A DESPEDIDA
Chegou o dia 31 de agosto, todos estavam ocupados arrumando os malões para Hogwarts exceto Harry, que por ficar sozinho lembrava-se do padrinho e de como passaram tão pouco tempo juntos, Harry queria tê-lo conhecido melhor, passado mais tempo com ele, mas sabia que isso agora era tão impossível, quanto rever seu pais ou Dumbledore. Harry vasculhou seu malão à procura de qualquer coisa que pudesse ocupar seu tempo até a ida dos amigos à estação King Cross na plataforma nove e meia. Viu o falso medalhão de Slytherin com o bilhete de R.A.B., a carta de Dumbledore, sua capa da invisibilidade, alguma roupas, de bruxo e de trouxa, alguns livros de Hogwarts, e mais ao fundo, entre muitas outras coisas um pequeno espelho quebrado, o espelho do maroto, o qual Sirius lhe dera antes de morrer, mas Harry nunca usou. Ficou por mais uns minutos lembrando do padrinho.
Harry, que estava mergulhado em lembranças, não percebeu quando Mione entrou no quarto. A garota se dirigiu a ele e ficou observando-o até que finalmente disse num tom um pouco hesitante:
-Harry...
-Hum? -respondeu Harry lembrando-se que ainda estava no quarto e percebendo a presença da amiga.
-É que... Eu queria te pedir uma coisa, ãh é, MEU DEUS HARRY, O QUE É ISSO? -espantou-se Mione ao olhar para o espelho quebrado na cama do garoto.
-É o espelho do maroto que Sirius me deu. -disse Harry sem muita emoção.
-Você entende o que isso significa?
-Ãh... Que ele queria se comunicar comigo? -arriscou Harry.
-Não Harry, quer dizer também, mas, isso significa que podemos descobrir o que de fato aconteceu com Sirius, esse espelho além de servir para se comunicar, também pode-se deixar mensagens nele, e outras coisas não relatadas porque ele é muito raro, então são poucas as pessoas que sabem que ele existe e menos ainda como funciona.
Harry ouviu tudo atentamente, não acreditava que finalmente poderia descobrir o que aconteceu com seu padrinho.
-É, mas como a gente vai descobrir o que acontec...
-Reparo. -disse Hermione antes de Harry terminar a frase, apontando a varinha para o espelho que instantaneamente juntou seus pedaços e virou um só novamente.
-Nossa, Mione você é genial, eu jamais pensaria em fazer isso.
-Obrigada, mas agora temos que descobrir se o Sirius deixou alguma mensagem para você, você sabe como abrir o espelho?
-Eh, bem, no papel que ele me deu dizia que eu apenas deveria chamar o nome dele e ele apareceria no espelho, e assim poderíamos conversar.
-É, mas, como ele... Não pode conversar -completou Hermione sem jeito -temos que encontrar outro jeito, uma maneira de ver se tem alguma mensagem, ou algo assim.
-Será que você não pode procurar isso em algum livro? -arriscou Harry.
-Pode ser Harry, mas como eu disse, esse espelho é muito raro e não tem muitos relatos dele por aí, mas eu posso tentar. Ah, Harry, será que eu posso ficar com o espelho por um tempo, é para eu poder pesquisar melhor, e eu também queria te pedir uma coisa quando eu entrei lembra?
-Ah, sim... O que era? -perguntou Harry.
-É que eu queria que você me emprestasse também a carta do Dumbledore, eu a achei muito interessante, quero investigar umas coisas, só pra tirar umas dúvidas mesmo, é que eu andei pensando e... Ah, deixa pra lá, se eu tiver uma confirmação, que eu duvido muito mas, tenho muitas esperanças, eu te aviso tá bem.
-Ah, sim, claro, pode levar, e não se esqueça de me mandar corujas com freqüência para me informar do que acontece em Hogwarts, eu vou mandar a Edwiges sempre por lá, pode usá-la, ela saberá me encontrar quando eu não estiver aqui.
-Tá bem, boa noite Harry.
Então Harry percebeu que realmente já era noite, o dia tinha passado muito rápido.
-Boa noite Mione.
A garota saiu do quarto levando o espelho de Sirius e a carta de Dumbledore
Harry, guardou seus pertences de volta em seu malão e ficou pensando em tudo que lhe tinha acontecido nas férias e tudo o que ele ainda tinha que fazer, precisava ir à Godric's Hollow, precisava descobrir quem é R.A.B. e se ele realmente destruiu a horcrux, caçar as outras horcruxes, proteger seu amigos, enfrentar Voldemort, Harry lembrou da profecia e isso ficou martelando em sua cabeça o resto da noite. Um não poderá viver enquanto o outro sobreviver... Enquanto o outro sobreviver... Sobreviver... -Anda Rony, acorda! Não podemos nos atrasar, lembra que vamos de carro, já são oito horas! -Harry ouviu a voz de sua amada.
Acordou instantaneamente, lembrou que adormeceu e nem falou com ela, será que ela tinha ficado chateada com ele, pensou Harry.
-Ah, meu amor, você já acordou? Desculpe, eu não queria te incomodar.
-Vocês já vão?
-Sim nós já vamos. -respondeu Gina.
Harry levantou da cama com um pulo e disse:
-Eu também vou, -viu o rosto de Gina se iluminar em um belo sorriso- quero me despedir de vocês.
Na mesma velocidade o sorriso se foi de seu belo rosto.
-Por um instante eu pensei que iria à Hogwarts conosco. -suspirou Gina.
-Meu amor, você sabe que eu não posso. Mas eu irei sempre à Hogsmeade quando você for, é só me avisar quando.
Dizendo isso Harry deu um longo beijo em Gina e a abraçou fortemente. Rony ficou sem jeito ao ver a cena, mas já estava se acostumando. Levantou-se e começou a se arrumar, depois de certo tempo todos entraram no carro novo do Sr. Weasley. Rony, Mione, Gina e Harry atrás confortavelmente, a Sra. Weasley foi à frente com o Sr. Weasley.
A viagem foi tranqüila. Chegaram à estação vinte minutos antes do trem partir, o que Harry ficou muito feliz, pois poderia ficar mais tempo com Gina e com seus amigos, atravessaram a plataforma nove e meia e ficaram conversando do lado de fora do trem.
-Sabe Harry, eu tava pensando -disse Hermione -você vai nos visitar em Hogsmeade não vai?
-Vou sim -assentiu Harry -mas por quê?
-É que eu estava pensando...
-Ai, por que você não fala logo Mione o trem vai partir e você fica só enr...
- Silêncio -disse Gina para o irmão que ficou completamente mudo, sem emitir som algum.
-Obrigada Gina. -Disse Mione.
-De nada, meu irmão às vezes é muito grosso, parece um trasgo.
Os três deram risos abafados ao olharem a cara de insatisfação de Rony, ele tentava dizer algo a Harry, alguma coisa como "faz alguma coisa", "me ajuda", ou algo assim.
-Mas continua Mione, o Rony não vai mais atrapalhar. -disse Gina.
-Ta bem, é que eu tava pensando, já que você vai à Hogsmeade você bem que poderia dar uma força pra AD. Marcar umas aulas de reforço, sabe.
Harry ficou um pouco pensativo, queria ficar a sós com Gina, aproveitar o pouco tempo que tinham juntos, mas por outro lado não podia deixar seus amigos na mão. Olhou para Gina e ela concordou, também queria ficar a sós com ele mas devido as circunstâncias era a coisa certa a ser feita.
-Ta bem, eu vou.
Rony, ainda sem voz gesticulava para que alguém o ajudasse.
- Finite Incantatem -disse Mione apontando sua varinha para Rony, que no mesmo momento recuperou a voz.
-Oi gente. -disse uma voz sonhadora, que pareceu muito familiar.
Era Luna, que estava ao lado de Neville.
-Ah, oi Luna, oi Neville. -disseram todos.
Mas antes que tivessem tempo de conversar melhor a Sra Weasley interrompeu-os:
-Vamos indo queridos, o trem sai em cinco minutos.
-Tchau Harry, e obrigada por nos ajudar. -despediu-se Mione dando um beijo na bochecha.
-É verdade, falô cara. -disse Rony.
-Até logo amor. -despediu-se Gina com um delicioso beijo na boca.
-Por que tchau? O Harry não vai com a gente? -perguntou Neville
-É uma longa história, contamos no trem, vamos. -Disse Gina.
-Até mais! -disse Harry acenando, a todos enquanto embarcavam no expresso Hogwarts. -Não se esqueçam de me escrever. -completou.
Todos ficaram acenando enquanto o trem partia e sumia no horizonte. Harry acompanhou o trem até onde pôde, depois voltou com a Sra. e com o Sr. Weasley para a sede.
#FIM DO SÉTIMO CAPÍTULO#
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