PENÚLTIMO CAPÍTULO
Lucius Malfoy olhava concentrado para alguns pergaminhos. Eram mais baixas do Ministério. Bruxos fugindo e bruxos morrendo, bruxos sumindo misteriosamente. Os planos de seu Lord estavam ocorrendo perfeitamente bem. Ele deixou os pergaminhos de lado e se deixou invadir por lembranças do passado.
Quando igual ao seu filho ele amou perdidamente uma garota... Uma sangue ruim. Seu nome? Jude... Jude Granger. Era incrível como aquela mulher mesmo depois de tanto tempo não mudara nada. Continuava inteligente, esperta e linda como sempre fora desde os tempos de Hogwarts.
Ele não sabia porque o destino insistia em pregar tantas peças nele. Parecia que as Granger sempre seriam o sonho e o pesadelo dos Malfoy.
Hermione tinha a quem puxar. Afinal, ele sabia quem eram os verdadeiros pais de Hermione. E ele ainda tentava se convencer mentalmente que a garota não tinha herdado o lado do pai, aquele medroso idiota. Esse segredo foi contado a ele pelo próprio pai da garota, Pedro Pettigrew. De todos os Comensais da Morte, Pedro com certeza era o mais baixo, não de altura (apesar de ser um nanico), mas dos meios que ele utilizava para conseguir o que queria. Quando Lucius soube que Jude estava grávida de Pedro porque ele havia utilizado uma fortíssima Poção da Sedução, teve vontade de matá-lo no mesmo instante, mas teve que fingir que não sentia mais nada por aquela Granger.
Era isso mesmo, Hermione não era uma sangue ruim. Era filha de dois bruxos. Mas Lucius tivera que contar aquela mentira ao filho, queria protegê-lo do que acontecera com ele um dia. Das dores que sofreu por ter sido ele, Lucius, o Malfoy que quebrou a Maldição da família. Se tinha feito o que fez era para proteger o filho. Mesmo não demonstrando que o amava, ele continuava a ser seu filho.
Agora, a principal parte do plano estava prestes a ser terminada... Voldemort e seus Comensais iriam matar Harry Potter, Paula Black e Elizabeth Lupin. Nada poderia ser nada mais perfeito.
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O seu sangue escorria por todo o mármore escuro. Paula se aproximou dele tremendo. Sentia uma dor de cabeça irritante e a sua cicatriz ardia como nunca. Se ajoelhou ao seu lado. Não sentia sua respiração, nem seu pulso, nem o coração bater... Fechou seus olhos com a mão. As lágrimas caiam sem parar. Ele havia morrido por sua causa. Por sua culpa. Harry a amava de verdade, mas era tarde demais. Declarações de amor se podem ignorar, mas a morte nunca é ignorada, simplesmente não pode ser ignorada.
Hermione olhou para a cena horrorizada, seus olhos vidrados no corpo ensangüentado e na garota que chorava ao lado dele. Draco, Rony e Elizabeth ficaram perplexos demais para dizerem algo ou para fazerem algo. Harry se jogara na frente de Paula quando Voldemort lançara o feitiço Avada Kedrava na menina.
Voldemort celebrava e ria numa louca alegria. Conseguiu matar o seu principal inimigo e agora acabaria com aquelas duas pirralhas incômodas. Aquele pobretão Weasley e a sangue ruim Granger também teriam que ser mortos, os seus Comensais eram uns incompetentes mesmo, não sabiam nem ao menos trazer as vítimas certas. Já o filho de Lucius poderia ir aprendendo a matar os inimigos.
- Seu... Seu... Velho idiota! - gritou Hermione revoltada.
Todos os Comensais olharam surpresos para ela. O rosto asqueroso de Voldemort se abriu num pequeno sorriso debochado.
- Você será a próxima, sangue ruim! - ele retrucou - Lucius! Acabe com ela!
Lucius ergueu a varinha, sem demonstrar nenhuma compaixão e apenas disse:
- Avada Kedrava!
Sua cabeça doía muito e sua cicatriz ardia, Elizabeth achou que ia enlouquecer de tanta dor. Ela soltou um grito quando mataram Hermione. Estava se sentindo inútil, completamente inútil. ''Logo eu serei a próxima'', ela pensou infeliz.
Rony parou de tremer. Seu corpo passou a nem reagir mais ao mundo exterior. As mortes de seus dois melhores amigos, seus grandes amigos foi um choque muito grande para ele... ''Logo eu serei o próximo'', ele pensou desesperado.
"Dois já morreram... Por que? Pra que?" - Paula pensou. Ela não queria mais lamentar, dentro do seu peito só ardia um desejo crescente de vingança. Matar quem havia feito aquilo com Harry, sim... Matar!
Draco entrou em estado de choque. Como ele pôde matá-la tão cruelmente? Sem nenhuma consideração?! Ele sabia que ele a amava... Ele não podia ser seu pai! SIMPLESMENTE NÃO PODIA! É claro que podia, ele era um Malfoy, talvez Draco não fosse um Malfoy de verdade. Pela primeira vez, em 16 anos, Draco sentiu nojo do sangue que corria em suas veias. Ele queria morrer junto dela, queria apenas que ela vivesse de novo, nem que para isso tivesse que dar a sua própria vida. Era incrível como o destino se sentia no direito de pôr e tirar as pessoas na sua vida. Como se a vida fosse apenas um jogo, apenas um parágrafo insignificante sobre amor em um livro de Ciência.
- O que você fez com ela?! - gritou Draco pulando ferozmente em cima do pai. As lágrimas se espalharam pelo ar. Apenas com um simples feitiço Lucius tacou o menino na dura parede de mármore branco.
Alguns Comensais riram da tolice do garoto.
Draco bateu com a cabeça na parede em um baque surdo. O sangue escorria de sua nuca em uma velocidade preocupantemente rápida.
Lucius sentiu vontade de checar como o filho estava, mas a reprimiu e voltou para perto dos outros Comensais.
Elizabeth cansara de se sentir tão inútil e frágil. Nunca sentiu tanta ira em sua vida... Nunca...
- Agora, só restam mais três... - sussurrou Voldemort com indisfarçável satisfação.
- AVADA KEDRAVA! - gritou Elizabeth com toda a sua força. Vários feixes de luz verde foram em direção a todos os Comensais e um por um, caíram no chão agonizantes. Estavam todos mortos, incluindo o Ministro da Magia e pai de Draco, Lucius Malfoy.
Tudo ficou escuro e aquela sala muito iluminada começou a girar. Elizabeth tinha desmaiado no chão devido ao esforço.
Voldemort foi rápido o suficiente para desviar do feitiço também dirigido a ele. Olhou para a menina que lhe lançara o feitiço, ela estava estirada no chão, era o momento perfeito para acabar com a sua vida.
Ele ergueu a varinha.
- Ava...
- Expelliarmus! - gritou Paula desarmando Voldemort.
Ele fez uma cara de surpresa, mas depois abriu um pequeno sorriso.
- O que vai fazer? Me matar? - ele perguntou.
- O que você acha, velho babão? - ela disse com os olhos inchados pelo choro, um sorriso irônico no rosto.
- Não pense que será tão fácil, garotinha... - Voldemort era muito rápido. O tempo em que eles trocaram essas palavras foi o suficiente para ele recuperar a sua varinha.
- AVADA KEDRAVA! - os dois gritaram ao mesmo tempo.
O silêncio se fez presente na sala. Voldemort caiu no chão. "Eu o matei..." - ela pensou antes da sua varinha cair por entre seus dedos. Sentiu o seu corpo ficar pesado e as pernas enfraquecerem. Caiu de joelhos no chão, sentiu algo escorrer pelo seu rosto... Era sangue. O feitiço de Voldemort a acertara na cabeça, abrindo um imenso corte na sua testa. "Eu só... Eu só queria ter tido a chance de conhecer o meu pai..." - ela disse com a voz fraca, observando o corpo sem vida da assassina de seu pai ao longe. Ela não agüentou ficar consciente por muito tempo e caiu com o rosto no chão.
O queixo de Rony caiu até o chão, era tanto sangue, tantos mortos... Que desmaiou.
O silêncio se fez e permaneceu. Algum tempo se passou até que algo pudesse ser ouvido de novo.
Passos e mais passos apressados em direção àquela sala onde jaziam vários corpos... Alguns corpos já abandonados por suas almas, outros apenas inconscientes, com as suas vidas por um fio.
A porta de madeira velha foi aberta com um estrondo. Entrou por ela alguns membros da Ordem da Fênix.
- Chegamos tarde demais. - disse Dumbledore calmo, mas profundamente triste e abatido.
Gui e Carlinhos foram em direção a Rony.
- Ah, ele só está inconsciente... - disse Gui aliviado. Carlinhos também sentiu um peso sair dos seus ombros.
- Draco também está. - falou Snape examinando o garoto.
- Minha filha também... - falou Lupin, extremamente preocupado.
- Hermione não teve a mesma sorte. - disse Tonks com lágrimas nos olhos.
Todos olharam para ela. Olhares descrentes e tristes.
- Mataram todos os Comensais. - retrucou Olho Tonto - Um trabalho de profissional, ou profissionais...
Um homem de cabelos negros examinou Harry. Ele deixou que algumas lágrimas caíssem pelo seu rosto.
- Harry também está morto. - ele disse.
Todos abaixaram as cabeças em sinal de tristeza. Harry e Hermione nem ao menos tinham começado a viver.
- É ela, Sirius. - disse Lupin apontando discretamente para o corpo da garota de longos cabelos negros, onde tinha a maior poça de sangue - É ela, a sua filha.
Sirius abaixou ao lado da garota e virou o seu corpo. Viu um grande corte na sua testa. Todos viraram o corte e viraram a cara por surpresa e horror, menos Dumbledore, Moody e Sirius que a observavam com pena e tristeza.
Sirius sorriu para ela e tentou inultimente limpar o sangue de seu rosto. Mas seus olhos permaneciam fechados. Sua filha estava morta? Ele não queria acreditar, mas ela estava. Derramou um rio de lágrimas por seus olhos. As lágrimas caíram pela boca entre aberta da menina e seu corte se fechou magicamente. Mas ele não percebeu isso e continuou a chorar. Foi quando ouviu...
- Pai? - por mais que Paula achasse que sua voz fosse estridente, ela foi para o seu pai o som mais doce que ele já escutara.
Todos os presentes na sala sorriram.
- Vamos levar os feridos para o hospital o mais rápido possível. - sugeriu Carlinhos.
- Claro. - disse Dumbledore.
- Esperem! Que diabos!
- O que foi, Moody? - perguntou Tonks.
- Voldemort ainda está vivo!
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Nota da Autora: Mt obrigada por tds os comentários, espero q vcs continuem comentando agora q a fic tá na reta final... E quem nunca comentou... Nunca é tarde pra começar, né?
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