimas nos olhos; Pedro olhava-o desconfiado e Remo sorria pelo canto dos lábios.
- Ãh-hãm – pigarreou- sinceramente, eu conheço vocês há mais de cinco anos, não precisam disfarçar, eu sou o motivo dos risos, não é?! – Tiago cruzou os braços e levantou as sobrancelhas, olhando desconfiado para os amigos.
- Nossa... os estudos conseguiram diminuir um pouco a sua burrice, Pontas?
- Por Merlin! Será que eu vou ter que roubar um pouco de Veritaserum no armário de poções para vocês me contarem tudo? E pode ter certeza que eu vou derrubar a maior parte do vidro quando chegar a sua vez, Almofadinhas!
- Você consegue descobrir sozinho, Tiaguinho!
Mas Tiago não teve tempo de revidar... As garotas, inclusive Lílian, vinham caminhando na direção dele soltando risinhos após terem lido algo no quadro de avisos.
- Belo pijama, Tiago! – exclamou a ruiva risonha.
- O-o que... – o garoto não chegou a terminar a frase ao ver Luanna apontar com a cabeça para o quadro de avisos, que agora que ele fora parar para reparar, mostrava um novo “aviso”... Este, por sinal, um tanto quanto escandaloso e chamativo.
Ele foi em direção ao cartaz e parou boquiaberto e ao mesmo tempo corando furiosamente. Era uma cartolina rosa-bebê na qual estava escrito em letras em letras garrafais e num rosa-choque flamejante:
Caro VEADINHO PONTAS POTTER,
como seu aniversário é nas ‘férias’ dessas duas semanas, nós os MAROTOS, resolvemos lhe parabenizar antecipadamente e mostrar o quanto nós o A-M-A-M-O-S!
Com amor,
Sirius Black, com a ajuda de Remo Lupin e Pedro Pettigrew.
Ps: reparem como ele está FOFO na foto! E Tiago, não tente tirar o cartaz daqui!!!
O maroto definitivamente não sabia o que sentia: raiva ou vergonha. Vergonha não pelos tons de rosa do papel ou pelo “veadinho” (tá, por isso também!), mas pela foto que Sirius teve coragem de colocar. Tiago, em seus 10 anos de idade, com um pijama de flanela estampado com ursinhos que eram super-heróis em uma HQ da época. Mas não, pra piorar ainda mais as coisas (sim, isso ainda era possível!), tinha a Sra. Potter apertando e beijando as bochechas do filho, deixando marcas de batom em todo o rosto. A foto ficava ainda mais cômica com as expressões que os dois revelavam em cada movimento da fotografia.
Completamente vermelho, o maroto olhou mais uma vez para o cartaz. Lembrou-se de Sirius, com certeza fora ele o maior colaborador para execução do plano... Virou-se rapidamente na direção dele, totalmente irritado.
- SIRIUS BLACK!
- Ah... que bom que gostou da surpresa, Tiii!!! Mas agradecer às vezes faz bem...
- COMO ASSIM??? VOCÊ AINDA TEM CORAGEM DE TIRAR ONDA COM A MINHA CARA DEPOIS DISSO??? SINCERAMENTE, VOCÊ PARECE NÃO DAR VALOR A VIDA...
Tiago foi interrompido por um riso abafado atrás dele. Ao se virar, deparou-se com Laila, sentada numa cadeira e apoiada na mesa, se acabando de rir. Ao levantar-se para encará-lo, ela mostrou como ficara vermelha e tinha lágrimas nos olhos de tanto rir.
- Laila...? Até você?! – ele falou perplexo, mas com certo tom irônico na voz.
- Ah, mil desculpas Tiago, mais é que eu sempre me segurei pra não rir quando via você vestido nesse pijaminha... – a garota falou com um tom divertido na voz. O maroto corou mais ainda, se é que isso ainda era possível.
- Ai, Merlin, e agora?? Como é que eu vou sair daqui hoje? Ah, belo presente senhor Black! Agora minha reputação em Hogwarts foi por água abaixo...
- Menos, Potter... não seja tão exagerado! – falou Lílian fingindo dar um sermão em algum infrator, mas sorrindo.
- Há, pois eu vou acabar com isso agora antes que mais alguém veja...
- É melhor não Ti...
- AI! – ao tentar tirar o cartaz da cortiça, um feitiço protetor queimou a ponta dos dedos do maroto. Ele lançou um olhar um olhar mortífero para Sirius.
- Não me olhe assim... pra falar a verdade, a parte do feitiço, foi o Remo que fez... e o Pedro deu a idéia dos tons rosa... sabia que é a cor que mais combina com você?
Tiago bufou de raiva e saiu sem olhar para os amigos. E ele que pensava que aquele poderia ser um dia bom...
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- Acham que ele ainda está muito bravo? – perguntou Lua receosa.
- Não sei... é mais provável que ele esteja com vergonha da Lílian... ela debochou dele a manhã inteira...
- Você fala como se eu não estivesse aqui, Laila... e não debochei tanto assim...
Em outra mesa, os marotos, com exceção de Pontas, também comentavam sobre o acontecido.
- Já se espalhou até pra umas garotas da Corvinal... A goleira bonitinha do time de Quadribol achou “fofinho” e ficou louca pra ver a foto...
- É Aluado, mesmo a gente tentando ele ainda conseguiu arrancar alguns suspiros das garotas... Não mais do que eu, lógico, mas ele não pode saber do que aconteceu se não vai se achar vitorioso...
- A Lílian riu dele o tempo todo, aí ele emburrou – comentou Rabicho um pouco aéreo.
- Já sei Rabicho, vamos precisar blefar um pouco pro Tiaguinho pra ele voltar ao normal – falou Sirius com um sorriso extremamente maroto.
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- Ããh, Tiago... a gente tem uma proposta de férias pra você, que tal?
- Cai fora, vocês três!
- Pensamos em ir num parque de diversões trouxas... Nunca fui... Parece ser atraente! – completou Sirius ignorando Tiago.
- Qual a parte do “cai fora” vocês não entenderam?
- Ah, que pena, a Lílian disse que seria ótimo se todos nós fôssemos... e que nos divertiríamos bastante... mas já que você não quer...
- A Lílian? – falou ele como se tivesse acabado de sair de uma espécie de transe.
- Não... A minha AMADA mãe! Ela desistiu de abominar os trouxas... agora virou pesquisadora da história trouxa!
- Ah, cala a boca, Almofadinhas, eu to falando sério! Foi a Lílian quem chamou???
- Sim, Pontas, foi ela! – disse Sirius impaciente, mas escondendo um sorriso maroto.
“O plano parece estar dando certo... Só espero que a Lily não escute e estrague tudo...”
- Mas, ela disse que seria melhor se você tirasse essa cara de enterro... e desemburrasse... – completou Remo.
- Ah, tá... mas na verdade eu não estava com muita raiva, não... Estava pensando no que podemos fazer contra o triozinho fétido da Corvinal... fiquei sabendo que eles gostam das...
Sirius não agüentou e desabou no sofá ao lado de Tiago, rindo do amigo. Os outros dois riram também e sentaram-se nas poltronas ao lado.
- Como assim?? Vocês estavam mentindo???
- Ah, Tiago... É incrível como você muda quando se trata da Evans...
Tiago não pôde deixar de rir. Mas fechou novamente a cara quando tentou, em vão, fazer os marotos tirarem o cartaz do quadro de avisos. Uma coisa, ao menos, tinha sido boa naquele dia: Lílian se aproximara dele, coisa que não fazia desde todas aquela discussões nos horários de estudo. Mesmo que fosse para caçoá-lo, ele já estava satisfeito.
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Tiago, é claro, já não agüentava mais os risinhos de cada Grifinório que passava por ele.
As garotas conversavam calmamente na mesa da Grifinória no Salão Principal, tomando seu café, quando Tiago se aproximou delas, passando a observá-las timidamente.
Lílian revirou os olhos ao passo que ele se explicou:
- Eu sei que vou te chatear, ruivinha, mas por agora o que preciso é ter uma palavrinha em particular com minha querida amiga Luanna! – disse ele sorrindo marotamente para Lua enquanto Lílian bufava de raiva.
- Ok, Ti... – ela procurou dar ênfase no “Ti” para irritar Lílian na frente do maroto, esta, corou instantaneamente. – Bem, meninas, vocês me encontram aqui mesmo daqui a pouco... Daqui a meia hora o almoço deve ser servido. E... Lílian, pode deixar que eu cui- do dele pra você, tá?! – Tiago passou a mão nos cabelos rindo ao ver que a ruiva revirava os olhos.
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Subiram até o primeiro andar e entraram na primeira sala vazia que encontraram.
- Vamos, Tiago, desembucha! Que é que tem a Lílian dessa vez??? – ela continuou depois de ver que ele levantava as sobrancelhas – É... depois de alguns anos de amizade eu já te conheço muito bem!
- Ai, Lua... Será que não pra você convencê-la a tirar aquele cartaz com aquela foto RIDÍCULA de lá?
- Huuum... A situação está complicada, hein?! Tiago Potter se dando por vencido e me pedindo ajuda para convencer Lílian Evans (a sua ruivinha) a fazer algo por ele? – Lua caçoou, Tiago fez cara de cachorro abandonado, quase idêntica às que Sirius fazia.
- Sim ou não, Luanna? Ah, você sabe que só ela ou o Remo podem tirar aquilo de lá... e o Remo com certeza não o fará... Aliás, ele que colocou lá... então é lógi...
- Aiiii! Tá bom! Por que você sempre consegue me persuadir??? – diz ela fazendo uma cara de fingida indagação.
- Primeiro: pelo simples fato de eu ser eu mesmo, o Tiago Potter; Segundo: por ninguém resistir ao meu charme... e finalmente... Terceiro: porque você AMA o seu amigo Pontas, aqui! – disse apontando o dedo indicador para o peito. A menina só fez revirar os olhos e puxou o outro para fora.
- Vamos, já estamos atrasados para arrumar as malas!
- Tá, tá... – disse ele abraçando a amiga pelos ombros fraternalmente.
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- Ah, Lily! Sério que você vai fazer isso por mim? – Tiago estava radiante e seguia a ruiva quase que grudando em seus calcanhares.
- Não, Potter, eu não vou fazer isso por você... Somente porque a Lua pediu... Aliás, nem sei porque e como ela consegue ser tão amiga assim de um metido e cafajeste como você...
- Aaaah, muito obrigado meu raio de sol! Eu também te amo muito!
Ela parou abruptamente e o encarou.
- Escuta aqui, agora você está nas minhas mãos, se não se lembra... É bom que se comporte! – disse ela em tom risonho.
- Sim senhora...
- Senhorita! – interrompeu Lílian.
- Futura Senhora Potter, está bem assim?? – disse sorrindo para ela.
Lílian levantou as sobrancelhas, mas também riu, balançando a cabeça como se dissesse: “Você não tem jeito mesmo...”.
Eles pararam em frente ao quadro da Mulher Gorda, Lílian e Tiago falaram a senha em uníssono e prosseguiram. Andando em direção ao “famoso quadro de avisos”.
Ela pegou a varinha e estava prestes a falar um contra-feitiço para o que Remo havia colocado, quando parou no meio do caminho. E dando uma boa olhada na foto, soltou uma gostosa gargalhada, olhando para Tiago, que se encolhera todo e corara furiosamente e rindo mais ainda.
- Ok, Lílian, não acha que já riu de mim o bastante durante os últimos quatro dias? – ele falou um pouco aflito. A idéia de ver sua ruivinha debochando dele não lhe agradava nem pouco.
Lílian sufocou um último riso e soltou um contra-feitiço. Levou a mão um pouco receosa para o cartaz, mas depois de encostar o dedo indicador sem problemas, retirou o cartaz com facilidade entregando-o à Tiago.
Para sua surpresa, este, sorrindo de orelha a orelha, colocou as duas mãos em sua cabeça, puxou-a para perto de si e deu-lhe um beijo na testa. E para a surpresa dele, ela conseguiu se “camuflar”, ficando da cor dos cabelos.
- Uau! Não sabia que isso era tão importante pra você...
- Ah, Lily, não é todo dia que a gente, digo, eu consigo dar um beijo na sua testa e não receber nenhum grito de agradecimento... Mas pra fala a verdade... acho que você vermelhinha é recompensa bem melhor... – ela revirou os olhos corando levemente.
- Você sabe muito bem que eu estava falando da foto, Potter...
- Até que o Sirius não errou tanto nesse cartaz, pensando bem... mas não quer me dar um aqui não, Lily? – ele disse apontando para a própria boca - Afinal você já ganhou o seu beijo e seu aniversário nem está perto como o meu...
- Ah, não... acho que a Earnshaw se enquadra melhor nesse papel, Potter...
- Ãããh... – ele olhou para os próprios pés instintivamente – Eu não tenho culpa se a Ingrid gosta de mim...
- NÃO TEM CULPA?? VAI ME DIZER QUE FOI OBRIGADO A CONVIDÁ-LA PARA IR COM VOCÊ A HOGSMEADE ANO PASSADO??? – ela soltou uma risada sarcástica e continuou, indignada – COMO É QUE VOCÊ PODE SER TÃO CÍNICO??? AI, POTTER, EU NÃO SEI PORQUE AINDA CONTINUO TE AJUDANDO...
- Olha só, Lily, você não tá podendo falar muita coisa, não! Afinal, passou o dia inteiro com aquele Dave! – ele fez uma careta ao pronunciar o nome—Fiquei sabendo que você e a Lua se encontraram com ele e mais os amigos.
Ela abriu a boca para retrucar, vermelha de raiva, mas foi interrompida por Remo, Sirius e Pedro, que chegaram curiosos pela gritaria, seguidos de Laila e Lua.
- O que é está acontecendo??? – disse Pedro sem entender.
- Ai, Rabicho! Às vezes você me irrita, sabia?! TODO casal tem certas briguinhas de vez quando...
- Nós não somos um casal, Black!
- Nós somos que isso... – disse Tiago com um sorriso maroto, mas parou ao ver o olhar fuzilante que Lílian o lançava.
- Iiih... pelo visto é melhor a gente ignorar... ela está ameaçadora... – brincou Laila, que segurava o riso.
- E o veadinho está prestes a dar umas chifradas na gente... – comentou Remo risonho no que Tiago bufou de raiva.
- Eu vou para o dormitório arrumar minhas malas... Se der, mais tarde a gente se encontra no Saguão de Entrada para arranjarmos uma carruagem descente...
- E eu vou para a biblioteca. Não precisam me esperar. – disse uma Lílian muito mal-humorada.
Mais tarde, no Saguão de Entrada, nenhum dos dois apareceu. Apesar de brigarem quase todos os dias, desta vez, Lílian já estava chateada de mais, além de Tiago estar morrendo de ciúmes de Dave, o que ele ia descontar no campo de quadribol. Cada um foi para seu dormitório e adormeceram em meio aos próprios devaneios, mas foram acordados pelos amigos para seguirem para as carruagens. Tinham de voltar para casa para comemorar o Natal e o Ano Novo.
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