O Reencontro
Logo depois de pegar na chave de portal, ele sentiu seu corpo ser puxado por uma força inacreditável para frente, ouviu um baque e olhou em volta: estava no meio da recepção do ministério da magia e todos o olhavam com espanto, afinal, isso não era uma cena muito comum de acontecer, não era todo dia que eles tinham a visita do tão famoso Harry Potter.
Ele levantou-se e foi até a recepcionista:
--Preciso falar com o ministro da magia Arthur Weasley, por favor.
--Claro, senhor Potter, um momento por favor. –a recepcionista ficou olhando para os ferimentos de Harry sem entender o que estava acontecendo e fez sinal para ele esperar.
Enquanto ele esperava a mulher falar com alguém, rasgou um pedaço de sua camiseta e amarrou no braço, estancando o sangue do profundo ferimento feito por Rodolfo e ficou com a cabeça para cima, tentando inutilmente, fazer com que o sangue de seu nariz parasse de escorrer.
--Vigésimo sexto andar, sala 6 senhor Potter, já tem alguns curandeiros do St. Mungos lhe esperando para cuidar de seus ferimentos. –a recepcionista sorriu amigavelmente.
--Obrigado senhora –agradeceu Harry.
Harry seguiu para o elevador e dentro dele havia algumas pessoas que o olhavam confusas e enojadas por todos os ferimentos que aparentes em seu corpo. Quando o elevador chegou no 24º andar, Harry agradeceu a Merlin por não ter que ficar mais nenhum segundo junto com todas aquelas pessoas lhe olhando torto.
O garoto foi andando pelo corredor do 24º andar e quando chegou na porta da sala 6, bateu e a mesma foi aberta por Lupin:
--Estávamos te esperando, Harry, sente-se ali para os curandeiros cuidarem de você, ok? –disse o grande amigo de seu pai e por sinal, seu amigo também.
--Ok. Mas como você sabia que eu estaria aqui? Por sinal, achei que estava em lua de mel... –Harry olhou feliz para Lupin e este apenas lhe deu um sorriso maroto.
--Depois falamos nisso Harry, primeiro os ferimentos! –concluiu Lupin.
--Sr. Weasley!! –nesse momento Harry viu o Sr. Weasley entrar.
--Harry! Quem bom ver que você está bem! –o Sr. Weasley sorriu ao lhe ver.
--Bem mesmo eu não estou, estou muito dolorido e cansado... –confessou o garoto bocejando.
--Entendo...então Harry, vai voltar para a casa de seus tios? –Arthur parecia estar procurando alguma coisa extremamente interessante em sua gaveta.
--Se não tem outro jeito...fazer o que né...-Harry olhou para baixo desanimado, brincar com uma linha solta de sua calça jeans parecia uma coisa extremamente interessante.
--Ei, garoto! Num fica triste não! Isso foi apenas uma pergunta, se você num quiser voltar para lá... –nesse momento os curandeiros deixaram a sala e nas mãos de Harry deixaram uma receita de alguns remédios que precisaria tomar de hora em hora. – Como eu dizia, senão quiser voltar para lá podemos mandar uma carta para os seus tios dizendo que passará o resto de suas férias conosco e te mandaremos para a sede da Ordem. –explicou ao garoto como quem explicava a uma criança de 5 anos que dois mais dois é quatro.
--Pra mim está ótimo! –Harry ficou alegre pois agora voltaria a ver Hermione e Rony, incrível como todas as vezes que Harry ia N’a Toca visitar Gina, Rony nunca estava lá.
--Então Harry, conte-nos o que realmente aconteceu agora a pouco pra você ter adquirido todos esses ferimentos. –perguntou Arthur.
--Ah sim...foi o seguinte... –Harry contou tudo aos dois, omitindo apenas o resultado de ter ido N’a Toca, disse apenas que foi visitar Gina, o que não era mentira. –Lupin... –Harry voltou-se para o diretor. –Como o senhor sabia que eu estaria aqui? –mais uma vez ele fez a pergunta a Dumbledore.
--Acabei de chegar de viagem hoje, Harry e vim aqui no ministério parabenizar Arthur pela promoção, estava mais do que na hora e acho que não poderiam ter escolhido pessoa melhor do que ele. –explicou Lupin.
--Dessa vez eu realmente cheguei a pensar que fosse morrer, parecia que minha cicatriz ia estourar de tanta dor que estava sentindo... –confessou Harry.
--Mas agora você está bem, não está? –Arthur perguntou feliz por ter achado o que procurava na gaveta de sua escrivaninha.
--Ah sim! Estou ótimo... –apesar de ter saído vivo daquela, Harry ainda estava triste pelo seu fim de namoro com Gina.
--Muito bem, terminou de fazer a chave de portal, Arthur? –agora Lupin olhou para Arthur.
--Sim sim, está aqui Lupin, pronta para ser usada. –falou o Sr. Weasley.
--Ótimo!!! Então Harry, esta chave de portal tem como destino o Largo Grimmauld 12, como daqui uns dias você estará fazendo 17 anos, daqui para frente esta será sua casa, pronto? –explicou tudo a Harry.
--Pronto. –Harry fez sinal de positivo.
--Nos vemos na sede, Harry!! –disse o Sr Weasley.
--Até mais tarde, Harry! –despediu-se Lupin oferecendo-lhe a tampinha de garrafa que seria usada como chave de portal.
--Até lá! –e essa foi a última palavra antes que Harry sentisse novamente a sensação de enjôo momentâneo devido à força com que fora puxado mais uma vez, e quando abriu os olhos novamente estava na sala da casa de seu padrinho Sirius Black, agora sua casa.
O garoto começou a andar pela casa e tudo o que via lhe lembrava seu padrinho, lembrou das brincadeiras que faziam, das broncas da Sra. Weasley que Sirius quase sempre levava, de sua forma animaga abanando o rabo quando estava feliz e das longas e sábias conversas que teve com o padrinho.
Quando chegou até a cozinha, espantou-se em ver Dobby fazendo o jantar e ao mesmo tempo ficou feliz por ter alguém para conversar, ficar naquela casa sozinho ia ser difícil.
--Dobby!! Nem acredito que você está aqui!! –disse Harry abraçando o pequeno elfo doméstico, na verdade chegou a pegá-lo no colo. –Achei que não ia ter ninguém em casa! –disse para Dobby.
--Oh não!! Eu nunca deixaria Harry Potter sozinho, meu senhor! –disse o elfo orgulhoso.
--Fico grato e feliz com toda a sua lealdade, Dobby. –agora Harry sentou-se na mesa e fez sinal para Dobby juntar-se a ele.
--O quê, meu senhor? Você quer que eu me sente? –o elfo estava com lágrimas nos olhos.
--Claro Dobby!! Você é meu amigo e na minha casa meus amigos são tratados com muita educação. Vamos Dobby, pare de chorar e levante-se do chão, num quero que beije meus pés!!! –Harry tentava afastar Dobby de seus pés, ele sabia que o gesto de Dobby era um agradecimento, mas beijar os pés era demais.
--Me desculpe, Harry Potter, isso não voltará a acontecer! POF! POF! POF! –Dobby começou a bater a cabeça na mesa de jantar com toda a pouca força que tinha.
--Dobby!!! Pare agora mesmo de bater a cabeça na mesa, eu to mandando!! –o garoto pegou-o pelas orelhas e o afastou da mesa de jantar. –Dobby, antes de tudo vamos acertar umas coisas: 1º Você nunca mais irá se punir de nada de errado que fizer, apenas fará a coisa certa, e se não souber, pedirá ajuda, ok? –o elfo balançou a cabeça em sinal de que entendera. –Ótimo, 2º Se eu te fizer um convite como, sentar-se à mesa comigo, jantar comigo, almoçar e outras coisas mais, você não precisa chorar, é só um convite! –Dobby fez sinal de que entendera de novo. –Ah! E outra coisa! A partir de hoje você sempre irá fazer todas as refeições à mesa junto comigo, e a propósito, onde você está dormindo?
--Dobby dorme debaixo da pia, senhor, é um lugar lindo e muito confortável! –sorriu Dobby ao falar em seu “quarto”.
--Debaixo da pia??? Meu Merlin...Agora você terá um quarto só para você, com guarda-roupa, cama, tapete, travesseiro, espelho, tudo o que quiser...E ah! É claro! E muitas meias também!
--Um quarto só para Dobby??? Oh! Harry Potter! O senhor é tão bom para Dobby! –o pequeno elfo estava segurando o choro e abraçou Harry.
--Isso Dobby! Escolha o quarto que quiser, fica a critério seu. –disse Harry servindo-se de um pouco de cerveja amanteigada. –Venha comer comigo Dobby.
--Sim senhor! –disse Dobby cheio de orgulho.
--Há quanto tempo você está aqui, Dobby? –perguntou Harry antes de beber um pouco de suco de abóbora.
--Desde que as aulas de Harry Potter acabaram. –respondeu Dobby com um pouco de bolo de carne na boca.
Os dois ficaram conversando até altas horas naquela noite, Harry até ajudou Dobby a fazer sua “mudança”. Ela era composta basicamente por meias e gorros, os gorros ele ganhara de Hermione quando ela teve a idéia de montar o F.A.L.E..
No dia seguinte, Edwiges e o resto de seus pertences já estavam na mansão Black, a coruja estava com uma carta para Harry. O moreno pegou a carta e começou a ler:
Harry
Fiquei sabendo do que houve com você e estou chocada até agora, que susto você me deu!! Meu Merlin, Harry!! Você está bem? Precisamos conversar, já faz tempo que não nos falamos.
Saudades,
Mione
A carta era de Hermione e apesar de ser pequena Harry gostou muito, fazia tempo que não falava com seus amigos e depois do que aconteceu ele também tinha muita coisa para conversar com eles. Logo em seguida ele resolveu mandar uma carta para Hermione e Rony, convidando-os a passar o restante das férias com ele, em sua casa.
A primeira foi para Mione:
Mione
Não precisa se preocupar, na medida do possível eu estou bem, apenas um pouco machucado. Estou mandando esta carta para saber se você não gostaria de passar o restante das férias aqui comigo, vou mandar uma carta para o Rony também. A propósito, eu estou na mansão Black, me mande a resposta por Edwiges, ela vai esperar você escrever.
Abraço,
Harry
Em seguida, mandou a carta para Rony:
Rony
E aí, cara? É difícil te achar, hein? Todas as vezes que fui na sua casa visitar a Gina você nunca estava! O que você acha de passar o resto das férias aqui na mansão Black comigo? Convidei a Mione também. Com certeza você já deve ter ficado sabendo o que aconteceu né? Manda a resposta pela Edwiges, ela vai esperar você escrever.
Abraço,
Harry
Depois que Harry terminou de escrever as cartas, ele deu para Edwiges e disse:
--Esta é pra Mione –e o mostrou a carta destinada a Hermione –E essa é pro Rony, entendeu? –Perguntou Harry à coruja, e para demonstrar que havia entendido tudo ela deu uma leve beliscada na mão direita de Harry e em seguida voou.
Logo mais à tarde, a resposta das cartas chegou e o garoto abriu a carta de Rony, que dizia o seguinte:
Harry
Fiquei sabendo sim do que aconteceu com você e estou muito feliz por você ter conseguido escapar dessa (apesar do papai ter me dito que você está muito ferido), e eu tenho uma notícia para te dar! Quando você vinha aqui em casa para visitar a Gina e eu não estava é porque eu estava com uma outra pessoa...To namorando a Luna! É sério e estou tão feliz, cara! E eu fiquei sabendo também que o seu namoro com Gina acabou...Poxa Harry, você é como um irmão para mim e estou muito triste pelo o que aconteceu. (achei que a Gina tinha tomado juízo, mas me enganei...).
Harry, num vai dar pra ir passar as férias com vocês, preciso fazer meu exame de aparatação e logo em seguida vou fazer uma viagem rápida com a Luna, mas a gente se vê antes do seu aniversário!!
Abraços,
Rony
A carta de Rony deixou Harry feliz e triste ao mesmo tempo: feliz porque Rony estava namorando Luna, amiga do trio, e triste porque o amigo só iria pra sua casa no dia do seu aniversário. Harry sempre achara que Rony tinha uma “quedinha” por Mione e esse seu namoro com Luna o surpreendera bastante. Agora Harry pegou a carta de Mione:
Harry
Claro que eu quero passar as férias aí, Harry!!! Não sabia que você estava na sede! Chego amanhã as 11 e meia, ok?
Amanhã conversamos melhor, por carta é meio perigoso.
Abraço,
Mione
Harry não sabia o que fazer, Mione não sabia que Rony não viria, será que ela ficará envergonhada por isso? Ele resolveu não falar nada, a amiga não ficaria envergonhada com ele, eles eram praticamente irmãos...não era?
Depois do jantar, Harry disse a Dobby para que preparasse um quarto para Mione, pois a garota chegaria no dia seguinte. O elfo ficou todo empolgado pois teriam visitas e em seguida começou a arrumar o quarto de Mione.
O garoto foi dormir cedo, não tinha mais o que fazer naquela casa sozinho, mas não conseguiu dormir, ficou pensando em Rony e conseqüentemente, em Gina. O que será que ele havia feito de errado pra que Gina o chutasse daquele jeito? Aquele assunto ainda lhe doía muito, mas iria superar essa dor como todas as outras.
Quando Harry acordou no dia seguinte e olhou para o seu relógio de pulso, viu que estava quase na hora de Hermione chegar, eram 10 e meia. Ele se apressou a ir tomar banho. No seu quarto, ele escolheu uma calça jeans clara e uma camiseta preta com alguns desenhos em prata, colocou seu tênis e bagunçou os cabelos, deixando-os secar naturalmente e sem penteá-los.
Eram 11 e 35 e nada da Hermione chegar. “Ela desistiu, eu sei que ela desistiu, o Rony deve ter mandado uma carta pra ela falando que não viria, então ela desistiu!” pensava Harry andando de um lado para o outro na sala e bagunçando os cabelos muito freqüentemente.
--Vamos papai, já estou atrasada, o Harry vai pensar que eu não vou mais passar as férias lá!! –dizia Hermione rapidamente.
--Calma filha, eu já achei o caminho, e além do mais você só está atrasada 10 minutos, não vão fechar as portas da casa por causa disso! –o pai tentava acalmar Hermione.
--Lá! É lá papai! Graças a Merlin! “o Harry deve estar achando que eu desisti, oh Merlin!” –disse a menina aliviada por ver o número 12.
Às 11 e 40 a campainha tocou e Dobby foi atender. Harry ouviu a campainha e ficou inquieto, se olhava de cima em baixo para ver se estava tudo ok. Ouviu a voz de Hermione conversando com Dobby e em seguida o elfo abriu a porta da sala em que Harry estava. O moreno foi até a porta da sala recebe-la:
--Obrigado Dobby, qualquer coisa eu te chamo. –agradeceu ao elfo.
--De nada, Harry Potter!! –disse o elfo cheio de si.
Foi então que Harry a viu. Incrível como 1 mês fez toda a diferença na vida de Hermione. Seus cabelos lanzudos deram lugar para um cabelo mais “comportado” e com cachos definidos, usava uma maquiagem leve, mas que realçou seus olhos castanhos. Estava com uma calça jeans escura, uma blusa de frio azul clara e tênis preto. O garoto ficou surpreso com o que viu, “ela...ela ta linda!!” foi o que Harry pensou.
N/a: Comentem sobre o que vocês acharam, plz! No fim de semana eu atualizo, bjos! =D
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!