Cap. 12 - A Epidemia do Amor



CAPÍTULO 12 - A Epidemia do Amor




Paula se jogou na cama de Rony e apoiando a cabeça e começando a observar Harry. Ele parecia nervoso, ela ficou intrigada porque ele andara tão estranho com ela esses dias. Vendo que o garoto não iria se pronunciar ela começou a falar:



- Sabe, Harry... Eu estava pensando sobre o que aconteceu esses dias... Todos esses ataques que Voldemort e seus Comensais têm feito aos bruxos e até aos trouxas. Não vai tardar muito e eles vão tentar atacar Hogwarts de novo, eu sei... Eu tô com um péssimo pressentimento. Você sabe muito bem que o 'Ministro' não está fazendo nada para impedir essas tragédias até porque como você disse ele é um Comensal da Morte. Eu estou muito preocupada, Harry. Muito preocupada com o que pode acontecer. E se não acharmos o quarto elemento a tempo? Será que só nós três conseguiremos derrotar Voldemort? E mesmo com o último elemento... Não que eu não acredite em Dumbledore, mas não acho... - a garota parou de falar com uma cara feia de indignação - Harry, será que pode me mandar calar a boca? Hoje eu estou faladeira que nem a Liz...



- Cala a boca... - disse Harry entre os dentes, não muito certo do que estava fazendo e do que iria fazer.



- Obrigada. - murmurou Paula com uma expressão de exagerado alivio no rosto.



- Paula? - falou Harry tomado de súbito pela coragem.



- É o meu nome. - respondeu a garota sorrindo.



Aquele sorriso desarmou Harry, mas era agora ou nunca.



- É... Hum... - Harry pigarreou, procurando as palavras e decidido a não olhar nos olhos da menina - Des-des-de qu-que eu conheci você foi... Bem, eu não conseguia parar de pensar em você...



- Hã? - Paula o olhou confusa com medo do que vinha a seguir, para falar a verdade ela nunca foi boa em lidar com os meninos, sempre dava fora em todos, nenhum era suficiente bom para ela, como ela gostava de dizer, mas a grande realidade era que ela tinha medo... Medo de se apaixonar... E ficar dependente do amor de alguém... Ela tinha medo de se decepcionar, mas nunca tinha se atrevido a arriscar.



- Espera eu terminar! - exclamou ele, impaciente.



- É que...



- As nossas vidas eram... São tão idênticas. Tudo o que eu tinha passado na vida você também tinha sentido na pele e até hoje eu lembro de cada segundo dos meus dias desde que você chegou em Hogwarts... Ai, mas que droga! Isso tá muito meloso... Eu só quero dizer... Te perguntar...



- NÃO!



- Não o que? - perguntou Harry sem entender.



- Você ia me pedir em namoro não ia? - ela foi direto ao ponto deixando Harry sem graça. Ele coçou a parte de trás da cabeça desconcertado e respondeu:



- É. - foi a única coisa que conseguiu pronunciar, uma solitária letra.



- Eu não posso Harry. Sinto muito... - Paula resolveu que contaria a maior mentira de sua vida - Eu tenho um namorado... No Brasil... Sinto muito mesmo.



Paula respirou fundo.



- Adeus! - ela falou rapidamente e saiu do quarto quase atropelando o garoto.



O cérebro de Harry desceu ao lugar do estômago, ele teve a amarga sensação de que o seu estômago tinha descido para o seu pé esquerdo e o seu coração tinha ido... Coração, o que é isso? Ele se sentia o mesmo menino magricela que levara um fora de Cho Chang há dois anos atrás, mas ele mudara tanto... Já não era tão desprezível quanto antes... Não era possível? Por que os maiores tesouros já tinham dono? Apesar que ele não achava que Cho era um tesouro. Ele só queria ela... Era pedir demais? "Droga! Agora eu estou percebendo... A Elizabeth com certeza sabe que ela tem um namorado, aliás todas as garotas! E o Rony também deve saber! Por isso ele não quis me ajudar quando eu disse que estava apaixonado por ela e ele fingiu que também estava afim de uma garota... Aposto que era mentira! Por que eu sou sempre o último a saber?"



Paula saiu do quarto tonta, seu coração doía. Ela sabia muito bem o porque: Porque se importava com Harry e não queria magoá-lo. Mas não o amava, não mesmo, ela tinha certeza disso. Ou não?



Quando ela chegou no salão Comunal da Grifinória viu uma cena inesperada: Rony e Elizabeth se beijando! E ao seu lado outro casal também se olhava apaixonado, os dois com cara de besta desmamada, Neville e Gina. E por mais desesperador que fosse ver todos esses casais juntos, amando, tinha mais outro, Hermione e... Draco! No salão da Grifinória! Isso era espionagem! Um absurdo! Jogando forca de bruxo junto com Hermione? Ela estava confraternizando com o inimigo! Namoros, namoros, rivalidade das Casas à parte. Ah, não! Isso era demais pra ela! Todos tinham alguém para amar!



- O QUE É ISSO? UMA EPIDEMIA?! - gritou Paula com raiva.



Todos os seis olharam para ela, como já era muito tarde não tinha mais ninguém no salão, além dos "três pares de pombinhos apaixonados e um pássaro solitário, EU!"



- Paula, o que é isso? - perguntou Elizabeth quando quase todos tinham se recuperado do choque.



Paula olhou frustrada para amiga, abaixou a cabeça e começou a subir o dormitório feminino lentamente.



- Mione, essa sua amiga tem algum problema mental, é doida, é? - sussurrou Draco, sarcástico, mas Paula escutou e estava disposta a descontar toda a sua ira no primeiro imbecil que aparecesse e um Malfoy era simplesmente perfeito.



- Olha aqui seu retardado com cabelo cor de ovo podre! Se você quer falar alguma coisa diz na minha cara está entendendo?! Posso ser doida, mas não sou surda!



Malfoy a olhou surpreso e levantou do sofá com toda a sua altivez.



- Veja como fala comigo sua sangue estragado! Falo o que eu quiser, de quem eu quiser, na hora que eu quiser, no tom que eu quiser. E se você quer saber a única coisa podre aqui é o seu sangue!



PAFT! Malfoy tinha levado um soco, mas não de Paula que olhava a cena boquiaberta, fora Harry! Ele tinha descido as escadas para ver o porque de Paula ter gritado e viu Malfoy a ofendendo. E ninguém tinha o direito de dizer aquelas coisas para ela. Ninguém jamais a ofenderia! Harry não permitiria!



- Potter, seu idiota! Mione, me ajude a levantar!



Mas Hermione não o atendeu. Ficara chocada. Depois de tudo, Draco ainda tinha aquele terrível preconceito. Ela achando que ele tinha mudado. Toda aquela cena na biblioteca...



- Hermione! - Draco a acordara de seus pensamentos.



Ela o olhou friamente e disse apenas:



- Certas coisa nunca mudam não, é? Malfoy?



Ela começara a subir a escada quando escutou uma voz nas suas costas. A única voz que ela não queria escutar naquele momento, até a de Voldemort era mais preferível. Era a Profª McGonagall.



- DETENÇÃO PARA OS 8 OITOS INDIVIDUOS DESTA SALA! E o que um sonserino faz na Grifinória a essa hora da noite?! - Ela puxou Draco pela orelha.



- Mas, Profª McGonagall...



- Não tente explicar nada Senhor Weasley! Você e seus amigos arruaceiros deverão comparecer na minha sala amanhã as 17h para começar a detenção!



Ela arrastava Draco pela orelha em direção a saída, apesar dos gemidos de dor e protestos do garoto. Se virou apenas para dizer:



- Que decepção, Senhorita Granger!



Quando a professora saiu todos estavam com cara de burro quando nasce.



- Mas eu não fiz nada... - murmurou Neville.



- Nem eu - completou Gina - Mas acho que devemos agradecer ao Harry pela detenção!



- Mas se a Paula não tivesse gritado nada disso teria acontecido! - falou Elizabeth fulminando a amiga com o olhar.



- Muito obrigada por me apoiar, amiga querida! Harry, o que você tinha na cabeça quando bateu no Malfoy? Eu ia fazer isso! Sei me defender muito bem sozinha!



Hermione observou ao longe toda aquela gritaria, não teve ânimo para discutir nada. Subiu as escadas e se deitou na sua cama quentinha... Chorando...



Paula encerrou a discussão. No fim, depois de uma hora em que todos trocaram ofensas entre si. Ela agiu sensatamente, pela primeira vez em 16 anos, dizendo que não iriam chegar a lugar nenhum com aquela discussão tola.



Todos foram deitar exaustos e irritados. Mas Paula em especial não conseguiu dormir bem à noite, teve um sonho terrível. Alguém que ela amava muito morria para salvá-la e caia ao lado do corpo de um outro alguém que ela também queria bem.



Ela acordou suada e tremendo. Depois não conseguiu dormir mais, teve medo de ter outros pesadelos. Tinha medo que aquele sonho se tornasse realidade e duas pessoas que ela conhecia morressem de verdade.



*******************



Nota da Autora: Me desculpem, mais uma vez a demora. É que eu estou com tanta preguiça e tão desmotivada...



A Paula ganhou esse capítulo só para ela, sabe :) Foi um presente de niver atrasado para mim (fiz 16 dia 7/1!), mas isso não vem ao caso.



Esse é último capítulo que eu faço com romance, os outros terão mais suspense e a partir de agora se preparem pois vocês nunca vão ver um D/Hr sofrer tanto! Huahuahuahua *risada maléfica e aterrorizante* Estou preparando tantas desgraças... Huahuahuahuahuahua!!!!!! Vai começar com pequenas briguinhas e vai chegar ao ponto de ter duas mortes trágicas. Quais vocês acham que vão morrer? Harry, Rony, Draco, Paula, Elizabeth ou Hermione? Vai ser um garoto e uma garota. E eles não fazem par romântico (Então já descartem qualquer coisa ao estilo Romeu e Julieta).



Aí vai um trechinho do próx cap:


O seu sangue escorria por todo o mármore escuro. Ela se aproximou dele tremendo. Se ajoelhou ao seu lado e fechou seus olhos com a mão. As lágrimas caiam sem parar. Ele havia morrido por sua causa (...) Ele entrou em estado de choque. Como ele pode matá-la tão cruelmente?

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