O inicio da busca



Tudo voltou à normalidade, O ataque a uma família bruxa tão tradicional como a dos Weasleys foi vista como uma espécie de “o fim da picada”. A repercussão foi imensa. Arthur Weasley negou entrevista a vários jornais do mundo bruxo.
Tinha consciência que aquilo significava perguntas sobre Harry e publicidade em uma hora como essas não era necessário.

- Gina! – chamou Harry.

- Que?

- Preciso conversar sério com você. Pode ser? – perguntou.

- Ahhh... bom, pode falar.

- Será que podemos ir lá no seu quarto? É importante e eu queria um pouco mais de tranqüilidade.

Os dois subiram as escadas e foram para o quarto da garota.

Ela tem estado tão fria. Já expliquei tudo a ela, e que era pro próprio bem – pensou Harry enquanto entrava no quarto.

- Então... já pode falar – incentivou a garota secamente.

- Bom. Er... porque fica me evitando? Não fala mais comigo? - perguntava aborrecido.

- Eu? Evitando-lhe? Que nada... é desencontro de momento mesmo - respondeu tentando disfarçar.

- Ahhh Gina! Não vem com essa não. Sei que está me evitando e quero saber o porque. Não adianta mentir.

- Harry! Você não sabe como está sendo difícil pra mim...nos conhecemos a sete anos. Sempre gostei de você e quando nos entendemos tudo desaba. – falou a garota com lágrimas escorrendo por todo o rosto.

- Mas...mas eu já lhe expliquei! É pelo seu bem, não acha que está sendo difícil pra mim também? - respondeu desesperado tentando acalmar a garota.

- Ainda se torna mais complicado convivendo com você por esses dias e também por não poder fazer tudo que queria ou por em prática tudo que poderia acontecer. É como se quiséssemos muito alguma coisa e ser impedido por saber que aquilo não nos pertence.

- Lhe peço um pouco de calma, em breve tudo se resolverá e...

- E se você não sobreviver? – perguntou Gina chorando ainda mais. Os soluços creciam gradativamente.

- Não pense nisso! Se pensar assim será pior. Tem que ter certeza de que tudo dará certo e que logo voltarei. Livre! Livre para fazer o que sempre quis fazer e que só descobri por agora. – disse sentado na cama tentando mudar um pouco de assunto.

- E o que é? – perguntou Gina.

- Lhe amar! Isso me faz ir para luta revigorado, forte. Sabendo que alguém em algum lugar me ama e me aguarda para sermos felizes.

Ao ouvir isso Gina teve um acesso de choro muito grande. As lágrimas que escorriam de seus olhos já eram muitas e se acumulavam junto a esperança de ter o garoto que tanto amou de volta ao seu lado.

- Desculpa Harry! Não quero mais ouvir, não consigo – disse a garota num tom de conversa encerrada e em seguida caminhando-se para a porta do quarto.

- GINA! Espere. - gritou Harry puxando-a pelo braço.

A garota olhava atentamente para aqueles olhos espantosamente verdes.

- Não faz assim comigo. Eu te amo – falou se aproximando cada vez mais da ruiva até seus lábios se encontrarem para o mais perfeito dos beijos.

Por pouco tempo os dois ficaram olhando uns para os outros, sem saber o que dizer, até que Gina resolveu quebrar o silêncio.

- Bom Harry... – começou ainda desconcertada – Eu sei que o que está fazendo é para o meu bem, mas tem sido realmente difícil. Tenho medo das coisas tomarem um rumo diferente de tudo que pensei.

- Eu sei lhe entendo. Vamos fazer o seguinte? Durante o tempo que eu passar fora, existirão alguns dias livres que poderei vir vê-la e poderá certificar que tudo anda bem. O que acha? – perguntou enquanto Pichí começava a debater-se nas extremidades da gaiola.

- Tive que prendê-la aí porque sumiu um dia e só reapareceu três dias depois, pensei que tivesse morrido. Tudo bem então, vai ser bom para diminuir minha preocupação – disse ela convencendo-se de que esta era a melhor opção no momento – Agora vamos descer porque o almoço já deve estar pronto.

Harry desceu com Gina para a cozinha. A Sra. e o Sr. Weasley já estavam lá na companhia de Rony e Hermione ( Fred e Jorge estavam na loja pois o ano letivo em Hogwarts já começaria em dois dias e ambos tinham pretensão de vender alguns kits-mata-aula).

- Harry querido! – exclamou a Sra. Weasley – Quando é que vocês estão indo?

- Hoje, daqui a pouco. – respondeu servindo-se de costelas de porco.

- Já? E o que realmente vão fazer? Fico preocupada, tudo anda muito inseguro.

- Desculpe Sra. Weasley, não posso lhe contar. Foi um acordo que fiz com o professor Dumbledore - respondeu já cansado de ter que negar informações sobre o segredo dele com Dumbledore.

- Mas Dumbledore já se foi, não adianta... - falou tentando convencê-lo a contar o que pretendia.

- Eu sei. Mas não gosto de quebrar compromissos.

- Tudo bem então. Não quero insistir no assunto. – falou ela dando-se como derrotada.

- Onde vão ficar enquanto estiverem fora? – agora quem perguntou foi Arthur Weasley.

- quando não viermos para cá ficaremos em qualquer lugar que encontrarmos. Por segurança não podemos ficar em um lugar fixo. – respondeu Hermione como se já tivesse pensado em tudo.

- Com certeza – concordou Arthur Weasley

O último momento na casa dois Weasleys chegara ao fim e já era hora de juntar tudo e partir para longa e exaustiva busca pelas horcruxes.

- Tchau querido. – disse a Sra. Weasley abraçando o filho Rony e em seguida Harry e Hermione – Dêem noticias, por favor!

- Boa sorte pessoal! Avisem se precisar de alguma coisa – completou o Sr. Weasley.

Passaram-se alguns minutos até todos se despedirem por completo. E agora Harry Potter, Rony Weasley e Hermione Granger, três jovens bruxos encontravam-se na soleira da A Toca.

- E então? – perguntou Rony.

- Vamos recapitular as horcruxes? Quais são? – disse Harry gesticulando para que os amigos se afastassem da porta da casa para evitar que alguém os escutasse.

- Bom...- começou Hermione- tem o diário de Tom Riddle que o anel dos Gaunt que já foram destruídos.

- Isso, a taça de Hufflepuff, o medalhão de Slytherin que foi pego pelo tal R.A.B e alguma coisa de Ravenclaw ou Gryffindor – disse Harry desanimado.

- Já são cinco – contou Rony nos dedos – com o pedaço que habita o corpo dela completa a sexta. Qual é a que falta?

- Nagini! – exclamou Hermione recordando-se.

- É mesmo. – disse Harry – Sete!

- Vamos então? – perguntou Rony entusiasmado.

- Vamos! Teremos que segurar em seu braço Mione, conseguirá aparatar com nós dois?

- Claro!

- O que essa garota não consegue? – perguntou Rony,

Hermione corou cheia de si.

O dia estava bem ensolarado; para a seriedade com que iriam enfrentar, aquele era um bom começo. O caminho a partir dali seria um tanto conturbado e incerto. Tudo poderia acontecer apesar da experiência que adquiriram em Hogawrts e nos encontros na AD.
A atenção deveria ser ampla, afinal Voldemort já havia liquidado bruxos muito mais experientes, a exemplo dos pais de Harry: Thiago e Lílian Potter.

Já se familiarizou com a sensação de aparatar, por tanto desta vez não foi tão desconfortável. Logo estavam em um vilarejo que nunca estiveram antes. Com a exceção de Harry que estava de volta a “casa” depois de dezesseis anos.

- Aqui estamos! Como vamos saber onde fica o que? – perguntou Hermione interessada.

- O único jeito é andar por aqui e ver se encontramos alguma coisa que indique os lugares - decidiu Harry.

- É um vilarejo só de bruxos? – perguntou Rony.

- Acredito que sim – disse Hermione analisando o local – Olhe o que aquelas pessoas estão vestindo – completou indicando um pequeno grupo de bruxos que caminhavam por perto, vestidos com longas capas e chapéus pontudos.

- Ótimo, não será difícil de encontrar um lugar para dormirmos. Enquanto andamos mantenham a varinha por perto, caso alguma “surpresa” surja – alertou Harry começando a caminhar pela rua meio deserta.

- Quem será esse tal R.A.B? – perguntou Hermione também caminhando.

- Não tenho idéia completa, mas acredito que tenha sido alguém próximo do Voldemort. Ninguém teria inteligência suficiente para saber das horcruxes por si só, a não ser Dumbledore é claro. Esse tal R.A.B deve ter tido alguma ajuda, mas de que forma eu já não sei – disse Harry explicando o que pensava aos amigos.

- É uma possibilidade, mas não sei. O jeito é pesquisarmos melhor. Talvez em algum livro tenha alguma coisa sobre...– opinou Hermione.

- Lá vem ela com esses livros. Não estamos em Hogwarts Mione, não há porque utilizá-los – disse Rony interrompendo-a.

- Você deve ter se esquecido da referência que encontrei sobre o Snape no ano passado. No caso do Príncipe Mestiço, Ellen Prince era a mãe dele...

- Ta Mione. Já chega, faça o que achar melhor – disse Rony chateado.

- Talvez seja mais difícil se a parte do recado deixado por R.A.B tenha se concretizado. Quando diz que na altura em que eu encontrar o Voldemort, o R.A.B já tenha sido morto – lembrou Harry sem prestar atenção na briga dos amigos.

- É verdade – concordaram os amigos juntos.
- Olhem! Ali tem uma placa – disse Harry apontando adiante uma placa de madeira e andando mais rápido.

- Diz que o cemitério de Grodric’s Hollow fica mais para frente – disse Rony analisando a grande placa de madeira em sua frente.

- Vamos andando – chamou Harry.

Os três amigos caminharam em direção ao cemitério de Grodric’s Hollow, guiados pelas placas informativas que percorriam as ruas do vilarejo.
Era um lugar calmo, pouco movimentado. Talvez parte desta passividade pertencesse a alguns fatos ocorridos a alguns anos atrás.

Por toda rua principal viam-se enormes casas com amplos jardins. Algumas lojas também se encontravam abertas o que dava a impressão de não ser um lugar tão parado como aparentava naquele momento. Neste instante Harry, Rony e Hermione já estavam em frente a um grande portão enferrujado com grande letreiro mal feito e carcomido pelo tempo onde se lia: Cemitério de Godric’s Hollow.

Era um pouco abandonado, o que dava ao local um ar misterioso. Haviam muitos túmulos, algumas lápides bonitas cheia de flores em vasos de cerâmica e outros um tanto quantos mal cuidados.

Caminhavam por todo local a procura dos túmulos dos pais de Harry. Ao passar por um dos pequenos caminhos que separavam as covas, Hermione deparou-se com uma pequena construção de mármore.
Era uma espécie de casa, um recinto de forma quadrada. Bem cuidada e chamativa quando comparada às covas que ali tomavam espaço. Uma porta de carvalho impedia a entrada de quem quer que fosse. Ao lado encontrava-se uma placa fina de prata aonde se lia:

Lílian Evans
e
Thiago Potter

“ Amor eterno que rompeu as barreiras das trevas ”

- Como vamos entrar? - perguntou Rony.

- Simples não é Rony? – disse Hermione afastando os garotos e erguendo a varinha – Alorromora! – murmurou.

A porta de carvalho se abriu e os três amigos adentraram no pequeno lugar.
A maior parte era livre, sem nada para ocupar espaço. Logo no fundo encontravam-se uma arca muito grande de um mármore bege bastante luxuoso onde abrigava os corpos daqueles que deram a própria vida para salvar seu filho.

- Pronto Harry. Perto de seus pais como nunca esteve – falou Hermione tornando a guardar a varinha no cós da jeans.

- Estou sentindo algo estranho – disse o garoto – uma sensação que já presenciei a pouco tempo.

- Também sinto algo diferente – falou Rony com a voz receosa.

- Lembrei! Quando fui a caverna com Dumbledore atrás do medalhão de Slytherin sentia a presença de uma força. Dumbledore me disse que era a grande concentração de magia que ali continha – explicou Harry.

- Isso pode significar que há alguma horcrux por perto? – perguntou Rony interessado.

- Talvez ou por outro fator que eu não conheça – respondeu.

Harry foi andando em direção aos túmulos dos pais quando um enorme buraco abriu sob seus pés.

- HARRY! – gritaram Rony e Hermione juntos enquanto corriam para tentar segurar o amigo., mas já era tarde.

- Acalmem-se, a queda não foi tão grande e a terra aqui é macia – respondeu Harry despreocupando os companheiros.

Harry olhou para os pés para ver onde estava pisando.

- Tem algo aqui em baixo.

- O quê?

- Não sei, vou ver – disse esfregando as mãos na terra macia – Parece uma arca, tipo um baú. Alorromora! – a arca não se abriu.

- Conseguiu? – perguntou Hermione.

- Não. BOMBARDA! – berrou Harry; logo depois vários pedaços de madeira voaram do lugar onde estava o baú.

Analizando um dos fragmentos Harry encontrou um com a imagem gravada de um texugo.
Algo muito dourado encontrava-se imóvel a poucos passos do garoto.

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