Lua Cheia
Agora as coisas já estavam mais calmas na toca. A Senhora Weasley ainda choramingava às vezes. E teve que tomar uma poção para o sono. Harry acabou fazendo o almoço. Mas mantinha seus pensamentos no jantar que iria acontecer à noite.
- Harry, ta muito bom. Não sabia que você sabia cozinhar. – Gina apesar de ter sido estuporada, amarrada e ter sido prisioneira não perdia o bom humor tão fácil. – Já está pronto pra casar.
Harry se afogou ao ouvir isso. Todos ficaram rindo dele. Ficou tossindo até que Hermione fez um gesto com a varinha e ele pode se acalmar.
- Calma Harry, isso não foi uma indireta. – Hermione estava rindo também. – parece mais uma direta.
O dia passou com se o relógio estivesse correndo ao contrário. Eram cinco horas da tarde quando Harry foi verificar se a sua roupa ainda servia, tomou um susto ao perceber que ele não caberia de jeito nenhum na sua veste a rigor.
Avisou que iria sair para buscar uma veste nova e aparatou no caldeirão furado. Não viu ninguém lá. Não deu muita bola achando que Tom estava cuidando de algum dos seus hospedes. E seguiu para os fundos da loja.
Bateu num tijolo e esperou o portal se abrir. Ao entrar se deparou com o beco diagonal meio vazio. Mas não deu importância para isso. Seguiu para o Gringottes. Encontrou com Gui, que estava de passagem e pediu para que ele apressasse as coisas para ele já que estava com pressa.
Alguns minutos depois ele já estava andando pelas ruas calmamente. Com sua bolsa de dinheiro mais cheia. Entrou na Madame Malkim. Havia apenas uma pessoa lá dentro, uma velha querendo um xale. Esperou apenas alguns minutos e a mulher saiu com um xale verde. Logo foi atendido.
- Olá, o que o senhor deseja?
- Oi, eu vou ter um jantar importante hoje e gostaria de um veste a rigor, que também possa ser usada em um casamento, que eu terei nesse mês.
- Claro, eu tenho alguns modelos. Qual cor você prefere?
- Preta, meio discreta se possível.
- Tudo bem, eu tenho um modelo que acho que o senhor vai gostar. Qual é o seu nome, por favor? Eu tenho que anotar quem vem aqui.
- Harry senhora, Harry Potter.
Meia hora depois Harry sai de lá carregando uma sacola grande. Resolve dar um passeio pelo beco diagonal. Encontra uma loja de antiguidades. E resolve parar ali para comprar o seu presente de casamento. Fico olhando até encontrar uma cama muito bonita feita por elfos.
Disse quando e onde entregarem e saiu para visitar a loja dos Gêmeos.
Chagou na maior e mais espalhafatosa loja. Era a única que ainda estava cheia. Nas outras só havia poucas pessoas.
-Fred, - Jorge gritou a um canto – Harry ta aqui.
Logo Harry deu um pulo para trás, a estatua de bruxo ao seu lado se transformou em Fred. Os aplausos foram gerais.
- Como vai Harry, estava testando mais um produto, aqui na frente de todos. É pra transformar a pessoa em estátua chama-se Estátua Viva. Mas dura pouco tempo apenas um minuto. Não vamos fazer algo que acabe sufocando alguém não é mesmo – terminou em uma imitação perfeita de Percy.
- Estou bem. Vim aqui porque eu tinha umas coisas pra fazer.
Jorge chegou ao lado dele carregando uma flauta comprida.
- Olá Harry, como que estão todos lá em casa?
- Sua mãe teve que tomar uma poção para se acalmar. Mas fora isso, estão todos bem. Mas o que é essa coisa?
- Uma flauta dormente. Ela adormece quem está com raiva no corpo. Também é ótima com as cobras. Elas sentem a vibração das notas. Mas você não precisa de uma flauta pra controlar uma não é?
- Não, as coisas seriam muito mais demoradas – disse se lembrando de como controlara a cobra.
- Venha conosco, temos algumas coisas muito interessantes ali atrás. Rowena se você puder segurar as coisas nós já voltamos – uma garota de uns dezeseis anos acenou positivamente atrás do balcão.
- Pegue isso – disse entregando alguns pacotes para Harry.
- Nada disso vai acabar me matando não é?
- Não, vamos deixar esse trabalho pro Dobby. Mas esse aqui – apontou para uma caixa cinza – tem uns envelopes para estátua viva.
- Esses aqui – Jorge jogou mais outros – são pó peruano, você sabe o que faz. Ali tem pó de sono.
- Continuando, esses aqui – Fred já mostrava mais alguns itens – são moedas portais. Servem para enviar coisas de um lugar para o outro.
- Como elas funcionam? – Harry ficou interessado nisso, poderia ser um modo de comunicação entre eles.
- Muito simples, você só precisa prender elas com essa cordinha aqui no que você quer carregar e escrever o endereço aqui – apontando o verso da moeda – com a sua varinha. É genial, mas ela não quebra as barreiras anti-aparatação.
- Senhores Weasleys, se puderem vir aqui tem uma mulher reclamando que não tem mais poções do amor.
- Bom Harry fique a vontade. A sim, avise a mamãe que eu quero que ela faça um almoço especial no domingo. Vou levar uma amiga – Jorge estava com um sorriso de orelha a orelha quando disse isso – e não esqueça de avisar que ela é trouxa, mas ela não vai se assustar com monstro.
Meia hora depois Harry sai com algumas sacolas estufadas da loja. Resolve passar na Botica, para recuperar o seu estoque de ingredientes. Pega quatro benzoares. Precaução nunca é demais.
Harry chegou às seis e meia na casa dos Weasley’s. encontrou Rony jogando uma partida de xadrez com Carlinhos e Hermione lendo um livro.
- Olá. Tudo bem enquanto eu saí? Nenhum comensal andou atacando a casa enquanto eu estive fora?
- Não, mas vamos ter que desgnomizar o jardim. Opa –uma das torres caiu da mesa ao chão quando ele acabou com a peça de Carlinhos.
- Bom eu vou subir tomar meu banho. Mas onde está Gina?
- Ela ta dormindo. Ela estava nervosa com tudo o que aconteceu.
- Tudo bem, eu vou indo então.
Harry desceu em meia hora, pronto para o jantar. Não encontrou Hermione, pois ela tinha ido chamar a Gina. Harry se despediu de Carlinhos e de Rony e saiu logo, pois queria ir a um lugar antes do jantar.
Aparatou no Caldeirão furado. Aproveitou que estava vazio e usou sua varinha para mudar a cor dos cabelos para loiro e os deixou mais longos e mudou os olhos para azuis.
Harry entrou na travessa do tranco. Parecia alguém de importância e ninguém o reconheceria. Entrou numa loja que vendia armas antigas “Nobres Cuteleiros”, sabia que havia uma lá, tinha visto no outro ano. Quando seguiu Draco.
Comprou para ele uma espada grande tinha mais de um metro de comprimento a lamina, com pequenos desenhos de unicórnios em sua extensão. A apagou com “Evanesco”. Sabia que isso seria útil, mas notou que não era uma espada muito boa. Ela não emanava a calma que ele sentira quando usou a espada de Griffindor. Mas mesmo assim ele precisava de uma. Sabia que iria ter que aprender a usar uma. Espadas mágicas são as únicas maneiras de atravessar o couro de varias criaturas.
Já estava na hora de ir para o restaurante. Eram dez para as oito.
Procurou o endereço nas suas vestes. Concentrou-se no endereço. E aparatou. A sensação de ser espremido num cano foi maior do que o normal.
Chegou num lugar à beira mar. Muitas pessoas importantes estavam ali. Harry reconheceu alguns dos bruxos que estavam na sua audiência e alguns que ele viu no ministério. Chegou até um homem parado no balcão.
- Olá, eu vim aqui para um jantar com Scrimgeour. Você pode me dizer onde ele está?
- Posso, mas quem é você?
- Harry, Harry Potter.
- Oh, senhor Potter me siga, por favor – fez uma reverencia estranha que fez Harry se lembrar de Dobby.
Harry chegou numa mesa que ficava exatamente no meio, todos que chegassem poderiam vê-los. Escolha proposital do ministro claro. Assim ficaria mais fácil de verem os dois juntos.
- Parece que conseguiu vir até aqui sem maiores problemas não é garoto?
- Só foi um pouco estranho. Mas não era um jantar de aniversario da sua filha? Onde ela esta?
- A Katherin? Ela ainda não veio. Sabe como são as mulheres. Levam séculos para se arrumarem.
- Sei disso. Mas e a sua mulher? – Rufo engole em seco.
- Minha mulher morreu há alguns anos. A dezesseis para ser exato. Alguns meses antes de você acabar com aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Ele ordenou que a matassem, pois eu tinha capturado um dos seus espiões Antônio Dolohov. Ele trabalhava no ministério. Era um obliviador. Eu ia para o caso do Rookwood, mas isso aconteceu e tive que passar para o Moody.
- Me desculpe eu sei como é difícil falar sobre isso. – mas Harry simpatizou um pouco com o novo ministro, pois ele também tinha sofrido nas mãos de Voldmort, ele com certeza iria tomar melhores medidas para controlar o mundo bruxo.
Mas a conversa parou por ai mesmo. O ar foi roubado de Harry. As luzes pareciam ter se apagado, pois Harry só conseguia ver uma coisa. Entrando no restaurante, vinha uma linda garota de dezessete anos.
Ao vê-la, Harry sentiu seu coração explodindo dentro do seu peito, parecia que ele queria saltar para fora. Ela virou-se e viu eles. Agora ele estava pulsando dentro do seu pescoço e escutava uma voz dentro de sua mente dizendo para ele ir até ela.
Seus cabelos estavam esvoaçando no vento, eram ruivos em lindos cachos o que deixou Harry em transe. Seus olhos pareciam ser feitos de alguma pedra rara, pois nunca tinha sido visto um azul tão lindo.
Ela vinha “voando”, seus pés mal tocavam o chão. Ela parecia um anjo com cabelos de fogo. Ela estava usando um vestido branco com detalhes vermelhos. Harry simplesmente não sabia o que dizer. Ela estava vindo na direção deles.
Olhou para Harry sem o reconhecer e foi em direção ao ministro.
- Oi papai!
Aí já era demais. Como que Rufos Scrimgeour tinha uma filha dessas? E como Harry nunca tinha visto ela antes se tinham a mesma idade? E porque o seu coração estava pulsando dentro da sua cabeça? Cada batida chegava à dor de tão forte.
- Oi! Mas, que é você?
Harry ainda estava perdido em seus pensamentos sem saber mais o que dizer. Parecia que ela emana um calor que não podia ser visto, mas todos podiam senti-lo. Um calor que deixava a todos em transe.
- O - oi! – Harry naquela hora queria poder mandar um Avada Kedavra em sua própria cabeça por ter gaguejado – meu nome é Harry Potter. Seu pai me convidou para jantar. Mas que eu me lembre senhor ministro – Harry olhou para Rufos com cara de poucos amigos – você tinha dito que contou à sua filha que eu viria.
- Eu acabei me esquecendo disso, sabe, é muito agitada a vida de ministro.
- Eu sei como é, você nunca esta em casa. Mas Harry, posso chamá-lo assim? Brigado por ter vindo. Eu não queria uma festa, pois sempre vai muita gente chata e interesseira. Mas acho que você não é assim.
- Não, eu prefiro não chamar a atenção para mim. Como se isso fosse possível. Cada vez que eu vou num lugar todos me reconhecem.
- Sei o que você está sentindo. Antes era quando meu pai era chefe da seção de aurores agora porque ele subiu alguns cargos.
- Entendo. Por falar nesse assunto. Rufos, eu gostaria de saber no que os meus pais trabalhavam. Ninguém me falou.
- Harry, entenda que algumas vezes não podemos sair dizendo tudo. Mas acho que você já tem idade o suficiente para entender o que eles fazia e não vai sair contando para ninguém. Ambos eram Inomináveis.
- Inomináveis? Nossa mas isso é muito importante. Eles deveriam ter sido muito inteligentes e muito bons em magia.
- E eles eram. Seu pai tinha um dom natural para transfiguração. Ainda não sei como ele nunca conseguiu se transformar em animago. Sua mãe era muito inteligente, ela trabalhava na seção da sala da morte. Você já foi lá, era a sala do véu. Ela estudava sobre ele.
- Nossa. Eu não entendo porque ninguém me falou isso até hoje. Nem mesmo Sirius.
- Por falar em Sirius, acho que esse é o momento certo para falar. Um dos bens do senhor Black ainda se encontra no ministério porque ninguém consegue mexer nele. Ele ficou preso. Mas acho que você vai saber lidar com ele.
- Mas o que pode ser tão importante a ponto de ele não deixar que ninguém mexa?
- A moto. Sirius Black adorava a moto que tinha e não deixava ninguém mais mexer nela. Era uma moto trouxa enfeitiçada por ele mesmo, mas dentro dos padrões legais. Mesmo ele tendo sido expulso de casa o sobrenome dele fez com que os responsáveis sobre os artefatos dos trouxas daquela época ficassem com medo dele.
- Que bom. Mas, quando que eu vou poder pegar ela? Gostaria de saber como ela é.
- Eu tenho uma foto aqui. É uma Harley Davidson, é uma Dyna Low Rider.
- Nossa, é linda. Quer ver Katherin?
- Só com uma condição. Não me chame de Katherin. Parece nome de velha. Me chame de Kate. É, ela é realmente linda.
Algumas horas se passaram durante esse jantar, onde Harry e Kate se tornaram amigos. Rufos começou a perceber que deveria desistir de fazer com que Harry se aliasse ao ministério porque não iria conseguir. E começou a conversar com eles sobre as antigas aventuras dele enquanto caçava comensais.
Chegou finalmente à hora deles saírem, pois já era quase onze horas e o ministro tinha uma reunião cedo com o ministro alemão. Ambos saíram para olharem a vista do mar antes de irem embora.
- Bom, se vocês dois quiserem ficar conversando mais um pouco por mim vai estar tudo bem. Kate, se você quiser pode ir à hora que Harry preferir, não tenho medo que algo lhe aconteça enquanto vocês estiverem juntos e você está mais do que preparada para enfrentar problemas.
Dizendo isso caminhou até a praia e desaparatou.
Kate olhou para Harry com um sorriso no rosto.
- Finalmente ele me deixa ficar mais algum tempo fora. Ele diz que alguém pode tentar me seqüestrar se eu estiver andando por aí. Então eu tenho que ficar em casa.
- Isso deve ser chato, eu na casa dos meus tios tinha que voltar sempre antes do meu primo. Mas eu podia ficar na rua até ele voltar.
- Eu soube que você morou com seus tios trouxas, era muito ruim lá?
- Era pior. Eles odiavam tudo que tinha alguma relação com a magia. Então eu não era um convidado de honra. Mas agora eu não preciso mais voltar. Já posso cuidar da minha vida.
- Entendo. Você vai ter que voltar para a escola não é mesmo?
- Não, eu consegui convencer o seu pai que eu preciso fazer algumas coisas. Mas eu tenho ainda uma pergunta para você.
- Pode falar, até hoje eu não fiz nada que fosse preciso esconder.
- Como que nos temos a mesma idade quase, e nunca nos vimos em Hogwarts?
- Eu estava esperando você me perguntar isso. Todo mundo quer saber. Mas porque o seu interesse?
- É que, bem – Harry não sabia o porquê da curiosidade dele e da vontade louca de saber mais sobre essa garota. – eu nunca tinha visto você e queria saber o porquê.
- É que eu não estudei em Hogwarts. Eu estudei na Beuxbattons. Por isso. Lá o estudo é mais rápido. Mas agora que eu me formei vou ter que is para alguns lugares para aprender. Meu pai me mandou para lá para fugir da agitação daqui. Mas lá eles queriam bonecas sabe, e eu não sou isso. O ensino não era dos melhores. Poções era fraco mesmo, voe apenas aprendia poções domésticas, como para dor de dente, coisas inúteis como essa.
- Entendo, deve ser por isso que Fleur é daquele jeito. Uma dama. – os dois riram com o comentário.
- A maioria de lá é assim. Agora é a minha vez.
- Vez? De que?
- De fazer uma pergunta. Depois você de novo, depois eu e assim vamos.
- Interessante, mas pode perguntar.
- Eu queria saber se você está com pressa de voltar pra casa.
- Pergunta fácil. – Harry não queria se separar dela. – não estou com pressa. Quando eu chegar vou dormir até de manhã, quando vou ter que ir novamente ao ministério.
- Então feche os olhos.
Harry fechou os olhos e sentiu sendo abraçado em todo o seu corpo. Parecia que ele estava pegando fogo. Podia sentir o toque leve das mãos dela percorrendo suas costas. E sentiu-se puxado. Estava sendo espremido novamente por um cano de borracha, mas podia continuar sentindo ela. Não queria se separar, por isso não foi tão forte a pressão que ele sentiu.
Abriu novamente os olhos e viu uma linda lua cheia. Não sabia onde estava, mas sabia que não estava sozinho, pois ainda podia sentir o doce perfume de Kate. Estavam num campo podiam ver um bosque ali perto e o chão era de uma grama fofa.
- É lindo aqui? Mas onde estamos.
- Na França. Aqui é um dos lugares que eu mais gosto. Ninguém conhece esse lugar. Eu sempre que posso venho aqui. Vamos lá encima, assim poderemos ver melhor a lua cheia.
Ambos sobem até uma pedra grande e alta, que estava logo acima deles. O lugar era perfeito. Tinha tudo o que eles precisavam parecia que tinha saído dos sonhos deles e caído ali.
- Está quase na hora. – Kate parecia bem feliz ao dizer isso – aqui é quase meia noite.
- Meia noite? – mas eles tinham saído as onze da Inglaterra.
- É que aqui na França tem uma hora a mais. Você vai ver. Olhe.
As flores começaram a brilhar num azul forte e de dentro das flores saíram milhares de borboletas que brilhavam no escuro. Tinham varias cores, azul, preto e branco eram as mais fortes que haviam lá.
A cada instante parecia que mais surgiam do nada. Elas iam saindo do chão como se sempre estivesse ali.
- Mas Kate, como que nós não as vimos se passamos pelas flores? – Harry estava maravilhado pelas cores dançantes delas.
- Elas estavam grudadas ao caule das flores e só saem à meia noite. Por isso que foi bom nos termos saído aquela hora. Ninguém além de nós dois conhece esse lugar, ou essas borboletas.
- Elas são lindas, assim como você – Harry ficou estupefato. Como poderia ter dito aquilo? Ele amava a Gina. Mas não podia por ela em perigo. Não podia por ninguém em perigo.
- Obrigada – um dos seus cachos vermelhos caiu sobre o seu rosto deixando-a mais linda. – mas eu não sou tão linda quanto elas.
Harry num gesto involuntário tirou a madeixa ruiva do rosto dela. Mas ao fazer isso sua mão passou de leve sobre o rosto dela e ambos sentiram um calafrio que não tinha nada a ver com o frio.
Naquele momento só havia eles. Não existia guerra. Não existia Voldmort. Nada. Eram apenas eles dois, parados no lugar dos sonhos sem nada ou ninguém que pudesse atrapalhar esse momento.
Harry olhou para aqueles olhos azuis, sentindo o doce perfume que emanava dela. Parecia o mesmo perfume que emanava daquelas flores que os rodeavam. Não havia como escapar dos olhos dela. Nem havia força alguma que o impedisse de colocar a mão dele no rosto dela.
Kate estava maravilhada, ela não sabia o porquê que não conseguia desgrudar os seus olhos daquelas duas esmeraldas que Harry tinha nos olhos. Elas brilham com muita intensidade, o que a fazia se sentir livre. Então sentiu uma mão leve sobre o seu rosto, parecia que ela estava segura de tudo, apenas tendo aquela mão no seu rosto. Fechou os olhos sentindo o calor emanando das mãos dele.
Harry fechou os olhos e começou a se aproximar dela. Cada vez mais perto e cada vez mais o seu coração explodia em alegria. Parecia que ele iria morrer se não a beijasse naquele instante. Então os lábios se selaram.
Ambos sentiram como se estivessem flutuando. Os dois só sentiam os lábios um do outro.
Harry sentia como se o seu corpo estivesse em chamas querendo saber como era o corpo dela. Sentiu a língua dela entrando calmamente dentro da sua boca e sentiu um gosto mel entrando em toda a boca, mas parecia que tinha algo diferente. Ele estava ouvindo um canto de fênix. Mas não sabia de onde ela vinha. Percebeu que a canção vinha de dentro dele.
Kate já não sabia mais quem era. Só sabia que não queria que aquele beijo terminasse. Ele seria infinito se dependesse dela. Atravessou o curto espaço dos lábios com a sua língua e sentiu o gosto de torta de caramelo e se deliciou. Sentiu algo emanando do garoto, parecia um poder diferente que a fazia se sentir segura. Podia sentir o corpo dele em chamas porque o dela também estava.
Os dois sentiram os seus pés deixando o chão. Desta vez estavam mesmo flutuando. Podiam ver tudo do alto. Os dois corpos estavam colados. Um precisava do outro para sobreviver. O sentimento era que se soltasse iriam morrer. A mão de Harry foi descendo na blusa dela e soltou um dos botões. E sentiu mais do que ouviu um gemido de satisfação vindo dela.
Mas nem tudo o que é bom dura para sempre.
Um uivo longo foi ouvido. A concentração de Harry acabou e ambos caíram na relva. Outro uivo. Kate olhou desesperada para Harry.
- Harry, é lua cheia, este uivo pode ser o de um lobisomem.
Harry mataria o lobisomem se o visse por ter estragado aquele momento que iria ficar na memória dele para sempre. Mas não havia tempo para isso. Tinham que sair dali.
- Vamos, é sim o uivo de um lobisomem. Temos que sair daqui não conheço nenhuma maneira de enfrentar um deles. Podemos aparatar daqui?
- Não aqui tem um feitiço que impede, estamos em um lugar mágico. Mas eu não sei o que isso aqui tem de especial para impedir esse tipo de magia. Temos que ir até ali. – e apontou um lugar muito próximo de onde vinha o uivo do lobisomem.
- Vamos, não temos outra alternativa. Eu tenho uma idéia.
Apontou a varinha para a pedra em que eles estavam sentados e a deslocou do chão. Ambos foram andando até chegarem até a metade do caminho, mas tiveram que parar. De dentro das arvores saiu um ser alto parecia um cruza de lobo com homem. Era todo peludo, tinha um focinho comprido e orelhas pontudas. Num leve tom acinzentado no pelo.
- Pelas barbas de Merlin – Kate parecia amedrontada com aquele encontro.
Abraçou Harry com força. Parecia que era um abraço de despedida. Ela achava que dessa vez iria morrer.
- Não se preocupe, eu sei o que eu vou fazer. – o lobo começou a correr em direção deles cada vez mais rápido e mais perto.
Mas Harry não ia se dar por vencido apenas para um lobinho. Apontou para a pedra enorme que ele tinha guiado com eles.
- Gaust! - A pedra começou a brilhar num tom azul e bruxuleante. Apontou para o lobo – não tente me atacar mais uma vez ou eu não serei tão bonzinho. Uediuósi!
A pedra disparou como se fosse uma bala de um canhão, em direção ao lobisomem. Ao tocar nele ela explodiu em milhares de pedaços deixando o lobo uivando como um louco.
- Corra, eu vou conseguir segurar ele tempo suficiente para você sair daqui.
- Não, eu não vou deixar você aqui sozinho com um monstro desses.
- Vai agora, eu sei me cuidar. E nunca se esqueça, ele não é um monstro é só uma pessoa com um problema que não tem solução. Por favor vá antes que seja tarde.
Kate olhou para ele como que pedisse para ficar, mas ele ficou irredutível. E ela teve que ir. Olhou nos olhos dele e o beijou. Era um beijo de despedida, ela tinha medo que ele não conseguisse vencer o lobisomem.
E saiu correndo. O lobisomem parou de ganir ao perceber que uma das suas presas estava fugindo, não era a que tinha o ferido, mas mesmo assim ele se sentia faminto. Mas não teve tempo para pensar nisso. Um brilho prateado cortou o ar.
Harry sabia que tinha que impedir o lobisomem de correr atrás dela, mas ele não conhecia nenhum feitiço que pudesse ajudar ele ali. Então se lembrou. Esticou a mão nas costas. E convocou a espada de prata que tinha comprado.
Deu um sorriso. Ele não achava que iria precisar tão cedo dela. E correu em direção ao lobisomem, pois ele já tinha percebido que uma kate estava correndo. Deu graças à Merlin por ter jogado seis anos quadribol, pois os seus reflexos estavam melhores do que nunca.
Correu em direção ao lobisomem e em poucos instantes chegou até ele e saltou em sua direção. A atacou com a espada. Não queria dar um golpe que pudesse matar, pois era uma pessoa e ela não sabia o que estava fazendo. Cortou o ar perto do pescoço da criatura. Tentou uma estocada a certa distância. A fera pulou para trás. Cortou o ar horizontalmente dando um corte no braço esquerdo da criatura.
Ele atacava apenas para manter a besta-fera longe. Às vezes ele causava um corte ou outro, mas nenhum deles era profundo. Não estava atacando para matar.
Perdeu a concentração ao ouvir um som de aparatação. Sabia que estava livre para ir, mas este segundo foi o suficiente para ele perder a concentração na batalha e o lobisomem pulou sobre ele.
Harry só teve tempo de colocar a espada lateralmente sobre a boca da fera. Ela grunhiu ao sentir a lamina na boca. Mas mesmo assim sentia a sua presa embaixo do seu corpo. Não havia como ele escapar.
Harry não sabia o que fazer. Tinha um lobisomem encima de si. Ele apenas estava conseguindo manter que ele não o mordesse, mas as suas garras estavam soltas e tentavam fazer com que ele perdesse a espada.
Um dor lancinante passou em todo o braço de Harry. O lobisomem tinha conseguido cortar o braço dele. O sangue fugia por aquele pequeno buraco.
Harry sentiu algo caindo do seu bolso. Um pequeno envelope. Harry reconheceu de imediato. Um envelope de estátua viva. Mas não havia nenhuma maneira de ele conseguir alcançar ela.
Só havia uma alternativa. A magia Wandless. Mas ela era realmente difícil de ser executada e Harry não tinha a menor concentração para usar ela. Mas não havia escolha.
Ficou olhando intensamente para o envelope desejando que ele começasse a levitar. Mas não adiantava. Tentou outras maneiras, mas nada adiantava. Tentou uma ultima coisa. O lobisomem estava conseguindo se livrar da espada. Olhou para o envelope.
- Wadiwasi! Por favor suba! Preciso que você vá! – Harry sentiu um calafrio nos olhos e sabia que conseguiria controlar o envelope. – Agora! Wadiwasi!
Harry sentiu-se ligado ao pequeno objeto enquanto ele subia. Parecia que os dois eram um só. Harry estava entendendo como era essa magia. Não era ele quem fazia. Nem o objeto que ele controlava.
Essa magia era deles. Os dois deveriam ser um. Quando chegassem à esse entendimento tudo iria funcionar.
Bum! O lobisomem caiu para trás enquanto era englobado por um pedaço de concreto. Harry não perdeu nem um segundo. Correu o mais que pode em direção ao local em que Kate tinha aparatado.
Escutou uma explosão. O efeito tinha acabado. Precisava ser agora. Corria mais. E quanto mais chegava perto mais o lobisomem ia chegando. Harry já estava sentindo o bafo dele. Não havia tempo, se Harry se virasse iria ser mordido.
Chegou ao lugar. Podia sentir isso. O ar mudou. Saltou enquanto girava aparatando. Aquela mesma sensação de ser espremido.
Caiu no chão da frente do restaurante. Sabia que Kate estaria o esperando lá. Mas o que não contava era que tivessem cinco aurores atarefados ali. Ao verem alguém aparatando ficaram prontos para batalha. Mas viram que era Harry. Gawain e Quin chegaram para ver como Harry estava.
- Harry, esta tudo bem com você? Nós soubemos que tinha um lobisomem. Já estávamos indo para lá. Mas que bom que você chegou. Mas, pelas barbas de Merlin! Ele te cortou.
Quin estava apavorado. Achando que Harry tinha se tornado um lobisomem.
- Não se preocupem. Esse corte foi causado pelas garras. A licantropia está na saliva. E já que ele não me mordeu eu estou bem.
- Entendo. Um instante.
Gawain apontou a varinha para Harry e murmurou algumas palavras estranhas. Seu corte foi sendo curado pouco a pouco. Harry se sentiu maravilhado, pois estava doendo muito.
- Obrigado. Estava doendo realmente. Mas não tem maiores problemas. Só acho que deveriam ver quem era o lobisomem. Vão até aquela área amanhã. Ele ficou um pouco machucado.
Harry levantou um pouco a espada que estava carregando. Ele estava manchada de sangue em algumas partes.
- Eu a compre hoje. – Harry a guardou a espada na bainha e a fez sumir com um movimento da varinha – eu nunca esperava que fosse usá-la tão cedo.
- Garoto você não sabe do perigo que correu. Lobisomens são muito perigosos. Ele poderia ter te matado.
- Eu sei disso. Mas eu não tenho medo. Eu sei que não irei morrer tão cedo. Não tenho tantos problemas para deixar para que outras pessoas cuidem deles depois que eu ir. Por isso eu tenho que estar pronto.
- Bom, mas mesmo assim nós teremos que avisar o ministério da magia francês. Avisando que tem um lobisomem a solta.
- Tudo bem. Mas cadê a Kate?
- Kate? Você deve estar falando da Katherin? Bom, ela já foi Rufos quem veio buscá-la. Acho que você deveria ir embora agora. Avisaremos que esta tudo bem.
- Então por mim tudo bem. Eu vou ir para A Toca. Até outra hora.
Harry agradeceu aos dois e aparatou novamente. Desta vez aparatou na casa dos Weasley’s. A Toca. Chegou calmamente, pois parecia que não tinha ninguém ali. Mas ao entrar se deparou com três pessoas paradas na porta.
- E então senhor Potter – Gina dava medo quando estava brava – onde o senhor esteve essa noite inteira. E me responda também porque a manga do seu casaco está rasgada?
- Calma eu posso responder a tudo no seu devido tempo. – Harry não entendia porque estava se sentindo perdido. Gina o fazia ficar calmo e sem ter o que falar. – mas me deixem sentar, eu estou cansado. Aconteceu assim.
Harry começou a narrar desde que saiu de casa até à hora até a hora em que eles estavam saindo do restaurante. Falou que eles tinham ido a outro lugar. O que fez com que Gina desse um bufo de impaciência.
- Então o santo Potter resolveu dar um passeio e só volta meia hora depois. O que vocês ficaram fazendo?
Harry não conseguia entender porque ele se sentiu despedaçado com o uso do seu sobrenome. Parecia que ele morreria tamanha a dor que sentia cada vez que Gina falasse daquela maneira.
- É que ela queria me mostrar uma coisa. Eram borboletas Luminosas. Mas elas só saiam numa hora certa. Nós sentamos e ficamos conversando – Harry conseguiu disfarçar o nó na garganta ao mentir para Gina. – e então do chão elas começaram a surgir. Elas brilhavam em tonalidades azuis, pretas e brancas. Eram lindas.
- É, eu já tinha ouvido falar. Saiu isso no O Pasquim, mas já faz muito tempo, então acho que vocês não iriam se lembrar. Então elas existem. Luna vai gostar de saber que alguém as viu. Mas isso não explica a sua roupa.
Harry fez um movimento com a varinha e sua espada surgiu. A desembainhou e mostrou a espada de prata banhada em sangue.
- Nossa Harry! Eu não sabia que você tinha uma espada. Quando a comprou – Rony estava maravilhado com ela. – é linda, mas esse sangue está fresco. O que aconteceu?
- Bom acontece que aonde nós fomos era lua cheia. E lobisomens não são muito calmos nessa época do mês.
N.:. A.:.
afff
achei que não iria conseguir completar o capitulo a tempo. caiu a mairo chuva...
arrancou alguns galhos duma arvora na frente da minha casa...
e o vento tava muito forte e acabou deslocando uma telha que para a minha querida sorte....
era bem encima do computador!!!!!!!!!!!!!!!!!
só tive tempo de tirar da tomada e levantar mesa teclado mouse impressora diabo-a-quatro pra longe....
mas a chuva passou meia hora depois e já tinha sol de ofuscar os olhos mas eu nao pude voltar tao cedo...
o esperto aqui esqueceu a janela do quarto aberta........
nao preciso nem dizer o que me aconteceu
mas fora isso eu to vivo
nem memso a caixa do meu radio ( q kiu na minha kbça e tinha uns doze kilos.,..) pode me derrubar
vamos lá
espero que estajam gostando
Brigado pelas criticas Molly, eu estou adorando
e novos leitores bem vindos
até mais
Guilherme
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