Gosto doce de morango



Capitulo III

Gosto doce de morango





Naquela terça-feira teriam a primeira aula de feitiços do ano letivo.

Mary, que havia se inscrito para as orientações de feitiços e transfiguração, agora torcia de dedos cruzados, para não ser a escolhida pelo professor Flitwick.

Após um breve discurso, o professor declara.

-... e o aluno escolhido foi... Mary Jane Williams...

Todos aplaudem.

Após uma “leve” cotovelada de Candy, Mary se levanta relutante, e agradece com um sorrisinho forçado, esfregando a costela atingida.




***




Após o almoço, todos do 6º ano que teriam aula de transfiguração, deveriam trazer seus bichinhos de estimação para a classe. Por isso Mary, Candy e Lana voltavam da torre da grifinória carregando os seus.

- Mary, para de modificar os cabelos, já disse que loiros e ondulados estavam ótimos. – Candy a repreende quando troca pela terceira vez os cabelos de loiros para rosa.

- Tem certeza? – pergunta insegura – Quero estar maravilhosa hoje. É a primeira aula com o Sírius.

- Professor Sírius, sua confiada. – a outra ri. – Vê se não vai esquecer e chamar o professor pelo nome.

- Eu não sou doida. – responde trocando a aparência para loira novamente.

No caminho encontram uma aluna do 5º ano que fora altamente recomendada para a orientação, pela professora Rose.

- Olá! – Lana se dirige a moça – Seu nome é Alice Teng, não é?

- Sim. – a outra responde sucinta

- Essas são Mary Willians e Candy Taylor. – as duas cumprimentam a quintanista – E meu nome é Lana Morgan, - se inclina a beijando no rosto, surpreendendo Alice que retribui constrangida – Muito prazer, sou a nova orientadora de DCAT. - fala com orgulho – A professora Rose te recomendou para as orientações do 1º e 2º estágios.

Alice dá um sorrisinho amarelo, incomodada com o entusiasmo da orientadora.

- Me desculpe! – a interrompe – Você deve estar enganada! Eu já fiz a orientação do 1º estágio no terceiro e quarto ano. Estou agora no quinto ano, tenho que fazer o 2º estagio, a orientação para o quinto e sexto ano, não? – pergunta receosa

- Ela foi bem clara ao afirmar que você continuaria a orientação do terceiro e quarto ano e acumularia com a do quinto e sexto. – a mais velha contesta

- Posso perguntar o por quê? – fala a contra gosto

- Ela disse que eu deveria dar atenção especial a você. – e complementa, para o desespero da menina - Inclusive aulas particulares se você quisesse...

Ela fica vermelha de vergonha, mexendo o rosto de forma engraçada.

- Mas para que tudo isso? – exaspera-se, num fio de voz.

- A professora falou que você tem muito talento, mas pouco domínio. E que, com alguma prática, poderia facilmente se tornar a próxima orientadora da matéria. – fala toda empertigada, como se fosse a maior honraria do mundo bruxo.

- E, definitivamente, isso seria ótimo?! – fala sarcástica

Lana franze o cenho sem entender a provocação, e olha interrogativamente para as amigas, que dão de ombros.

- Bem! – começa contrariada – Suponho que, um elogio desses, vindo de uma Professora como a Srta. Rose, é realmente ótimo. – dá de ombros – Bem, você é quem sabe. Estou me pondo à disposição. Os horários estão fixados no mural – e se vira em direção a sala de transfiguração.

- Ok, orientadora! – fala arrastado – Se a professora me indicou?! – completa se sentindo derrotada

- Então tá legal! – se volta a ela, tentando aparentar pouco caso – Te espero lá. – e se vira com um grande sorriso, triunfante.






***




O Professor Sírius Black observa calmamente, sentado sobre sua mesa, seus alunos adentrarem a sala com os mais diversos animais de estimação.


Finalmente toca a sineta anunciando o final do intervalo e ele pula da mesa pousando graciosamente no chão.

- Olá pessoal! – Sírius inicia – Como todos já devem saber, meu nome é Sírius Black – escreve no quadro negro em letras de forma – Sou o novo professor de transfiguração – se vira para a turma – Sem rasgação de seda, para mim é uma grande honra ser convidado para substituir a professora MacGonagal – fala solene – Ela também foi minha professora e, sem falsa modéstia, fui um de seus melhores alunos em minha época.

Faz uma careta divertida provocando risos por toda classe.

- Bem, espero estar dentro das expectativas de vocês. – coloca a mão em concha ao lado da boca em confidência – E, pelo menos, aos pés da Diretora Minerva.

Mais uma lufada de risos corre a turma.

- Vejo que, como solicitado, a maioria de vocês trouxe seus bichinhos de estimação para a aula. Não se preocupem, não haverá nenhum dano a eles. –fala com um sorriso ao ver uma menina apertar seu gato, com um pouco demais de força, ao vê-lo passar ao seu lado – Me responsabilizo em reverter qualquer transfiguração mal feita. – faz um cafuné no topo da cabeça do gato malhado da garota, que sorri aliviada.

-Quase ia me esquecendo! – exclama batendo na própria testa – O novo orientador!! É! – balança a cabeça afirmativamente – A professora MacGonagal pediu que eu dissesse que gostaria muito de estar aqui, para dar, ela mesma a noticia. Já que foi ela que escolheu o orientador da matéria.

Um rumorejo corre a sala.

- Pediu também que eu dissesse, que ela tem muitas expectativas com relação a este aluno, e que tem convicção que ele será um excelente orientador.

Mary dá um muxoxo, um pouco alto demais, e leva um cutucão de Candy. Isso não passa despercebido pelo professor que franze as sobrancelhas. As três garotas sorriem forçadamente tentando mostrar casualidade. Sírius maneia a cabeça e retribui o sorriso.

- Continuando! – diz divertido – E sem mais delongas, lhes apresento seu novo orientador... – faz um floreio – Benoît Doinel – e bate palmas fazendo os outros aplaudirem também.

Benoît levanta fazendo uma reverencia teatralizada. O professor estende a mão, apertando à dele com força.

- Se você for tudo o que a Professora MacGonagal anuncia, vou estar muito bem auxiliado. – e bate nas costas do rapaz que volta a se sentar satisfeito consigo mesmo.

A aula em si, começa. Mary é a primeira a conseguir transfigurar seu gato preto, Shadow, em um belo violino negro e reluzente.

- Parabéns, senhorita Willians! – o professor se aproxima pegando o violino – Excelente sua transfiguração! – toca o instrumento que tem um som delicioso. – E vejam a riqueza de detalhes, até a musicalidade foi conferida ao animal... – fala surpreso.

Mary, tentando esconder o rubor da face, vira-se para o lado oposto. Ela percebe Candy arregalar os olhos, desconsertada, e ouve o professor dizer divertido.

- Você é metamorfaga?

- Sim... – ela responde sem entender e Candy a mostra uma mecha de seu cabelo que de loiro, passara a um tom muito forte de ruivo. – Oh, meu Merlin! – exclama baixinho cobrindo os olhos com uma mão.

- Eu só conheço uma outra pessoa metamorfaga! – o professor continua – É minha, querida, priminha Tonks, ela se parece um pouco com você, também é bem moleca. - ri

A garota se espanta com a constatação, e o homem se explica.

- Não pense que não observo meus alunos. – e completa baixo, para que só ela pudesse ouvi-lo - Quanto mais uma aluna excepcional como você. – e belisca sua bochecha, piscando um olho marotamente antes de se afastar.

Mary solta um suspiro junto com um “Humm” meloso olhando significativamente para as meninas, os olhinhos brilhando.

Sírius anda pelas carteiras e para ao lado de um Benoît displicentemente sentado sobre a cadeira pendendo em duas pernas.

- E você orientador, onde está seu animal?

O rapaz endireita-se falando uma resposta ensaiada.

- Minha coruja foi levar uma carta a um parente...

- Oh sim, você pode então tomar emprestado o gato da srta. Willians. – se vira pedindo a aprovação da menina.

Mary, que acabara de fazer seu cabelo voltar ao tom de loiro claro, responde maneando afirmativamente a cabeça, sentindo seu rosto esquentar.

- Mary... – sibila Candy mostrando a mecha novamente ruiva.

- Eu já sei... – fala com voz pastosa, já transformando o violino em Shadow de novo o entregando ao professor e olhando acusadoramente para Lana que tentava esconder o riso tampando a boca com ambas as mãos.

- Palhaçada... – Adrian fala propositalmente alto do outro lado da sala.

Mary o mira estreitando o olhar e movimenta os lábios em um “Se meta com a sua vida” e se volta a Lana a ajudando com seu tambor branco e felpudo que ainda miava preguiçoso, quando lhe batiam.



***



E chega a tão ansiada sexta-feira.

Toda Hogwarts cochichava sobre o assunto da semana. A palestra com o auror que ajudou “O eleito” a eliminar aquele-que-não-deve-ser-nomeado, Ronald Weasley. Os alunos mais novos estavam em polvorosa. Muitos até formulavam listas de perguntas para fazer ao visitante.

Para os alunos mais antigos, a palestra já não era novidade, pois há dois anos atrás o mesmo auror já havia estado na escola e esclarecido todas as suas duvidas sobre a Grande Batalha. Como ficara conhecido o dia da derrota de Lorde Voldemort.




O sexto ano, após uma aula dupla de transfiguração, ouvia satisfeito o toque do sinal que indicava o almoço.


Ao acabar de comer um pedaço generoso de torta de chocolate, Lana pede licença para se levantar de seu lugar a mesa.


- Aonde vai, moçinha? – Benoît pergunta desconfiado

- Não te interessa, seu traidor! – responde dando língua divertidamente ao amigo – Vem comigo Mary?

Mary olha com pesar para a sobremesa inacabada em seu prato e faz um beiçinho.

- Eu vou! – Candy levanta limpando a boca com o guardanapo e sibila – Você não vai fugir, não!

Lana suspira fundo, pedindo a Deus paciência, e vai em direção a porta seguida de perto pela amiga.

Alguns segundos depois, Alex dá um susto nos grifinórios.

- Tô pronto! – e ao não achar a moça na mesa, pergunta – Cadê ela? Pó, qual é, Ben?

- Calma cara! Paciência é uma virtude... – fala displicente, colocando o ultimo pedaço de torta na boca.






- Eu realmente achei que você fosse tentar fugir. – Candy fala, se olhando no espelho, enquanto penteia os cabelos no banheiro das monitoras do segundo andar.

- Pra vocês encherem o meu saco pro resto da vida? – diz a outra que soltara o rabo de cavalo e agora finalizava passando gloss nos lábios – Acho que essa semana já basta, não é?

Candy ri do comentário verificando o resultado no espelho.

- É! Confesso que a galera pegou pesado. – e se vira para Lana. - Dá uma chance para o cara. – fala séria agora – Quem sabe não dá certo?

- Com o Adams, Candy? – pergunta descrente – Parece que você não conhece a peça. – tira um frasquinho da bolsa borrifando um perfume de jasmim atrás das orelhas e nos pulsos – Ele quer é se divertir! A cisma comigo é porque eu vivo dizendo não. E ele não agüenta um não como resposta.

- Eu acho, que pra quem não tá tão interessada assim, você tá se arrumando um pouquinho demais... – a mulata se diverte a vendo escovar mais uma vez os cabelos.

- Também não vou dar esse mole, dele dizer que foi ruim, né?



As duas saem do banheiro rindo e se dirigem ao salão principal.

Ao alcançarem a escada para o primeiro andar, Lana é agarrada pelo braço.

- Peguei ela Alex! Essa não foge mais... – Phillipe grita, derrubando a bolsinha da garota no chão e a fazendo descer alguns degraus a força.

- Me larga, seu maluco. Você tá me machucando! – ela tenta se desvencilhar

- Larga ela Phil! – Alex grita surpreendentemente ríspido com o amigo.

- Para Phillipe! Ela não tava fugindo! – Candy pronuncia o nome do garoto pausadamente, enquanto lhe aplica um belo beliscão o fazendo exclamar um impropério. – Bem feito, intrometido! Nós só fomos retocar a maquiagem. – Pega a bolsa e o braço da amiga e descem se juntando aos outros que esperavam no pé da escada.

- Vamos logo com isso? – Lana fala entre dentes para Benoît, vendo o numero de pessoas aumentar, consideravelmente, depois da cena.


- Tudo bem – Benoît começa falando para todos ouvirem – O negócio vai ser o seguinte: “Cinco minutinhos no paraíso”

- Nada disso! – A garota protesta rápido, já conhecendo do que se trata.

- O que é isso? – Alex parece interessado

- É uma brincadeira trouxa, que eu conheci nas férias. – Ben responde prazerosamente – Duas pessoas entram em um lugarzinho assim como esse... – aponta para o armário de vassouras – E tudo pode acontecer em exatos cinco minutos...

- Ah Ben, isso já é demais! – Mary intervem a favor da amiga, tendo a aprovação de Candy.

Benoît faz uma cara de enfado.

- Não! – Alex debocha falando arrastado – Eu só quero o que ela me prometeu. – cantarola tocando no queixo da garota que afasta sua mão com um tapa.

- Tá legal! - dá de ombros – Se você não sabe aproveitar uma oportunidade, quando ela cai na sua cabeça, Adams?

- Entra logo Lana! – Candy fala baixo para a garota – Já tá juntando muita gente. Se os sonserinos souberem, já viu!


A moça entra receosa na semi-escuridão do armário. Alex a segue fechando aporta atrás de si.

- Ele te machucou? - ele a toca onde o amigo a tinha apertado.

- É certo estar roxo amanhã! – fala acariciando o braço dolorido - Nada que Madame Pomfrey não possa dar um jeito.

- Pode deixar, vou deixar o olho dele igualzinho. – graceja tentando quebrar o clima estranho.

Ela ri se encostando a parede à frente dele.

- Pronto Adams... – fala baixinho, percebendo o silencio que vinha de fora do armário. – Acaba logo com isso...

- Pronto o que? – a imita encostando do outro lado, se divertindo com a situação. – Você é que tá me devendo...

Pega suas mãos a puxando delicadamente para si.

Ela sente as bochechas arderem.

- Te conheço bem moçinha! – acaricia suas mãos - Não quero que você diga depois, que eu te agarrei e te beijei a força.

Ela pode ver um sorrisinho sacana em seu rosto pela luminosidade que vinha do respiradouro da porta.

- Você pensa em tudo? – é irônica, mas se deixa levar encostando o corpo ao dele.

- Eu penso em você! – fala com voz sensual tocando o rosto da moça com as pontas dos dedos.

- Em mim e em toda classe feminina de Hogwarts. – ela ri tentando esconder o nervosismo.

- Não sei por que, mas você é diferente. – abaixa o rosto chegando a centímetros do dela.

- Tá, eu vou fingir que acredito... – ainda receosa, preenche o espaço restante, e nas pontas dos pés, toca sua testa a dele.

Alex permanece imóvel..., aguardando..., mergulhando no mar azul dos olhos dela. Ela morde de leve seu lábio inferior, o provocando a continuar. Ele geme baixinho, subindo as mãos nas costas da garota, provocando de volta, a fazendo arfar levemente. A moça sobe as mãos por seu tórax passando os dedos sensualmente por seu pescoço e segurando sua nuca. O fazendo quase perder o controle..., quase, porque ele continua impassível, a olhando com intensidade, ainda aguardando o próximo movimento dela.

Vendo que não teria outra opção, Lana entrelaça os dedos nos cabelos dele, o aproximando e tocando os lábios dele com os seus. Começa um beijo meigo, doce..., acariciando a boca dele com os lábios. Ele retribui da mesma forma cálida,...tímida. Ficam assim alguns minutos, como se reconhecessem, como se isso fosse uma lembrança adormecida que eles precisassem recordar.

O beijo começa a se intensificar lentamente.

Ele acaricia a cintura dela, fazendo com os dedos um vale entre a blusa e a saia, tocando delicadamente a pele morna, sentindo seus pêlinhos se eriçarem com o contato.

Lana se afasta milímetros, e ele se repreende mentalmente pela ousadia, com medo que ela se recusasse a continuar. No entanto, ela sorri o olhando nos olhos e umedece os lábios dele com sua língua. Ele os entreabre dando passagem à língua dela, que começa um beijo molhado, voluptuoso e apaixonante.

A moça se afasta devagar e sorri satisfeita ao senti-lo estremecer de olhos fechados. Percebe murmúrios do outro lado da porta e sua prudência a manda sair o mais rápido possível.

Alex a sente distanciar-se, instintivamente desce o rosto na curva de seu pescoço, a fazendo parar. A respiração ainda irregular, o faz puxar o ar com mais urgência, e ele sente um perfume delicado, inebriante que ele não consegue distinguir, mas que deixa sua mente num estado de torpor.

Ela, com as mãos espalmadas em seu peito, o afasta com cuidado.

Ele a impede estreitando o abraço e, sorvendo mais uma vez o aroma de seu pescoço, pede baixinho:

- Não vai ainda, não!

A garota sente sua razão e toda sua coerência se extinguirem em fração de segundos. E, sem perceber, cede, recostando-se a ele. Beija seu pescoço, delineando o maxilar, até alcançar a boca.

Dessa vez ele a beija, exigente, a apertando mais em seus braços, explorando sua boca com um desejo a muito reprimido. A ouve gemer baixinho, o incitando a aprofundar o contato, ele escorrega as mãos sob a camisa afagando suas costas e a envolvendo pela cintura. Ela acaricia seu maxilar com uma mão e com a outra afaga os cabelo de sua nuca retribuindo com a mesma intensidade.

Após algum tempo, ambos interrompem o beijo arfando, os pulmões pedindo por oxigênio.

Olham-se nos olhos e, apesar da penumbra, ela pode distinguir um brilho surpreso em seu olhar.

Risadinhas abafadas seguidas por um “Shhhh” coletivo chegam até o ouvido da moça, a lembrando da situação inusitada que se encontrava. Ela se afasta mais uma vez e ele a retém segurando sua cintura.

- Vem a Hogsmead comigo amanhã? – pergunta com voz rouca

- Preciso ir pra aula! – responde a primeira coisa que vem a mente.

Ela desvencilha-se gentilmente de seus braços, desviando o olhar. As maçãs do rosto queimando

O rapaz a deixa escapar, mas toca seu rosto a fazendo encara-lo novamente.

- Vem a Hogsmead comigo! – pede hipnotizando-a com o olhar, a fazendo vacilar por um momento.

- Preciso ir... – repete abrindo a porta.

A luminosidade a cega por uma fração de segundos, a fazendo apertar os olhos para se acostumar com a luz. Ao avistar as amigas, que estavam entre entusiasmadas e surpresas em vê-la sair primeiro, pega cada uma pela mão, as afastando rapidamente, fingindo não dar importância aos gritinhos e outras manifestações que alguns alunos reagiam à cena.

- Ela deve ter azarado ele... – ainda ouvem Phil gritar enquanto se afastam.

- Que me azarou, o que? – Alex sai do armário com o mesmo sorrisinho enigmático nos lábios, olhando por onde ela havia ido.

Espreguiça-se como um felino e, fazendo troça, diz:

- A próxima, por favor! – desarruma os cabelos, fazendo uma careta divertida com a gostosa gargalhada que dera a galera que ainda permanecia ali.




***



As três garotas atravessam a tapeçaria que servia de atalho para a torre da grifinória.

- Calma Lana, já podemos parar... – Candy se solta da amiga, esfregando uma dolorida marca vermelha deixada pelo puxão.

- Você azarou ele mesmo, Lana? – Mary pergunta ainda arfando e já rindo pela cara da garota.

- Que idéia!! – Lana responde ofegante, se apoiando na parede para descansar.



Já recuperadas caminham em direção a torre.

- E ai! Como foi? – interroga Candy.

- Como foi, o que? – Lana desconversa disfarçando um sorriso.

- Não enrola! – a amiga segura seu braço a fazendo parar – Como foi?

Ela revira os olhos sem conseguir segurar o riso.

- Ele gostou! – dando ênfase ao ele, e com um sorrisinho triunfante, continua andando.

As duas se entreolham divertidas e a seguem, postando-se cada uma a um lado.

- E você? – Mary continua

- Bem... – começa vacilante – Não posso dizer que foi ruim... – olha pra seus próprios pés, e as duas notam suas bochechas se tingirem de rubro. – Até que foi legal...

- Legal?! – Candy a repete descrente – É a primeira vez que ouço essa descrição para um beijo... Fala sério Lana!

A garota suspira resignada.

- Tá, eu confesso. – revira os olhos – Ele beija muito bem. - fala a contragosto.

- E o que mais rolou? – insinua uma Mary saliente

- Mais nada, cabeça suja! – belisca a amiga.

- Ai!! Não precisa agredir! – massageia o local, com uma careta.

- Só um beijo... – complementa rindo e para por um segundo retificando – Quero dizer, dois...

- Hummmm! – as duas murmuram em uníssono.

- É, foi! – a garota tenta desconversar – Mas é melhor nós irmos para a aula de adivinhação. Já tá quase na hora.

- Hummmm! – repetem espezinhando.

- Querem parar! – pede tentando segurar o riso.

- Ahhhh! – continuam e as três caem na gargalhada.




***



Alex sobe as escadas para a torre da corvinal. Teria um tempo vago depois do almoço, pois não tinha se inscrito para adivinhação, achava a matéria uma perda de tempo. Planejava tirar um cochilo e talvez matar a aula de trato das criaturas mágicas, se desse na telha.
Vinha satisfeito com sigo mesmo por, finalmente, ter tirado uma casquinha daquela gostosinha difícil.

– Agora ela tá no papo! – pensa triunfante – Da próxima você não me escapa Morgan! – estreita os olhos, passa a língua nos lábios e sente o gosto doce da boca da moça. – Putz, que boquinha gostosa! – pensa alto.

Com esse pensamento entra no salão comunal e sobe as escadas para o dormitório masculino. Ao entrar em seu quarto, estranha ao ver as cortinas de sua cama fechadas. Ao abri-las, sorri satisfeito ao ver Angel preguiçosamente deitada.

- Oi! – ela fala sedutora.

- Oi gatinha! – responde sentando ao lado dela e afagando sua coxa sob a saia do uniforme.

- Tava com saudade. – diz lânguida.

Ele apenas continua a apalpá-la com intimidade.

- Porque ficou a semana toda sem falar comigo? – pergunta ressentida. – Depois das férias que tivemos, achei que você sentiria a minha falta.

Alex permanece mudo. Deixa suas mãos falarem por si, abrindo os botões da blusa da garota. Toca seus seios com possessividade sobre o sutiã rendado, fazendo-a se calar por alguns instantes.

- Alex... – ela sussurra fechando os olhos. Ele a beija deitando ao seu lado. Percorre o corpo da moça com mãos ágeis, lhe arrancando alguns suspiros – Eu queria conversar...

- Tem certeza? – desce a mão encaixando entre suas pernas, transpassando os dedos pela calcinha, a fazendo gemer alto.

- Ah... - ofega

- Fala gatinha! O que você quer conversar? – diz provocativamente em seu ouvido, enquanto aprofunda os dedos na pele úmida da menina.

- Alex... – repete entre gemidos, os olhos brilhando.

- Fala Angel, tô escutando! – a voz baixa, pausada e sexy, os movimento cada vez mais intensos.

Ela desiste se entregando a excitação, enterra os dedos nos cabelos do rapaz o puxando para um beijo voraz. Alex se senta e começa a tirar sua blusa, quando ela pede.

- Coloca um feitiço imperturbável na porta.

- Não precisa. – responde displicente tentando despi-la.

- Mas alguém pode entrar! – insiste apreensiva se cobrindo com a blusa que ele tentava tirar.

- Todos os panacas do dormitório estão na aula de adivinhação. – fala sacana acariciando o mamilo dela com a palma da mão. – Não esquenta, somos só você e eu. – dá um sorriso cativante desarmando a garota que o deixa desnudá-la da cintura para cima.

Ele suga seus seios alvos e mordisca os mamilos, um depois o outro, sem deixar de excitá-la.

Com um sorriso dele, num código sem palavras, ela se levanta, tira sua camisa o beijando no pescoço... descendo pelo tórax... barriga... abre o zíper da calça e o envolvendo numa caricia oral. Ele retira sua calcinha, a deixando vestida somente com a sainha de colégio.
Continuam se estimulando até que Alex pede que ela pare. Deita-se de costas cruzando os braços sobre a cabeça e a olhando nos olhos como se ela já soubesse o que deveria vir a seguir. Angel se senta sobre o quadril dele o encaixando entre as pernas. Ele fecha os olhos sentindo o prazer do momento, a mente divaga em um perfume delicado e num gosto doce de morango. Ela pousa as mãos espalmadas no peito do rapaz entrelaçando os dedos em seus pêlos, puxando devagar, o fazendo despertar. Alex abre os olhos com um sorriso bobo enquanto a sente movimentar-se sobre si. Por um instante fica confuso ao ver os cabelos loiros da garota ondulando em sua cintura. Franze a testa tentando se lembrar do pensamento que passara por sua cabeça, mas imediatamente resolve que deixaria isso para depois.
Contempla a belíssima garota. Ela tem a pele bem clara, de toque macio. Os seios fartos, que pulavam conforme ela se movia. A cintura bem fina finalizando com um piercing de estrela no umbigo, colocado durante as férias com ele na Espanha. Ele não precisava ver seu bumbum escondido sob a saia escolar para saber como era delicioso, já o vira inúmeras vezes. O acaricia apertando com firmeza, a puxando e movimentando o quadril, aprofundando a penetração, a fazendo soltar um grito abafado.

Percebendo a proximidade do orgasmo da garota, ele a rola de lado, ficando sobre ela e terminando com movimentos firmes e fortes, não se importando com os gemidos altos que ela deixara escapar.





Ele deita ofegante no colo da menina, que o aninha e afaga seus cabelos com carinho. Ficam uns dez minutos nesta posição até que ele se mostra estar desconfortável. Deita de lado, procurando o travesseiro, a fazendo se mover também na cama estreita. Vira-se de um lado a outro, inquieto.

- Já sei! – ela fala revirando os olhos e soltando um suspiro conformado. – Você quer ficar sozinho, né?

Alex sorri preguiçoso, concordando com a cabeça. A garota levanta, cata suas roupas e se veste como num roteiro exaustivamente ensaiado.

- Ainda tem a poção? – ela pergunta acabando de abotoar a blusa.

- Nesse armário... segunda prateleira. – ele aponta

Angel abre no local indicado e vê uns vinte frasquinhos de mais ou menos 300ml de uma poção rosa bebê. Cada um deles com um rotulo onde se lia “Poção Contraceptus: uma colher de sopa ao dia”. Boquiaberta, ela olha da prateleira para o garoto deitado de bruços. Pega um frasco e se agacha ao lado da cama onde havia deixado sua mochila, colocando o vidro entre o material escolar.

- Tô vendo o que te manteve tão ocupado essa semana! – fala num tom debochado, no fundo, bem sentido.

- Os caras pegam também... – murmura de olhos fechados sem dar importância nenhuma ao desagrado dela.

- Tchau Alex! – ela o beija no rosto e ele responde algo incompreensível, já quase adormecido.

Angel anda até o espelho, arruma os cabelos e limpa, com as costas da mão, uma lagrima solitária. Mira o rosto bonito e armando um lindo sorriso e sai do quarto rumo ao dormitório feminino.

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