Lado a lado com o inimigo

Lado a lado com o inimigo



- O que aconteceu Mione? Já faz mais de uma hora que o horário de monitorar acabou. Por Merlim eu estava desesperado. – Harry parecia louco. – Ele tentou algo não foi, Malfoy aprontou de novo. Eu sabia, não devia ter permitido, eu vou matá-lo!
- Hey, Harry calma, não foi nada disso. Na verdade, Malfoy me falou algumas coisas... – mas antes que Hermione pudesse terminar Harry voltou a tagarelar.
- Ele tentou te enganar, te fazer acreditar nele, desgraçado, ele vai pagar. – foi então, que Hermione viu que contar com a ajuda de Harry era impossível, e decidiu terminar o assunto. Draco tinha razão, Harry não aceitaria.
- Harry, me deixe falar, ok! – falou irritando-se. – Malfoy não me falou nada que prestasse, então ficamos mudos até o fim da monitoria, e quando terminou eu decidi ficar um pouco lá fora, pensando. – concluiu Hermione.
- Posso saber em que você pensava?
Harry tinha se acalmado, e olhava para Hermione com um olhar protetor e ao mesmo tempo um olhar clamando por atenção.
- Nisso tudo Harry, na guerra, em Voldemort, em mim, em você, em Malfoy, enfim no que tenho vivido.
- E o que pensou sobre você e eu? – perguntou o garoto, passando os braços na cintura da castanha. – Me deixaria feliz? – Harry sorria agora.
- Harry, não sei... – Hermione saiu do abraço de Harry. – na verdade, te pedi um tempo e você não está me dando.
- É, você está certa, como sempre. Eu juro Mione que te darei o seu tempo, mas quero te pedir algo antes que eu o faça.
Hermione que antes olhava para baixo, encarou os olhos verdes de Harry. – Quero que me dê um beijo de boa noite.
Hermione foi beijar o rosto do amigo, porém Harry a beijou com mais paixão que das outras vezes, aquela sensação era magnífica, beijar Harry era tão gostoso e tão tranqüilizante, era como se nada de mal pudesse acontecer, era acolhedor, era como um sonho, e ela poderia beijá-lo a noite inteira.
- Está livre agora, senhorita Granger... – disse Harry quando a soltou. – Só volto a beijá-la agora, quando você desejar, ok!
Então, pode continuar. Pensou Hermione.
- Está bem senhor Potter, eu agradeço.
Depois disso, cada um seguiu o seu destino, e quando Hermione chegou ao seu quarto, não conseguiu dormir, não pelo beijo de Harry, já estava se acostumando a eles, mas pelas palavras de um certo Malfoy.
No dia seguinte, quando Hermione desceu para o café, falou bom dia a todos, porém Gina não respondeu, Hermione achou que a ruiva poderia estar com sono, porém durante o dia Gina simplesmente ignorou o fato de Hermione tentar falar com ela. A castanha sentia que tinha a ver com um certo par de olhos verdes.
Na quarta-feira, era o dia da monitoria com Harry e Padma. Hermione sabia que a garota ia irritá-la, pois desde que Cho saiu do colégio, Padma, como sua amiga, sentiu necessidade de tomar o lugar da amiga e passou a dar em cima do Harry sem nenhum pudor. Não que Hermione tivesse ciúmes de Harry, mas porque era extremamente desagradável ver alguém se insinuando da maneira que ela se insinuava a alguém.
A noite correu melhor do que Hermione previu, Padma deu em cima de Harry, que para variar ficava com cara de bobo, até que delicadamente, Hermione mandou Padma parar caso não quisesse perder o cargo.
Depois que voltou dessa monitoria, Harry e Hermione discutiram algum tempo, porque Harry estava realizado dizendo que a garota sentia ciúmes dele, depois de muito tentar explicar que não era isso, Hermione simplesmente desistiu e foi para o seu quarto. Ao chegar lá viu uma coruja preta bicando sua janela, ela parecia um pouco cansada como se estivesse ali há algum tempo. Hermione deixou que a coruja entrasse e lhe deu água, depois de pegar o pergaminho que a mesma trazia.

Granger,

Não sei se já pensou, mas o fato é que preciso de ajuda.
Você pode me encontrar agora no corujal?
É urgente.
Aguardo resposta.

Draco Malfoy

O que Draco poderia querer com ela aquele horário? Seria um truque? Não, Draco não parecia disposto a isso.

Malfoy,

Espero que não seja uma brincadeira,
Meu dia não foi muito fácil hoje.
Estarei lá em 15 minutos.

Hermione Granger

Hermione precisava de um banho, e em 10 minutos estaria pronta, mas pediu 15 para não se atrasar. Ela colocou uma camisola cor de rosa de seda, fazia muito calor, e por cima um roupão que fazia conjunto com a camisola.
Quando chegou ao corujal, Hermione encontrou Draco com um roupão grosso verde musgo, por cima daquilo que parecia ser um pijama de seda creme, ele estava lindo, os cabelos molhados como se tivesse acabado de sair do banho, o cheiro dele de menta estava empestando o corujal. Quando a viu, Draco ficou boquiaberto com o como ela estava linda daquele jeito, aquele perfume de quem acaba de sair do banho, mas o de Hermione era diferente, o cheiro dela lembrava o de rosas, deixando Draco entorpecido, sem resistir, a abraçou com força, e falou somente:
- Que bom que você veio.
Eles ficaram naquele abraço por um tempo, Hermione sentiu novamente o desejo de ajudá-lo, de dar apoio a ele, abraçar Draco Malfoy era algo novo, o cheiro dele a deixou meio zonza, mas o pior foi o contato com o corpo dele, e que corpo, Malfoy era lindo, a deixou sem pensar, eram tantas sensações, desejo, ternura, raiva, carinho, tantas coisas que mesmo que ela tentasse distinguir seria impossível, pois Draco Malfoy a deixava sem chão. Depois de algum tempo abraçados, a garota se soltou, olhou para Draco e perguntou: - O que está acontecendo?
- Minha mãe, veja isso. – Draco entregou a Hermione o Profeta do Diário, onde tinha uma foto de Narcisa Malfoy, com cara de desnorteada, sumindo e desaparecendo.

Malfoys em crise

Após a prisão de seu marido, Lúcio Malfoy, a Sra. Malfoy pareceu ter ficado completamente desnorteada. Afinal, não sendo o bastante ter o marido em Azkaban, o filho Draco Malfoy não parece estar cumprindo o seu papel de homem do lar, afinal o garoto decidiu voltar a Hogwarts mesmo depois do escândalo do ano passado, quando o herói Harry Potter, testemunhou dizendo que o garoto Malfoy não tinha matado o nosso querido amigo, Alvo Dumbledore. Draco parece estar em cima do muro, talvez o garoto não saiba que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado não aceita esse tipo de coisa.
O fato é que Narcisa está desaparecida á uma semana, exatamente o tempo em que o garoto está no colégio. O que nos faz pensar que pode ser uma maneira que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado encontrou de intimidar o rapaz, caso ele pense em mudar de lado. E agora? Será que o rapaz vai seguir as regras do Senhor das Trevas ou seguirá pelo caminho iluminado do bem, mesmo que sua mãe morra por isso? Draco Malfoy seria capaz de matar nosso herói Harry Potter? Como Minerva McGonagall permitiu que um aprendiz de delinqüente voltasse ao convívio de todos que freqüentam Hogwarts? O que o Triunvirato fará agora?
São perguntas que não querem calar meu caro leitor, mas só o tempo irá nos responder.

Rita Skeeter

- Francamente, quem essa mulher pensa que é? – Hermione estava indignada. – Não se preocupe, vou dar um jeito nela.
Hermione sabia que Rita era animaga, mas que não era registrada no ministério, o que ela realmente não sabia, é o porque tinha liberado aquela jornalista a voltar a escrever no Profeta, nada que ela não pudesse resolver.
- Você realmente não tem notícias da sua mãe?
- Infelizmente tenho, na verdade ela é prisioneira, e só será libertada quando tiverem uma prova de minha lealdade, falei com ela hoje, e ela me pareceu tão estranha. – os olhos de Draco encheram de lágrimas. – Me pareceu estar ficando louca. – então, o loiro, voltou a abraçar a castanha, que dessa vez o abraçou forte também, e acariciou o cabelo dele.
- Hey, calma Draco, tudo vai melhorar, eu prometo. Nós vamos dar um jeito nisso. Se é de uma prova que ele precisa, ele vai ter. – Hermione estava enxugando uma das lágrimas de Draco. – Que tipo de coisa seria uma prova para eles?
- Não sei.
- E se... Bem você e eu fingíssemos estar virando amigos?
- Não sei Hermione, eu não sei! Não acho que eles acreditariam que você aceitaria ser minha amiga.
- Então o que?
- Sei lá, dizem que mulheres só aceitam determinados homens quando se apaixonam...
- Você está sugerindo que a gente namore?
- Você faria isso por mim? – Draco, perguntou aquilo como uma criança pergunta se pode ficar acordada até mais tarde por causa do desenho favorito.
- Draco, isso é loucura...
- Eu sei, mas não vejo outro jeito.
- Está bem, não sei exatamente o porque, mas acredito em você, você não é mal como desejou um dia ser. Quando sua mãe estiver livre, vou tentar tirá-la da mansão Malfoy, pedir ajuda à Ordem e abrigá-la, vamos ajudá-los Draco, eu prometo. – Hermione sorriu ao ver a cara de Malfoy, ele parecia ter ganhado uma bicicleta no natal.
- Nunca ninguém me ajudou sem pedir nada em troca.
- Mas quem disse que é de graça. – falou Hermione séria, deixando Malfoy com a respiração acelerada. – O preço Draco, é que você seja sincero e que não minta para mim, mas caso isso seja muito difícil para você, ficaria feliz em ter aulas de vôo com você. – a castanha ria para ele agora. Ela só podia estar ficando louca, ela simplesmente aceitou namorar Draco Malfoy, para salvar a mãe dele.
- Bem, mesmo que seja muito difícil para mim não mentir, eu vou tentar, mas de qualquer maneira, prometo que darei aulas de vôo, afinal, sou seu namorado agora, não!?
- Ops, vamos definir isso Draco, não é de verdade, nós só fingiremos.
- Sim, mas tem que parecer real, para a notícia se espalhar. – falou Draco, coçando a cabeça, tímido.
- É verdade, mas só parecer. Por Merlim o Harry vai me matar por isso. – Hermione fez sinal negativo com a cabeça.
- Pode deixar que eu te protejo. – Draco estava rindo de novo, Hermione tinha vontade de proibi-lo de sorrir daquele jeito, mas era tão vê-lo feliz.
- Draco, eu vou precisar de um tempo, pelo menos um dia para conversar com o Harry e o Rony. – Draco fez que sim com a cabeça.
- Nunca terei como agradecê-la por isso Hermione.
- Simplesmente continue sendo assim.

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