Grimald Place



O desespero lentamente tomava conta do corpo do garoto paralisado em frente a janela, lágrimas escorriam de seus olhos vermelhos, um choro silencioso porem mais expressivo que um par de gritos.
Num mundo “paralelo” ao que Harry vivia, uma pequena corujinha voava no céu fantasmagoricamente branco, a chuva havia finalmente cessado mais o frio e a névoa persistiam, impedindo que os tímidos raios de sol penetrassem por suas densas nuvens, a coruja começou a perder altura e a poucos minutos qualquer trouxa que olhasse para cima poderia ver-la, o número 4 da rua dos Alfeneiros se tornou mais visível e logo ela estava entrando por sua janela aberta e estendendo a pata para que retirassem o pergaminho.
Harry abriu a carta displicentemente com a varinha, a alguns minutos antes se tivesse lembrado que poderia fazer mágicas fora da escola teria ficado feliz, mais agora achava que demoraria muito tempo para se sentir assim novamente. Não se surpreendeu com o que estava escrito, provavelmente esta carta havia sido enviada minutos antes do ocorrido, e Mione não sabia o que estava por vir.

Harry
Não quero ficar muito tempo sem mandar noticias e me preocupa não ter recebido resposta da carta que lhe enviei anteriormente, sei que deve ser angustiante pra você não saber do que está acontecendo mais como já lhe disse teremos que nos encontrar para conversarmos sobre tudo. Receberemos noticias cruciais logo mais, o sr. Weasley deve estar chegando e a casa está apinhada de gente para escutar o novo líder da Ordem!! Ë a única coisa que posso te dizer agora, porque na realidade não é novidade para ninguém sua nomeação.

PS: Nos veremos logo e Ron manda um alô!!!

Harry abriu o jornal e leu a noticia pela quarta vez:

AQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO ATACA EM PESSOA

Na noite do ultimo domingo 29, um ataque planejado à um vilarejo trouxa, causou a morte de Arthur Weasley, ex.Chefe da Seção para Detecção e Confisco de Feitiços Defensivos e Objetos de Proteção Forjados, de acordo com os boatos o então Líder da organização que se auto intitula Ordem da Fênix.
Acreditasse que o real motivo do ataque que levou o próprio Lord Negro ao condado foi a aniquilação dessa mesma Ordem, considerando que seu suposto ultimo líder Alvo Dumbledore foi morto no ano que se passou.
Segundo o testemunho de Travis McBurne que chegava com reforços no local, diz ter visto “uma figura revestida por uma capa negra, com olhos muito vermelhos e ofídicos, fendas no lugar das narinas e a pele extremamente branca” sobre os escombros da casa da família Weasley conjurar a marca negra e aparatar segundos depois.
Todos os feridos pelo ataque inclusive a sra. Moly Weasley encontram-se no hospital St.Mungos.

Mais informações sobre os múltiplos ataques nas páginas 6-7.


Decidido a encontrar os amigos Harry colocou o jornal e a carta no bolso traseiro do jeans, deixou a varinha em mãos, caso um imprevisto acontecesse, colocou Pichí na gaiola que já estava na cauda da vassoura, vestiu novamente a capa da invisibilidade e partiu para o número 12 do Largo Grimald.
Foi difícil reconhecer o caminho e as lagrimas em seus olhos turvavam a vista, tornavam tudo mais difícil, se perdeu algumas vezes e demorou mais do que havia esperado, a noite já caia quando avistou a antiga casa de Sirius.
Não sabia o que esperar quando se posicionou entre os números 11 e 13, queria estar junto dos Weasley nesse momento tão difícil, então lembrou-se que não sabia a nova senha que havia sido mudada quando a casa foi passada para ele. Uma raiva repentina caiu sobre seu corpo e pensou o quão inútil havia sido até aquele momento, Ron e Gina estavam precisando de ajuda e ele estava la sentado na calçada sem saber o fazer.
Tirou um pergaminho amassado da mala, e escreveu sem pensar muito:

Para qualquer um que esteja ai dentro,
Estou aqui fora.
Harry.

Endereçou ao Largo Grimald e pediu Pichí que levasse a carta. Minutos depois que parecerem séculos, o número 12 se materializou e Lupin saiu pela porta, com roupas mais rotas e gastas do que nunca, apresentando uma série de machucados feios. O homem acenou para Harry, e atravessou a rua tentando ajuda-lo com as malas, era possível ver seus olhos vermelhos, que mostravam que o homem havia chorado até segundos atrás.
- Olá Harry – disse com voz fraca – me desculpe não termos ido te buscar, mas devido as circunstancias, quero dizer, eu acho que você já sabe que... – o homem não conseguiu completar a frase e lágrimas voltaram a molhar sua face.
- Eu soube – disse Harry enquanto recolhia suas malas do chão dispensando Lupin do serviço – Ron e Hermione estão lá dentro?
- Estão sim Harry. Acredito que você tenha lido o Profeta, sabe, a Toca foi destruída. – dessa vez Lupin parecia ter controlado o choro, apesar de conservar uma voz anormalmente fraca.
O menino não respondeu, apenas adentrou a casa colocando suas malas no hall de entrada enquanto procurava pelos amigos com o olhar. A aversão que Harry sentia pelo Largo Grimmauld era muito grande já que a casa passara a ser associada com Sirius e o quanto ele tinha sofrido ali dentro, era como se o garoto ainda pudesse ver o padrinho se arrastando mal humorado pelos cantos, amaldiçoando o velho quadro de sua mãe e resmungando contra aquele velho mausoléu.
- Arry! – disse uma voz feminina inconfundível – acrredito q vucê já sabi da trragédia – Harry reparou que Fleur assim como Lupin conservava sinais inconfundíveis de ter chorado. – Os Weasley istõ na cuzinha.
Harry não retribuiu o comprimento de Fleur, após ouvir o que a mulher tinha a dizer, entrou na cozinha ansioso e encontrou todos os filhos do senhor Weasley com exceção de Percy junto à Hermione sentados na mesa chorando, a menina ao ver Harry entrar pela porta correu ao seu encontro:
- Ah Harry, nós realmente queríamos te buscar, mas não podemos sair daqui e os outros... – Hermione começou a chorar baixinho.
- Não se preocupe com isso agora Mione, não é importante. – Harry olhou para Ron que cobria o rosto com as mãos e foi ao encontro do amigo.
- Bem cara, eu imagino como você deve estar se sentindo agora depois do que aconteceu, eu realmente imagino. – enquanto dizia isso dava pequenos tapinhas nas costas de Ron. Harry voltou seus olhos para o resto da mesa e viu que Gina chorava compulsivamente abraçada a um embrulho. Harry não sabia se deveria consola-la, depois de tudo que havia se passado entre eles, mas no fundo queria que continuassem amigos e na melhor das hipóteses, num eventual término da Guerra, ficarem juntos, por isso decidiu por sentar-se ao seu lado e a abraçou tenrramente, sentindo instantaneamente o perfume floral da garota e os seus olhos castanhos se dirigindo a ele em sinal de agradecimento.
- Harry eu... – Gina tentou falar alguma coisa mas foi interrompida pelo menino.
- Shhh, não se preocupe Gina, tudo vai ficar bem. – nesse momento todos olhavam para os dois, não com olhares de censura, mas de compreensão ficaram assim por um momento depois sem dizer nada Harry se levantou atraindo os olhares de todos, pegou suas coisas subiu para o antigo quarto e deitou na cama olhando para o teto envelhecido pelos anos.
A única coisa em que ele pensava era em uma maneira de liquidar Voldemort, não podia deixar que essas coisas continuassem acontecendo, seus amigos estavam sofrendo e se ele era realmente o escolhido tinha que destruí-lo mesmo que custasse sua vida. Enquanto devaneava sobre como achar as horcruxes foi interrompido por passos do lado de fora, a porta se abriu e Ron entrou. Se encararam por alguns minutos e ele colocou em palavras todos os pensamentos de Harry:
- Sinceramente Harry, já ficamos parados de mais e precisou acontecer... – os olhos se encontraram e dividiam os mesmos sentimentos de ódio e dor, Harry sabia o que o outro queria dizer e não precisou que completasse a frase – Ele se foi Harry, a dias atrás eu o abraçava e agora ele se foi e nunca mais poderei vê-lo, se Vol.. – ele respirou fundo – Se Voldemort pensa que vai ficar por isso mesmo está muito enganado, temos que fazer alguma coisa, temos que achar as horcruxes e tem que ser logo.
Se encararam novamente e Ron sentou-se na sua cama e começou a chorar silenciosamente.
- Ele era como um pai pra mim Ron. E espero que realmente saiba que sei o que você está sentindo já perdi pessoas de mais em minha vida e enquanto Voldemort estiver vivo todos a minha volta vão morrer, e não quero esperar que isso aconteça até ficar realmente cara a cara com ele e fazer o que deveria ter feito a 6 anos quando nos encontramos pela primeira vez. – Harry calou-se e deitou vestido na cama, pensou em Sírios e Dumbledor e o que suas mortes haviam significado para ele, antes não queria agir nem pensar mais agora só a vingança tinha lugar em seus pensamentos, precisou o sr.Weasley morrer para ele finalmente acordar para o caos que o mundo bruxo se tornara e a responsabilidade pesar em seus ombros.






COMENTS PLEASEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
(brigada pelos que jah comentaram)
bjusss!!!!

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Comentários (1)

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