A decisão
Capitulo 2: A decisão
- Já esteve aqui antes, Harry. Não precisa ficar tão assustado. – O Sr. Weasley percebeu a tensão do garoto.
- Sem querer ofender, Sr. Weasley. Eu sei que este é o lugar onde o senhor trabalha, mas é um tanto esquisito.
- Não me ofendeu, Harry. Eu também não gosto muito deste lugar. Sabe que quando toda essa guerra acabou ficou até mais esquisito do que costumava ser.
O Homem conduziu o garoto até um corredorzinho nada simpático. As paredes estavam estranhas com quadros de pessoas que Harry nunca tinha ouvido falar e o chão fazia rangidos extremamente chatos.
- É aqui o escritório do ministro? – O garoto perguntou quando o Sr. Weasley parou diante da porta.
- Pois é. Ninguém entendeu quando ele escolheu este lugar. Alias, ele está sempre mudando o lugar de seu escritório. – Disse enquanto batia na porta.
- Weasley. – O ministro abriu a porta.
- Ah...Senhor ministro eu trouxe Harry...
- Ele já tem 17 anos, não sei porque não consegue vir sozinho. – O ministro recaiu os olhos no Sr. Weasley que deu uma risadinha enquanto coçava a cabeça.
- Eu só queria ter certeza que Harry encontraria o caminho...
- Ora, vai tomar um café, Weasley! – O ministro trouxe Harry para dentro e fechou a porta.
O garoto observava o escritório com muita atenção. Nenhum quadro, nenhuma fotografia, nenhuma janela. Parecia mais um calabouço do que realmente uma sala prórpria para um ministro.
- Muito bem, Potter. Não tenho nada a lhe oferecer, nenhuma bebida.
- Ah...não precisa...
- Bom. – O ministro sentou-se em sua poltrona empoeirada e velha. – Sabe porque está aqui, não sabe?
- O senhor iria considerar em me dar um cargo de auror. – Disse Harry sentando-se também.
- Isso, Potter. – Ele concordou grosso.
“Definitivamente ele parecia mais amigável em meu sonho”
- Senhor ministro, eu não acredito que seja mais necessária tanta preocupação com os aurores, quer dizer, eu acho que tudo agora se ajeitou no mundo da magia.
- Ah, realmente, Potter. Você deve entender melhor do que eu, afinal, foi você que derrotou o senhor das trevas e finalmente instituiu paz no mundo bruxo. – Ele apoiou os cotovelos na mesa.
- Eu só acho que um auror agora não terá tanto trabalho. – Harry não soube se deveria ter dito isso.
- Está subestimando um trabalho de auror? – O ministro agora o olhava furioso.
- Não, não...eu não...
- Olha, Potter, quer o cargo de auror ou não?
- Não senhor.
“Cedo demais, Harry. Falou cedo demais” – Pensava Harry.
- Uma pena, realmente uma pena, receio então não temos mais nada a conversar. – Ele se levantou e abriu a porta para Harry.
Harry aparatou na’Toca enquanto senhora Weasley cozinhava o almoço. O garoto estava confuso. Sempre quis ser auror, mas simplesmente recusou o convite do ministro.
- Harry. Estou cozinhando o almoço, querido. Rony e Hermione estão no quintal.
Quando Harry abriu a porta que levava aos fundos da casa. Encontrou uma Hermione emburrada e um Rony saindo apressado pela mesma porta em que havia entrado.
- O que aconteceu? – Perguntou já temendo a resposta.
- Nada, só discutimos um pouco...
- Mas que coisa!Eu estou cansado de ver vocês brigando por qualquer besteira.
- Mas Harry...
- Será que por um dia podiam não brigar? – Ele perguntou realmente nervoso.
- Não se meta na minha briga com Rony. Eu só quero saber o que houve no ministério! – Agora ela estava gritando.
Harry olhou para a amiga e a viu furiosa, mas resolveu que era melhor contar o que tinha havido dentro do escritório do ministro.
- Eu não aceitei o cargo de auror. – Disse simples.
- Por que? – Ela perguntou um tanto esganiçada.
- Não sei.
Os dois se encaram por um momento. Até que Hermione virou de costas para Harry e ficou a observar um duende.
- Mione, eu quero voltar à Hogwarts.
- O que? – A garota voltou a encará-lo.
- Quero voltar à Hogwarts. Sinto falta de lá.
- Todos nós sentimos, Harry. Mas Hogwarts agora acabou para nós. Não temos mais que voltar lá.
- Mas eu quero. – Ele agora a olhava com um olhar de súplica pedindo apoio.
- Harry, você deveria ter aceitado o cargo de auror...
- Eu sei que você é auror, Mione. Mas esta não é a profissão certa para mim.
Hermione respirou fundo.
- Então, o que você quer ser? – A menina perguntou deixando-o mais confuso ainda.
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