O Testamento



- O QUÊ? O QUE VOCÊ QUER DIZER COM ISSO MIONE?

- Calma Gina. Nós íamos falar disso com você.

- QUANDO? QUANDO VOCES FOSSEM EMBORA?

- Não Gina. Nós íamos te contar sim. Só que não tivemos chance. Eu decidi isso no dia do funeral. Dia em que eu deixei a minha vida para trás para enfrentar Lord Voldmort. Abdiquei de tudo. Rony e Hermione só irão me acompanhar porque eles querem, porque por mim, eu iria sozinho, para que ninguém se machucasse.

- Harry você sabe que nós iremos até o inferno com você.

- Muito obrigado Rony, você não sabe o quanto essas palavras me deixam feliz, apesar de que eu não espero que cheguemos a tanto.

- Mas mesmo assim olha quanto tempo se passou daquele dia até hoje e só agora que vocês foram me falar.

- É que nos preferimos te contar pessoalmente, pois as cartas poderiam ser interceptadas e estávamos esperando quando todos nós estivéssemos aqui para lhe dar a notícia.

- Gina você precisa entender que não vai poder nos acompanhar, você ainda é menor, e ainda não tem permissão para aparatar. Você precisa pelo menos terminar o sexto ano, e conseguir passar no teste de aparatação.

- Nós mesmos não sabemos aonde ir pra aprender mais. Nós ainda não estamos prontos para lutar. Acho que você Mione poderia pensar em alguma coisa não é. Até agora temos escapado dos comensais por um triz. Mas acho que nos devemos ser mais fortes e não dependermos da nossa sorte e sim das nossas habilidades.

- Falou bonito Rony, está na hora de aprendermos a lidar com as conseqüências dos nossos atos. E aprendermos algumas coisas que poderiam nos ajudar. Animagia seria uma boa coisa, temos que aprender urgentemente Oclumência. Precisamos estar prontos para o que vier.

- Quanto à animagia já posso resolver o nosso problema. Harry seu pai e os marotos levaram três anos porque eles eram novos quando começaram a treinar isso. Mesmo sendo muito inteligentes. Bruxos normais, como a Rita levam uns dez anos. Mas acho que nos poderemos conseguir em um ano, no máximo dois eu espero.

- Então vamos deixar esse problema com você. O problema mesmo vai ser a Oclumência. Pois não é uma coisa que se aprende com livros. É necessário ter um professor. Acho que isso vai ser mais difícil de resolver.

- Têm razão Rony, ficar parado esperando que alguém resolva s coisas por nós não é o melhor a se fazer.

- E isso não é tudo. Nós temos que conseguir executar perfeitamente os feitiços não-verbais. Gina, enquanto você estiver na escola tente se aperfeiçoar ao máximo nisso.

- Enquanto vocês fazem isso pelo mundo – o sarcasmo era evidente na voz dela.

- Gina você tem que entende que é perigoso seguir conosco. Você ainda é menor, sua mãe nunca iria deixar você ir junto com a gente.

- Falando nisso Harry, eu ainda não contei à mamãe que eu não vou voltar para a escola.

- Mais um problema para a nossa lista. Acho melhor nós contarmos para o seu pai primeiro, pois ele poderia ficar do nosso lado para convencer a sua mãe.

- Sim, acho que o melhor a se fazer por enquanto é disfarçar que vamos para a escola, esperaremos até o casamento, pois muitas pessoas nos verão. Acho que se nós contarmos para ela antes do casamento ela iria pirar. Vamos contar durante a lua de mel, ela vai estar calam durante esses dias. Depois seguiremos para algum país que a Mione ache bom para aprendermos alguma coisa.

- É, e tem alguns paises realmente interessantes para aprendermos. Mas como iríamos aprender se não conhecemos ninguém por lá? Se não temos professores nem nada.

- Para isso nós daremos um jeito. O melhor a fazer por agora é esperar, pois não temos nem mesmo um rumo traçado. E eu irei ate o castelo para saber se Dumbledore me deixou alguma carta ou algo parecido. Isso poderia nos ajudar bastante.

- Acho que não precisamos nos preocupar com isso por enquanto. Podemos deixar para mais perto da data de nos irmos.

- Mas nós vamos ter que ficar aqui até pelo menos o casamento do meu irmão. Seria muito ruim para nos irmos sem ver ele. Acho que Gui nunca me olharia na cara depois se eu fizesse isso. Então ainda vamos ficar algum tempo, não precisa se preocupar Gina.

- Melhor descermos para o almoço. Antes que a mamãe suba aqui e escute alguma coisa. Melhor deixarmos isso para depois da leitura do testamento. Que vai acontecer de noite. Acho que vai ser a ultima vez que eu verei a escola.

- Tudo bem Harry, já esperávamos que você fosse chamado para a leitura do testamento, já que era tão amigo de Dumbledore. Quem mais será que vai ser chamado para a leitura do testamento?

- Não sei, mas acho que a Prof. MacGonagall e o Hagrid, eles também eram muito amigos dele.
Enquanto desciam iam sentindo um saboroso cheiro de ensopado com batatas vindo da cozinha. E se encontraram com A senhora Weasley Arthur e Carlinhos.

- Carlinhos! – falaram ao mesmo tempo

Gina correu para abraçar o irmão, enquanto Rony e os outros também chegavam perto para cumprimentá-lo.

- Carlinhos como vai?

- Tudo bem comigo e com vocês? O que vocês andam aprontando?

- Nada, mas o que você está fazendo aqui?

- Vim fazer uns negócios por aqui, acho que vou ficar um bom tempo – disse em tom misterioso.

Harry aproveitou que Arthur estava ali para perguntar para ele sobre o que era aquela reunião que aconteceu de manhã.

- Senhor Weasley, o senhor poderia me dizer o que tinha de tão importante naquela reunião hoje de manhã?

- Não posso dizer hoje, são ordens do ministério. Mas de qualquer forma vocês vão saber amanha do que ela tratava.

- Mas então por que o senhor não pode nos dizer hoje, se amanha vamos acabar sabendo mesmo?

- Porque vai ser uma surpresa. A aprovação foi unânime no conselho. Vai provocar com certeza um baque no mundo.

- Por quê?

- Só amanha Harry, só amanha.

- Tudo bem então. Mas é bom a noticia ser importante, senão não vai ter graça todo esse suspense que você esta fazendo.

- Terá uma surpresa quando ler o jornal amanha.

Após o almoço Gina e Harry saem para o gramado para poderem conversar. Caminharam em silêncio por algum tempo. Cujo único som que ouviam eram as vozes grosseiras dos gnomos que estavam no jardim. Até irem se sentar embaixo de uma macieira.

Gina tentou começar, mas Harry colocou um dedo na boca da garota para que ela não pudesse falar.

- Gina, eu quero te contar uma coisa. O porquê nós não podemos ficar juntos. Eu nunca te disse isso porque eu não queria te deixar com medo.

- Harry nada que você diga iria me deixar com medo o suficiente para deixar de gostar de você.

- Bom, não sei se você vai dizer a mesma coisa após ouvir o que eu tenho para dizer. Lembra daquela profecia do ministério? Bem, aquilo era apenas um registro da profecia. Havia um outro meio de ouvir ela. E eu a ouvi naquela noite mesmo.

- E VOCÊ NÃO ME CONTOU?

- Calma Gina, eu não queria te assustar com o conteúdo da profecia. Mas vou contá-la pra você agora.

- Você achou que iria me assustar com uma profecia boba. Acha que eu ainda sou criança? Pois se acha está enganado.

- Não gina. Eu sei que você não é mais uma criança, você cresceu está muito forte é uma das melhores bruxas que eu conheço. Apenas escute o que eu tenho para lhe contar.

Antes de Harry começar a garota estava raivosa pelo fato de ele não ter contado para ela da profecia. Mas a cada palavra que Harry dizia Gina ia ficando mais nervosa quando contou a parte final à garota já estava branca.

- Agora você entende o porquê? Eu no final vou ter que matar Voldmort ou acabar sendo morto por ele. O problema é que se eu não matar ele, ninguém mais será capaz. Nem mesmo Dumbledore podia acabar com ele. No final eu vou acabar me tornando um assassino ou acabar sendo assassinado. Você vai querer namorar com alguém que irá algum dia se tornar um assassino?

- Harry isso não me importa, Voldmort não é uma pessoa, ele é um monstro. Matar ele não vai ser um assassinato, e sim um bem para toda a humanidade.

- Eu sei disso, mas mesmo assim, o peso sobre os meus ombros continua. Eu tenho que matar ele, e se eu não conseguir?

- Você vai conseguir, lembra-se do poder que você tem e que o você-sabe-quem desconhece? Isso vai te ajudar, eu tenho certeza.

- Acontece Gina, que esse poder que Voldmort desconhece, é apenas a minha capacidade de amar. Não é uma mágica poderosa, apenas é isso.

- Apenas isso! – gina quase gritou quando disse aquilo - Sua mãe morreu por causa do amor. O amor o salvou varias vezes. Como você tem coragem de dizer que o amor não é um poder importante?

Harry se lembrou que Quirrel nem pode tocar nele e ele estava apenas possuído pela alma de Voldmort. Mas mesmo assim a proteção o tinha protegido. Agora ele se lembrou que Dumbledore tinha dito que Voldmort havia abandonado Quirrel nos seus últimos instantes de vida.

Mas Harry não se lembrava de ter sido salvo, mas mesmo assim ele ainda estava vivo. Essa duvida nunca tinha aparecido na sua cabeça. Ele praticamente havia se esquecido desse fato. Mas agora ele estava com a dúvida. Que havia matado Quirrel?

Harry deixou para pensar nisso depois. No momento a coisa mais importante que ele tinha pra fazer era convencer Gina que ela não devia acompanhar ele.

- O problema Gina, é que quando Voldmort retornou, ele usou o meu sangue. A proteção da minha mãe também corre nas veias dele. Ele já pode me tocar agora.

- Harry, me desculpe falar isso, eu sei que deve ser duro falar disso. Mas você tem que saber que os seus amigos estarão sempre contigo.

- E eu não posso saber se eles vão viver até o final por causa de uma maldita profecia.

- Mas Harry, como que Voldemort ficou sabendo da profecia? Se só Dumbledore já a tinha escutado? Ele nunca teve a profecia em mãos.

- Um Comensal da Morte escutou o inicio da profecia. E foi correndo contar a ele.

- Mas quem era o comensal?

- Snape. E é por isso que eu vou atrás dele. E ele não vai conseguir escapar de mim.

Gina fica aterrorizada ao saber que o professor dela foi o responsável pela morte dos pais de Harry. O professor que deu aula para eles por tantos anos, fora o responsável por tantas mortes. Dumbledore e os pais de Harry provavelmente eram apenas alguns na lista dele.

- Gina agora você entende que nos não podemos ficar juntos?

- Não harry, eu continuo sem entender. Isso não é o suficiente para mim.

- Gina, por favor, entenda você já foi usada uma vez só por ser irmã do meu melhor amigo. Imagine o que Voldmort faria se soubesse que nos dois namorássemos.

- Como se ele não soubesse. A essa altura Snape e Draco já devem ter contado para ele sobre nós dois. Então. De nada adianta ficarmos escondendo o que sentimos.

- Mas Gina, eu provavelmente vou enfrentar vários perigos até conseguir matá-lo. Se eu conseguir.

- Mas Harry, eu não entendo porque que vocês três estão procurando mais magias, para matar um bruxo apenas um feitiço é suficiente. Apenas é preciso usar um Avada Kedavra.

- Não Gina, dessa vez você está errada. Voldmort não vai morrer com apenas um Avada Kedavra. Nenhum feitiço que for lançado contra ele vai matá-lo. Ele é imortal.

Harry pode ver que essas palavras surtiram efeito em Gina, pois ela ficara mais pálida do que antes. Ambos ficaram se encarando por um bom tempo sem dizer nenhuma palavra. Até que gina resolveu recomeçar.

- Harry, eu sei que você vai ter que enfrentar vários perigos, enfrentar vários comensais, criaturas que dão medo em qualquer um. Mas tem uma coisa que eu preciso saber. Eu preciso saber se você me ama.

- Gina. Uma prova do meu amor é não te levar junto para essa guerra. Pois ficar longe de você acaba comigo. Esses dias que eu passei longe de ti acabaram comigo. Parecia que um buraco se abriu dentro de mim. E que ele nunca iria se fechar. Parecia que eu ia morrer.

Gina já estava com os olhos lacrimejando. Ela queria ir junto com ele para onde quer que ele fosse. Enfrentar todos os perigos com ele. Mas estava percebendo que de nada ia adiantar continuar brigando com ele. Ela ia ficar. Mas ia ter pelo menos um desejo realizado.

- Harry, por favor. Diga que me ama pelo menos mais uma vez. Quero ouvir você dizendo isso. Eu não agüentaria ver você partir sem ouvir isso uma ultima vez.

- Gina, nunca se esqueça de que tudo o que eu estou fazendo é porque Eu te amo!

Gina não esperou mais e se agarrou no pescoço dele e sentiu os seus lábios. No inicio ele tentou resistir. Mas se entregou e a beijou como se fosse a ultima vez. Os lábios quentes dela o deixavam sem pensamentos. As línguas dançavam uma dança entoada por uma musica vinda do coração dos dois, ambos eram capazes de sentir os corações um do outro durante o beijo.

Harry percebeu que o que ele estava fazendo era errado. Não podia beijar Gina, mas era o que ele mais queria na vida era ficar junto dela. Mas ele percebeu que ele tinha que lutar pelo amor dela. E a única maneira de fazer isso era acabando com Voldmort. E para conseguir vencer ele precisaria proteger Gina e a única maneira de fazer isso era com ela na escola e ele procurando por uma maneira de vencer as trevas.

Harry se afasta vagarosamente dela. E vê uma lágrima escorrendo no rosto dela.

- Gina tente entender eu te amo. E por isso eu não quero que você se machuque.

- Mas Rony e Hermione vão com você. Você não tem medo que eles morram?

- Claro que eu tenho medo. Mas eles só estão indo comigo porque querem, pois eu não quero que ninguém se machuque.

- Você e sua mania de proteger as pessoas. Você acha que pode receber todas as dores dos outros, mas as cosas não são bem assim. Existem pessoas que preferem estar junto de seus amigos. Pois são nas piores horas que nos sabemos quem são eles.

- Gina eu preciso que você fique. Eu só iria me sentir seguro sabendo que você está segura. Por favor entenda.

Gina olha para ele e ficam se encarando por um bom tempo. Então gina começa a chorar no ombro de Harry, e este fica amparando ela.

- Gina vamos entrar, já está na hora de eu ir para Hogwarts. A leitura vai acontecer hoje. E eu tenho que estar lá cedo, pois irão me buscar para a leitura.

- Tudo bem. Mas olhe aqui. Eu sei que você me ama, então não tente negar isso viu. Vou te esperar. Pois sei que você vai voltar. Mas pelo menos me escreva. Quero saber como você está.

- Gina não se preocupe. Ainda vamos ficar algum tempo juntos aqui. Não vamos precisar nos despedir agora. Eu vou voltar.

Dizendo isso Harry deu um giro aparatando. Ao mesmo tempo em que Gina entrava na casa.

- Gina querida, onde está o Harry?

- Ele foi para Hogwarts, ouvir a leitura do testamento.

- Tudo bem Gina. Mas o que vocês estavam fazendo lá fora? Vocês ficaram uns bons tempos por lá.

- Nada nós só ficamos conversando. E passeando pelo jardim. Acho que já é hora de desgnomizar o jardim. Eu vi vários correndo por lá.

- Peça para seu irmão fazer isso depois. Eu estou muito atarefada. Daqui a algum tempo a casa vai encher e eu não posso me preocupar com coisas como gnomos.

- Tudo bem eu peço para ele fazer isso depois.

Logo após Gina sobe ao quarto, pensando no beijo que tinha acontecido, e nas juras de amor que eles tinham dito um ao outro. Ela sabia que essa relutância em ela ir junto com ele era a maior prova de amor que poderia existir. Mas ela não queria ficar para trás como uma inútil.

Tomou uma decisão depois de pensar nisso. Não seria um peso à ser carregado. Ela usaria aquele ano para se aperfeiçoar na magia, para que pudesse ajudar Harry, Rony e Hermione.

Olhou para o teto do quarto. Pensando, diversas coisas vinham em sua mente. Mas nada poderia ser dito. Sua decisão não tinha palavras, apenas aceitou resignada. Chega de chorar por ficar em vão. Ela deveria se tornar uma grande bruxa. Ela sabia que podia. Fechou os olhos pensando nisso. Dormiu pela primeira vez em muitos dias, que haviam sido passados em claro pensando que não estava sendo amada e que seu sentimento estava sendo desperdiçado.

Enquanto isso Harry aparata em frente ao Três Vassouras. Como não vê ninguém ele procura ver as horas no relógio e percebe que são apenas cinco e meia. Então ele teria que esperar lá dentro mesmo.

Encontra o Pub com poucas pessoas, coisa que normalmente não acontecia. Segue até o balcão e cumprimenta Madame Rosmerta. Depois volta para uma mesa ao fundo com um copo de Hidromel. E fica bebericando por algum tempo enquanto pensava em Gina.

Após alguns minutos a porta é aberta e Olho-Tonto Moody entrava no bar. Após alguns segundos percorrendo os olhos pelo bar viu Harry sentado a um canto. E seguiu até ele.

- Harry. Que bom vê-lo. Só esperava ver você durante a leitura do testamento.

- Então você também foi chamado para a leitura?

- Claro que fui. Eu e Dumbledore sempre fomos muito amigos. É realmente uma pena termos perdido ele. Ainda mais daquela forma.

- Ele foi traído. Não havia maneiras de ele saber. Snape era um bom oclumente. O traiu e eu tentei avisar Dumbledore durante o ano inteiro que Draco estava fazendo alguma coisa errada. Mas parecia que ele sabia o que estava fazendo. No final Draco o encurralou e Snape o matou.

- É eu soube que os comensais haviam conseguido entrar em Hogwarts. Mas até hoje eu não sei como.

- Eles entraram por um armário sumidouro, cujo par estava na Borgin & Burkes. Os comensais entraram por lá.

- E quem mais sabe disso?

Harry congelou por dentro. Não havia contado para MacGonagall que havia o armário. Portanto ele ainda estava inteiro e a escola poderia ser invadida.
Alastor olhou para Harry. Apenas alguns segundos olhando nos olhos do garoto foram o suficiente para ele entender que a escola estava em perigo. Os dois se entreolharam e ambos saíram correndo em direção à escola.

- Garoto burro, deveria ter contado sobre o armário à Minerva. Os comensais podem atacar a qualquer instante.

Chegaram ao portão. Mas nenhum deles poderia entrar. Alastor não precisou nem de um segundo para arranjar uma maneira de abrir o portão. Levantou a varinha e disparou um corvo de prata em direção a cabana de Hagrid.
Alguns segundos foram o suficiente para Hagrid aparecer com o arco à mão. Ele parou olhando para os dois no portão. Não precisou de muito tempo para abrir o portão.

- Entrem, mas o que é tão importante que vocês tiveram que mandar um patrono?

- Feche o portão rápido Hagrid. Eu e Potter temos que resolver um problema aqui na escola. Ela ainda está à mercê dos comensais. Potter você sabe onde está o armário?

- Sei sim. Está na sala precisa no sétimo andar.

Os três saíram em disparada para o castelo. Harry ia à frente. Ele conhecia todas as passagens no castelo. Alastor e Hagrid apenas seguiam ele cada passagem estranha que ele usava, os dois ficavam espantados com o garoto. Quando ele retirou a espada de uma armadura revelando uma passagem Alastor se falou enquanto corria.

- Potter, como você conhece tanto esse castelo, se nem Hagrid que esta aqui desde criança conhece tantas passagens?

- Eu tenho um mapa de Hogwarts. Com ele eu descobri todas as passagens dentro e fora do castelo.

- Não adianta muito. Pois Filch conhece todas as quatro.

Harry sorriu internamente com isso. Nem Filch conhecia a passagem da corcunda de um olho só. Ele evitou o contado nos olhos de Alastor, pois ele poderia ler seus pensamentos. Pararam em frente à tapeçaria de Barnabás o Amalucado. Harry andou de um lado a outro até aparecer a porta que o levaria até a sala precisa.

Os três entraram naquela sala parecida com uma catedral e seguiram por vários corredores, harry se localizava pela estante em que ele havia deixado o livro do príncipe. Quando chegou viu que estava alguns segundos na frente de Alastor e Hagrid. Num instante ele abriu o armário e pegou o livro e o escondeu num bolso. E em dois segundos viu os dois vindo na direção dele e ele continuou o caminha até o armário dourado que estava lá parou em frente dele esperando pelos outros. Alastor vinha resmungando algo sobre ter a perna de madeira.

Pararam os três olhando para o armário. Alastor nem pestanejou. Apontou a varinha e disparou um raio verde de sua varinha. Feitiço que destruiu completamente o armário.

Harry estranhou ao o ver disparando o raio verde, pois parecia ser a maldição da morte Avada Kedavra. Pois ele sabia que aquele feitiço não poderia ser usado não - verbalmente.

- Pronto Potter. Na próxima vez tome mais cuidado. Pelo jeito os comensais devem ter achado que o alguém havia destruído o armário e não haviam tentado entrar no castelo, pois eles iriam conseguir com toda a certeza.

Mas harry não tinha pensamentos para isso. Ele só estava pensando naquele feitiço usado por Moody. Queria saber qual era. Pois poderia ser o feitiço usado em Dumbledore. E ele poderia estar vivo!

Ele nunca tinha pensado nisso. Pois se lembrava que Dumbledore tinha perdido a varinha. Harry paralisou. Onde foi parar a varinha de Dumbledore? Ninguém tinha mencionado ela. Resolveu perguntar à Moody.

- Senhor Moody, que feitiço foi esse que o senhor usou? E onde que esta guardada a varinha de Dumbledore?

- Feitiço? Hum, esse é um bem simples, chama-se Gung, é um feitiço de destruição, mas não é muito útil numa batalha – disse no meio de seus costumeiros resmungos.

- E por que? – Harry já estava muito interessado nesse feitiço

- Porque não causa nenhum dano físico às pessoas. Apenas serve como um Waddiwasi, então não tem muitas vantagens. Mas quanto à varinha dele. Ninguém sabe onde ela foi parar em Hogwarts ela não estava. Nós pensávamos que você sabia onde ela estava, pois tinha saído de Hogwarts com Dumbledore naquela noite e pensávamos que ele tinha perdido a varinha lá.

- Não, ele a perdeu em Hogwarts. Acho que eu esqueci de contar isso também. Mas acho que nós poderemos deixar isso para depois, estamos na frente da sala dele. Hagrid você sabe a senha?

- Sei sim – Hagrid já se adiantou para informar a senha – Pomorin Dourado!

A gárgula girou apos ouvir a senha. Subiram a escada em espiral e entraram sem bater, pois a porta já estava aberta os esperando. Encontram lá Aberforth os esperando junto com a professora MacGonagall. Sentaram se cada um em uma das cadeiras prontos para ouvirem as ultimas palavras do diretor.

MacGonagall se levantou pronta para começar a falar o testamento. Com uma lagrima ela olhou para envelope com o nome deles e o rasgou. Chamas saíram do pergaminho, o vento engrossou, a terra sentiu um tremor enquanto as nuvens começavam a guerrear no céu.

Toda a natureza sentia o poder daquele bruxo que escreveu aquele testamento. Era assim que deveria ser e era assim que seria.
Minerva proferiu com a voz calma e ressonante.

- Estou aqui com todos os que foram mencionados no pergaminho, prontos para ouvirem as ultimas palavras daquele que sempre irá nos inspirar a fazer o bem, arriscando a sua própria vida se assim for necessário.
Após dizer estas palavras em honra a Dumbledore ela pegou o pergaminho que estava dentro do envelope.


Meus caros
Eu sei que para alguns a minha ida pode ter sido tortuosa. Mas eu só tenho a dizer, que para aqueles com a mente bem estruturada, a morte não se torna um medo, mas sim um consolo. Pois esta representa um descanso que não poderia ser alcançado na terra.

Espero que eu tenha conseguido ajudar a combater o mal que estava nos perseguindo ajudando a acabar com Voldmort colocando você Harry no caminho certo. Mas se eu não pude fazer isso lhe peço desculpas. Mas mesmo assim eu creio que a minha morte não tenha sido em vão. Espero ter sido útil, pelo menso no meu último instante de vida.

Meu querido Brother In Arms. Moddy parece que a minha luta contra o mal acaba por aqui. Mas você deve continuar lutando por mim. Nossas “caçadas” me alegravam bastante. Era muito divertido caçar os comensais os assustando, fazendo com que eles pensassem que estavam sendo assombrados por fantasmas de assassinos e depois ir pegando um a um. Bons tempos aqueles, ás vezes eu ficava me lembrando de algumas delas antes de dormir. Para relembrar gostaria que você ficasse com os meus detectores das trevas. Talvez eles sejam úteis mais uma vez, já que você sabe usar todos. Creio que já tenha sido indicado, mas vamos ser formais, sei que você gosta disso. Quero que se torne o novo líder na ordem. E gostaria de pedir um pequeno favor. Admita mais três pessoas. Creio que deve saber quem, pois eles tentaram o ano inteiro conseguir informações. Eles são, Ronald Weasley, Hermione Granger e Harry Potter

Minerva, passamos bons tempo juntos não é mesmo? Vários anos eu pude contar com a sua confiança e com sua amizade. Você foi sem duvida alguma a melhor aluna e amiga que eu tive em toda a minha vida disso eu não tenho duvidas. Sempre me surpreendia com você, e você sempre era capaz de fazer coisas novas, sempre foi sedenta pelo saber. Talvez eu possa te ajudar nisso. Fique com todos os meus livros, menos um que está destinado a outra pessoa. Minha biblioteca agora é sua assim como meu amor sempre foi seu.

Aberforth, como vai indo meu caro? A vida nunca nos sorriu não é mesmo? Mas nós sempre fomos batalhadores e sempre estávamos querendo saber aonde tudo iria dar. Você sempre foi bom com a varinha. Mas você quase abdicou dela quando sua amada se foi. Tenho um pedido para lhe fazer. Agora que eu fui, a ordem vai precisar de alguém que saiba usar os poderes elementais. Use sua varinha de novo rapaz. A magia vai lhe salvar, não fique esperando para ver o fim de camarote. Lute até o final se necessário. Quero que fique com a metade do meu dinheiro que está em Gringottes.

Hagrid meu velho. Parece que nunca mais poderei tomar chá contigo. Suas conversas sempre me animavam. Nunca em minha vida eu encontrei alguém que soubesse tanto de criaturas mágicas quanto você. Escreve um livro, conte ao mundo sobre essas maravilhosas criaturas, de um ponto de vista que só você conhece. Quero que fique com a outra metade do meu cofre. Gostaria que você voltasse para terminar os seus estudos. Hogwarts nunca mais seria a mesma depois disso. Creio que os professores poderiam lhe ajudar no que fosse necessário. Cuide-se! Eu sempre confiei em você.

Harry parece que este velho caduco lhe deixou muitos problemas hein? Mas mesmo indo, acho que poderei lhe ser útil não é Harry? Acho que você sempre gostou da minha penseira. Ela será sua. Meus pensamentos estão nela para poderem lhe ajudar no que for preciso. Mas o que eu tinha de importante eu já lhe mostrei. Gostaria que ficasse com Dobby, ele gosta muito de você e eu tenho certeza que ele vai gostar de ficar com você. Tenho mais umas coisas. Existe um livro chamado “A Arte Da Transfiguração”. É um livro que foi muito importante para mim. Faço votos que lhe sejas útil também. E uma carta que eu espero que te ajude na sua busca. Harry, eu sei que você já enfrentou mais problemas em sua vida do que a maioria das pessoas. eu escondi mais um pequeno fardo de você durante esses anos. Quirrel não morreu porque Voldmort o abandonou. Voldmort o abandonou, porque ele morreu. Você o matou. Eu escondi isso porque achei que alguém com onze anos não agüentaria viver sabendo que era um assassino. Mas ambos sabemos que você tem que Matar Voldmort. Então não se preocupe tanto, pois você conseguiu viver até hoje sem nenhum problema. E sabendo o que é o amor, mesmo já tendo matado uma pessoa. A próxima deve ser Voldmort, e devemos esperar que não haja mais nenhuma. Espero que possa desculpar esse velho por ter escondido isso por tanto tempo. Cuide-se.

A leitura terminou. Hagrid tinha lágrimas escorrendo em seu rosto e murmurava algo como “um bom homem Dumbledore”, Alastor olhou para os instrumentos de prata que faziam zumbidos estranhos depois olhou para o quadro de Dumbledore com os olhos tremendo. Minerva estava secando os olhos, sua voz embargaram muitas vezes durante a leitura. Aberforth estava sério com a cabeça baixa. Harry, não sabia onde se enfiar queria chorar, mas não podia. Dumbledore havia deixado uma grande missão para ele e ele tinha que se mostrar forte.

Aberforth se levantou e foi até a janela e estendeu uma mão aberta.

- Dumbledore tem razão. Eu não posso ficar aqui sem fazer nada. O que a minha mulher diria? Minha filha ou minha neta? Está na hora de eu voltar a lutar.

Sua varinha chegou calmamente até a sua mão. E ele a apertou com força, como se estivesse com saudades de usá-la. Sua varinha tinha oito desenhos estranhos, cada um tendo três linhas apenas, retas e partidas, circundando uma bola preta e branca, dividida no meio.

Minerva calmamente entregou um envelope a Harry e um livro dourado com um buraco fino e comprido na capa e mostrou onde estava a penseira. Harry não sabia que fazer se despediu de todos e desceu a escada rumo ao lago. Sentou-se embaixo da mesma árvore que ele sempre se sentava, mesma árvore que ele vira seu pai quando jovem. Abriu o envelope e começou a lê-lo.

Querido Harry

Parece que eu não vou conseguir lhe ajudar o tempo todo não é mesmo. Escrevi essa carta na noite em que eu descobri sobre a caverna. Não sei se vou retornar vivo, pois as orcruxes são perigosas e eu talvez acabe morrendo na tentativa.

Existem tantas coisas para se dizer num momento desses, mas só posso lhe dizer uma.

Nunca abaixe a sua cabeça. Lute por tudo e por todos. O mundo está em suas mãos. Se você desistir, ninguém será capaz de proteger aqueles que você ama.

Acho que eu ensinei tudo o que eu pude sobre Voldmort não é mesmo. Mas não pude lhe ensinar outras maneiras de usar a sua magia. Eu pretendia fazer isso depois que você se formasse. Mas parece que isso não vai ser possível. Portanto deixei a você esse livro. Coloque a sua varinha na capa e o livro vai reconhecer você. Ele vai testar se você é digno ou não de ter os seus conhecimentos, nisso eu não posso ajudar, é apenas com você.
Acho que você deve estar se sentindo meio fraco, mas isso não é verdade. Sua capacidade de amar o salvou muitas vezes. Oclumência pode impedir que alguém penetre em sua mente, mas apenas o verdadeiro amor pode impedir que alguém como Voldmort possua o seu corpo.

Mas isso não quer dizer que você deva parar de aprender essa arte. Apenas que você deve aprender a manter as duas unidas. Se conseguir isso, você se tornará invencível.

Eu iria dizer para você fazer certas coisas somente após você sair de Hogwarts, mas não temos muito tempo, tem alguns amigos meus que podem lhe ajudar. Preciso que você visite certos lugares, é só mostrar essa carta para eles. Você Harry deve deixar a escola esse ano, é a primeira vez que eu digo isso a um aluno, e graças a Merlin será a última. Tenho outros lugares para você visitar, lugares que poderão lhe ajudar bastante.
Primeiro, melhor começarmos preparando a sua mente no melhor lugar do mundo para isso, tenho um amigo que pra lhe ajudar...

Harry a cada parte que ia lendo da carta ia ficando cada vez mais espantado, pois os lugares não eram normais e Dumbledore mencionava magias poderosas. Também mencionava no que ele deveria se preparar, quando for. Tudo. Havia pensado em cada uma das possibilidades.

Harry ouviu as portas do castelo se abrindo e viu Hagrid vindo de lá. Juntou as suas coisas. E correu até ele. Viu que ele estava com os olhos inchados, talvez ele tivesse chorado todo o tempo em que ele lera a carta.

- Hagrid tudo bem? Parece meio triste.

- Estou bem Harry, só estava me lembrando das palavras de Dumbledore. Um bom homem eu diria. Viveu pouco tempo, ele deveria viver pelo menos duzentos anos, mas isso não é possível.

Hagrid parou de chofre. E bateu com a mão na testa, batida que teria derrubado qualquer homem normal.

- Eu não acredito, Dumbledore me convidou para voltar a escola, mas eu não tenho varinha. – Hagrid estava se referindo ao seu guarda-chuva cor-de-rosa.

- Calma Hagrid nós poderemos dar um jeito nisso. Você só precisa comprar outra. Mesmo que o senhor Olivaras tenha sumido, existem outros.

- Não Harry, você não entendeu, o ministério me proibiu de ter uma varinha. Por causa da Câmara Secreta. E porque eu sou meio gigante.

- Mas Hagrid o ministério sabe que você é inocente, eles não podem privar você disso.

- Harry, para eu ter a minha varinha de volta somente se alguém com influência no ministério pedisse uma pra mim. E a única pessoa que poderia fazer isso era Dumbledore.

- Acho que poderemos dar algum jeito Hagrid. Confie em mim. Hagrid, você pode abrir o portão para mim, é que eu tenho que voltar logo. Já está escuro, a senhora Weasley já deve estar preocupada comigo.

- Tudo bem Harry, vamos comigo.

Harry vai seguindo caminhando com Hagrid a caminho da saída sobre as criaturas que ele estava criando atualmente. Mas Hagrid disse que não estava criando nenhuma, que apenas estava cuidando dos testrálios, pois eles andam meio inquietos por estarem tanto tempo parados.

- Harry se cuide, e mande um abraço para todos. E venha me visitar durante o ano.

- Não se preocupe Hagrid, eu vou vir aqui para te visitar no dia da seleção, mas eu vou precisar de um favor seu.

- Pode falar, se eu puder fazer vai ser bom, eu não tenho feito nada de importante, já faz tempo. A ordem anda quieta. Mas ela deve retornar em breve. Você-Sabe-quem anda muito quieto.

- Eu gostaria que você me cedesse três Testrálios. Eu vou precisar viajar para lugares que eu não conheço, então não vou poder aparatar.

- Claro Harry. Treva anda voando bastante, mas ele não pode sair dos terrenos, então ele vai adorar a viagem. Têm mais outros que andam meio inquietos. Posso arranjar para vocês. Desde que me prometam que vão voltar um dia.

- Tudo bem Hagrid, eu prometo. Até dia primeiro de Setembro. – e com um giro desaparatou.

Harry acabou aparatando encima de um Gnomo. Que soltou um gemido baixo e abafado. Harry saiu de cima dele e foi caminhando até a casa. Só parou quando sentiu uma fisgada em sua perna, e quando olhou viu que era o gnomo que ele pisou que estava revidando. Harry apontou a varinha para ele. Fez o movimento com a varinha enquanto pensava “Wingardium Leviosa”. Harry deu um sorriso, estava começando a pegar o jeito que isso tinha.

O gnomo subia levemente ao céu, Harry fez um movimento com a varinha e o gnomo começou a girar. Parou abruptamente.

- Uediuósi! – o gnomo disparou com aquele feitiço expulsório. Parecia que ele havia sido atirado por um canhão.

Harry entrou rindo na casa após isso. E se deparou com Rony e Hermione muito vermelhos olhando um para o outro. A uma distância considerável.

Ambos saltaram da cadeira quando vira Harry chegar.

- Harry como que foi o testamento?

- Meio triste Mione, mas fora isso tudo bem.

- Nossa Harry, você ficou com a penseira dele!

- É Rony, a penseira é muito importante, vou começar a colocar os meus pensamentos também. Mas cadê a gina?

- Subiu pro quarto. Já faz dias que ela não dormia direito.

- Bom vamos subir lá pra cima. Tenho uma coisa para mostrar pra vocês. Depois nós podemos mostrar pra ela.

Harry sobe ao quarto e passa a carta para Rony e Hermione. Após alguns minutos eles se encaram. Rony não cabia em si de tanta felicidade. Hermione tinha os olhos brilhando, já imaginando as magias que iriam aprender.

- Bom, a penseira eu já guardei ali, - apontando para o malão - Mas ele deixou escrito que tinha me mostrado todo o que iria me mostrar.

- Harry isso tudo é incrível, mas por que ele diz apenas você? Porque ele não menciona nada sobre eu ou o Rony? Ele deveria saber que nos iríamos também.

- Não sei também, acho que ele queria que eu fosse sozinho.

- Harry – Hermione parou pensativa – onde está o livro que Dumbledore deu para você?

- Está aqui. Eu ainda não o testei. Podemos testar ele depois. Você trouxe o que eu te pedi?

Hermione pega uma pequena sacola e tira de lá quatro livros idênticos de capa marrom. Entrega um pra cada e guarda o outro. Harry pega o seu e olha a capa “Animagia: o Poder dos animais” em dizeres vermelhos.

- Ta aqui, segundo o que eu sei, esse é o livro que fala sobre animagia de uma maneira mais fácil do que o normal. Poderemos nos transformar em animagos em apenas um ano. Sirius mesmo tinha esse livro, ele disse que eles teriam economizado um ano se tivessem usado estas formas.

- Mas eles levaram três anos! Então como que conseguiremos em apenas um?

- Experiência Rony. Eles tentaram quando estavam no terceiro ano. Nos depois do sexto. Alem de que, nos três somos bruxos muito experientes não acha? Você mesmo. Agüentou o ataque ao castelo sem sofrer nenhum problema. Gina me disse que em uma hora você estava lutando contra os dois irmãos ao mesmo tempo. Isso não é coisa pra poucos. Ainda tem duvida se vai conseguir?

Rony fica vermelho ao ouvir Hermione falando dele dessa forma. E percebe que ela apenas falou a verdade. Olha no rosto dos dois. Sabe que a coragem para ele enfrentar todos os perigos estava apenas ali nessa casa. Era por isso que ele lutaria, sua família, seu melhor amigo e a garota que ele tanto ama. Dessa vez não enrubesceu, desta vez ele sabia que ele estava pronto para tudo.

- Harry, está na hora de vermos esse livro que Dumbledore deixou para você. Talvez mione saiba de alguma coisa. Passe pra ela.
Hermione pega o livro e tenta abri-lo, mas não consegue, tenta usar alguns feitiços, mas nenhum adianta. Por fim entrega o livro de volta.

- Coloque então a sua varinha ali no orifício da frente, é o que dizia na carta. Eu não quis tentar isso pois poderia estragar com tudo, este livro estava pronto para você e apenas para você. Vamos ver o que Dumbledore queria lhe ensinar.

Harry pegou o livro em sua mão. E põe a varinha no buraco que havia na capa.

Uma luz dourada brilha intensamente, fazendo todos fecharem os seus olhos. Menos Harry, pois ele achava que aquilo poderia ser um teste. E mantém os seus olhos abertos, apesar de que eles começarem a doer depois de algum tempo. Mas tão rápida como ela começou, a luz some. E Harry pode olhar para um livro com a capa escrita em Vermelho “A Arte da Transfiguração” por Alvo Dumbledore.

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